Sim, Ele é Um Mistério escrita por gi_wentz


Capítulo 10
10- Evie Blake or Lady Gaga?


Notas iniciais do capítulo

Cachorrinho ou gatinho?

Pra mim o Gabe é um gatinho LOL

Espero que gostem e comentem, gostando ou não =D



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Acordei de meus vários devaneios com o sinal alto que indicava o fim das aulas. Percebi que o tempo tinha mudado, já estava bem frio. Eu suspirei e comecei a arrumar meu material, eu não estava prestando atenção em nada, não conseguia raciocinar nada desde aquele beijo, aqueles lábios macios, o gosto doce de tuti-fruti misturado com coca-cola, as mãos quentes me puxando pra mais perto, o calor. Tudo tão bom, tão utópico.

Kat e Chels já tinham percebido que eu estava completamente aérea, desatenta e todas essas coisas parecidas, elas perguntaram o porquê, mais eu não soube responder, não ia falar que eu tava toda idiota por causa do Gabriel. Mas claro Gabriel percebeu que depois do beijo eu tinha ficado diferente, para que nem conhece bem, eu apenas parecia estar pensando demais e pra quem me conhece demais sabe que eu estou pensando em alguma coisa muito boa que aconteceu. E agora eu estou aqui ainda arrumando meu material em uma sala de aula completamente vazia. Eu suspirei alto.

Joguei minha mochila nas costas e comecei a andar para fora da sala de aula, bem devagar, não estava com pressa pra ir embora e também o estacionamento deveria estar lotado agora, todos os alunos saindo, um congestionamento horrível com varias pessoas que não sabem dirigir. E eu sou uma delas, não sei estacionar o carro em uma vaga muito pequena. Ridículo não?

Sim.

Entrei no meu carro tentando não ser atropelada durante o caminho. Fechei e tranquei o carro, liguei o som. Peguei minha bolsa no banco de trás, coloquei dentro dela as coisas necessárias, troquei meu sapato por um salto de vinil preto, e comecei a retocar a maquiagem.

O que eu posso dizer sobre isso, é uma arte e requer atenção, requer precisão e principalmente calma. Suspirei alto, peguei meu lápis de olho peto e comecei a passá-lo.

Alguém bateu na porta do carro e eu levei um susto enorme e o lápis de olho escorregou pela minha bochecha. Olhei para janela e vi Gabriel rindo muito. Abaixei a janela e esperei a madame parar de rir.

- Oi Lady Gaga – ele falou rindo novamente e apontando para minha bochecha. Tinha um risco preto enorme parecendo quase um raio, aquele da Lady Gaga. Que idiota, peguei um algodão e comecei a limpar.

- O que você quer Gabriel? – perguntei terminando de limpar a bochecha.

- Bom, eu perdi o ônibus que eu pego pra ir pra minha casa, então eu estava esperando o próximo, só que ele vai demorar, então vi seu carro aqui. E você o que ta fazendo tão tarde na escola, já não tem mais ninguém aqui. – ele falou e era verdade, olhei em volta e nem um sinal de uma alma viva.

- Eu estava tentando me maquiar, mas alguém me assustou, e também estou indo arranjar um emprego naquela boutique que abriu.

- Hum... – ele disse dando uma pausa e se apoiando na janela do carro. – Sabe eu tava pensando se você poderia me dar uma carona. Não to muito a fim de ficar aqui 1:30 esperando pelo ônibus nesse frio infernal que está, jaja vai nevar.

- Tenho cara de motorista garoto? Desencosta que o carro não é parede pra se apoiar. – falei ligando o carro e acelerando sem sair do lugar.

- Hm, uma pena, agente podia conversar, mais já vi que você não ta muito afim... Até amanhã amorzinho.

Sai de lá com o carro sem falar nada, só consegui ver Gabriel andando para um banquinho com as mãos nos bolsos. Estava andando pelas ruas da cidade, estava bem frio, e tinha começado a chover. Eu estava perto da boutique. Olhei o relógio, 1:20, o ônibus de Gabriel só chegaria lá as 2:40, e ele ficaria na chuva e talvez na neve. O que eu fiz? Eu deveria telo ajudado, como eu sou idiota. Estava voltando para a escola, mais parece que com chuva o povo fica lento, quê que a com isso minha gente? Buzinei um pouco.

-Bora galera! – falei alto dentro do carro.

