Black Magic escrita por Lervitrín8


Capítulo 13
Provocação.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda e amada. Está aí um capítulo saindo do forno. Espero que gostem!
Ah, coloquei em negrito quem é o POV do trecho, espero que facilite.



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Segunda-feira e eu sou a única que não vai para a aula. Na realidade, acredito que não irei a semana inteira. Não que faltar a aula seja algo que eu não deseje, é bom, às vezes. Mas eu praticamente não tenho o que fazer aqui nesse quarto. Estava tão empolgada que já poderia ir ver o apartamento e talvez até fazer a mudança. Acho que terei que esperar mais um pouco.

M: Bom dia gatinha. 08:57

L: Oi Miah, como está? 08:57

M: Estou bem. Você está sozinha, né? 08:58

L: Viola tem aula hoje pela manhã. 08:58

M: Vou para aí! 09:00

L: Não precisa, Miah. 09:00

M: Fica shiu e me respeita! Também estou sozinha, a Liz saiu. 09:01

L: Ok então. Te espero. 09:02

M: Eu sei que você não vai a lugar nenhum. KKK. 09:03

L: Abobada. 09:03

Quando Miah chega estou olhando meus e-mail pelo celular, especificamente um de Pietro, sobre um trabalho de estatística que ele autorizou fazer em casa, já que não irei para aula nos próximos dias. Bom, tem algumas vantagens, né?

― Como está a aleijadinha mais linda de todas? ― Miah entra sem bater e eu agradeço por Viola ter deixado a porta aberta.

― Está pensando em como resolver esse trabalho de estatística ― respondo, mostrando o celular para ela.

― Para sua sorte, você tem uma amiga que manja muito disso aí! ― ela sorri e senta na cama de Viola, ainda olhando o celular.

― Quem? Você? ― meu coração já pula de alegria.

― Não, a Natalie ― ela revira os olhos e me faz rir. ― Eu mesma, linda e loira. Mas aposto que a Viola também sabe fazer.

― Que bom! Assim vocês podem fazer o trabalho em dupla ― começo a rir até sentir dor na perna.

― Opa! Temos amiga sanguessuga detectada ― ela brinca. ― Então, hoje é o dia inteiro deitadinha aí?

― Pelo visto sim. Como estão as coisas entre você e Marco? ― pergunto.

― Estamos muito bem ― ela cora um pouco. ― Na realidade, ele que me trouxe aqui. Pediu para outro segurança ficar de olho no prédio e escapou rapidinho. Falando em prédio, quando você pretende olhar o seu?

― Quando eu melhorar, talvez ― dou de ombros.

― Se você quiser, podemos te levar em uma cadeira de rodas para você dar uma olhada nele ― ela sugere.

― Acho que não ― não pareço tão convencida, mas acho que e melhor repousar e evitar esforços. ― Quando eu estiver bem eu vou, sem pressa.

― Você que sabe ― ela sorri.

Passamos o resto da manhã conversando sobre coisas aleatórias. Em momento nenhum tocamos no nome de Candice, acho que ambas não precisamos disso. Miah me ajudou com o trabalho de estatística, na realidade, eu ajudei ela. Ela não conseguiu terminar tudo devido ao tempo. Antes de sair Miah pediu uma pizza que chegou mais rápido do que imaginávamos. Comemos feito duas obesas recém-saídas de uma temporada grande no deserto escaldante do Egito. Ao meio-dia ela saiu de casa, pois a aula tinha início antes das 13h00min e novamente eu fiquei sozinha.

Quando acordo Viola está deitada em sua cama, folheando um livro sem parecer prestar muita atenção. Meu celular toca e o dela faz o mesmo, instantaneamente. Abro a mensagem, enviada de algum número desconhecido. Ela contém apenas um link que imediatamente abro. O link direciona para um site chamado “RumorsOU”, ou seja, boatos e fofocas da Universidade de Ohio. Até o momento só existe uma publicação: a foto de Miah.

