Once Upon a Time escrita por Lucy G Salvatore


Capítulo 24
Insegurança.


Notas iniciais do capítulo

Meu jesus amado! Me perdoem pelo sumiço. Não preciso nem falar que preciso de férias, né? Não aguento mais estudar! Meu maio sonho: Fanfics pagarem minhas contas. Enfim, como não vai se realizar, atrasei alguns dias.
Voltei com mais um capítulo para vocês. Muito obrigada pelo carinho e comentários ;) Boa leitura!



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POV FELCITY

– Nós vamos precisar de um bom plano. – Oliver diz visualmente abalado. - Pelo pouco que Ra’s me contou sobre Damian ele não será fácil de ser pego. - Oliver suspira e passa as mãos pelo cabelo sem saber o que fazer diante dessa situação.

– Estamos sem informações há mais de um dia. Esse silêncio não pode ser coisa boa. – Jonh completa.

– Precisamos fazer alguma coisa. – Barry diz inquieto e minha mente começa a trabalhar em mil possibilidades.

– Com o risco de levar uma flecha. – Ray dá um passo à frente e olha para Oliver que franze o cenho. – Eu acho que tenho uma solução. Mas não sei se vocês vão gostar da ideia. – Ray olha para mim e rapidamente entendo aonde ele quer chegar. Olho para Oliver que enfim parece entender.

– Negativo. – Soa firme. – Não vamos envolve-la nisso. – Oliver diz em tom de aviso e Ray ergue as mãos em rendição, enquanto todos se olham sem entender.

– Oliver. – O interrompo. – Ele pode nos ajudar com as informações. – Tento argumentar e ele nega com a cabeça. – Precisamos tentar. – Me aproximo e toco seu braço. – Eu já estou envolvida. Infelizmente, ele também está. – Os olhos de Oliver encontram os meus e sei que ele vai ceder.

– Não quero você sozinha com ele. – Avisa e assinto rapidamente. – Se não estiver confortável com a situação, pode esquecer essa ideia. – Adverte e assinto novamente.

– Eu vou ficar bem. – O tranquilizo e pego meu tablet sobre a mesa. Caminho até a porta de acesso ao sala ao lado e respiro fundo antes de entrar. Hora de uma conversa entre pai e filha.

[...]

“- Sabe que dia é hoje? – Meu pai indaga enquanto enche minha tigela de cereal.

– Hum. – Respondo ainda coçando os olhos. – Hoje é sexta. Sexta! – Grito animada e um sorriso surge em seus lábios. O melhor dia do mês! Toda segunda sexta-feira do mês minha mãe precisava viajar para trabalhar e por isso meu pai ficava comigo. Nossa rotina atípica se resumia a tomar sorvete enquanto auxiliava meu pai em seu trabalho.

– Pronta para montar alguns computadores? – Pergunta animado e assinto empolgada.”

– Felicity. – Richard me chama depois de alguns minutos. – Você veio até aqui para ficar me olhando? – Indaga com a sobrancelha erguida. Acordo do meu transe e engulo seco ao perceber que estou parada o encarando enquanto essa lembrança surge em minha mente.

– Se você está pensando que esse é o momento que poderemos conversar sinceramente, com nossos discursos, arrependimentos e promessas de amor está muito enganado. – Digo seriamente e recebo um olhar reprovador de Ray. Não estou com tempo para ceder as brincadeiras da minha memória. A cidade está em perigo e precisamos dar um jeito na situação. – Estou aqui para saber de que lado você está. – Adoto uma postura ereta e indiferente tentando não demonstrar o quanto estou ansiosa para saber sua resposta.

– Eu te disse que estou arrependido. – Começa e reviro os olhos. Não quero ser dura com ele, mas não posso permitir que ele misture as coisas. Pelo menos, não por agora. – Se ajudar vocês for me devolver a vida que perdi há vinte anos, sou capaz de qualquer coisa. – Ergue as mãos o máximo que pode, já que estão amarradas. Seus olhos azuis se conectam aos meus e um alivio toma conta de meu corpo.

– Pode nos dizer onde é a localização da organização? – Oliver corta a tensão e vai direto ao ponto. O homem assente e rapidamente abro o mapa da cidade em meu tablet. Olho para Oliver que permanece parado. – O que foi? – Indaga ao perceber meu olhar.

