Once Upon a Time escrita por Lucy G Salvatore


Capítulo 8
Connor Hawke.


Notas iniciais do capítulo

Hello Guys! Muito obrigada pelo retorno da fanfic. Vocês são maravilhosas! Pelo título, já sabem que hoje vai ter muito drama né? Fiquei na dúvida de como escrever o capítulo e foi difícil passar para o papel. Espero que tenha ficado bom =D Boa leitura!



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POV FELICITY

A noite chegou depois de um dia longo. Eu e Oliver resolvemos ir até a caverna ver se a equipe precisa de ajuda esta noite. Nós ainda não voltamos totalmente a ativa devido à falta de tempo por causa da empresa. Durante o trajeto, Oliver permanece calado, mais do que o normal. Eu sei que há algo errado, mas não quero pressiona-lo a dividir. Por mais que me magoe saber que ele não confia em mim o suficiente.

Entramos na caverna e encontramos Jonh treinando no saco de pancadas. O mesmo para quando nos vê entrar.

– Aconteceu alguma coisa? – Pergunta diretamente para Oliver. Eu disse que tem algo errado com ele. Oliver nega com a cabeça e entra no banheiro. – Vocês brigaram? – Jonh se vira para mim e eu levanto as mãos em rendição.

– Ele está estranho o dia todo. – Explico. – Uma mulher foi vê-lo na empresa e depois disso ele se fechou por completo. – Suspiro. – Não quer dividir comigo. – Dig me conforta com o olhar sabendo que estou decepcionada. Oliver volta apenas com uma calça de moletom e começa a fazer suas barras sem dizer nada. Me chateio mais com seu comportamento e tomo minha posição diante dos computadores. Alguns minutos passam e o silêncio no local já está desconfortável. – Onde está o resto da equipe? – Puxo assunto. Jonh que agora limpa sua arma, levanta a cabeça.

– Laurel está finalizando um caso e Thea foi a Verdant aceitar algumas encomendas, agora que o Roy foi embora. – Assinto de leve e o assunto acaba. Volto minha atenção para os computadores e ouço o telefone de Oliver tocar ao meu lado. Olho para o aparelho e estranho o nome que surge na tela. Antes mesmo de pega-lo, Oliver se solta da barra e praticamente o toma de minhas mãos e atende. Me surpreendo com a atitude e meu coração se aperta ao ver ele se afastar para conversar com a tal mulher.

Mais alguns minutos passam e minha curiosidade só aumenta. Dig percebe o clima ruim e toca meu ombro como sinal de conforto e lanço lhe um sorriso fraco. Oliver volta com uma expressão indecifrável.

– Está tudo bem? – Pergunto esperando a verdade. Ele assente e pula agarrando a barra novamente. – Oliver. – O chamo e ele não responde. – Oliver! – Falo mais alto e ele solta a barra, caindo de pé. – Converse comigo. – Tento e ele fecha os olhos com força. Passa as mãos na cabeça e já sei que não é coisa boa.

– Eu tenho um filho. – Solta de uma vez e não sei ao certo se ouvi direito. Minha cara não deve ser das melhores.

– Um filho? – Confirmo. – Você é pai? – Sinto uma pontada no estômago e não sei como reagir. Oliver permanece me olhando com a mesma expressão. Seus olhos estão nublados e confirmo que não é uma brincadeira. – Mas... Quem? Como... – Não sei por onde começar. Isso não pode ser verdade. Como assim? Ele me traiu?!

– Você sabe como eu era antes do naufrágio. – Começa. – Certa vez, me envolvi com uma menina e ela acabou engravidando. – Engulo seco. Pelo menos ele não me traiu.

– Você sabia que ela estava grávida? – Pergunto incrédula.

– Ela me contou quando descobriu e eu me desesperei. Mas eu não a abandonei, Felicity! – Se exalta e fecho a cara. – Uma semana depois do ocorrido ela me encontrou e falou que tinha perdido a criança. – Justifica. – Nunca me senti tão aliviado na vida. – Completa e eu rio em deboche. – Não faça essa cara! – Me surpreendo com a arrogância.

– Não faça essa cara?! Oliver, você é pai! Me desculpa se eu estou surpresa com a notícia. – Me ofendo. – Você que não assumiu a responsabilidade! – Esgoelo.

– Minha mãe pagou para ela sumir com a criança, Felicity! – Solta e rapidamente prendo a respiração. – Não jogue a culpa em mim. Eu não sabia da existência dessa criança até hoje. – Vejo Jonh se movimentar e só assim lembro de sua presença na sala. Ele caminha em direção ao ringue nos dando um pouco de privacidade.

– Aquela mulher é a mãe dele? – Pergunto tentando me acalmar. Ele assente. – Por que ela foi até a empresa hoje? – Ele franze o cenho. – Tenho certeza que depois de nove anos ela não acordaria e resolveria te contar sem um bom motivo para isso. Não se não precisasse de algo. – Justifico e ele passa as mãos no cabelo.

– O menino possui hemofilia. – Assinto mostrando que sei do que se trata. – Ele precisa de um doador de medula óssea e a Sandra não é compatível. – Prendo a respiração novamente.

– Quem ela pensa que é para te pedir uma coisa dessas?! – Me revolto.

– Ela quer salvar a vida do filho dela, Felicity! – Rebate extremamente nervoso.

