As If It Were The last Day - 3ª Temporada. escrita por PrisReedus


Capítulo 5
Lil' ass kicker.


Notas iniciais do capítulo

Oi, meu povoooo
Mais um cap, num dia qualquer ai shswhsw
Quero agradecer a ReMottin, que favoritou a história, obrigadãooo!!!
Galera, esse cap tá bacana, eu gostei de escrever, pq tem várias coisas e minha irmã disse que tá massa, eu acredito nela swhswhshw.



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Drake baixa os olhos pra o pequeno ser humano e pega dos braços da amiga, Ana caminha até as escadas que antes, Marie estava com os Greene e se senta esfregando as mãos, tentando se livrar daquele sangue. Daryl caminha até Rick.

– Ei, cara… Rick?

Rick está sentado agora, encarando alguma coisa a longe, Daryl balança a mão em frente aos olhos dele e nada.

– Está me ouvindo, Rick? Rick.

Carl pega o bebê e Drake vai até Ana, ele tira a camisa social e fica só com uma regata, pra limpar o braço dela.

– Ela pediu, Drake. Ela disse… Ela disse… - as lágrimas voltam para os olhos dela - Que bebê… Eu abri ela, Drake e ela morreu.

Drake sente um nó se formar na garganta, ele não sabe por que, talvez seja pelo luto, talvez pelo bebê, talvez pela amiga, talvez pelas três coisas. Ele esfrega a camisa no braços dela, até eles ficarem rosados com o resto de sangue que se formou.

– Deixem eu ver o bebê - Hershel pede.

– Temos alguma coisa que um bebê possa comer? - Daryl pergunta deixando Rick no chão e se aproximando do Carl com a pequena.

– A boa noticia é que ele parece saudável… - Hershel diz

Marie se debruça sobre o bebê, sua curiosidade a faz mexer na camisa e pra ver o sexo do bebê, uma menina, aquilo acaba com a leve curiosidade de todos em volta.

– … Mas precisa do leite especial, ou não vai sobreviver.

Marie ergue os olhos já cheio de lágrimas para Daryl, ele saca na hora, ela não vai aguentar que outro bebê morra.

– Não, de jeito nenhum. Ela não - ele diz e põe a besta atravessada no peito - Não vamos perder mais ninguém, vou fazer uma ronda.

– Eu vou com você - Maggie diz

– Deixa que eu vou - Glenn fala

– Não!

Todos olham para Ana sentada com Drake.

– Eu vou. Eu… preciso ir - ela seca as lágrimas

– Então eu vou com você - Drake diz

– Beleza - Daryl diz - Hey, Beth - ele a puxa de lado - Eu pediria a Ana, mas ela vai comigo, e ela não tá legal, a Marie vai se focar em cuidar do bebê… Rick tá pancada, Carl acaba de perder a mãe, então… Mantenha as coisas em ordem.

Ela concorda - Pode deixar.

– Vocês, - ele diz aos presos - cuidem das cercas, não deixem se agruparem! Ana, Drake, vamos!

Rick se levanta e pega seu machado que estava no chão.

– Rick! - Maggie o chama, mas ele ignora, e entra no bloco C.

– Vão fechar os portões! - Daryl diz correndo para a moto - Vamos, estamos perdendo luz do dia! - Drake e Ana acompanham ele.

– Tem um mercado na rodovia 85 - Drake diz

– Não, a sessão de bebês está vazia - Ana fala prendendo os cabelos - Numa das rondas, eu dei uma olhada, mas… não tinha nada

– Algum lugar que não tenha sido todo saqueado? - Daryl pergunta

Ana para na porta do jipe - Tem um shopping por aqui…

– Mas tem um monte de entulho e destroços na rua, o jipe não passa - Drake diz

– Eu posso levar um de vocês - Daryl fala

– Eu vou - ela diz

– Tem certeza?

– Tenho. Eu preciso, eu sou amiga da Lori.

– Tá bom - Drake dá um beijo na testa dela e se afasta, ela pega uma mochila de dentro do jipe, sobe na moto e se abraça em Daryl, Drake lança a ele um olhar “Cuida dela, ou eu juro que eu te quebro na porrada”

E Daryl responde “Eu sei, pode deixar”

Drake entra no C, na sala de guardas, tem alguns errantes mortos no chão, Beth não está ali, nem Carl, Marie está com a bebê no colo, balançando ela e fazendo “sh”. Hershel, Maggie e Glenn estão sentados nas escadas

Ele se senta numa das mesas - É ele ou ela?

