Três vidas inteiras escrita por Blue Butterfly


Capítulo 20
Vinte


Notas iniciais do capítulo

É o que dizem: antes tarde do que mais tarde ainda.



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‘Maura.’ Foi o que Hope disse, um tom de surpresa registrado na voz, como se tivesse se esquecido de que havia batido na porta da pessoa em questão.

A loira sabia, entretanto, que tal surpresa se devia ao fato de que a mulher ainda não sabia da gravidez. Ela pousou uma mãe na barriga e abriu um sorriso delicado, embora estivesse se sentindo um pouco culpada. ‘Eu planejava te ligar para contar a novidade, mas...’ Outras prioridades vieram no caminho...? Isso seria algo desagradável de dizer. ‘Por favor, entre. É um dia frio aí fora.’ Ela deixou a frase morrer e mudou de assunto.

Hope concordou com um sorriso, e ainda um tanto admirada com a surpresa, pareceu não saber ao certo o que dizer. Ela não sabia, também, se era bem-vinda ali. A relação dela e de Maura, se ela podia chamar assim, sempre tinha sido linhas borradas.

‘Eu pensei que fosse Jane. Na porta, eu quero dizer.’ A loira se justificou, indicando o sofá para a mãe biológica se sentar, mais pela necessidade de manter algum tipo de conversa acontecendo. Era um pouco constrangedor, agora ela sentia, como ela tinha sido negligênte com Hope. Uma ligação não tomaria mais do que cinco minutos do seu dia, e, mesmo assim, ela adiou-a tanto quanto o pôde.

‘Eu estava na redondeza e decidi passar para lhe dar um oi. Faz tempo que não nos falamos.’ Ela pontuou com o olhar também, para provar seu ponto.

Reta e direta, mas não amargurada. Maura mordeu o lábio inferior, se sentindo um pouquinho pior do que antes, e se desculpou imediatamente. ‘Eu sinto muito por não ter entrado em contato antes. Foi uma surpresa para mim também, e depois disso... Tanta coisa aconteceu.’ Era uma desculpa genérica e pobre, mas se ela fosse pesar todos acontecimentos que impactaram sua vida desde que se descobrira grávida, e depois considerar o quanto precisou de tempo para se recuperar - ou aproveitar devidamente - cada um deles... Bem, ela própria tinha sido sua prioridade.

‘Não se preocupe, Maura. Eu não estou ofendida por isso.’ Ela abriu um sorriso que mostrou seus dentes, honesto e feliz, e seus olhos briharam com delicada empolgação. ‘De quanto tempo você está?’

‘Quatro meses.’ Maura seria mais específica em qualquer outro dia. Ela contaria também as semanas, ofereceria outra informação, talvez o peso ou tamanho do bebê. Naquele momento, entretanto, havia um sentimento estranho pairando sobre sua cabeça. Hope estava sendo tão legal e receptiva, honestamente calma e contente com a notícia, mas agora algo tinha se revirado dentro de Maura, e ela não conseguia identificar o que era. Perdida em pensamentos, ela não escutou a pergunta recém feita. ‘Perdão?’

‘Você já sabe se é menino ou menina?’ Hope inclinou a cabeça para o lado, e se ela percebeu a distração de Maura, não mencionou.

‘Oh. Nós não sabemos ainda. Jane e eu decidimos que vamos esperar até o dia do nascimento.’

‘Claro.’ Hope disse com compreensão. Ela não fez nenhuma observação sobre a relação das duas mulheres, provavelmente porque já concluira o que acontecia entre elas.

Com a menção do nome de Jane, um sorriso involuntário marcou os lábios da médica ao se lembrar da noite passada. Ela suspirou - aquele tipo de suspiro dos apaixonados - se perguntando se a outra já teria chegado na delegacia, mas rapidamente retornou ao presente e educadamente ofereceu chá para a mais velha. ‘Eu ainda preciso comer.’ Ela fez uma pausa e adicionou. ‘Jane roubou meu sanduíche antes de sair, e você logo chegou. Aceita algo? Um chá?’

