The Black Swan escrita por Drama Queen


Capítulo 7
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Notas iniciais do capítulo

Hey manos!
Bom, esse capítulo é meio que um interlúdio entre uma treta grande e outra treta maior, mas, leiam com atenção. É importante.
Sobre a árvore genealógica de Arthur e Morgana: tá difícil hospedar uma imagem no Nyah e.e, então, vou escrever ali nas notas finais as relações familiares.
Boa leitura!
(Capítulo postado em 08/07/2015)



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— Você poderia simplesmente chamá-la de volta usando a adaga.

Andavam pela floresta, procurando qualquer pista de Emma. Apesar do sol em Storybrooke, Killian sentiu que o clima estava mais frio que o comum.

— Poderia. — Regina respondeu, andando ao seu lado. — Mas isso daria um motivo para Emma querer a adaga de volta.

O capitão acenou positivamente com a cabeça, compreendendo a lógica de Regina.

— Além do mais, sente esse clima frio? — ela questionou, e, sem esperar por uma resposta, continuou a falar. — Emma não consegue controlar seus poderes e causa isso. Então, quanto mais frio sentirmos, mais perto dela estaremos. É fácil localizar ela.

— Ser a Senhora das Trevas faz com que ela absorva os poderes da Elsa? — perguntou, irônico.

— Felizmente, não. Se isso tivesse acontecido, estaríamos congelados. Este frio é a energia de Emma se esvaindo de seu corpo. — Regina suspirou, entediada, e Hook percebeu que teria uma aula sobre magia e suas consequências. — Quando um corpo não preparado recebe essa quantidade enorme de poder como ela recebeu, é comum que a magia tente se desprender do corpo e a energia da pessoa se esvaia com facilidade, mas os efeitos colaterais são diferentes no corpo de cada um. Localizei Emma há um dia e meio, e pude perceber o cansaço dela desde então.

— O que podemos fazer para ajudá-la?

— Deixar ela dormir e fazer com que o corpo dela se acostume à magia. É como uma criança em fase de crescimento.

Hook assentiu, pensativo. Queria perguntar para Regina o por que de Emma estar ignorando-o o tempo todo, mas não tinha coragem. Não queria parecer inseguro perto da Rainha Má e não queria que ela debochasse dele. Sabia que a nova Regina nunca faria isso, mas ainda tinha receio.

A verdade era que ele estava gostando dos momentos em silêncio com Emma. Desde que ela voltara, ele não entendia o por que, mas sentia-se melhor e mais confortável longe dela do que por perto. Ouvir a voz de Emma causava-lhe medo e ficar por perto dela trazia-lhe lembranças de dias ruins.

— Então... — tentou encontrar um assunto para conversar com Regina, pois o silêncio da floresta incomodava-o. — Morgana pode nos ajudar a encontrar Merlin?

Regina olhou para os lados, analisando as árvores e procurando ver se alguém observava-os.

— Ainda não toquei no assunto. — disse, depois de se certificar de que ninguém estava por perto. — Não sei se devo confiar nela.

— Vocês não são amigas ou algo do tipo?

A prefeita riu.

— A Rainha Má não tem amigos. Eu e Morgana tínhamos um inimigo em comum, só isso.

Continuaram a andar em silêncio, ouvindo os sons da floresta ao seu redor, até que Hook apontou para algo no chão.

— Ali.

Hook correu e se ajoelhou para pegar o objeto do chão.

Quando ele levantou, mostrando o que era, a prefeita xingou em voz baixa.

Nas mãos do pirata estava a jaqueta que a Salvadora usava naquela manhã.

***

Arthur andava de um lado para o outro, apreensivo.

— Tem certeza de que aquela mulher é a Senhora das Trevas, Morgana? — perguntou pela milésima vez naquele dia.

Observou sua irmã revirar os olhos e ignorá-lo.

Foi David quem respondeu.

— Sim, é ela.