Marie ergue os olhos pra ele - Ela.

Drake tenta dar um sorriso - Cadê o Carl e a Beth?

– Foram pegar água pra esquentar, pro leite e pro banho dela…

– E o Rick?

– Eu não sei.

Drake fica em pé - Eu vou dar uma olhada, procurar ele.

– Pega o facão - ela diz - Por favor, entramos aqui e tinha esses errantes, eles estão por ai ainda. Por isso fechamos essa grade - ela aponta com a cabeça o portão do lado esquerdo da pequena torre de vigia.

– Drake, pode deixar que eu vou - Glenn fala e pega o facão do cinto da Maggie - Pode deixar.

– Eu vou… Vou fazer… - Drake respira fundo e beija a cabeça da Marie, depois afaga um pouco a cabeça da bebê - Os túmulos… - Drake sai por um lado e Glenn pelo outro.

***************

– Viu aquilo? - Ana pergunta, falando um pouco mais alto para Daryl ouvir.

Ele vira um pouco o rosto - O quê? Vi o quê?

– Balanços! Acho que tem um parquinho ali! - ela aponta a esquerda e Daryl faz uma virada brusca com a moto no meio das árvores, mas dois metros depois, eles entram numa estradinha.

E seguem mais alguns metros até dobrarem a esquerda de novo e então Daryl vê o parquinho que ela falou. Ele para em frente ao portão enferrujado e cheio de teias de aranha desliga a moto, Ana desce e olha em volta, depois olha para a casinha a sua frente.

Uma creche mal cuidada. Daryl desce da moto e põe a chave no bolso da calça, ele olha em volta e não vê nada - Fique perto - ele diz

Ela concorda com a cabeça e abre o portão com força, ele é pesado. Os dois caminham até uma das janelas, que Ana quebra com uma cotovelada, e depois bate nos cacos para eles caírem. Sua altura não colabora pra ela subir ali e ela praticamente se joga pra dentro da casinha. Ela está em um tipo de quarto, com dois berços, vários brinquedos, armários e na parede a sua esquerda muitos papéis em forma de mãos colados, cada um de uma cor e com um nome nele.

Daryl dá mais uma checada e entra na casinha pela janela, a dificuldade dele não é sobre sua altura e sim seu tamanho, é muito Daryl pra pouca janela. Ele olha em volta e seus olhos param numa das mãozinhas…

“Sofie”.

Ana pega de dentro de um dos armários duas mamadeiras descartáveis de plástico e vários panos e cueiros. Os dois saem dali pra um corredor escuro e comprido, ele acende a lanterna e põe na boca, Ana deixa o braço esquerdo de lado segurando a lanterna, com o direito por cima, segurando a glock. Daryl entra numa salinha de recreação cheia de brinquedos a direita, mas não vê nada útil, antes de sair, apanha uma bonequinha da mesa.

Ana segue reto e entra na última sala no fim do corredor. Parece um fraldário, ela vasculha e acha algumas fraldas e roupas, bem maiores que a bebê, mas vai ter que dar, guarda na mochila e se levanta rápido com um barulho de vidro batendo em vidro. Daryl apressa o passo e os dois param numa meia porta que bate na cintura deles… Bom na cintura do Daryl e na metade do tronco da Ana. Ele abre a porta devagar e entra, o barulho vem de dentro do armário. Ali é uma cozinha. Ana entra e para em frente a porta, pronta pra abrir.

Os dois contam até três juntos, mentalmente e ela puxa a porta, um bicho solta um rosnadinho e Daryl dispara a flecha.

– Olá, jantar.

Ana se curva pra dentro do armário ver o que é. Um gambá. Ela torce a boca.

– Que nojo, carregue na mão, eu não vou por isso na mochila.

Ele pega o bicho pelo rabo e ergue - Chata.

Ana abre a geladeira e não acha nada, nem uma garrafinha de água velha, depois os armários, tem um monte de lata ali, ela lê.

“Leite em pó para recém nascidos” A lanterna quase cai da boca dela com o sorriso, Daryl vem e começa a encher a mochila com as latas junto com ela.

– Vamos procurar mais.

– Não, Daryl. A bebê deve estar morrendo de fome… Vamos voltar agora.

***************

Os tímpanos da Marie vibram forte com os gritos da criança, Drake do seu lado tem a careta mais engraçada que ela já viu. Ela segura o bebê na bacia com água morna que se debate enquanto os dois tiram com calma e devagar sangue e placenta do corpinho dela e as manchas vermelhas e brancas em seu rosto vão sumindo aos poucos, Carl tem os ouvidos tampados, e o restante fica ouvindo o bebê berrar.

