A Flor da Carnificina escrita por Essa conta não existe mais, Niquess


Capítulo 11
Capítulo 10 - Sentimentos.


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaaaaa gente!
Bem, esse capítulo é diferente. Ele tem personagens novos e é bem mais esclarecedor. Espero que gostem, e comentem o que acharam, ok?
É curto, por favor não me matem! Prometo que vou escrever um maior logo logo. É isso. Não esqueçam de comentar o que acharam dos personagens.
Beeeeeeeeeijx



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Inácio pegou um disco do Queen que ficava na sua estante de CD's, e colocou no aparelho de som que ficava em seu quarto. Quando o cd começou, a música Under Pressure começou a tocar e o rapaz não se aguentou e começou a dançar. Era a música favorita dele e lembrava um pouco sua vida. Felizmente, quando a música terminou de tocar, era seu celular que vibrava sobre a escrevaninha.
O jovem atendeu a ligação, e logo reconheceu a voz de sua mãe do outro lado da linha.
– Filho?
– Fala mãe... - Respondeu Inácio, desanimado.
– Está em aula? - O rapaz correu pra abaixar o volume da música
– Estou no intervalo. Por quê? - Mentiu. Cleusa não tinha ido trabalhar naquele dia, então ninguém iria dedurá-lo, logo viu uma oportunidade para faltar.
– Jurava que estava tocando Queen. Mas enfim, preciso que você venha até aqui na delegacia às 4 horas. O mendigo que você estava procurando apareceu. - Inácio sorriu. Seu pai havia contado para ele que tinha encontrado com o rapaz, mas ele preferiu não comentar isso com a mãe.
– Pode deixar que eu apareço por aí às 4. Só isso?
– É... Eu te amo, filho. - Falou Denise.
– Tá - Inácio desligou o celular, aumentou o volume da música e voltou para a primeira faixa. Caminhou devagar até a gaveta da escrevaninha e pegou um cigarro, acendeu e começou a tragar. Tinha começado com o hábito de fumar graças aos amigos. Era um péssimo hábito, ele sabia, mas era o que o desestrassava da sua tranquilidade. Ele queria viver, mas não no meio elitizado dos amigos, ele queria uma coisa mais real. Queria sentir o perigo no sangue, o frio na barriga que só a adrenalina dá.
Às vezes Inácio desejava ser filho de Cleusa, e viver em lugares ruins, com pessoas menos esnobes. Já estava ficando esgotado de tanta hipocrisia.


Jonhy Krüguer não era parente de Freddie, mas era tão hostil quanto o próprio. O nome Jonhy era americano por causa de sua mãe, Andrea Krüger, uma americana descendente de alemães que conheceu um brasileiro chamado Uellignton, que vivia clandestinamente na América, e se casou com o mesmo, vindo para o Brasil morar com o homem quem ela achou ser a pessoa certa para viver, ter filhos e ser feliz. Pobre coitada, Andrea foi assassinada pelo menos Uellignton na frente do filho Jonhy, que cresceu pelos cuidados da tia por parte de pai, Josefa.
O garoto de cabelos castanhos, olhos claros, que passou o fim da infância, e a adolescencia em uma favela, acabou descobrindo o poder paralelo e encantou-se pelo mesmo, virando um traficante de drogas, que trabalhava para Patrick, este que ele considerava como pai que ele não teve.
Por ter um nome bastante complicado, Jonhy Uellington Krüger agora era chamado de Juk, que eram as iniciais de seu nome e sobrenome.
No momento, uma garota chamada Ermina cavalgava sobre o filho de Andrea. Os dois tinham um relacionamento há 3 anos. Ermina era prostituta. A história da menina era um pouco semelhante a de Jonhy.
Os pais de Ermina era usuários de drogas, e sua mãe também foi assassinada por seu pai. Mas Ermina foi para um abrigo, onde foi abusada sexualmente por vários anos por um dos cuidadores dos menores. Revoltada, ela resolveu fugir do abrigo e acabou parando na mão de uma aliciadora de menores. E assim, Ermina foi introduzida no mundo da prostituição.
Jonhy era apaixonado por Ermina, e ela retribuia o amor do rapaz. Eles se encontravam para transar e depois ficavam conversando sobre seus medos, seus sonhos. O sonho dela era deixar de ser prostituta. O dele era de se casar com ela e ficar no lugar de Patrick nos negócios.
– Ah... acho que eu vou... Ah... - Gemia a garota.
– Isso, geme pra mim, sua vadia! - Jonhy segurava com força os seus fartos da garota, e apertou até que essa caiu amolecida a seu lado na cama.
– Essa lavou minha alma. - Falou Ermina. O rapaz esticou seu tronco para beijar a garota, e iniciou um beijo casto, calmo e amoroso. Era inacreditável saber que dois seres tão castigados podiam sentir amor por alguém.
– Acredita que uma vagabunda quis ficar no meu ponto ontem a noite? - Falou a garota quando beijo foi cessado.
– Sério? O que você fez com ela? - Perguntou o rapaz, colocando a cabeça da garota ruiva sobre seu peito.
– Dei umas porradas nela. A Joyce também estava lá comigo. Nós acabamos com a cara da vagabunda.
– Conseguiu muito dinheiro?
– Mais ou menos. O movimento está fraco porque está fazendo frio. Os homens nessa época estão preferindo fuder suas mulheres em casa porque é mais cômodo. - A ruiva pegou um cigarro que estava sobre o criado mudo do quarto de Jonhy e acendeu. Os dois amantes ficaram revisando as tragadas.
– O Patrick me avisou que eu vou ter que vender drogas com um amigo dele. Eu e ele fomos dar um jeito numa garota que estava no apartamento desse cara. Na verdade, eu estava procurando pelo irmão dela. Ele fudeu com um amigo meu que estava vendendo as coisas naquela praça perto do metrô onde a gente foi uma vez.
– Filho da puta...
– Pra caralho. Bem, eu vou ver se descolo uma grana pra comprar pra você aquele vestido que você tanto quer.
– Ah... você não iria fazer isso, iria? - Falou Ermina, sentando na cama e arregalando os olhos.
– Claro que faria. - Jonhy passou a costa da mão pelo rosto da garota, que se inclinou para beijá-lo avidamente.

