Black Magic escrita por Lervitrín8


Capítulo 2
Escada? Óh não!


Notas iniciais do capítulo

Gente do céu! Primeiro capítulo dá um medinho né? Espero que vocês gostem!
INSCRIÇÕES AINDA ABERTAS: PRINCIPALMENTE VILÃ, GAROTOS E PROFESSORES.



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“Lembre-se de entrar com o pé direito! Lembre-se de entrar com o pé direito!” Fiquei mentalizando esta frase do momento que sai de casa até chegar à Universidade de Ohio, local que passarei os próximos bons anos da minha vida! Não, não estou reclamando, muito pelo contrário, vai ser bom passar um tempo longe de casa, de toda aquela testosterona. O caminho não demora dez minutos caminhando, pois, precisei alugar um quarto – divido com outra garota –, já que minha família mora no interior do Texas. Ainda não deu tempo de conhecer como funciona as coisas por aqui, nem minha colega de quarto, pois cheguei só ontem na cidade. O dia está meio nublado – isso não é um bom sinal –, por isso, resolvo colocar uma calça jeans escura, uma blusa branca de mangas curtas e uma jaqueta jeans verde. De todo modo, estou bastante ansiosa e com um pouquinho de medo também. “Droga! Escadas? Sério?” Tenho pavor a escadas! Sou muito atrapalhada, coordenação motora zero! “Um pé, depois o outro! É fácil Viola Crew, você consegue!” Estou me esforçando! Carrego uma pequena bolsa com meus pertences e um caderno na mão e sim, isso dificulta a minha relação com a escada. “VOCÊ NÃO PODE CAIR NO PRIMEIRO DIA, ENTENDEU VIOLA?” Sim, entendi. Entendi mesmo.

“Um passo, depois o outro... Isso, tá indo bem! Boa menina!” Já estou no meio da escada, grande vitória! “Só continue assim... Isso. Epa! Não Viola, não desequilibre! Não! Não!” Vou ao chão, ao tropeçar no meu próprio pé e desequilibrar. Droga! Levanto rapidamente e olho em volta, torcendo para que não tenham muitas pessoas assistindo esta cena ridícula. Vejo uma garota em um grupo, apontando para mim e rindo histericamente. Um dos meninos do seu grupo sai da roda e vem até a minha direção. Óh, não, obrigada! Eu não preciso de mais humilhação! “Saia correndo Viola, antes que ele te alcance, anda!” Mas se eu sair correndo provavelmente tropeçarei nos últimos três degraus. Bom, finjo que ele não existe e continuo a subir, sem olhar para lado algum. Até que sinto uma mão segurando em meus ombros, segurando-me.

― Ei, está tudo bem contigo? ― ele me questiona ao abrir um sorriso maravilhoso, e continua com a mão em meu ombro, mesmo eu já tendo virado para ele.

― Estou sim! É... Tudo ok! ― Senti uma onda de calor chegando, será que foi só eu? Ui! ― Bom, eu acho que já está no meu horário... Mm, vou indo!

― Ah sim, certo! ― ele finalmente tira a mão do meu ombro. ― Meu nome é Ricky! Ricky Abeg! Qual o seu?

― Eu sou a Viola Crew ― sorrio para Ricky e continuo meu caminho, adentrando na Universidade.

Pelo canto do olho vejo que a garota que antes ria de mim está com cara de quem comeu e não gostou. “Será que Ricky é o interesse amoroso dela? Parabéns Viola, no primeiro dia arranjando uma inimiga!” Novidade! As coisas ruins sempre acontecem comigo mesmo, e é sempre assim, uma atrás da outra. Já estou meio acostumada.

― Ei, Viola! ― paro instantaneamente de andar quando escuto o meu nome. Pela voz, sei que é Ricky, bom, não tem mais ninguém aqui que saiba meu nome também. Viro-me para olhá-lo.

― Ricky?

― Vou acompanhando você até a sua sala ― ele me alcança e começa a caminhar ao meu lado. ― Qual curso você faz?

― Estou começando Engenharia Mecânica. Ainda estou perdida por aqui.

Percebo que Ricky ficou surpreso com meu curso, é nítido em seu rosto. Bom, também acho que este curso seja mais destinado aos garotos, mas o que fazer se eu gosto?

― Te levo até seu Centro de Estudos, posso dizer que conheço o suficiente para deixá-la a salvo.

― Eu sei me cuidar sozinha.

― Percebi. Eu e as escadas.

― Sutil e engraçado! ― “Será que tem mais escadas? Caso sim, vou contratá-lo como meu auxiliar de subidas universitárias”. ― Vou ter que subir mais escadas?

― Algum problema com elas?

― Todos!

― Mais uma apenas, mas fique tranquila, te dou força moral!

― Não preciso disso, apenas um braço de sustentação.

― Você o tem aqui e olha: dos fortes! ― Ricky faz o terrível gesto de mostrar seus bíceps, dando palmadinhas nele.

― Eu poderia ter iniciado meu dia sem isso! ― AI MEU DEUS! Não reparei se entrei com o pé direito ou esquerdo! ― Culpa dele. ― Ops! Pensei alto!

― O que eu fiz? ― ele pergunta, confuso.

― Esquece! ― fico vermelha em ter que contar.

― Não senhora! Agora quero saber.

― Eu não vi se entrei com o pé direito! ― confesso baixinho.

― Viola, eu sou o seu pé direito aqui! ― “PAI AMADO, tá se achando a primeira bolacha do pacote no meio da galera morta de fome: todo mundo quer pegar”. ― Aqui, no corredor à direita.

