As If It Were The last Day - 3ª Temporada. escrita por PrisReedus


Capítulo 6
Ms. Riddle.


Notas iniciais do capítulo

MIL, MIL, MIL, MIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIL PERDÕES!
Vou contar o que houve que eu não postei segunda:
Eu sai no sábado, fui pra casa do meu irmão e só ia voltar segunda depois das 15h, antes disso ia tá sem computador, aí pensei "vou programar o cap, aí o site posta ele sozinho"..... ESQUECI DE FAZER ISSO! que beleza né?! Então se quiserem me crucificar, podem swhshw.

Agora vai: Oi, meu povo. Seguinte: cap meio enrolado, eu acho... Mas tem um acontecimento importante, na verdade são dois... Mas um deles é da fic, outro da série, espero que gostem, logo teremos conflitos e etcs com Woodbury, só pra avisar eeeeeeeeeeeee......... Pra pedir mais uma desculpa pelo meu atraso o próximo cap vem quinta feira as 15, prometo shwshwshw.



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Marie se levanta e olha dentro do cesto, a bebê dorme sossegada.

Um bebê.

Ela sorri. Talvez seja um sinal de que dias melhores virão sim. E de que ainda existe inocência nesse mundo. Ela mexe em sua mochila, pega seu isqueiro e um cigarro e desce. Nem se importa em deixar ela sozinha, todos vão ouvir se ela começar a chorar, e do jeito que Daryl baba nessa menina, ele vai ser o primeiro a ficar em pé.

Ela passa por cima das pernas do Daryl pra descer as escadas. Porque ele tinha que escolher esse lugar pra ficar?! No meio do caminho. Daryl abre os olhos e vê que é ela descendo e já acendendo o seu cigarro, quando ela sai do corredor de celas, ele se levanta e vai até o “quarto” dela, ver como a Bravinha está. Ajeita um pouco o cobertor nela que resmunga, bem fofa, e desce.

Ele abre a porta do C e o sol o cega por um segundo, quando ele consegue focar a visão, vê Marie baixando a arma virada na direção dele, com o cigarro caindo no canto da boca e uma cara de assustada.

– Foi mal - ela diz - Depois de ontem, acho que tudo vai me assustar.

Ele se senta do lado dela - ‘Cê tá bem?

– Na medida do possível. Só é estranho o T ter morrido, parece errado. Eu não era a melhor amiga da Carol, mas nunca desejei mal pra ela. Evitava ficar perto dela e o que ela fez? Me salvou - sua voz embarga, ela traga e tira o cigarro da boca, segura a fumaça nos pulmões, esfrega as mãos e solta. Depois oferece pra ele.

Ele pega e traga forte - Vamos fazer com que essas sejam as nossas últimas mortes. Olha esse lugar, a gente pode viver aqui. Pode ser que a gente tenha encontrado aquele lugar que o Rick falou, onde a gente ia poder nos fortalecer.

– Hakuna Matata - ela diz olhando lá pra frente

Ele concorda com a cabeça e segue a linha que ela olha. Os mortos pegaram algum animal e estão comendo agora, outros se jogam nas grades, outros se batem e continuam sua vida sem sentido. Daryl acaba rindo.

– Hakuna Matata.

Marie se vira para o bloco C e espera, ele se vira também.

– Que foi?

– Ela tá chorando - fica em pé, desfaz o cigarro com o pé e segue lá pra dentro.

– Você me assusta com esse lance de escutar tudo.

Ela abre a porta do C e dá espaço pra ele passar, só ai ele começa a ouvir o bebê chorando - As damas primeiro.

– Vá se ferrar - ele a puxa pela cintura e dois caminham até lá, conforme vão se aproximando da sala dos guardas o choro vai diminuindo.

– Olha só, Bravinha - Drake diz se virando com ela no colo - Tio Daryl e Tia Marie.

Daryl bufa - O que ela tem? É fome?

– Deve ser, sei lá. Tô esquentando a água aqui.

Marie olha para o fogareiro com o pequeno bule em cima, a mamadeira e um pote de fórmula do lado. Drake começa a balançar ela e fazer “sh”, mas só desespera mais a criança. E ele se desespera junto.

– Calma, bebê, shh...

– Põe ela em pé, segura bem a cabeça dela - Marie diz

Drake faz isso e a criança fica quieta.