Inácio olhou no relógio do seu celular e viu que ainda eram 2 e pouco da tarde. O disco tinha parado de tocar e ele voltou a inércia. Não via logo a hora de dar 4 da tarde para ele sair de casa em direção a quem ele considerava o salvador de suas agonias. Enquanto tinha tempo, entrou em um site de pornôs e procurou algum para passar o tempo. Quando ia começar a assistir a um, o aparelho móvel vibrou, e a foto de uma garota negra e magra apareceu no visor. O coração do garoto acelerou e ele logo pegou o celugar para ver o que era.
'' In. Senti sua falta na aula de hoje. A professora passou um trabalho em dupla e eu anotei seu nome como meu parceiro. Espero que não tenha problemas com isso.
Beijos, Yasmim. ''
A tal garota era a paixão platônica de Inácio, que desde que a conheceu na faculdade no 1º período não conseguia esquecê-la e acabou se apaixonando graduativamente pela menina que estava longe de ser a mais cobiçada da sala, mas nem isso fazia com que Inácio declarasse seus sentimentos à Yasmim.
O rapaz logo respondeu a garota: '' Que isso, muito obrigada por ter se lembrado de mim! Amanhã eu procuro você e começamos a trabalhar sobre o tema.
Beijos.''
Agora Inácio tinha duas ansiedades, o mendigo que seria seu guarda-costas e desde aí ele iria começar a viver a vida como nunca antes, e o trabalho que iria fazer com Yasmim. Caminhou de volta ao aparelho de som, e voltou a ouvir Queen. Sentia-se tão contente que até perdeu o interesse no pornô que ia assistir.

Marli tinha ido trabalhar pela manhã naquele dia, e assim que chegou em casa, verificou a caixa de correios. Lá estavam 4 contas que ela havia completamente esquecido que podiam chegar a qualquer momento. A mulher catou as cartas e entrou em casa.
Verificou o ambiente para saber onde estava Carolina, mas viu que a menina estava no quarto brincando de boneca. A mulher sorriu ao ver que sua neta estava crescendo, e logo aquelas bonecas iriam perder o lugar para maquiagens, roupas e sapatos.
– Carol, o que você vai querer para o almoço? - Perguntou Marli, encostada no portal do quarto. A menina não tinha notado que sua ''mãe'' tinha chegado, e correu para abraçá-la quando a viu.
– Você escolhe, mãe.
– Tá bom. Vou fazer bife com batatas fritas.
– Oba! - comemorou a garotinha.
A avó passou a mão pelos cabelos escuros e ondulados da menina e caminhou em direção à cozinha. Sentou à mesa e abriu os envelopes das contas. Duas delas iriam vencer a dois dias, e ela precisava pagá-las logo.
Foi até o armário da cozinha, mas quando abriu a gaveta não achou mais a caixa azul onde ela guardava o dinheiro para as dispesas. De repente, todo o sangue de seu corpo foi para a sua cabeça e ela gritou, porque sabia muito bem quem tinha pegado seu dinheiro.
– Carol! - Chamou a mulher.
A garota caminhou com medo, ela sabia que a mais velha poderia desconfiar que quem pegou dinheiro era Fábio, e ela não queria que a ''mãe'' brigasse com seu ''irmão''.
– Oi?
– Onde está a minha caixa azul? - Perguntou a mulher, firme.
– Não sei, mãe - Falou Carol, com a voz temerosa.
– O FILHO DA PUTA DO SEU PAI PASSOU AQUI E ROUBOU MEU DINHEIRO? - Gritou Marli, abrindo o máximo que pôde da gaveta e jogando tudo que havia nela no chão.
– Meu pai? - Perguntou Carolina, confusa.


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Notas finais do capítulo

entãaaaaao? bjx



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