― Escadas!

― Pois é! Chegamos nelas! ― ele ri descaradamente de mim. ― Deixa que eu carrego seu caderno, segura o corrimão com uma das mãos e em mim com a outra.

Resolvo obedecer, afinal, essa humilhação é menor do que a que eu passaria caso caísse novamente.

― Quem vê pensa que nos conhecemos há tempo ― digo.

― De outras vidas, quem sabe. ― Reviro os olhos para o comentário de Ricky. ― Bom, você nem tropeçou! Viu como eu te passo segurança? Sua sala é nesta porta aqui ― ele me indica.

― Certo. Obrigada Ricky.

― Posso pegar seu telefone?

― Talvez eu ainda não tenha um ― acho que ele não acreditou muito, mas, estou sendo sincera. O meu se perdeu na viagem.

― Ok. Eu te encontro, quer você queira ou não.

― Me senti ameaçada.

― Tem razão! ― vejo Ricky se afastar e consigo olhá-lo de costas. E que costas!

Entro na sala, algumas pessoas já estão sentadas, espelhadas pelo local. Vejo que o professor também já está na sala, vestindo um moletom simples. “Será que todo mundo nesse lugar é assim, gato?” Professor deuso.

― Bom pessoal, bom dia! Conforme orientação repassada pela coordenação do curso, assim que a... ― e o professor aponta em minha direção e somente depois de alguns segundos entendo sua intenção.

― Viola!

― Viola entrasse na sala, estava liberado para começar a minha aula.

É o dia: certeza que entrei com o pé esquerdo! Fico vermelha, sem dúvidas! Me ajeito na segunda fileira, na primeira cadeira que vejo disponível.

― Meu nome é Pietro, sou professor de Cálculo e Geometria Analítica I, provavelmente a melhor matéria que vocês terão durante o curso ― ele sorri de canto. ― Mmm, acho que não.

Bom, o dia de aula passou rápido, achei tudo demais e não vejo a hora de voltar amanhã. São quase 13:00h, estou faminta e não faço ideia de onde encontrar um local para comer.

― ― ―

Desde o momento que minha aula acabou, por volta das 11:00h, estou esperando em um dos bancos em frente a porta de entrada/saída da Universidade. Pretendo ver Viola hoje ainda. Bom, provavelmente ela vai me achar um psicopata com mania de perseguição! Não me importo.

Quando o relógio bateu 12:00, senti minha barriga roncar pela primeira vez. Acredito que todos que estavam ali por perto também ouviram! Haha. Será que ela passou e eu não vi? Não é possível! To aqui fazendo só isso, não deixaria passar despercebida. Vou esperar até às 13:00h, caso contrário, tento encontrar ela amanhã.

Meus olhos avistam ela passar pela porta, encarando a escada com uma expressão bem estranha. Começo a rir sozinho e fico indeciso se deixo ela se arriscar sozinha ou se vou ajudá-la. Vou até a escada, mas não subo os degraus.

― E aí, Viola? ― digo sorrindo.

― Qual que é o seu problema? ― ouço falar, espantada ao me ver.

― Fiquei na aula pensando se você conseguiria descer as escadas, então resolvi esperar para te ajudar.

― Eu não preciso de ajuda, Ricky.

― Tem certeza?

― Absoluta!

― Tudo bem então! Eu espero você aqui embaixo.

Viola não abre um sorriso se quer, penso então se foi uma boa ideia tê-la esperado. Mm, foi! Com alguma dificuldade ela chega ao meu lado, depois de mais tempo que o normal.

― Está de parabéns!

― Obrigada ― ela passa reto por mim, sem nem olhar no meu rosto. Para do nada e vira, me encarando. ― Você sabe algum lugar para eu almoçar? Estou com muita fome.

― Sei sim Viola, mas só lhe digo com uma condição.

― Qual?

― Se eu puder pagar.

― Isso é sério?

― Sim! Você não escutou as ondas sonoras que emanam do meu estômago?

― Acho que escutei alguma coisa sim, quando estava em sala de aula ainda.

― Batata! Eu sabia que era possível escutar a quilômetros de distância.

― Tá ok!

― Estou falando sério, quando roncou pela prim...

― Eu disse que aceito, Ricky.

― ― ―

Volto para casa com a barriguinha cheia. O restaurante que Ricky me levou era perfeito, uma enorme quantidade de verduras e legumes! Adoro! Como não conheço nada por aqui, ainda, decido voltar para o meu quarto e dar uma revisada no conteúdo que aprendi hoje. “Você pode chegar ao quarto e escrever sobre o Pietro em seu diário!” Que? Que pensamento ridículo! Jamais. “Nunca diga nunca!” Ok, talvez.

Pensando, enquanto caminho, chego a conclusão que tive sorte de conhecer Ricky. Me parece um garoto muito bacana, sem falar que é pura diversão. Acho que, pelo azar que tenho, foi a única coisa “de pé direito” que me aconteceu hoje.

Chego rapidamente, abro a porta do quarto e pela primeira vez vejo que minha colega está presente.

― Olá, meu nome é Viola ― fecho a porta do quarto e sorrio para ela. ― Sua colega de quarto.

― Oi Viola! Prazer, eu sou a Lauren Sophia.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?
Quero que todas que se inscreveram saibam que terão seu espaço na fic, talvez não como uma das quatro, mas todas estarão presentes. Eu juro! ~Pensando seriamente em aumentar esse número de calouras KKK

Beijos pessoas



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