– Achei que bebês de um dia só ficavam deitados - ele diz e começa a acariciar a cabecinha quase sem cabelo dela.

– Não necessariamente - ela diz e vai para o fogareiro medir com a ponta dos dedos a temperatura da água, já está morna, vai ficar assim, ela despeja na mamadeira e coloca três medidas do leite em pó nela, chacoalha e entrega a Drake que afasta com a mão.

– Não, não. Vou matar ela afogada. Pega você.

– Meu Deus! - ela pega o bebê, se senta e coloca a mamadeira na boca dela.

A bebê acaba dormindo e para de tomar o leite, Marie dá risada e começa a balançar ela - Ela dorme bem… Eu acho.

– Quem não tá dormindo é a Ana - Drake diz bem baixinho - Tá meio traumatizada. Acho que se o bebê fosse dela, poderia ser classificado como “depressão pós parto”, ela ficou irritada quando a bebê começou a chorar. Eu vou lá ver como ela tá. Chorou a noite toda.

Daryl concorda - Eu ouvi.

Drake se levanta e vai embora, o único som que dá pra ser ouvido são dos seus passos nas escadas de metal.

– Cante pra ela dormir - Daryl sussurra

– Ela já tá dormindo - Marie sussurra de volta.

– Qual é?! Canta.

Marie pensa, a primeira coisa que se passa na sua cabeça ela canta:

– Hush little baby, Don’t you cry…

Uncle Dixon’ll make all the walkers die…

Daryl ri de leve - Essa foi uma ótima música.

***************

Carl não toca na comida, Ana come igual a um passarinho, Drake quase dá na boca dela. Como sempre, eles comem pouco, pra economizar, estão comendo agora, o de sempre, feijão enlatado, mas até isso, Marie consegue fazer ficar bom.

– Estão todos bem?

Todo mundo ergue o rosto para a porta da esquerda, onde eles mantiveram trancado, Rick está ali, limpo e de roupa trocada.

– Sim, estamos - Beth responde

– E você? - Hershel responde

– Eu limpei o bloco das caldeiras.

– Quantos tinham? - Daryl pergunta

– Não sei. Uma duzia, duas. Preciso voltar, só queria ver o Carl.

– Rick - Glenn chama - Nós podemos tirar os corpos, você não precisa…

– Sim, eu preciso - ele caminha até onde Daryl está sentado com Oscar - Todos tem uma arma e uma faca?

– Sim, mas estamos ficando sem munição.

– Eu e Maggie vamos sair hoje, procurar munição e leite em pó - Glenn diz.

– O bloco dos geradores está limpo, Axel tá consertando eles, pra alguma emergência. Também vou dar uma olhada nos níveis superiores.

– Ótimo, ótimo.

Ele vai embora de cabeça baixa, e pela primeira vez desde que começou a confiar na Ana, ele não olhou pra ela. A razão? Para ele, ela matou sua esposa. Ele bate a porta e some.

Rick volta para o bloco das caldeiras, para o seu telefone. Ele precisa de mais alguns minutos.

Tem alguma coisa estranha com as pessoas que ele conversou. Como se o conhecessem. Como é possível esse grupo ainda estar vivo? E contatando pessoas por telefone?

“Você precisa falar com a líder” disse a moça da voz de menina. Aquela voz, ele tem a sensação de já ter ouvido aquela voz. Rick fica em frente ao telefone, criando teorias sobre o lugar, sobre quem é essa líder, onde eles estão? Como poderiam chegar até lá? Que lugar é afastado dos errantes?

O telefone toca de novo, antes de terminar de tocar uma vez, Rick já está com ele na orelha.

– Alô?

– Me avisaram que eu precisava falar com você– diz uma mulher, uma voz bonita e firme, com um sotaque diferente.

– Você é a líder?

– Digamos que sim. Eu fui a primeira…

– Primeira a que?

– A chegar aqui.

– Como vocês… Onde vocês estão? O que temos que fazer pra sermos aceitos?

– Quantos cadáveres já matou?

– O quê…?

– Você perguntou como podem ser aceitos, estou fazendo a entrevista.

– Muitos.

– Quantas pessoas?

– Três.

– Por que?

– Dois ameaçaram meu grupo. O outro estava comigo, tentou me matar.

– Rick, o problema é que estamos longe.

– Nós podemos ir… Nós… Como sabe meu nome?