Estavam na loja de Gold, esperando por notícias de Regina e Killian, que tinham ido procurar por Emma. Arthur percebeu que as coisas naquele reino eram extremamente estranhas. Como a filha do Príncipe David namorava com um pirata como Killian Jones? Como a Rainha Má adotara o neto de sua pior inimiga, que por acaso também era sua enteada? E como ela e o pirata haviam se unido para ir à busca da Senhora das Trevas, que também era a Salvadora e uma princesa que usava vestes pouco comuns para tal título? Aliás, que vestes desconfortáveis eram aquelas que eles usavam naquele reino?! A calça que Arthur usava, feita de um material que Morgana dissera se chamar “jeans” até era confortável, mas aquela camisa xadrez que lhe fora emprestada, juntamente com a camiseta cinza não eram vestes adequadas para um rei.

Era tudo muito confuso para alguém que ainda se recuperava de um ferimento na cabeça.

David sentou-se na cadeira mais próxima que encontrou e abaixou sua cabeça. Parecia cansado e preocupado. Depois suspirou e voltou seu olhar para Arthur.

— As coisas são meio confusas por aqui, não? — sorriu, tentando parecer bem humorado. — Leva um tempo até se acostumar, mas você consegue.

— Não ficarei aqui por tempo o suficiente para me acostumar. — Arthur estava confiante de que Morgana conseguiria logo arranjar para que eles voltassem para Camelot. Tinha que voltar para seu povo, para seu reino e para sua esposa.

Morgana riu, fazendo com que os olhares da sala se voltassem para ela.

— Pobre Arthur. — ela disse, sorridente. Seus olhos, como sempre, tinham duas cores diferentes. No momento, um era azul ciano e o outro era marrom chocolate. — Depois de ver o que aconteceu aqui, você acha mesmo que ela conseguirá se controlar tão rápido? Se não tivéssemos chegado a tempo, ela teria matado alguém. E ninguém conseguiria pará-la.

— A garota está certa. O plano que o primo de vocês armou para conquistar o trono é algo infalível e invencível. É praticamente certo de que você nunca o terá de volta.

Gold entrava na sala, apoiando-se no braço de Belle, enquanto falava. Ainda respirava com dificuldade, mesmo após horas terem se passado desde o ataque de Emma.

— Não podemos... Não sei. Tentar fazer um acordo? — Arthur questionou, olhando suplicante para o velho e cansado homem que se sentava em uma cadeira. — Ela é a Senhora das Trevas! É função dela fazer acordos e cumpri-los!

A resposta que obteve de Gold foi um longo e entediado olhar.

— Sua irmã é mais inteligente que você. — ele disse, depois de muito tempo.

Morgana gargalhou.

Arthur revirou os olhos, irritado. Ele precisava retomar o trono. Era o filho de Uther e rei da Bretanha por direito. Não tinha perdido toda a sua adolescência para cuidar de um reino e depois dá-lo de bandeja para um familiar com problemas emocionais, ou muito menos dá-lo para sua irmã mais velha e incrivelmente mais popular.

— Arthur, darei um conselho à você — Gold tinha um tom de voz irônico. — Esqueça-se de seu trono, você não o terá de volta. É mais fácil se conformar com sua atual condição. Storybrooke é uma cidade muito agradável, apesar de seus habitantes com complexo de heroísmo.

Arthur viu que David fez menção de protestar contra a fala de Gold, mas calou-se.

A discussão foi interrompida pela chegada de um garoto na loja.

Ele logo correu e abraçou David. Atrás dele, vinha Mary Margaret, ou, como Arthur a conhecera, a Branca de Neve.

— Henry. — Gold chamou, com um estranho brilho nos olhos.

O garoto virou-se e sorriu para ele. Era um sorriso triste e cauteloso.

— Estes são Arthur e Morgana. — David se apressou a apresentar.

Henry estendeu a mão para o rei, pronto para cumprimentá-lo.

— Li diversas histórias sobre você.

Morgana sorriu para o garoto. Ele fixou seus olhos nos dela por um instante, mas logo piscou, saindo do transe natural que era causado pela feiticeira.

