– É hora de acordar! É hora de acordar! É hora de acordar! - Sophie pulou em cima da cama, nos acordando.

Abri um enorme sorriso pra ela, esfreguei os olhos para tentar me acordar um pouco mais.

Levei-a para tomar banho. Após alguns minutos terminamos, fomos até seu guarda-roupa e pegamos o melhor vestidinho que ela tinha. Ajudei a vesti-la, fiz um lindo penteado em seus cabelos utilizando vários adereços.

– Mamãe.

– Oi querida?

– É hoje o grande dia? - ela me perguntou enquanto eu arrumava sua mala rosa, acomodando todas as suas roupas que levaríamos.

– Sim meu anjo. - beijei seu rostinho, ela retribuiu e saiu saltitando pela casa.

Ela já estava pronta, Greg também; estava preparando o café. Só faltava agora eu me arrumar. Aproveitei que Greg estava tomando conta de Sophie e tomei um banho demorado, com tudo oque eu tinha direito. A minha roupa estava em cima da cama já escolhida por mim. Me arrumei como nunca mais me arrumei, fiz uma make bem detalhada, um penteado moderno. A quem eu estou enganando? Pra que isso tudo, a não ser para impressionar...

Desci as escada com as malas, acomodando-as no canto da sala e depois fui para cozinha. Me juntei a eles na mesa, Sophie estava se deliciando com as panquecas preparadas por Greg.

Eu me permitir cometer erros no passado e só agora, aos poucos está caindo a ficha que todos os pesadelos que eu deixei no passado, todas as mentiras que eu resolvi omitir iriam cair como um "guarda-chuva" em meu colo. Eu teria que viver novamente, olhando pra cada um deles e lembrando que um dia eu descobri que o amor não é se envolver com a pessoa perfeita,
aquela dos nossos sonhos. Não existem príncipes nem princesas, que
o amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser. Quando vejo que perdi ao lado do Adam, tudo isso só me resta fechar os olhos e me recordar de todo esse amor, e volto a ser amada por você por alguns instantes. Hoje eu vivo das lembranças do amor mais puro e verdadeiro que alguém pode sentir. Não parece haver um remédio, um antídoto que me consiga consolar verdadeiramente dos meus erros. Nem o tempo, que afirmam curar tudo, tem servido para eu conseguir seguir em frente. Desisti de mim no momento que perdi ele (Adam). Naquele instante sabia que nunca mais amaria novamente! Amor verdadeiro só se vive uma vez.

– Você está bem meu amor? - Greg me tirou dos meus devaneios.

– Sim querido. - sorri fraco pra ele, comi algumas garfadas das panquecas.

– Já avisou a sua mãe que estamos indo?

Balancei a cabeça confirmando a sua pergunta.

[...]

Greg havia chamado o taxi e poucos segundos depois ele buzinou em frente a nossa casa. Peguei Sophie no colo e entrei dentro do carro com ela, enquanto Greg ajudava o taxista a colocar as malas dentro do "porta-malas".

Ele nos deixou no aeroporto. Fomos rapidamente para o portão de embarque, já que estavamos atrasados e a moça avisava no microfone que faltavam apenas 20 minutos para o embarque. Ficamos um do lado do outro respectivamente, com Sophie no meio.

Quando o avião embarcou, logo Sophie dormiu. Fechei os olhos também.

Foda é ter que viver no presente, e lembrar do passado que eu era feliz, e querer voltar no tempo de volta ao passado que eu queria que fosse o presente, e desfazer todas as besteiras que eu fiz para talvez ter no presente a mesma coisa que eu tive no passado principalmente o AMOR...

[...] Após algumas horas

Desembarcamos no Aeroporto de Oregon, tivemos que pegar outro táxi. Não avisei a minha mãe que horas chegaria porque não queria ninguém preocupado em ter que vim nos buscar. Fora que seria uma surpresa pra todos eu com uma filha e marido. A realidade é que eu estou com medo da reação dos meus pais.

O táxi parou em frente a casa dos meus pais. Sai do táxi pegando Sophie pela mão, Greg pegava as malas e pagava o taxista. Suspirei fundo antes de tocar a campainha. Era a hora...

Toquei duas vezes e esperei alguém vim abrir a porta. Quando menos esperei, minha mãe (a dona Sally) estava parada em frente a porta, com os olhos esbugalhados olhando para a pequena Sophie de mãos dadas comigo e o Greg logo atrás de mim. Sua reação não foi a das melhores, eu tenho pra mim que ela não gosto muito.

– Mãe! Eu estava com tantas saudades... - as lagrimas logo tomaram conta do meu rosto. Eu a abracei forte, ela acariciou os meus cabelos.

– Minha filha como você está bonita. Que saudades desse sorriso meigo.

– Mãe preciso de apresentar alguém... Essa é Sophie a minha filha. - apontei pra Sophie que estava agarrada a minha perna.

Minha mãe a olhou com um sorriso enorme e a chamou para um abraço. Sophie ficou tão feliz, seus olhos estavam iluminados.

– Você é linda vovó. - Sophie disse.

– Não mais que você querida. Tens os olhos de sua mãe.

– Mãe...

Sua atenção voltou pra mim.

– Esse é o Greg, meu esposo.

– Prazer em conhece-la Sra. Sally. - ele estendeu a mão para ela, ela apertou-a cumprimentando-o.

– Vamos entrem, entrem. - ela nos puxou pra dentro, fechando a porta atrás de nós.

Ela nos levou até o quintal de casa. Aquele lugar onde vive melhores momento da minha vida, poder voltar ali depois de tanto tempo e cheirar aquele ar puro, só assim me sinto em casa novamente.

– Suuuuuuuupresaaaa! - todos gritaram em uníssono quando cheguei ao quintal. Uma faixa escrito "Bem-Vinda Clary" estava pendurada perto de uma mesa.

Não acredito que minha mãe fez isso, eu não estava preparada para rever todos agora.

Eu apenas sorri, meu olhos logo foi a procura da única pessoa que fazia me coração acelerar, a única pessoa que fazia as minhas pernas ficarem "bambas" com um único beijo. Adam! O encontrei, nossos olhos se cruzaram e o meu coração se despedaçou...