– Isso não vem ao caso. Preciso saber como está a Marie?

– Ela… Não, quem é você?

– Ela está viva? Ela está bem? Ela está forte? Rick, eu preciso que você mantenha a mente dela sã, por favor. Eu confio em você pra isso.

– QUEM É VOCÊ?? - ele soca a mesa e o telefone dá um pulo

– Rick, aqui quem fala é a July.

Rick se senta. Sua mão treme, ele esfrega a testa, o queixo treme, os olhos se enchem de lágrimas. Agora ele reconhece a voz.

– July.

– Presta atenção, o grupo precisa de você… O Carl, o bebê. Hershel, Beth, Maggie. Pode não parecer, mas Daryl precisa de você, o Drake, a Ana, minha prima…

– July, as coisas estão… estão fora de controle.

– Não. Você está fora de controle. Volte lá pra dentro, reassuma essa bosta, você é o líder disso.

– Eu não… - ele esfrega s testa novamente, as lágrimas caem dos seus olhos - O que eu devo fazer, estamos morrendo aqui.

– Se fosse comigo, eu levantaria daí e colocaria ordem nessa porra. Por que se tem uma coisa que eu tenho certeza é que eu nunca abandonaria alguma coisa, a não ser que eu morresse… Mas eu já morri, então…

– Preciso de uma ajuda.

– E eu estou aqui, Rick. Não nos conhecemos, mas estou aqui.

– July, por favor, o que eu faço?

– Volte pra lá. Faça o que for preciso para manter seu grupo unido. Você tentou ser bonzinho com todos e olha no que deu… Shane tentou te matar.

– Ana disse que somos parecidos, mas eu… Você sabe o que fazer.

– Somos parecidos. Mas eu estou morta, alguma coisa deu errado. Eu preciso de você lá agora, Marie está lá.

– Ela tá bem… Ela está… com…

Ele para e pensa sobre. Com quem ele está falando? Com ele mesmo. Isso não faz sentido. Mas é a voz dela, ela o entende.

– Ela está bem, July. Ela tem o Daryl.

– Cuida dela.

– Eu vou.

– Me prometa.

– Eu prometo.

– Então adeus, Rick.

– Não! July, não! NÃO DESLIGA! - ele fica em pé e grita, chuta a mesa e aperta o telefone com toda sua força, com todo seu ódio.

– Rick?– diz outra voz.

Ele congela, essa voz ele sabe de quem é.

– Lori...

***************

– Ei, Carl

Carl ergue o rosto para o Daryl.

– Eu vou dar uma olhada no bloco D… - ele ergue as sobrancelhas - Vamos?

– Tá bom.

Eles passam pela Marie que está com a bebê no colo do lado de fora e vão para o outro lado da prisão, na quadra de basquete que Marie saiu ontem, com faca e a barra de ferro eles matam aqueles que estavam ali, aqueles que para a Marie, mataram a Carol e entram. Já está tudo morto ali. Impressiona Daryl, saber que apenas três limparam aquilo, e impressiona mais ainda saber que dois estão mortos e a terceira está dando uma de mamãe lá fora. Eles passam por uma porta que se abre alguns centímetros, Daryl e Carl param e esperam, tem dois errantes mortos no chão que impedem que a porta se abra.

– Deixa ai, a gente mata depois, não vão a lugar nenhum - Daryl diz e continua andando.

Carl fica parado olhando o chão, só acorda quando outro assobia.

– Sabe, a minha mãe… Curtia um vinho. E fumar na cama. Virgínia Slims… - ele abre outra porta de leve, direciona a lanterna e não vê nada - Eu estava brincando com as crianças da vizinhança, eu só podia quando o Merle não tava em casa. Eles tinham bicicletas, eu não… - Daryl balança a lanterna, chamando alguma coisa que não vem - Aí, ouvimos sirenes se aproximando. Eles pularam nas bicicletas e foram atrás... - ele olha numa fresta de outra porta e nada - … Esperando ver alguma coisa legal, eu corri atrás, mas não consegui acompanhar. Dobrei a esquina e… - ele dobra um corredor e balança a lanterna de novo -... Vi meus amigos olhando pra mim, droga… Todo mundo olhava pra mim. Tinha caminhões de bombeiros por todo lado e vizinhos. Era a minha casa, minha mãe na cama, queimada até virar cinzas - ele para um pouco e olha o Carl - essa foi a parte difícil. Ela foi apagada, não sobrou nada. As pessoas disseram que tinha sido melhor - ele ri irônico - Sei lá, mas pra mim não parecia real.