Drake pega uma camisa um pouco mais grossa dele para embrulhar a pequena e ela não passar frio e a Marie a seca com uma das faixas que Carl achou na enfermaria, bem mais suave que as toalhas da prisão e depois volta balançar ela.

Glenn ergue o rosto, olhando lá pra frente, uma única luz vindo - Pessoal, eles voltaram!

Axel e Oscar abrem os portões e Daryl passa com a moto por eles, nem diminui a velocidade, lá no pátio, ele a desliga e os dois vão pra frente com tudo, Ana desce e sai correndo para dentro do C, Daryl vai logo atrás.

Todos suspiram quando ela chega e já começa a tirar de dentro da mochila seus achados, Beth enche uma das mamadeiras com água, que estava sendo mantida quentinha pelo fogareiro da Marie, e três medidas de leite em pó. Daryl larga a besta, tira o poncho que usava e sem mais nem menos pega a bebê dos braços da Marie, que fica sem entender nada. Daryl? E bebês? Essa é nova.

E por incrível que pareça, a bebê se acalma um pouco.

– Como ela tá? - Beth entrega a mamadeira e Daryl coloca devagar sobre a boquinha da menina que se cala assim que o leite quetinho entra em contato com a linguinha dela.

– Melhor agora - Marie diz, ele a olha e mesmo tentando esconder, tem um sorriso ali, ele parece realmente encantado com aquele bebê.

– Ela já tem um nome?

– Ainda não… - Carl diz - Mas eu pensei em Sophia. Mas pode ser Carol - ele suspira - E July, Andrea, Amy, Jacqui, Patricia. Ou… Lori. Eu não sei.

Marie se apoia nos braços de Daryl para ver se ele está fazendo certinho e Daryl inclina um pouco a bebê na direção dela, um sorri pro outro.

– Gostou disso… pequenininha durona? É um bom nome, não é?

O grupo da risada.

– Pequenininha Durona… Gostou disso, querida? - a voz muda de tom, fica menos agressiva, mais suave, doce e amável.

Marie se afasta, se senta ao lado da Ana e fica olhando Daryl com seu jeito tosco todo meloso com um bebê…

Ela deita a cabeça no ombro da amiga e sorri apaixonada.

Por que eu não te conheci antes?

**************

Rick continua parado… pensando nela, os olhos fixos em lugar algum. O sorriso dela aparece pra ele. Ela dizendo “sim” aparece pra ele. Ela acariciando a barriga em frente ao espelho…

“Meu menininho” ele ouve ela sussurrar.

Lori brigando com ele por chegar cheirando a álcool em casa.

Um barulho semelhante ao alarme que ecoou mais cedo pela prisão, ecoa agora naquela sala, onde só estão ele e aquele errante gorducho, um tiro na boca e a barriga cheia de furos da faca do Rick, que ergue a cabeça para a mesa a sua frente, olhando aquele telefone.

Ele está… tocando?

Rick se levanta e pega o aparelho com a mão toda suja de sangue, para levar até sua orelha.

– Alô?

No bloco de celas, do outro lado das caldeiras, o grupo, sem nada pra fazer, se encostam nas paredes, arrumam suas celas, paparicam a Pequenininha Durona, ou discutem como limpar os outros blocos, que é o que Ana, Drake e Glenn fazem.

– … Ele não tava nada legal, na verdade.

– Em algum momento ele vai ter que vir pra cá. Não vai poder passar o resto da vida puto… Ele tem dois filhos agora e se o Rick não parar com essa putaria, eu dou um soco na cara dele…

– Drake!

Drake olha para Ana - Eu não estava falando sério, mas também não estava brincando. Amanhã eu farei o caminho até aquele shopping pra buscar mais comida pra bebê.

– Sozinho? - Glenn pergunta

– Não tem problema.

– Eu vou. Eu sempre ia buscar coisas que o grupo precisava, sempre fui bom nisso.

Drake bate no ombro dele - E modesto, caro amigo de olho puxado.

– Eu vou com você, amor - Maggie diz e Glenn concorda.

Marie se aproxima do Daryl que está sentado com a bebê no colo ninando ela, e observa, a menina está dormindo.

– Você leva jeito.

Ele ergue os olhos e sorri, Marie senta do lado dele.