– Pode desamarra-lo. – Explico e sua feição se fecha. – Ele não vai nos fazer mal. – Garanto ao perceber que ele está prestes a rebater e lanço um olhar para Richard.

– Nem pense em tentar algo. – Ouço o arqueiro ameaça-lo enquanto o desamarra. O homem levanta, roda os punhos e caminha em direção aos computadores. Pigarreio ao perceber sua intenção, então ele para e me fita incrédulo. Ele pode ser meu pai, mas isso não significava que tem permissão de tocar nos meus bebês. Transfiro a imagem do mapa para as telas grandes e ele se aproxima. Seu aroma chega as minhas narinas e reconheço o cheiro imediatamente.

– A sede da H.I.V.E fica no prédio da D.D Techonologies. – Faço uma breve pesquisa e a imagem do prédio surge na tela. – O prédio possui 3 entradas.

– Espera, eu já estive lá. – Ray interrompe. – Aliás, nós tivemos. Se lembra? Foi depois daquele dia que jantamos... – Divaga e posso ouvir Oliver bufar atrás de mim. Pigarreio interrompendo a mudança de assunto. - Essa empresa é reconhecida mundialmente. – Conclui incrédulo.

– Escondido da vista de todos. – Jonh justifica. - O melhor disfarce.

– Aconselho a entrada leste. – Aponta no mapa. - É utilizada para entrada de produtos. Onde a segurança é menor. Mas não se enganem, à medida que vocês se aproximarem dos níveis inferiores, a segurança é intensificada. Essa é a sala do Sr. Dark. – Sinaliza uma imensa área ao fim de um corredor. – Só temos um problema.

– Mais um você quis dizer. – Barry acrescenta.

– Damian raramente está na sede. Só aparece em casos de extrema urgência. – Coça a cabeça e olha para Oliver.

– Qual a definição de extrema urgência? - Oliver pergunta e já sei que está elaborando um plano em sua cabeça.

– Quando uma mercadoria nova chega, por exemplo. – Estende a mão em minha direção e entendo o que ele quer. Solto o ar dos pulmões e estico meu tablet.

– O que você quer dizer com mercadoria? – Indago curiosa. O que será que esse mestre, vulgo chefe de uma organização do mal pode querer como mercadoria?

– Ele está obcecado com meta-humanos. - Fala e vejo seu olhar desviar em direção à Barry. - Damian descobriu uma forma de controla-los usando um neurotransmissor.

– Foi por isso que ele invadiu a Star Labs. - Barry conclui aborrecido. Todos os criminosos que ele havia prendido, estão soltos e a ponto de serem controlados por um maluco que quer dominar o mundo.

– Damian precisava de mais cobaias. – Tenta explicar.

– Cobaias? – Ray pergunta assustado.

– Veja bem, Damian criou esse neurotransmissor, mas nem sempre ele funciona da forma correta. E alguns casos o paciente acaba perdendo as funções cognitivas do cérebro. - Meu pai respondeu e eu me senti nauseada, era repugnante usar seres humanos dessa forma.

– O que você está dizendo é que para atrair Damian precisamos dar a ele exatamente o que ele quer. - Conclui, e todos pareceram me compreender, pois imediatamente suas cabeças se viraram em direção ao Barry. O ligeirinho olha para os lados sem entender e então se dá conta de nosso plano.

– Ótimo. – Engole seco.

[...]

Passamos as últimas horas elaborando melhor o nosso plano. Cada detalhe é primordial e nada pode dar errado. Não vou negar que a ajuda de Richard com essas informações cruciais contribui para o desenrolar do mesmo. Todos já parecem a vontade com sua respectiva parte destinada do plano.

Leornad Snart, ou como cisco gostava de chama-lo Capitão frio e Onda térmica estão com suas armas em um canto da sala conversando. Não sei se devemos confiar neles. Acredito que Barry sabe o que pode acontecer e não deixaria Ray envolve-los se não acreditasse que eles realmente podem ajudar. Ray está conversando com meu pai próximo a saída e parece animado como sempre. Passo meus olhos pelo local novamente procurando por Oliver, mas eles param em Sara que treinava com a garota alado, Kendra. É tão estranho tê-la aqui. Viva e treinando como sempre fazia com Oliver. Ainda mais depois de vê-la sobre a mesa com as flechas cravadas em seu peito. Ela estava morta, e agora tudo voltou a ser como antes. Desde quando essas coisas acontecem?