– Eu atirei na minha mãe - Carl diz, Daryl baixa a cabeça e tenta ver o rosto dele escuro pela sombra do chapéu - Ela tinha morrido, mas não se transformou e eu acabei co maquilo. Foi real - os dois baixam a cabeça - Sinto muito pela sua mãe.

– E eu pela sua - Daryl diz e toca o ombro dele

***************

– Carl… Cadê o Daryl?

– Disse que precisava checar uma coisa… Ele achou a faca da Carol, num errante.

Marie baixa a cabeça e dá um cheiro na cabeça da Bravinha - Vamos entrar, Carl - ela o segura pela ombro e eles vão para o C novamente. Quando eles chegam lá, Marie entrega a bebê para o Hershel e vai ao banheiro. Nisso Ana chega de seu banho e se aproxima da pequenininha, e toca o rostinho dela.

– Ela é bonitinha - diz e estica as mãos - Posso?

Hershel a entrega e Ana, meio desajeitada a ergue até perto do rosto para dar um beijinho nela e depois olhar para o rostinho dela de novo, os olhinhos meio fechados se mexem pra lá e pra cá.

– Oi, bebê.

Hershel olha a porta de novo e Rick está ali, ele se aproxima e olha Ana que sorri.

Não foi ela, diz uma voz na sua cabeça, Ela fez o que devia ser feito e você sabe.

Rick passa as mãos nos cabelos molhados dela e então pega a bebê do seu colo, ele a ergue enquanto lágrimas vem aos seus olhos.

– Oi… - ele a aninha em seu colo e a bebê fecha os olhinhos - Vamos dar uma volta, amorzinho - ele sussurra para a a bebê e caminha em direção a saída do bloco.

Marie sai do banheiro e volta para a sala dos guardas e não vê ninguém, eles somem rápido, ela checa seu relógio e percebe que ele está parado, ótimo. Já era.

– Marie?

Ela volta para o corredor de celas e olha Daryl lá em cima, ele tem um leve sorriso nos lábios - Chega aqui… Vai querer ver isso.

Ela sobe as escadas devagar, dobra a esquerda e caminha até onde ele está, ele aponta pra dentro da cela e ela espia ali, sem interesse real a principio, mas ela congela vendo quem está deitada na cama, toda suja de sangue e dando aquele maldito sorrisinho que a irrita tanto.

E para a surpresa de todos no recinto - CAROL! - ela se joga sobre a mulher suja e fraca e a abraça. Carol retribui.

E não, esse abraço não foi falso, Marie está realmente contente em vê-la viva.

– Como você conseguiu? O que você fez?

– Não lembra que passamos por uma porta antes de você sair? Então…

Marie treme um sorriso - Deixou sua faca de propósito pra alguém achar, né?

– Com certeza - ela diz animada.

Ana, Rick, Carl, Beth e Hershel saem do bloco e olham em volta, já é vicio, mesmo sabendo que agora, aquele pátio está limpo.

Rick ri olhando a filha - Ela se parece com você - ele diz ao Carl enquanto passa os dedos no rosto dela

Ana olha em volta, cadê o Drake? Ele não estava lá dentro, deve estar numa das torres, ela segue olhando por toda a extensão das grades lá embaixo, até ver algo muito engraçado.

Um errante com alguma coisa na mão, tipo uma bolsa, ela anda mais pra frente e continua olhando… Não é um errante… É uma mulher com uma cesta de mercado na mão.

– Rick?

Ele olha pra onde ela está olhando e força a visão.

– Carl, pega ela - ele entrega a bebê ao filho - Venha comigo, Ana.

Os dois descem o gramado cautelosos, enquanto a mulher se aproxima, Rick saca sua arma e Ana põe as mãos nas escopetas, prontos pra qualquer coisa, a mulher com a cesta é negra, está suja, tem uma espécie de bastão nas costas junto com sua mochila, manca. Ela está bem tranquila entre os errantes, como isso é possível?

Chegando mais perto, ela percebe que a sujeira nela é sangue e partes de errantes, é por isso então, Rick conhece bem aquilo, ele e Glenn já fizeram isso para sair de Atlanta.

