Giovanna

– Então nós não vamos ao Grill ? – Ingrid pergunta

– Não agora. Sabe o lago onde a Elena quase morreu ? – Ela faz que não com a cabeça- Bom, nós vamos lá.

No rádio tocava i’ll be there for you e eu só conseguia pensar na noite passada. Parecia um sonho. Sabe aquelas coisas que acontecem e você se pergunta se e real. Foi assim!

Logo nos chegamos e eu parei o carro na ponte e descemos até o lago e nos sentamos nas pedras. Ingrid pega algumas pedras e começa a tacar na água. Logo ela se cansa. Se vira para mim e diz:

– Você vai me contar ou não ?

Eu dou risada e começo a falar.

– Ele entrou no quarto, disse que não me deixaria ir embora e me beijou.

– E depois ??

– O que ? – Ela levanta uma sobrancelha- NÃO ! Nossa... Ele disse que era louco por mim e continuou a me beijar. Depois ele disse que teríamos um longo dia pela frente e saiu do quarto.

– Como você se sentiu ?

– Estranha.

Ela ri como se tivesse pasma.

– Você ama ele desde a primeira vez que ele entrou na escola e você viu ele no corredor!

– Não é pra tanto... – Era verdade.

Ela começa a tacar as pedrinhas no lago. Dava pra ver em seu olhar a tristeza. Eu sei o porque.

– Ei – eu digo- Ela esta em algum lugar bem legal.

– Sei que está. Só sinto a falta dela.

Fernanda. Nossa melhor amiga. Ela morreu à anos atrás mas... ainda sentimos a falta dela.

– Vamos falar de coisas boas – Ela diz, piscando os olhos para afastar as lágrimas que se acumulavam – Você, Giovanna, é louca por ele – Eu dou risada e ela continua- Lembra do dia em que ele chegou na escola ? De terno e tudo mais? – Eu concordo com a cabeça, mordendo o pedaço de carne seca que eu tinha guardado na mochila- O que você disse pra mim ?

– Não me lembro ... – Eu digo rindo.

– “ Ingrid... sujeito bonito. Sinto que o conheço de algum lugar”

– verdade.

– E você o conhecia...

– Nossa vida endoidou de vez, Né? – Ela concorda- Anos atrás nós éramos fãs e... queríamos ter essa vida e, apesar de tudo o que passamos, eu não trocaria isso por nada. E você?

– Eu também não.

Ela sorri pra mim e eu pra ela.

– Ai temos que arrumar um modo de conseguir sangue de anjo.

– Isso não é problema nosso – Eu digo – Quem tem um anjo de estimação é o Dean!

– Meu deus...

– Tah, sei que precisamos conseguir um pouco de sangue, mas onde vamos conseguir isso ?

– Com um anjo ? – Ela diz.

– É sério! Não vejo o cass desde ... cara, desde o Bunker !

– Tah..- Ela se levanta – Vamos ao Grill.

– Que ? – Eu digo esticando a mão e ela me puxa.

– Vamos encontrar com eles e resolver isso.

Nós subimos e voltamos para o carro.

Colocamos uma musica e começamos a cantar loucamente. Quando chegamos ao Grill, Dean estava sentado conversando com Sam no Bar. Damon conversava com Matt e Elena com Caroline.

Eu ando entre eles e comprimentos todos com Ingrid e, finalmente, alcançamos eles.

– Oi – Eu digo a eles.

– Onde vocês estavam ? – Sam pergunta

– Fomos até o Lago e depois voltamos pra cá - Responde Ingrid

– Já conseguiram algo?- Eu pergunto pegando a cerveja de Dean.

Ele me olha indignado e eu apenas levanto uma sobrancelha.

– Cass não responde- Dean diz.

– Ué – Ingrid responde- Ele não era o seu anjo?

Dou risada e concordo com a cabeça. Dean me vê rindo e acaba rindo junto. Eu olho pra ele e, meu deus, como ele é lindo. Tenho vontade de pular nele... bater nele pois deveria ser proibido ser tão bonito. Ao mesmo tempo, tenho vontade de pular nele e beijar e morder cada parte dele. Esses olhos, boca...

– Que foi? – Ele diz rindo.

Percebo que estava olhando para ele sem piscar. Eu tomo um gole da cerveja tentando disfarçar, mas é em vão.

– Nada...Então, talvez eu possa chamar ele.

– Sem querer ofender – Ingrid diz- mas por que ele iria responder a você?

– Não custa tentar.

– Concordo -Sam diz- mas é difícil ele responder.

– Não costumo orar, mas essa noite vou orar por ele.

– Gih – Dean diz – Posso falar com você?

Olho para Ingrid e ela pra mim.

– Claro.

Eu sigo ele até uma das mesas no fundo.

– Diga, Moço.

– Sobre ontem... Não sei como dizer.

Começou assim. Lá vem bomba.

– Olha, tá tudo bem. Você me beijou e não vai acontecer mais.

– O que ?- Ele diz levantando uma sobrancelha. Faço o mesmo.

– Eu não to entendendo nada- Ele diz, pegando um Uísque da mão do garçom que passava.

– Nem eu!

Eu me levanto e ele vem atrás de mim.

– Eu to falando com você – Ele diz.

– Eu sei – eu me viro pra ele – Mas eu vou embora. Tenho que rezar para o Cass.

– É serio.

– Vou sair agora antes que eu faça algo que eu me arrependa.

– Como o que ? – Ele pergunta rindo.

– Como... Te bater ou te beijar.

– Você já fez os dois – Ele diz chegando perto de mim.

– Calma ae. Eu não invadi o seu quarto e te beijei! – Ele olha bem nos meus olhos e eu me viro e volto para Ingrid e Sam.

– O que foi agora? – Ele diz, ignorando a presença deles.

– Nada só... Você me deixa louca! O que você quer afinal? Me chamou pra conversar e não disse nada.

E ele me beija. Sinto como se eu precisasse dele pra viver, como se ele fosse algo essencial como um braço ou uma perna. Quando ele se afasta me sinto com um dependente químico em tratamento.

– Eu tenho dezesseis anos – Digo com a cabeça encostada no peito dele.

– Eu não me importo.