The Black Swan escrita por Drama Queen


Capítulo 1
Reis, Rainhas e Empecilhos


Notas iniciais do capítulo

Hey povos!
Bom, estava eu, frustrada, pois não encontrava nenhuma fic com a Emma Dark e gótica e emo, então, decidi escrever uma. Afinal, se você não encontra algo que quer ler, tem que escrever por conta própria.
Ahn, sei que vocês acham o título meio que COMPLETAMENTE óbvio, porém, tirei de uma teoria do pesquisador Nassim Taleb e não do sobrenome da Emma. É uma teoria que classifica o "cisne negro" como um acontecimento improvável, mas que, depois do ocorrido, as pessoas tentem fazer com que ele pareça mais óbvio e previsível do que realmente era (tipo a inclinação da Emma para as trevas. tã dã!).
Bom, só isso mesmo.
Boa leitura ^^



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Os soldados que guardavam o corredor onde se encontrava o quarto do rei não foram páreos para a força do invasor, muito menos as barreiras mágicas erguidas pela irmã do rei conseguiram resistir ao seu poder.

O invasor era mais poderoso do que qualquer um deles, mais inteligente do que qualquer um deles, ele era melhor que qualquer um deles.

Quando, após passar por todos os obstáculos que o atrasaram, chegou ao quarto do rei, encontrou a porta aberta. Era um aposento belo: pesadas cortinas vermelhas cobriam as janelas, impedindo a luz do luar de entrar no quarto. Velas espalhadas aqui e ali iluminavam o local. A cama de dossel do rei encontrava-se no centro do quarto, grande o suficiente para que quatro pessoas lá dormissem.

— Primo. — o rei cumprimentou quando ele chegou. Não demonstrava nervosismo ou irritação. Vestia-se com uma túnica açafrão e não usava sua coroa. — Sabia que viria.

— Alguém o avisou? — o invasor parara à porta do quarto, observando o rei. Ambos eram extremamente parecidos: tinham o mesmo queixo quadrado, os mesmos olhos azuis e o mesmo nariz reto. A única diferença entre os dois era o cabelo: o rei tinha cabelos longos, sedosos e loiros, enquanto o invasor tinha o cabelo preto como a noite, e mantinha-o cortado curto. — Pensei que todos estavam contra você.

O rei riu. Seu riso tinha um som melódico e adorável. Era um líder nato, e tudo nele fazia com que as pessoas se sentissem atraídas.

— Alguns estão contra mim. Poucos, na realidade.

O invasor assentiu, esperando que o rei continuasse a falar.

— Bom, não vamos prolongar o que você veio fazer aqui, certo? — ele continuou, tirando sua espada da bainha. A lendária e magnífica espada que havia sido dada a ele no dia de sua coroação, feita de aço mágico e couro negro no punho. — Sei que é impossível que eu vença, mas, o que custa tentar, certo, Gwydion? — sorriu inocentemente.

— Certo, primo. — o invasor sorriu, irritado com a menção a seu nome de batismo. — Mas sabe que este não é meu nome.

— É o nome dado a você por seus pais.

— Você também não usa o nome que lhe foi dado por seus pais. — Gwydion ergueu a mão e, com isso, o rei foi erguido no ar. — Arthur. Ou devo chamar-lhe Gwydion também? Seria confuso. Dois Gwydion na família. Imagine a confusão que seria nos jantares!

Arthur se debatia no ar, tentando voltar ao chão.

— Primo! — Gwydion, o invasor, repreendeu o rei. — Não fique se debatendo! Só irá piorar seu estado! Ah! Está sem ar. Claro. Desculpe-me.

O invasor fez um gesto e Arthur caiu no chão, com as mãos na garganta, respirando pesadamente. Seu rosto, antes branco como leite, estava vermelho.

Gwydion riu da visão.

— Antes que comece a falar ou fazer um discurso de como você vencerá, por que o bem sempre vence e tudo aquilo que heróis costumam falar, deixe-me explicar meu plano. — olhou em volta, estudando o dormitório. — Você é um rei e não tem uma cadeira em seu quarto? Aonde irei me sentar? Pelos deuses. — revirou os olhos e sentou-se na cama, pegando a espada de Arthur e pousando-a em seu colo. — Vou me declarar como Grande Rei da Bretanha e Lorde de Camelot. Obviamente, vão questionar minha reivindicação. Você tem pessoas leais demais a você por aí. E também vão dizer que o trono pertence à sua irmã, afinal, ela é sua herdeira até que você tenha um filho. Então, direi que os dois estão mortos! Não é genial? — percebeu que Arthur tentava se levantar, e, mexendo um dos dedos, prendeu-o ao chão. — Acalme-se, rapaz. Ainda tem mais. — sorriu. — Me casarei com sua esposa, afinal, a única coisa para que Gwenhwyfar serve é sofrer por amor e servir seu amado, e teremos um filho. Talvez eu coloque o nome dele de Arthur, em homenagem ao meu querido primo morto repentinamente.