― ― ―

Meu coração quer sair pela boca quando vejo minha foto naquele site. Sei que as outras pessoas também receberam, pois, dentro da sala todos estão me olhando com descrença e alguns até arriscam dar uma leve risada. Meu celular notifica um whatsapp de Marco e logo estremeço.

Ma: O que é isso, Miah? 15:46

M: Eu posso explicar. 15:46

Ma: Nunca passaria pela minha cabeça. 15:48

M: O que você quer dizer com isso? 15:48

Não sei se Marco esta fazendo propositalmente ou se está ocupado, mas a cada segundo que passa e ele não me responde, meu coração pulsa dolorosamente em meu peito.

Ma: Você nesse tipo de foto. 15:51

M: Não me lembro de nada disso, Marco. Eu posso te explicar tudo depois, estou em aula e tentando lidar com os risos abafados de todos olhando esse maldito site. 15:52

Ma: Ok. A gente se fala depois. 15:55

M: Bjsss.

Não consegui prestar atenção em mais nada e eu ainda tinha duas outras aulas para assistir. Decidi ir embora quando a atual finalizou, praticamente correndo pelos corredores, para não enxergar ninguém. Se eu encontrar aquele maldito emo é o fim dele. Quando saio pela grande porta, vejo Nat caminhando em direção ao carro de sua mãe. Aceno e ela logo me enxerga, provavelmente também viu o que fizeram comigo. Ela me chama com uma das mãos e, em seguida, abre a porta de trás para eu entrar. Ela se ajeita no banco do carona, ao lado da sua mãe, assim que eu embarco no carro.

― Você viu? ― comento, ignorando a presença da mãe dela.

― Sim. Você está legal? ― ela questiona enquanto põe o sinto. Em seguida olha para trás.

― Não sei por que estão fazendo isso comigo ― confesso, segurando o choro.

― O que aconteceu, Miah? ― a mãe de Natalie questiona.

― Colocaram uma foto de Miah em um site e mandaram para toda a Universidade, mãe ― Natalie explica com calma. ― É uma foto dela utilizando roupas íntimas e ela não se lembra de quando tiraram a foto.

― Querida, me escute bem ― a mãe dela pede enquanto dirige. ― Roupa íntima é quase biquíni, não é? Então finge que você está de biquíni, num dia lindo de praia, e está mostrando esse corpão para quem tiver interesse de olhar. Vocês concordam comigo que seria muito pior se a foto fosse minha.

Todas acabaram gargalhando com o bom humor da mãe de Natalie. Peço para que me deixem na frente do alojamento de Viola e Lauren, afinal, preciso espairecer antes de me encontrar com Marco. Natalie resolve descer também e vamos juntos para o quarto das meninas. Bato na porta levemente e Viola abre quase que imediatamente.

― Amiga... ― ela abre os braços e eu encaixo em um abraço acolhedor. Natalie entra e senta ao lado de Lauren, é a primeira vez que elas se encontram depois do acidente. Vejo as duas chorando baixinho, uma consolando a outra.

― A mãe da Nat já fez eu me sentir um pouco melhor, mas, ainda estou revoltada ― confesso.

― Entra, vamos conversar ― Viola abre caminho e eu entro no quarto delas.

― ― ―

Eva? ― Mariana me chama enquanto estou procurando ideias na internet.

― Oi Mari ― respondo sem tirar a atenção do site em que estou verificando alguns designs legais.

― Não confio na Natalie ― ela sibila ―, na realidade, já não confiava antes. Depois do acidente parece que piorou. Ela não parece estar focada, você reparou na aula essa tarde?

― Sim, é claro que eu vi. Na hora que estávamos em grupo ela não deu nem um “piu”. Na verdade, também acho que ter ela no nosso grupo não é algo bom ― comento.

― Na certa ela vai fazer algo errado ― Mari se inclina para frente com a intenção de focar somente nesse assunto. ― O que você acha de fazermos a parte dela? Precisamos nos dar bem, é o nosso maior projeto.