— Já nos conhecemos. — disse para David, mas estendeu a mão e cumprimentou o garoto. — Não parece muito com sua mãe. Bom, com nenhuma delas.

— Ah, este é o filho da rainha. — Arthur sorriu. Estava curioso para conhecê-lo. — Henry é um belo nome. Uma homenagem a algum dos reis Henry, presumo.

O garoto observou-o, confuso. Morgana riu.

— Não... — Henry respondeu, com uma expressão divertida nos olhos. — Meu avô chamava-se Henry.

— Seu avô não é o David? — Arthur estava cada vez mais confuso com aquela situação.

Morgana gargalhou.

— Pelos deuses, você não tem o mínimo jeito com crianças, Arthur.

Arthur sentiu seu rosto ruborizar. Era verdade, não tinha a menor ideia de como interagir com crianças. Gwen e ele, apesar dos anos de casamento, não tinham tido filhos, e era raro encontrar crianças que ficavam por perto do Rei em Camelot.

O momento vergonhoso para Arthur foi interrompido pela chegada de Killian e Regina.

Ele fez uma reverência para a prefeita, só depois se lembrando de que aquilo não era mais necessário naquele lugar. Novamente, Morgana riu à sua custa.

— Então, o que descobriram? — Mary Margaret demonstrava ansiedade. Arthur percebeu que ela era muito nova para ter uma filha na idade de Emma.

Killian carregava, pendurado em seu gancho, um pedaço de couro sujo e rasgado, que estendeu para Mary Margaret.

Todos na sala se olharam, apreensivos, e Arthur não entendeu a razão.

— Nada mais? — Morgana questionou, analisando aquilo.

— Perdemos a pista. — Regina respondeu, abraçando Henry e sussurrando-lhe algo. Ele tinha lágrimas nos olhos, assim como Mary Margaret e David.

Morgana suspirou.

— Regina, podemos conversar? Em particular?

A prefeita afagou o cabelo do filho e saiu pela porta, seguida de Morgana.

— Comecei a sentir uma energia estranha nessa cidade. — começou em voz baixa, — E não é Emma. É uma energia semelhante, mas não é a mesma. Começou há alguns minutos, enquanto eu conversava com Gold.

Regina assentiu.

— E o que acha que pode ser?

— Alguém novo chegou à cidade. — Morgana deu um sorriso cruel. — E acho que sei quem é.


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Notas finais do capítulo

Árvore Genealógica de Arthur Pendragon e Morgana le Fay

Igraine e Morgause são irmãs, filhas da Rainha de Avalon.
Igraine casou-se, primeiramente, com o Duque Gorlois da Cornualha. Deste casamento, nasceu Morgana da Cornualha.
Depois, Igraine casou-se com Uther Pendragon, o Rei da Bretanha. Deste casamento, nasceu Gwydion da Bretanha. Após a morte de Uther, Gwydion assumiu o trono da Bretanha sob o nome de Arthur Pendragon.

Morgause casou-se com o Rei Lot de Orkney, um vassalo de Uther Pendragon. Juntos, tiveram três filhos: Gawaine, o herdeiro de Orkney, Gareth e Gwydion, que assumiu o nome de Mordred durante sua adolescência, para se diferenciar de seu primo.

Portanto, existem dois Gwydions: o filho de Igraine e o filho de Morgause, respectivamente, Arthur e Mordred.

Morgana subiu ao trono de Avalon aos 17 anos, após a morte de sua avó, e passou a ser conhecida como "Morgana de Avalon" ou "Morgana, a Rainha de Avalon". É chamada de Morgana le Fay (Morgana das Fadas) apenas entre os feiticeiros e seres mágicos de Avalon. Além disso, Morgana também é Duquesa da Cornualha, título herdado após a morte de seu pai, Gorlois.

Hm... Acho que só isso :v
(não assistam Game of Thrones. Vocês ficarão obcecados com títulos e etc e tal. Experiência própria)