— Você não fará isso. Merlin te impedirá. — o rei interrompeu o monólogo de seu primo, se esforçando para proferir as palavras. Ainda não se recuperara da asfixia mágica que havia sido submetido.

— Fique quieto ou vai ficar sem ar novamente. Odeio pessoas me interrompendo, Arthur. Que inferno. — Gwydion se levantou da cama e socou o rei, fazendo com que este caísse novamente. — Merlin está preso. Eu o prendi. Está sem poderes, inalcançável e provavelmente não durará muito tempo, afinal já é velho. Sua irmã também não pode fazer muita coisa, afinal, ela vai embora junto com você.

Arthur observou o primo, confuso.

— Não vai nos matar?

Gwydion riu.

— Primo, matar um parente torna o assassino amaldiçoado para todo o sempre. Imagine matar dois parentes! Nunca faria isso. Enviarei vocês para outro reino. Dizem que finais felizes são praticamente impossíveis por lá.

Estalou os dedos, e Arthur foi envolto por uma nuvem azul escura.

— Faça uma boa viagem, primo. E lembre-se de nunca mais voltar, ou estará em apuros.

Arthur via-se consumido pela nuvem conjurada pelo primo, e sentia-se desesperado.

— Eu vou vencer, Gwydion. Sabe disso. — gritou.

Gwydion lançou-lhe um último olhar, carregado de ódio.

— Meu nome é Mordred. — disse, em tom sombrio.

Foi a última coisa que Arthur viu antes de desmaiar.

***

Regina observava tristemente seu filho enquanto esperava ele digerir a história que havia contado para ele.

Apesar da nobreza de sua atitude, Emma havia feito algo estúpido: não tinha pensado em Herny. Não tinha pensado no emocional do garoto, ou nas consequências que isso traria. E não tinha pensado no mais importante: como Regina teria seu final feliz se a pessoa que ela mais amava no mundo não estava feliz?

— Então minha mãe... — Henry finalmente recuperara sua voz.

— Sim, Henry. Sinto muito. Eu... Vou fazer de tudo para trazê-la de volta.

Ele assentiu e se levantou, saindo do quarto. O quarto de Emma, as coisas de Emma, a cama de Emma. Regina se frustrou vendo-se sozinha naquele lugar e seguiu o filho.

Desceu as escadas do apartamento de Mary Margareth e encontrou-a no sofá, abraçada à jaqueta vermelha da filha, com os olhos inchados de tanto chorar. David mantinha-se afastado, segurando o pequeno Neal no colo e olhando pela janela, como se buscasse algum sinal de Emma. Henry havia se sentado em um dos bancos da cozinha, e observava fixamente seu livro.

Só então Regina se deu conta que faltava alguém naquele lugar.

— Hook. — disse, sem direcionar a palavra a alguém em especial. — Onde ele está?

— Ele não veio conosco... — Mary Margareth respondeu, com a voz embargada.

— Ótimo. Mais um desaparecido. Como se já não bastasse o sumiço de Emma. — revirou os olhos, irritada. — Henry pode ficar aqui esta noite?

— Sim. Sem dúvidas. — David respondeu, andando em direção ao berço e colocando o filho lá. — Regina, podemos... — apontou para a porta, não terminando a frase.

A rainha assentiu e andou até o filho. Beijou-lhe a testa e se virou para ir embora.

— Mãe...

Regina voltou a olhar o filho.

— Sim?

— Você vai conseguir. É uma heroína.

A rainha sorriu, acenou para o filho e saiu do apartamento.

— Você tem alguma ideia de onde ela está? — David questionou, hesitante.

— Não. Mas, com a adaga, posso descobrir. — Regina mostrou a adaga ao príncipe. Era estranho ler outro nome ali. Ainda mais o nome da Salvadora.

— Você vai invocar ela? — ele tinha uma expressão confusa. — Não sabe o que ela pode fazer...

A rainha riu.

— Tem medo de sua própria filha, Nolan? — devolveu a adaga ao bolso de seu sobretudo. — Se você tem uma ideia melhor para encontrar Emma, me avise. Robin e seus homens alegres ou coisa do tipo estão fazendo buscas na floresta, mas não tiveram nenhum sinal dela até agora. E eu esperava que Hook pudesse ajudar, mas ele decidiu sumir bem agora. — suspirou, decepcionada.

— Ela pode ter saído da cidade...

— Não. Ela não saiu. Só está se escondendo. Muito bem, aliás.

David assentiu, frustrado.

— Posso ajudar em algo?

Regina balançou a cabeça negativamente.

— Não agora. Fique aqui e proteja Henry. Caso ela apareça por aqui...

— Vou avisar. — ele suspirou. Parecia cansado, apesar da pouca idade.

Antes que ele pudesse falar mais alguma coisa, a rainha envolveu-se em uma nuvem de fumaça roxa e mentalizou o lugar onde queria chegar.


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Notas finais do capítulo

Ahn... Nada a declarar.
Espero que tenham gostado.
2beijo.



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