Os dois param e encaram a mulher, que toca a própria perna que sangra e volta a se segurar na grade, um errante do seu lado se vira por causa do cheiro de sangue e ela começa a dar passos pra trás, cinco errantes se viram para ela, ela puxa aquele bastão, que na verdade é uma espada e enfia com graça e rapidez na testa do mais próximo.

– Rick, temos que ajuda-la - Ana diz andando para os portões de entrada

Rick não fala nada e começa a andar, ainda observando o que ela pode fazer com a Katana.

A moça larga a mochila e arranca a cabeça de outro, isso faz com que ela caia e a movimentação dela e Rick e Ana ali atrai mais mordedores, ela fura o peito de outro e cambaleia, e ai ela cai. No mesmo instante, nem um segundo a mais, Ana saca as armas e derruba os dois que iam pra cima dela.

– RICK! Abre o portão!

Ele corre e o destranca, os dois atiram nos mais próximos e Ana corre para a cesta que ela carregava, fórmulas para a bebê… Como assim?! Depois ela pega a mochila e a espada da mulher e para do lado dela, que está desmaiada.

– Ela foi mordida? - Hershel pergunta se aproximando

Rick mexe nela, nos braços, e na cintura, ele vê um furo na coxa da calça e é dali que sai o sangue.

– Baleada - responde - ele olha em volta os mortos se aproximando e a ergue nos ombros - Vamos, Ana.

No meio do caminho, vêem Drake lá em cima com Carl e Beth.

– Que porra é essa?

– É uma mulher, Drake… Nunca viu? Afinal, onde o senhor estava?

– Juntando os corpos, pra botar fogo.

Eles entram no bloco correndo.

– Carl, pegue um cobertor, Beth, toalhas e água - Rick a coloca no chão - Ela não vai entrar nos blocos de cela - derrama um pouco de água no pescoço da mulher e ela acorda - Ei… Tá tudo bem. Olha pra mim

Ela olha em volta assustada.

– Tá tudo bem. Quem é você? Nós não vamos te machucar a não ser que tente alguma coisa estúpida antes.

Daryl, Marie e Carol se entreolham e a francesa desce correndo com o Dixon logo atrás.

– Quem diabos é essa? - Daryl pergunta quando chegam a sala dos guardas

– Quer nos dizer seu nome? - a mulher se senta, Rick chega mais perto - Quer nos dizer seu nome?

Ela continua encarando Rick e Marie balança a cabeça - Ela não vai dizer nada agora. Venham aqui…

– Está tudo bem? - pergunta se levantando.

Marie sorri pra ele - Com certeza.

– Podem indo… Ana, leve a mala dela. As portas estão trancadas, está segura aqui, e podemos cuidar disso ai - ele aponta a perna dela

Todos eles vão para onde Marie os leva, Rick vai na frente e olha, Carol se senta e sorri.

– Meu Deus! - Rick a puxa e aperta ela num abraço.

Drake e Ana estão boquiabertos, Hershel para na porta e até empalidece. Beth vem vindo com a bebê e Daryl e Marie dão espaço pra ela.

– Como? - Rick pergunta

– A solitária - ela responde abraçando Hershel

– Se trancou numa cela - Daryl fala - Deve ter desmaiado desidratada.

Carol olha para os braços da pequena Greene, ela sorri e se vira para Rick, ele balança a cabeça e começa a chorar de novo, e o sorriso de Carol Peletier se transforma em choro também.

– Eu sinto muito.

Marie vê de relance que a mulher misteriosa está em pé e olhando e caminha até lá, enquanto faz isso a outra vai se afastando, assustada e brava ao mesmo tempo. Ela ergue as mãos:

– Tá tudo bem - Marie entra na sala dos guardas e olha a perna dela - Que tal se eu cuidar do machucado e dai me conta como você veio parar aqui? É uma troca justa… Você acabou de ver, temos um bebê, somos “do bem” - ela diz sorrindo.

A mulher continua quieta, Marie anda pela sala e olha a cesta vermelha de mercado com o leite para a criança.

– Você que trouxe? - agora assustada, ela se vira para a negra bonita - Como? Por que…? Não quer falar, tudo bem, eu falo… Somos um grupo legal, com um bebê, podemos te ajudar, te dar comida, água e você pode ir embora. Mas você tem que me dizer, onde você achou isso? Por que você trouxe? Como achou a gente? Por favor.