– Não precisa ficar com medo de mim Fel, ainda sou eu. – Ouço sua voz e acordo do transe. Sorrio fraca por ser pega no flagra e um sorriso surge em seus lábios. Giro minha cadeira e volto minha atenção para os computadores, esperando pelo momento certo de agir. Uma grande corrente de ar agita a sala e quase todas as folhas voam pelo local. Tento pega-las, mas em vão. Oliver surge em meu campo de visão e de repente olho para os lados sem reconhecer onde estou. Barry aparece ofegante e fecho a cara.

– Desculpe. – Se adianta. – Correndo risco de levar uma flechada nas costas. – Faz cara de dor. – Preciso da minha amiga. – Desabafa e ignoro o fato de estarmos em um beco. Barry é a pessoa que mais tem a perder se o plano falhar.

– Não se preocupe, vai dar tudo certo. - Tento conforta-lo. - Você só precisa ir lá e enganar os grandes vilões. – Me aproximo e toco seu rosto.

– Eu acho que é um bom plano. – Respira fundo. - Mas eu preciso te pedir uma coisa. – Olha nos meus olhos. – Uma coisa que você não vai querer fazer. Mas vai fazer, porque eu estou te pedindo. – Engulo seco e receio o que está por vir. – Se o plano não der certo, se Damian conseguir dominar minha mente, preciso que me prometa que vai fazer tudo para me impedir de fazer qualquer mal a alguma pessoa. – Franzo o cenho sem entender. – Você sabe, Ray vai tentar o acesso aos neurotransmissores. Preciso que me prometa que caso ele não consiga desativa-los, vai parar a todos. Inclusive a mim. – Arregalo os olhos.

– Perdeu a noção? – Pergunto incrédula e recuo um passo. – Não vou te matar. – Rebato furiosa.

– Felicity. - Segura meus braços. – Eu não posso fazer mal a ninguém. – Tenta novamente.

– Barry Allen! – Interrompo. – Não me peça uma coisa dessas. – Meus olhos enchem de lágrima ao pensar nas consequências desse plano. Eu sei que Barry está certo em prevenir, mas não seria capaz de uma coisa dessas. Não seria capa de matar uma pessoa, ainda mais meu amigo.

– Felicity. – Maneia a cabeça. – Eu só confio em você. – Desabafa e fecho os olhos com força. – Você sabe que estou certo. – Parece ler meus pensamentos. – Por favor.

– Droga. – Me amaldiçoou por fazer parte disso tudo. Abro os olhos e algumas lágrima escorrem por meu rosto. – Acho melhor você sair dessa, Sr. Allen. Vou ficar bem irritada se tiver que cumprir essa promessa. – Declaro e ele sorri fraco me envolvendo em um abraço.

Assim como chegamos, voltamos para caverna. Desço do colo de Barry e já procuro por Oliver. Oh! Ele está com a cara de bravo. O homem caminha em nossa direção com a pior das feições.

– Oliver. – Interrompo qualquer atitude imprevisível. – Foi necessário. – Explico calma tocando seu braço e ele bufa levemente irritado, levando os olhos até Barry.

– Alguém me chamou? – Barry grita para as meninas que se olham sem entender e rapidamente some do nosso campo de visão.

– O que houve? – Oliver questiona me olhando nos olhos.

– Você sabe, até os heróis são inseguros as vezes. – Contento em dizer e ele assente fraco, entendendo toda a situação. Lanço um último olhar para Barry e abraço Oliver. Espero que todo esse plano maluco dê certo.


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Notas finais do capítulo

Esse foi a capítulo de hoje... Precisei colocar um momento Barrylicity! Eu absolutamente amo esses dois (Como amigos, é claro). Invejo a amizade deles. E o pai da Fel, gente? Resolveu ir para o lado dos justiceiros. Como será que a loira vai reagir a essa mudança? Espero que tenham gostado. Não deixem de comentar!
Beijos