Hope se levantou ao mesmo passo que Maura o fez, e gentilmente ofereceu: ‘eu sei que é tua casa, mas eu adoraria preparar algo para você comer. A não ser que você já tenha algo em mente.’

Maura mordeu o lábio inferior e pensou se sobreviveria sem o sanduíche de pasta de amendoim e geléia, calculando que arriscar seria um risco válido. A curiosidade em saber o que Hope prepararia era mais do que o desejo de comer tal sanduíche. ‘Me faria muito feliz.’ Ela disse, contente.

Hope concordou com a cabeça e perambulou pela cozinha, enquanto Maura se sentou no banco alto da bancada, observando-a. Cailin passou pela sua cabeça, e era sua próxima pergunta - como Cailin está? - mas Hope foi mais rápida do que ela ao falar.

‘Eu acho que preciso de ajuda.’ Ela se virou para a loira, um tanto sem graça. ‘Com alguns utensílios. Eu não sei onde estão.’

Isso, é claro, Maura deveria ter pensado em oferecer antes. Ela riu baixinho de si mesma e pulou do banco pronta para ajudar. ‘Perdão, não me passou pela cabeça antes. Do que precisamos?’ Ela percebeu, nesse momento, de que essa sempre a abordagem de que ela usava com Susie. Quando a colega pedisse ajudar no trabalho, fosse para localizar suplementos, relatórios ou catálogos, era desse modo que Maura respondia. Ela sempre se colocava no discurso, como se a tarefa passasse a ser dela também - não porque ela não confiava no desempenho da morena, mas exatamente porque gostava de sua companhia, de seu método de trabalho, e estava sempre disposta a dividir o tempo com tarefas que ambas gostavam de realizar. E Susie a recebia nas tarefas e compartilhava tudo então, como se aquele trabaho em grupo fosse o plano desde o começo.

Oh.

Ela se deu conta.

Talvez ela estivesse se sentindo estranha justamente por isso: Hope a tratava com a mesma gentileza e acolhimento que Susie fazia, e era por isso que seus pensamentos se voltaram para a amiga.

Amiga.

Susie tinha sido mais do que sua colega de trabalho.

‘Tigela.’ A voz de Hope surgiu no canto de sua mente, e com um meneio de cabeça Maura deixou-a entender de que estava atendendo seu pedido.

Ela cruzou a cozinha e ergueu os braços para abrir a porta do armário, e decidindo que uma tigela de tamanho médio serveria, foi isso o que agarrou.

Susie era minha amiga, ela pensou e lágrimas formigaram no canto de seus olhos quando se lembrou do último ‘experimento’ que fizera com a morena. As duas acabaram sujas de vermelho, mas rindo bastante no final.

Ela tentou afastar o pensamento da mulher. Era aquilo que estava sombreando seu dia. Esforçou-se a pensar em Jane, em seu bebê que remexia levemente dentro de si.

Susie tinho sido a primeira a saber de sua gravidez, mas só comemorara e lhe dera parabéns quando entendeu que podia. Antes disso, manteve como um segredo. Não porque Maura lhe pedira, mas porque tinha sido profissional em seu trabalho. E agora, Susie não conheceria seu bebê.

‘Merda.’ Ela disse baixinho. Agarrou a beira da pia com uma mão, enquanto a outra apertava os dedos com leveza na barriga. Ela respirou fundo e soltou o ar lentamente, numa tentativa inútil de manter os olhos secos.

‘Maura, você tá bem?’ A voz de Hope veio preocupada. A mulher não a tocou, por não saber se podia, embora tivesse uma mão ao lado da sua, na pia, e outra gravitando em cima das costas.

Não confiando na voz, a loira apenas balançou a cabeça no negativo. Que bem faria mentir agora? Ela tentou respirar mais uma vez, mas saiu mais como um soluço.

‘Maura!’ Hope repetiu, alarmada. ‘O que é? Uma contração? Você está com tontura?’