– Os suprimentos foram deixados por um asiático, com uma garota bonita.

– O que aconteceu?

– Eles foram pegos, pelo mesmo filho da mãe que atirou na minha perna.

Marie cobre a boca - Onde estão?

– Woodbury, um lugar fechado liderado por um cara que se intitula “Governador”.

– Obviamente, não são pessoas boas.

A mulher continua olhando ela sem dizer nada. Marie se levanta - Eu vou cuidar da sua perna… E daí você ajuda a gente, feito?

Ela balança a cabeça.

– Legal.

Marie vai para sua cela e lá pega a maleta prata, ela passa pela cela que Carol está e segura Rick

– Quero falar com você, mas daqui a pouco, consegui algumas coisas com a Srta. Enigma… Vou cuidar da perna dela.

– Quer eu vá agora?

– O que eu acabei de dizer? Não agora. Ela parece não funcionar por pressão e… Não me leve a mal, mas você dá medo.

Ele sorri - Tá bom. Daqui a pouco eu desço.

Ela continua andando e Daryl a segura - Tá tudo bem?

– Tá.

Ele a solta e ela continua andando, passa por Drake e Ana e ai para - Como diz meu amigo aqui… Vai foder, cara.

– Por que? - ele pergunta

– Glenn e Maggie foram pegos - ela diz baixinho - A mulher vai ajudar a gente em troca de cuidados na perna dela.

Ana arregala os olhos e Drake passa as mãos nos cabelos

– Puta que pariu! - ele diz baixinho - Puta. Que. Pariu!

– Gente, deixa baixo, eu preciso que ela fale mais e se o Rick resolve intervir… Ela vai calar a boca.

– Tá bom - eles dizem juntos.

Ela desce a escada correndo e entra na cela de novo - Vamos cuidar disso agora.

***************

– Uma cidade inteira?

Marie concorda com a cabeça para Rick - Tem muros vigiados a todos os momentos, armamento pesado. Ela disse que dá pra entrar escondido, não há errantes por perto.

– E como ela chegou aqui?

– Maggie e Glenn mencionaram a prisão antes de serem pegos. Eles não sabiam que ela estava por perto. Ela vai levar a gente.

– Como eu posso confiar nela?

– Por que ela confiou na gente? Por que mais ela traria o leite da Bravinha? Rick… É o Glenn e a Maggie, vamos ter que apostar…

Ele fica encarando ela, Marie balança a cabeça.

– Beleza, Drake vai comigo né? - ela nem termina a frase e Drake já balança a cabeça.

– Não, calma - Rick diz - Eu vou.

– Eu também - Daryl diz

– Eu vou - Ana fala - É o Glenn e a Maggie…

– Eu vou com vocês - Oscar diz.

Rick concorda com a cabeça e deixa a sala para falar com a Enigma.

– Peguei umas bombas de gás lacrimogênio… Sei lá, vai que a gente precisa - Drake diz jogando as malas no porta mala do jipe.

Marie coloca as armas deles no painel do carro.

Beth abre o portão do gramado e a mulher manca ate lá.

– Esse lugar não foi tomado?

– Foi - Beth responde - Mas limpamos.

– Só esse tanto de gente?

– Havia outros.

Rick e Carl se afastam pra conversar e Marie se aproxima da Carol que está com a Bravinha no colo.

– Ela é uma graça né…

– E o cheirinho? - Carol diz e aproxima o nariz da cabeça da menina.

– É um delicia...

– Nunca pensou em ter filhos, Marie?

Ela baixa a cabeça, força um sorriso e balança a cabeça que não.

Daryl, descendo as escadas do bloco C, só escuta essa parte e se junta as duas.

– Vamos, Marie? - ele abraça a cintura dela e começa a puxa-la para o carro

Axel abre o portão e o Hyundai verde sai, com Rick no volante, Daryl do lado, a Srta. Enigma e Oscar atrás seguidos pelo Troller, com Drake no volante, Marie do lado e Ana atrás.


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Notas finais do capítulo

E então?
Quero dar os parabéns a Bia, que acertou q o Rick falaria com a July e eu achei que não iam pensar nisso sshwshwswh, adoorooo saber que vocês criam teorias sobre a história, vão criando, pq eu já escrevi até o começa do quarta temporada shwshw.

Bjos, até quinta (juro q eu posto) :*



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