– É claro que quer, Oliver. Muito conveniente da parte dela aparecer dessa forma e ainda te pedir um favor desses. – Continuo. – Você já parou para imaginar os anos que ela te privou de passar ao lado da criança? Em troca de alguns milhões! – Argumento e ele fecha a cara. – Você deve sim fazer o transplante. Mas saiba que ao fazer isso, já está assumindo a responsabilidade que foi te tirada há anos. – Ele esfrega as têmporas e solta o ar.

– O que quer que eu faça? – Pergunta mais calmo. – Abandone eles?

– Eles? – Rebato baixo e sinto uma fisgada no peito. Oliver fecha os olhos e percebe o que falou.

– Não se preocupe, ela é casada. – Justifica e eu assinto, me segurando para não deixar algumas lágrimas escaparem.

– Não é com isso que estou preocupada. – Ele franze o cenho. – Estou preocupada em como você vai lidar com isso. – Finalizo e ele relaxa a feição. – Oliver, eu nunca faria você escolher entre mim e seu filho. – Suspiro e uma única lágrima escorre. – Me magoa ao pensar que achou que faria. – Seus olhos agora estão com um misto de decepção e arrependimento. – Preciso de ar. – Digo e deixo a caverna.

Não sei o que pensar. Eu não estou brava com Oliver, ele é apenas uma vítima da situação. Mas me magoa ao pensar que ele não dividiria essa situação comigo. Me magoa em pensar que ele me acha egoísta o suficiente para priva-lo de ficar com seu filho. Me irrito ao pensar na mulher egoísta que se afastou com a criança em troca de dinheiro e ainda acha que pode aparecer, jogar essa bomba no peito de Oliver, esperando que ele assuma essa grande responsabilidade. Eu conheço Oliver. Esperei por dois longos anos para que ele tomasse uma atitude, mas só pensava na minha segurança. Ele não está preparado para isso.

Uma corrente gelada de ar passa por mim e percebo que já estou a alguns quarteirões da caverna. Aperto mais o casaco contra meu corpo e resolvo voltar. Sigo pelo mesmo caminho, mas paro quando tenho a impressão de ter alguém atrás de mim e me viro rápido. Ninguém. Outra corrente me atinge e me apresso. Sou impedida quando um homem alto, com uns 1,90 metros surge na minha frente. Um frio desce pela minha espinha com o susto. Não consigo entender o que ele diz e desvio sem responder. Sinto sua mão puxar meu rabo de cavalo e tento correr. Seus braços rapidamente me empurram em direção a parede suja do beco. Me desespero ao ver um sorriso malicioso em seus lábios. Então, começa a se aproximar lentamente, enquanto não tenho para onde correr. Meus olhos enchem de lágrimas.

– O que você quer? – Pergunto, não sei com qual coragem. O homem me imprensa na parede.

– Ainda não sei. – Sinto o bafo de álcool bater em meu rosto e ameaço gritar. Sua mão tapa minha boca e me imprensa com força contra a parede. Tento me desvencilhar rápido, mas a caçamba de lixo ao meu lado, me impede. – Na verdade tenho uma coisa em mente. – Diz com sua boca próxima ao meu ouvido. Sua mão livre começa a subir por minha coxa e me desespero. Começo a me debater, mas em vão. Ele toca meu pescoço com sua boca nojenta e o pavor vai tomando conta de mim. As lágrimas, antes contidas, escorrem por meu rosto. Começo a gritar desesperadamente mesmo com a boca tampada. – Você é muito gostosa. – Sussurra em meu ouvido. Choro cada vez mais. O homem me descola da parede e me vira com certa brutalidade. Bato o rosto na superfície fedida da parede, causando uma dor na parte de baixo do meu olho, acima da bochecha. Começo a me debater novamente temendo o que o cara iria fazer. Irritado ele pega minha cabeça e a bate com força na parede, me deixando completamente zonza. Sinto sua mão nojenta percorrer pelo meu corpo e ouço o barulho de seu zíper. Meu corpo todo enrijece, mas ainda estou tonta e sem forças para lutar. Fecho os olhos com força, quando sinto se afastar. Meu corpo cede de encontro ao chão e minha visão está turva. Fecho os olhos por alguns segundos e perco os sentidos. Abro a fresta dos olhos para espiar e vejo uma movimentação violenta acontecendo. Um homem vestido de preto está montado no cara desferindo vários socos em sua face. Espera, ele está de capa? Essa é a última coisa que vejo antes de apagar de vez.


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Notas finais do capítulo

Coitada da loira né gente?! Muitas de vocês fizeram várias suposições de como ela descobriria. Muitas me deram sugestões e fiquei encantada com a da FelicityQueen, mas infelizmente, o capítulo já estava escrito e toda a continuação da história está ligada a essa reação dela ao descobrir. A Catarina comentou uma coisa que estou totalmente de acordo, Oliver não deixaria de dividir essa notícia com Felicity. Ele não queria ter contado dessa forma, mas não teve jeito. Enfim, muita treta para um dia só. Acho que vocês já sabem quem a salvou hehehe O capítulo ficaria muito grande se colocasse a continuação nesse. Por isso, optei por dividir e amanhã vocês terão a continuação. Não deixem de comentar por favor ;) Beijinhos e até breve!