– Eu ainda não sei onde colocar ela pra dormir. Talvez num cesto com muito cobertor, e também ainda estou apreensiva sobre a alimentação dela, ela precisa dos nutrientes que o leite materno dá - ela está olhando fixo para o outro lado da sala.

– Mas não é pra isso que existe o leite em pó? Não é uma formula pra repor?

– É… Mas eu fico preocupada.

– Então é assim que você seria.

Ela agora o olha - O quê?

– É assim que você seria se tivesse sido mãe - ele baixa o tom de voz - Preocupada.

– Não sei. Talvez - ela olha Carl, encostado num canto de cabeça baixa - É… Tem razão, eu seria a mais preocupada. Coitado do Carl.

– É… Eu entendo ele.

Marie o olha - Sua mãe também…

– Ela morreu quando eu era moleque, um pouco menor que ele - ele fica olhando Carl por um tempo - Ele tem uma irmã pra cuidar e o pai, ele já supera - agora ele baixa os olhos pra ela - Nós superamos, não é?

– É…

Drake para na porta da cela da Ana, ela está deitada virada pra parede encolhida e chora baixinho. Ele caminha lentamente, se senta do lado dela e começa a acariciar as costas dela, ela se vira e deita nas pernas dele, Drake se curva e beija o rosto dela.

– Tá tudo bem agora - ele sussurra - Lori está bem sabendo que você fez o que ela pediu. Vamos cuidar desse bebê, por ela, okay?

– Deita comigo, Drake - ela soluça e funga - Por favor?

Ele joga as pernas pra cima da cama que range sob seu peso, ela encosta a cabeça no peito dele e continua chorando, ele a aperta e acaricia seus cabelos.

– Eu não consigo parar de ouvir os gritos dela quando eu - ela respira fundo - Enfiei a faca nela.

– Você ajudou a por no mundo uma nova vida.

– E tirei outra. Eu matei a Lori. Carl só deu descanso pra ela.

– Foi o Carl?!

– Carl atirou nela antes que ela se transformasse… Eu gostava tanto dela.

Drake a aperta mais ainda e espera pelo melhor. Nesse caso, que ela durma.

– Eu posso distrair ele…

Marie o olha de novo - O que vai fazer?

– Vou limpar essa prisão, matar o que ainda sobrou… O garoto é bom, vou levar ele.

– Vá com o Drake então. Glenn não vai estar ai, Rick não tá legal.

– Não precisa, eu e o Carl damos um jeito. E você, tá legal?

Marie olha o bebê - Eu tenho que estar. Mas é estranho sabe, de repente não ter mais o T-Dog com sua gargalhada - os olhos dela se enchem de lágrimas - E a Carol com aquele sorrisinho que me deixava nervosa… Eu teria morrido se não fossem eles.

– Para.

Ela seca as lágrimas nos olhos e se levanta - Eu vou arranjar alguma coisa pra essa… Bravinha dormir. Não vai ficar o resto da noite com ela no colo né?

Ela sai dali e vai para o vestiário, procurando algum cesto e encontra, um cesto pequeno e alto, com pés que o deixam com quase 1,30m de altura.

Vai ser isso mesmo.

– Carl? Carl! Pode ajudar aqui? - ela o chama e ele corre até o corredor de celas que ela está - Vamos transformar isso num berço… Tá bem improvisado, mas vai ser isso, por enquanto. Pegue um travesseiro ali.

Ele pega de dentro de uma das celas um travesseiro, afofa e coloca dentro do cesto. Depois Marie coloca uma fronha pra fazer de lençol e coloca um cobertor pequeno, mas grosso ali.

– Tá bonitinho, né?

– Falta um móbile - Carl diz

– Dá pra fazer - ela sorri - Vamos colocar uma mini algema, uma mini besta, um mini chapéu de xerife… - ela bate na aba do chapéu dele e ele ri - E tudo o mais de mini. Mas por enquanto, vamos nomear - ela corre escada a cima até sua cela e pega uma caneta preta.

No cesto, ela escreve “Lil” bem pequeno e embaixo “Ass Kicker”, com duas estrelas de um lado e dois corações do outro, fazendo o papel das aspas, o pingo do “I” é um asterisco e pra finalizar, ela puxa a perna do R, e em cima faz uma carinha feliz.


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Notas finais do capítulo

E ENTÃAAAAO?
Gente, Rick tá doidão, ele atendeu um telefone!!! e muitas coisas acontecem no próximo cap!!!
Quero saber o que vocês acham o que vai acontecer, deixem suas teorias, eu não brigo, eu não mordo. Podem falar a vontade, adoro!

Beijos até segunda :*



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