― Ela já ficou só com a parte da seleção das músicas, Mari. Se nós fizermos isso, ela só será responsável pela parte operacional no dia, e nós com toda a parte estratégica, desenvolvimento e execução ― suspiro forte.

― O que é muito mais seguro, você precisa admitir ― Mariana lembra.

― Eu sei que sim ― penso por um momento, observando os contras e pós da sugestão. ― Ok! Você está certa. Mas as vezes eu me sinto exausta com esse projeto.

― Eu sei que já estamos sobrecarregadas e supersaturadas, mas, não vejo outra saída ― ela da de ombros.

― Podemos inclusive entregar um relatório para o Henry com as etapas do processo e o que cada uma realizou, para facilitar seu trabalho quando precisar dar as notas ― exponho minha ideia.

― Acho ótimo ― Mari sorri de canto. ― Ela não fez nada mesmo, não é porque ela se acidentou que precisamos ter dó dela.

― Pois é! ― volto meu foco para o computador e, por um instante, a imagem de Natalie com um grande X vermelho passa por meus pensamentos. ― Você viu o modo como o Henry me olhou hoje na aula? ― sorrio.

― Eu vi sim ― ela parece estar surpresa. ― Principalmente na hora em que ele se apoiou na sua cadeira e depois colocou as duas mãos em seus ombros.

― Sim! Eu acho que ele está tentando se aproximar, entende?

― É nítido que ele esta afim de você, Eva.

― Você acha? ― Mariana apenas gesticula com a cabeça. ― E o Nik? Como anda?

― Ele meio que desapareceu um pouco ― o rosto dela se fecha por um momento, mas ela tenta não demonstrar. ― Ainda nos falamos pelo whatsapp, mas ele é sempre tão difícil.

― Ele é lindo Mari, você deve investir.

― Não é? Ele é maravilhoso!

― ― ―

― O que você precisa fazer agora? ― Annastácia me questiona com a cara fechada. Ela está centrada em seus pensamentos e alerta par assimilar tudo que sair de minha boca.

― Meu foco é a Lauren ― respondo, ainda sentado no sofá à frente do local onde Annastácia está. ― Ela vai demorar um pouco para voltar para a Universidade, mas, uma pessoa com ferimentos sempre precisa da ajuda acadêmico de medicina. Será extremamente fácil.

― Você sabe que sua fama não é muito boa na Universidade, Nik ― ela arruma sua saia preta enquanto comenta. Em seguida, se conforta no sofá novamente. ― Se você precisar de ajuda para se aproximar da garota, pode contar comigo.

― Você acha que não sou capaz, Annastácia? ― ergo uma das minhas sobrancelhas e esboço um pequeno sorriso, incrédulo por ela não saber do que sou capaz. ― Se eu quiser, em segundos faço você sair desse sofá e vir pro meu.

Annastácia ri bastante alto e eu a encaro decifrando seus pensamentos. Ela não acredita do que sou capaz, mas, não sei se vale a pena provar que posso. Escorrego meu corpo um pouco do sofá, quase encostando meus pés nos de Annastácia. Aos poucos levanto minha camiseta ate tira-la por completa. Vejo seus olhos pregados em meu abdômen, subindo para o meu peitoral. Sorrio de canto, provando-a. Jogo minha camiseta em seu rosto, permitindo que ela sinta o meu cheiro. Ela se levanta habilidosamente do sofá e caminha em minha direção. Rapidamente coloco o peito do pé direito exatamente acima do seu umbigo, desnudo devido ao comprimento do cropped.

― Onde você pensa que vai? ― provoco. ― Empurro-a com meu pé, fazendo-a sentar novamente no sofá. ― Isso é só para demonstrar que eu não preciso de você.


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Notas finais do capítulo

Bom, a conversa de Marco e Miah pelo whatsapp, como ambos começam com M, resolvi mantar o 'M' da Miah e o 'Ma' para o Marco, espero que tenham entendido.
O que vocês acharam do capítulo? Tá seguindo uma linha bacana? Beijos. (:



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