1:50 e eu já estava bem perto da escola, olhei pelo vidro do carro, e não conseguia ver Gabriel em lugar nenhum, fui passando com o carro devagar pelo estacionamento.

- Cadê você menino? – falei batendo as unhas no volante. – Achei... – um pontinho preto encolhido em baixo de uma parte de telhado.

Fui com o carro até ele devagar para não espirrar água, ele estava meio ensopado. Abaixei o vidro do carona. E falei meio alto.

- Entra ai.

Ele se apressou e entrou no carro, já espirrando. AA nojinho.

- Hey baby, se arrependeu? – ele sorriu pra mim e espirrou de novo.

- Um pouco... – falei fechando o vidro e ligando o aquecedor do carro.

Tirando a parte dos espirros e do nariz escorrendo um pouco, ele estava muito fofo, o cabelo preto estava brilhando e escorrido, as gotas de água caiam pelo rosto dele, a blusa de mangas compridas branca estava meio transparente em baixo do casaco, os lábios estavam meio azulados, ele deveria estar bem gelado, estava todo molhando, ele ficava lindo molhado.

- Onde você mora? – perguntei saindo do estacionamento da escola.

- Pode me deixar naquele ponto de ônibus perto da loja na Rubik’s, lá um ônibus vai passar daqui a pouco.

- Claro, vou deixar um menino louco e mentiroso, diga-se de passagem, que está todo ensopado que parece mais um cachorro molhado, - ele espirra - espirrando que nem um louco, em um ponto de ônibus nesse temporal, sabia que tão falando que hoje vai nevar você ta vendo a grossura dos casacos? – ele espirra - Olha eu sei que eu não sou a miss-caridade, mas também não sou tão desalmada assim.

- Ok, ok, já entendi, você quer conhecer meu quarto. – ele disse rindo e espirrando.

- Fala logo antes que eu jê chute pra fora do carro. – falei já nervosa.

- Hey, calma. É do outro lado da cidade, sabe onde fica aquele shopping com um L gigante e vermelho em cima, então é em um prédio ali perto.

- Ta. – falei começando a dirigir para lá.

Meia hora depois chegamos lá, Gabe não parava de tremer e espirrar, mas toda vez que eu o olhava ele sorria e quando eu perguntava se ele tava bem, ele falava que estava ótimo. Sempre com um “baby” no final.

Tinha começado a nevar e a temperatura caiu ridiculamente, eu estava com frio, imagina esse cachorro molhado do meu lado.

Chegamos ao prédio dele e eu estacionei bem na frente, em uma das vagas para visitantes, ele saiu do carro me dando um selinho, sua boca parecia um cubo de gelo, subiu as escadas do prédio entrou na recepção e caiu feito um jaca.

- Ótimo. – disse para mim mesma, pegando minha bolsa, trancando o carro e indo correndo até a recepção do prédio, quase cai com meu salto naquela água toda, o porteiro estava lá chacoalhando ele. – O que ele tem? – perguntei em quanto passava a mão na testa dele, ele estava bem gelado.

- Ele esta gelado demais, precisa se esquentar. – ele falou tirando o próprio casaco e colocando no menino.

- Chame os pais dele. – falei passando minhas mãos em seus braços com força, tentando esquentá-lo.

- O pai viajou com a empresa para Miami. – ele disse.

- Chame a mão então horas.

- Moça, a mãe dele morreu à anos. – ele disse triste.

- Oh...

- Vou levá-lo para o quarto que tem aqui e ligar para o pai dele.

- Não... Me ajude a levá-lo para o apartamento dele, eu cuido dele até o pai dele chegar.

- Sim moça... – ele disse indo até sua mesa pegando uma chave, voltando e pegando Gabriel no colo como se fosse uma criança. – Por favor, chame o elevador e aperte o numero 25.

Fiz o que ele pediu, Gabriel morava na cobertura, chocante.

Demorou um pouco, mas conseguimos entrar no apartamento, era enorme e muito bem decorado. Abrimos todos os quartos, até achar um que parecesse ser dele, o porteiro, cuja o nome era Louis, o deixou na cama em cima de uma tolha esticada que tinha pego no banheiro, completamente desacordado, e foi embora ligar para o pai do menino.

E agora eu vou dar uma de Super-Evie-Blake-enfermeira.


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Notas finais do capítulo

Bjs.
Gi W.



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