Entendendo a associação da mulher - sua mão estava em cima da barriga, afinal de contas - ela abriu os olhos verdes e cheios de lágrimas e se virou de frente para ela. ‘Não.’ A médica conseguiu controlar a voz o suficiente para dizer.

Por que isso tinha que acontecer logo agora? Era garantido, ela sabia que uma crise de choro ainda aconteceria, mas não assumiu que fosse sob essas circunstâncias.

‘Uma amiga de trabalho veio a falecer, e acho que só agora é que estou me dando conta.’ Ela murmurou, porque talvez se falasse baixinho não se transformaria em verdade.

‘Ah, não...’ Hope ofereceu, agora apertando o braço da mulher como um simples mas honesto gesto de conforto. Ela já tinha tentado abraçar Maura uma vez quando chateada, e o desfecho não tinha sido o dos melhores. Preferiu, então, não correr o risco de tê-la escapando de si novamente. ‘Eu sinto muito, Maura. Há algo que eu possa fazer por você?’ Ela se encostou na pia também, e não imaginou que Maura se mexeu um pouco mais para perto de si. Ombro a ombro, ela decidiu oferecer a mão para a mais nova.

Maura a segurou sem hesitação. ‘Eu temo que não.’ Ela disse com pesar, e lentamente, como se testasse território novo, deitou a cabeça sobre o ombro da outra.

Era a permissão que precisava, e aportunidade de demonstrar que Maura era bem-vinda. Hope deslizou o braço pela parte de baixo das costas da menor, e encostou a cabeça na dela. Ela nunca fora boa em consolar pessoas, então decidiu que não falar nada seria melhor do que falar algo inútil. Em silêncio, elas ficaram assim por minutos, sendo que o único demonstrativo de apoio, tirando o abraço, era sua mão acariciando a cintura da mais nova.

Enquanto lágrimas silênciosas corriam pelo seu rosto, ela pensou em Annabelle e Alex, Constance, Arthur. Pensou também em Angela e Jane, Frankie, na família que tinha agora. Sensível à morte de Susie, agora era momento de desejar que outras pessoas nunca se fossem, e de amá-las com um tanto mais de força.

‘Tudo muda tão rapido.’ Ela murmurou. Ela pensou em Jack também, em como ele estava prestes a receber uma notícia que mudaria sua vida. Aliás... Ela ainda tinha que decidir sobre esse assunto.

‘Nós não temos controle sobre muitas coisas, não é?’ Hope ofereceu. Ela sabia melhor do que ninguém; seu bebê fora tirado de si cedo demais, e ela nunca teve chace de cuidar de Maura por conta da mentira de Doyle.

Por sua vez, a loira concordou com a cabeça e pensou exatamente isso. Hope, entre todas as pessoas, sabia o que era perder alguém tão próximo de si.

‘Eu não desejo que nada tenha sido diferente.’ Maura começou, aparentemente do nada. ‘Até alguns anos atrás, eu mudaria tantos aspectos da minha vida se pudesse, principalmente minha infância. Hoje, com mais maturidade, eu não mudaria nada.’

Hope afastou a cabeça para estudá-la, ciente de que aquele pequeno monólogo tinha, de fato, um propósito.

‘Eu não posso desejar ter ficado com você, porque as pessoas que conheci por eu não ter ficado, não fariam parte da minha vida.’

‘É natural que você ame todas elas, Maura.’ Hope assentiu, acariciando suas costas para motivá-la a continuar. Para mostrar que tudo bem se ela não tivesse um papel tão importate na sua história. Ela entendia. Machucava, como uma ferida antiga que de repente se rasga de novo, mas ela entendia.

‘Eu não quis o bebê, a princípio.’ Ela murmurou, e ela não sabia o por quê, mas estava despejando tudo o que pensava e sentia em cima da mulher. ‘Eu queria um aborto, e eu desejei com tanta força que isso acontecesse naturalmente. Quando não aconteceu, eu quis agendar um.’ Ela riu com amargura, de si mesma. ‘Eu não estava numa fase boa na minha vida. Jane mudou tudo.’

