POV. Caitlin

Mais uma segunda feira normalmente começa. Passo na minha cafeteria favorita pego Cappuccino com creme, e olho na vitrine da bancada cheia de gostosuras. Minha atenção vai para os cupcakes de floresta negra –os favoritos do velocista escarlate.

Peço dois para viagem, e logo em seguida o carinha me entrega uma caixa com os bolinhos. Então saio da loja a caminho de delegacia, onde Barry deve estar essa hora.

–Hey, Joe! –falo chamando a atenção do homem que conversava com outro policial.

–Caitlin! Que que bom te ver! –ele diz com um sorriso- Barry está lá em cima!

–Ótimo, tenho uma surpresinha pra ele! –respondo indicando a caixa em minhas mãos.

–Parecem delicioso! –ele olha para os cupcakes- Esse menino tem muita sorte de ter uma amiga como você!

–Eu também acho! –falo rindo e vou em direção a escada.

Quando chego na porta do laboratório, meu sorriso some. Barry está sentado em sua cadeira –com um sorriso idiota no rosto-, e sua nova amiguinha Patty, está em pé na sua frente passando alguma coisa na sua testa. Por algum motivo eu não gosto nada de ver isso.

–Barry... –o chamo e os dois na minha frente se viram para mim.

–Cait! –ele se levanta rapidamente da cadeira, e percebo o corte encima da sobrancelha e outro nos lábios levemente inchados.

–O que aconteceu com você? –falo preocupada colocando a caixa com os bolinhos em cima da mesa. Seguro seu rosto com as duas mãos analisando seus machucados.

–Eu estou bem! -revira os olhos.

–Ele entrou em uma briga com um bandido... –a menina explica. Para ele estar assim, entrou em uma briga com Barry Allen, e não com Flash.

–Tá, eu cuido disso agora! –falo assumindo meu lugar de médica.

–Eu vou ver se Joe precisa de mim lá embaixo! –Patty fala para o Barry e sai da sala.

Ele se senta na cadeira novamente e eu pego meu kit de primeiros socorros na minha bolsa.

–Você carrega isso com na sua bolsa?

–É preciso quando seu melhor amigo é um super-herói que está sempre se metendo onde não deve! –digo e ele revira os olhos de novo- Onde você estava com a cabeça?

–O cara falou do meu pai! –o velocista tenta se explicar. Suspiro, porque sei que isso é uma situação delicada.

–E por que você não me ligou depois? –falo passando um algodão com álcool em seu corte na testa- Ou não foi para o S.T.A.R. Labs?

–Porque não foi nada grave... Cura rápida, lembra?

–Mesmo assim! –retruco.

–Caitlin, eu prometo que te chamo quando eu realmente precisar dos seus cuidados!

–Mas tudo bem se a Patty quiser cuidar de você!? –solto sem pensar.

–Está com ciúmes Dra. Snow? –ele me olha divertido e eu me surpreendo.

–Não! Eu não estou com ciúmes! –falo brava- Só não quero ninguém roubando meu trabalho!

–Seu trabalho, ou.... Seu amigo? –ele ergue a sobrancelha. No fundo, eu sentia, que não se tratava só do trabalho.

–Os dois... Talvez....

–E por que você acha que isso iria acontecer?

–Eu não sei... Ela é perfeita, com pernas bonitas, seus cabelos loiros e olhos azuis! Quem não quer uma médica assim? –falo e o cara-de-pau começa a rir- Não tem graça!

–Não se preocupe, de jeito nem nenhum alguém seria melhor em cuidar de mim, do que você! Como médica e como amiga! –ele termina de falar e eu sorrio.

–Bom mesmo! Porque você é meu paciente preferido! –falo e ele sorri.

–Eu sou seu único paciente!

–Exato! E é melhor que eu seja sua única médica também! –digo guardando o kit de volta na minha bolsa.

–Você é! Ei... O que você trouxe aí? –Barry aponta para caixa. Tinha quase me esquecido do porque vim aqui.

–Ah, eu trouxe cupcakes, seus favoritos! –eu pego a caixa, e puxo uma cadeira para sentar ao lado dele.

–Floresta negra!? –exclama- Eu já disse que você é incrível?

–Ainda não! –eu rio e ele pega um dos bolinhos e dá uma mordida.

–Meu Deus! –fala com a boca cheia de chocolate (o que o faz soar mais adorável que o normal). - Você é incrível!

–Eu sei! –respondo fazendo-o rir.

Começo a comer o meu também. E a pensar em duas coisas: o quanto Barry Allen fica incrivelmente fofo com a boca suja de chocolate e como é estranho o fato de que ele consiga salvar a cidade todos os dias contra os meta-humans, mas não consegue comer um cupcake sem se lambuzar.

Assim que eu termino, pego um lenço de papel dentro da minha bolsa me aproximo mais dele –que já havia terminado de comer- e começo a limpar sua boca.

–Viu? Sempre cuidando de mim... – ele diz e eu volto minha atenção para seus olhos. Reconheceria esses olhos verdes, por trás de qualquer máscara.

–Você tem razão, ninguém faz isso melhor do que eu! –retomo nossa conversa anterior e o moreno sorri.

–Você deve gostar muito do seu trabalho... –ele diz quando eu me afasto e jogo o lenço sujo no lixo.

–É mais uma relação de amor e ódio! –rio.

–Como assim?

–Eu gosto de cuidar de você, mas odeio precisar cuidar de você! Porque se eu precisar cuidar de você é porque você está machucado! Entendeu? –respondo meio confusa.

–Acho que sim! –o velocista solta uma risada.

–Bom... –pego minha bolsa- É melhor eu ir, não gosto de deixa o Cisco sozinho no laboratório.

–Na verdade, você está sempre tentando cuidar de todo mundo!

–Eu não consigo evitar!

–Eu gosto na verdade, é minha coisa favorita sobre você! –Barry sorri sem graça e eu acompanho sentido minha bochecha esquentar leve mente- Mas você tem razão, melhor não deixar ele sozinho... Só Deus sabe, o que ele fica fazendo quando não estamos lá... –rio.

–É! –concordo- Então, até mais tarde!

–Até!

Assim que nos despedimos eu saio.

Antes de agora, não tinha notado que a parte favorita do meu trabalho, não é ser a Dr. Snow (aquela cientista, toda inteligente que cuida do Flash), mas sim, ser só a Caitlin que vai fazer ao máximo para cuidar de seus amigos.