POV OLIVER

– Nossa isso realmente é loucura. – Digo fechando a porta, após Ray deixar o apartamento.

– Desde quando nossa vida é normal, Oliver? – Rio com o comentário. – Isso é normal se comparado com a Liga dos Assassinos. – Solta, mas depois parece se arrepender. – Desculpe. – Assinto fraco e a beijo levemente.

– Sabe o que é loucura? Você querer que eu assuma a vice-presidência de sua empresa. – Ela revira os olhos.

– Já conversamos sobre isso. Preciso de você. – Sussurra e seu hálito quente bate e em meu pescoço me acendendo por completo. Em um simples gesto suas mãos acariciam meu peito e alcançam minha nuca. Suas unhas roçam de leve na base dos cabelos, me arrepiando por inteiro. Seus lábios tomam conta dos meus, mas quando faz menção de afastar mordo de leve seu lábio inferior assumindo o controle. Minhas mãos inquietas passeiam por suas costas, até tomarem posse de sua cintura fina. Aprofundo o beijo e nossas línguas travam uma batalha sensual. Sinto suas pequenas mãos arrancarem os bostões de minha camisa e sorrio com o feito. Os beijos de Felicity descem por meu peito, impulsiono-a e rapidamente suas pernas estão envoltas ao meu quadril. Caminho firmemente até a bancada da cozinha e a deposito-a ali. Em um único movimento abaixo as alças finas de seu vestido e aprecio seus lindos montantes. Beijo seu pescoço e mordo de leve o lóbulo de sua orelha. Um gemido escapa de sua boca e meu corpo todo estremece. Levo a mão por baixo do vestido e rasgo sua lingerie sem dó. Ela arfa alto e agarra o cós de minha calça em sinal de desespero. Sem aguentar mais provocações, a preencho por completo. Um som maravilhoso ecoa pelo local. Completamente extasiada, Felicity permanece agarrada a mim. Suas unhas arranham minhas costas e já sei que ela está quase lá. Ela se afasta um pouco e então leva seus olhos nublados até os meus. Esse é o estopim para atingirmos essa maravilhosa onda de prazer. Ainda ofegante, a loira apoia sua testa na curva de meu pescoço. – Eu nunca vou me cansar disso. – Não consigo evitar e rio de sua declaração. – Ah Deus! Eu falei alto?

POV FELICITY

Depois desse momento carnal, resolvi que precisava tomar outro banho. Oliver preferiu voltar para casa e tentar dormir. Amanhã será um longo dia, teremos a reunião com os acionistas e a imprensa estará na empresa para divulgar a transferência da presidência. Sem falar da provável aparição de Ray que levará todos a loucura. Tomo um banho rápido e gelado tentando aquietar meu corpo, visto meu pijama leve e deito cansada.

Parece que em minutos meu despertador toca, sendo que na verdade dormi por 5 horas. Desacostumei dessa rotina de levantar cedo e voltar tarde. Faço minha higiene matinal e uma maquiagem leve no rosto. Escolho um vestido mais arrumado para usar na reunião de hoje e meus saltos favoritos. Olho no relógio e já estou atrasada.

Dirijo o mais rápido que posso e sou recebida por diversos fotógrafos. Nunca vou conseguir me acostumar a isso. Um repórter mais atrevido me impede de continuar o caminho, mas sou salva por Diggle.

– Obrigada. – Sorrio.

– É o meu trabalho. – Sorri torto e transmito um olhar solidário.

– Sinto muito. – Bato em seu peito e sigo meu trajeto. Selina logo aparece e me informa sobre a reunião. Olho ao redor e tento procura-lo em meio à multidão. – Ele está atrasado. – É a vez de Dig procurar. A porta do elevador abre, revelando Oliver em um terno impecável. Tive que me conter para não agarra-lo diante de todos. Ele se aproxima e faz menção de me beijar, mas desvio discretamente.

– Aqui não. – Sussurro e ele parece entender. Entramos para sala de reunião onde os acionistas nos esperam. Agora é a hora da verdade.

[...]

Graças a Deus tudo correu bem. Os acionistas ficaram impressionados com minha escolha, pois conhecem Oliver o suficiente e sua fama duvidosa. Depois de muitos argumentos consegui convence-los de que ele é a melhor opção para assumir o cargo. Lógico que omiti nosso relacionamento, querendo preservar nossa privacidade.

– Agora sim, Sr. Queen, trabalha para mim. – Provoco adentrando sua sala. Oliver que antes lia alguns papéis sorri. Sento na cadeira a sua frente e sorrio em reflexo de seu lindo sorriso.

– Senhor Queen. – Ouço Jerry o chamar e me viro. – Srta. Smoak. – Me cumprimenta. – Sinto em interromper, mas há uma mulher no saguão que deseja vê-lo. Ela não diz o nome.

– Eu tenho uma reunião agora. – Oliver limita-se a dizer. – Marque com ela para semana que vem. Ficarei feliz em atende-la. – O menino assente e deixa a sala.

– Reunião? – Pergunto de imediato. – Achei que não teríamos mais reuniões hoje. – Tagarelo até perceber a intenção de Oliver. – Que feio, Sr. Queen. – Levanto, indo até ele. – Mentindo para seu assistente. – Ele sorri com meu tom e me beija. Somos interrompidos com o som de meu celular com uma mensagem de Thea para irmos até a caverna.

[...]

Entro apressada, acompanhada de Oliver no esconderijo. Jonh, Thea e Laurel estão de pé de frente para meus computadores. Me aproximo e Diggle me dá espaço para sentar.

– Há alguns dias estamos tentando rastrear um traficante de mulheres que chegou à Starling City. Mas não somos eficientes como você. – Laurel explica.

– Conseguimos descobrir o padrão que usa para pegar suas vítimas. Geralmente ele usa festas beneficentes, onde as mulheres estão arrumadas e as capturam sem que ninguém perceba. – É a vez de Jonh dizer. As imagens de uma van preta surgem na tela. Tento identificar o proprietário do veículo, mas o mesmo é roubado.

– Precisamos descobrir quem é o cara e rastreá-lo. – Determina Oliver. Assinto e começo digitar freneticamente atrás de informações que nos levem até esse maníaco. Entro no banco de dados da polícia atrás de um provável suspeito foragido com as características do traficante. Uma lista de cinco nomes surge e bufo.

– Vou cruzar as listas de convidados de todos os eventos beneficentes da cidade com esses nomes. Principalmente nos que antecederam uma denúncia de sequestro de mulheres. – O computador apita e não há resultados em comum.

– E se for alguém novo? – Olho para Laurel. – Alguém que não possui passagem na polícia. – Meus dedos são ágeis pelo teclado.

– James Dorian. - Chamo a atenção da equipe. - O homem esteve em dois eventos no mês passado. Dois dias depois três famílias denunciaram um possível sequestro.

– O que sabemos sobre ele? – Faço mais algumas buscas e me surpreendo com o resultado.

– Não há registros na polícia ou em qualquer conta bancária. Nenhum veículo registrado ou endereço. – Suspiro. – O cara é um fantasma. Talvez se usarmos os padrões de sequestro poderemos descobrir o próximo evento. – O computador apita e arregalo os olhos, quando vejo o resultando. – Como pude esquecer? – A equipe se aproxima e todos se surpreendem com o local do próximo evento: Palmer Technologies.

– Precisamos de um plano.