‘Ela colocou sua vida em outra perspectiva.’ Hope sintetizou gentilmente, e esperou pelo resto.

‘Mas ainda tem a questão do pai do bebê, e... Ele ainda não sabe. E eu não sei o caminho certo a tomar.’ Ela concluiu num murmúrio.

Ah, ali estava. O controle que lhe faltava. Hope sorriu gentilmente e limpou uma lágrima do seu rosto, e dessa vez ela sabia o que dizer.

‘Vindo de alguém que teve sua bebê roubada? Minha sugestão é que você dê uma escolha para ele, Maura.’

‘Eu quero esse bebê mais do que tudo.’ A outra esclareceu, pensando que deveria, desde que não o tinha feito antes. Ela não queria nenhum viés; não queria que Hope entendesse que o bebê seria mandado para adoção, ou que ela considerava entregá-lo para Jack. Não. Nenhuma outra possibilidade. ‘Eu quero o bebê, e eu quero ele comigo.’

‘Ele é um bom homem? O pai da criança?’ Hope investigou.

‘Sem dúvidas.’

‘Ele vai entender.’

Maura meneiou a cabeça e lambeu os lábios. ‘É meu único desejo. Para o futuro.’

Hope sorriu levemente. ‘Para as coisas que podem ser mudadas, sem necessariamente perder o que se tem.’

‘Hope.’ Maura se virou lentamente e segurou a mão da mulher. Ela estava tocada com a interação. Entre as pessoas que ela estimava, a entrada da mulher na sua vida, apesar de toda comoção, trouxe esclarecimento, como se Maura tivesse encontrado uma página perdida de um livro cujo tinha lido - agora, com a página colocada de volta no lugar, a história ficara completa. ‘Eu não mudaria nada no meu passado, mas...’ Ela mordeu o lábio inferior, tentando encontrar as palavras certas. ‘É porque finalmente te encontrei. E ter você comigo, por perto, é importante para mim.’

Isso pareceu selar algo entre elas, e dessa vez foram os olhos de Hope que ficaram molhados. Antes, nessa relação conturbada, havia um abismo entre elas. Agora, aparentemente, ambas estavam construindo uma ponta para fechar essa distância.

Não havia, entretanto, uma relação de mãe e filha ali. Encontrar Hope depois de tantos anos era o mesmo do que encontrar seu casaco favorito de inverno, guardado numa caixa por engano, ainda com a cor preservada, os botões com superfície lisa e aparência nova, nenhum fio fora do lugar. Mas ele esteve perdido por muito tempo, e agora é pequeno. Não lhe cabe mais, não lhe tem serventia. Ou...

‘Eu posso...?’ Maura começou a pergunta, mas, ainda que soubesse o que sentia, não sabia como pedir.

‘O que?’ Hope esperou com paciência.

‘Se não for um pedido que vá... te sobrecarregar, eu acho... Eu sei que não há maneira de resgatar o que nós perdemos. Mas eu ficaria feliz se você for... Quer dizer, eu não quero que meu bebê não tenha a oportunidade de crescer com você. É teu sangue também, e não significa que porque você não foi minha família, que você não pode ser a dele. Então, se você não se sentir...’

‘Maura.’ A mais velha disse, rindo de leve, interrompendo a divagação da loira e tirando-a da miséria e afobação crescente. ‘Eu adoraria ser a avó do seu bebê. Significa muito para mim você estar pedindo isso.

‘Ok.’ A médica murmurou com alívio e gratidão.

‘Nós podemos cozinhar juntas?’ Hope ofereceu, considerando a conexão que haviam acabado de criar; não era algo que ela queria perder tão cedo.

...

‘Você parece estar de bom-humor.’ Jane brincou ao entrar no escritório da médica, mais tarde naquele dia.

A legista, lendo um relaório de autópsia, não se sobressaltou com a interrupção repentina. Ela sorriu enquanto lia as últimas palavras, fez um pequeno ‘x’ no final da linha, para se localizar no retorno da leitura, e ergueu os olhos para a detetive.

‘No que posso te ajudar, Jane?’ Ela devolveu. Claro, a piada tinha sido uma tentativa de provocá-la, ainda que levemente, sobre a noite anterior. Mas, verdade seja dita, ainda que Maura estivesse feliz com o sexo, o que tinha iluminado seu dia fora a visita da mãe biológica.

‘Eu desci para checar com os caras ali’, ela apontou para a sala que ficava no canto oposto da de Maura, ‘o material da balística, recolhido na cena de ontem.’

‘Alguma novidade no caso?’ Ela cruzou os braços sobre a mesa, estudando as feições de Jane com atenção.

‘Não. Korsak e eu vamos entrevistar uma suposta testemunha.’

‘Bem, boa sorte com isso.’ Ela disse, erguendo as sobrancelhas brevemente.

Jane assentiu com a cabeça e sorriu para a menor. ‘Eu só passei para checar você. Tá tudo bem?’

Maura mexeu a cabeça em sim retribuindo um sorriso, e depois adicionou. ‘Hope passou em casa.’

Com o nome da mulher, a postura de Jane passou de descontraída para rígida. ‘O que ela pediu dessa vez? Um pulmão?’ Não era segredo para ninguém que a detetive não tinha uma afeição muito grande pela mulher.

Maura revirou os olhos, reprovando a atitude da outra. ‘Nós conversamos. Foi produtivo, e... para ser honesta, eu estou um pouco impressionada pelo desfecho do nosso encontro.’ Ela levantou um ombro, descompromissada.

‘Oh, é mesmo?’ A detetive abriu meio sorriso, achando ligeiramente divertido.

‘Nós cozinhos juntas, conversamos sobre o bebê, Susie, e...’ Jack. Mas ela não adicionou essa parte. Cedo demais para debater esse assunto com Jane. Ela não se sentia preparada. ‘Bem,’ ela suspirou, ‘eu perguntei para ela se ela gostaria de ser a avó do bebê, e ela disse sim!’

Jane riu baixinho, deliciada como a maneira tão boba como Maura tinha colocado a frase. Hope, por ligação genética, era a avó do bebê. Mas ela entendia o que a legista queria dizer, e andou até ela para plantar um beijo na sua bochecha. ‘Eu fico feliz por vocês estarem se dando bem, então.’

Maura resfolegou em desdenho. ‘Você nem gosta dela, Jane.’ Ela segurou a caneta na mão, mais uma vez.

‘Não é que eu não gosto, mas toda vez que ela te deixa mal, eu quero... prendê-la.’ Ela escolheu uma palavra mais leve do que a qual realmente queria usar.

‘Certo.’ Maura devolveu com indiferença.

‘Eu preciso ir.’

Nisso, a médica levantou o rosto e ambas trocaram um beijo nos lábios, como se tivessem feito isso a vida inteira. ‘Eu amo você, e tome cuidado.’ Maura disse.

‘Eu vou. E eu te amo.’ Ela beijou a cabeça da loira, antes de se virar para sair.

‘Ah! Jane!’

A morena parou na porta e se virou. ‘Hm?’

‘Você se importaria em trazer um sanduíche de frango e queijo para mim, no seu caminho de volta? No pão integral, com azeitonas e tomate.’ Ela orientou. ‘E também, um suco de maçã. Se não for muito abuso...’

Jane ergueu uma sobrancelha, fingindo estar irritada e claro que é abuso! Mas, riu em seguida, desarmada, quando Maura pareceu chateada.

‘Eu não devo voltar em menos de duas horas, Maur.’ Ela checou o relógio, e sabia que a legista tinha chego e estado ali por mais de duas horas trabalhando. ‘Você não pode ficar tanto tempo sem comer.’

‘Eu sei.’ Ela disse, e orgulhosa de si mesma, tirou um recipiente cheio de morangos cortados, uvas e melão. ‘Mas eu queria mesmo aquele sanduíche.’

Revirando os olhos - e sorrindo - Jane soltou um ‘te vejo mais tarde’ e saiu da sala. Desde que esses pedidos não viessem no meio da noite, ela ficaria bem.


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