A Viajem de Chihiro 2 escrita por Yoko Dailandyn


Capítulo 2
Capítulo 2 – O estranho desenho.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente munita . aqui estou eu de novo e olha o q troxe cmg , mais um cap pra vocs . ainda to providenciando a capa, eu ja tenho a capa pronta so q eu nn to conseguindo enviar pro nyah por conta da minha net . mas assim q a net abrir uma brecha a capa sera postada .
BOA LEITURA!



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Onde eu estou?

O que faço aqui?

Porque tão escuro?

Porque não sinto nada?

Porque não consigo me mover?

Porque não consigo gritar?

Porque eu estou aqui?

– Chihiro?! – uma voz familiar ecoou em minha cabeça de tal forma fazendo com que eu me assuste a ela. Ela era muito familiar, como se eu tivesse ouvido essa mesma voz há pouco tempo, mas de quem era? – Chihiro?! – seu tom de voz foi aumentando como se a dona da mesma estivesse se aproximando de mim; e pelo seu tom parecia estar impaciente. – CHIHIRO! – novamente chamou pelo meu nome, porém gritando o que acabou fazendo com que eu assustasse e acordasse imediatamente do transe. Toda aquela escuridão havia desaparecido, podia finalmente me mover, ouvir, falar e ver.

Mas o que era isso? O que eu estava fazendo? Dormindo? Mas eu não sou de dormir em aula, mesmo que a aula esteja entediante, é impossível eu dormir... então... o que aconteceu comigo?

– Gosta de desenhar, Chihiro? – logo pude ouvir claramente a mesma voz que me chamava enquanto estava em escuridão total. Olhei para o meu lado a qual a dona da voz, a velha da matemática, estava parada olhando seriamente pra mim. Seus olhos transmitiam fogo, e só de olhar pra eles me sentia sendo queimada viva.

– Eu... – dei uma leve pausa tentando entender o que tinha acabado de acontecer, dei uma rápida olhada para trás da professora onde Jessica estava sentada. Jessica olhava pra mim confusa, ela sabe que eu não sou de dormir em sala, se é que eu realmente estava dormindo. – Eu não entendi a pergunta. – finalmente terminei o que ia dizendo voltando a olhar para a velha a qual me cerrava com os seus olhos.

– Ah, não entendeu. – a velha fez uma voz fina com um sorriso sínico a seguir. Quando então ela puxa a folha em que estava por cima de meu caderno mostrando a folha a mim em seguida. – Eu estou falando disso aqui! – eu me assustei após ver a folha. Nela estava um desenho magnificamente magnífico. Era um desenho de um túnel, esse túnel tinha algumas ferrugens, e as arvores em volta fazia um pouco de sombra nele. Era um desenho bastante detalhado e muito bem feito. Além do mais foi feito a caneta, sem nenhum borrão ou traços de que o desenho foi apagado e refazido por meros erros.

Peguei o desenho das mãos da professora podendo olhar claramente ele. Ele estava em cima da minha mesa, em baixo das minhas canetas, sem contar que minha mão estava manchada da tinta preta da caneta. O mais engraçado é que minha mão manchou com a caneta, mas não há manchas da caneta em nenhum lugar do desenho.

Esse desenho foi feito por mim? Não é possível, ninguém precisa de uma bola de cristal para saber que eu sou péssima em desenhos.

Dei uma rápida olhada para Jessica a procura de uma resposta, no entanto, ela parece estar mais perdida que eu ali.

– Mais uma de suas gracinhas e eu te boto para fora de sala, estamos entendidas?! – a professora saiu de minha presença voltando a sentar em sua mesa, nem me importei com o que ela disse, continuei encarando aquele desenho sem saber o que acabou de acontecer comigo.

A aula de matemática acabou dando o lugar para o intervalo. Todos os alunos foram saindo de sala rindo e conversando.

Arrumei minha bolsa e sai de sala junto com Jessica e Shin rumo ao jardim que fica atrás entre os dois prédios do colégio.

Chegando La, sentamos no nosso banco favorito que fica embaixo de uma arvore a qual dava uma sombra perfeita.

Continuei ali encarando o desenho a procura de uma resposta, aquilo era tão esquisito. Eu jurava que estava dormindo, como eu poderia ter feito esse desenho dormindo? É tecnicamente impossível.

– É tecnicamente possível! – Jessica disse de uma forma rápida como se tivesse lido os meus pensamentos. Eu não havia trocado uma só palavra entre eles depois do que ocorreu na sala na aula de matemática. – Chihiro, existe uma coisa chamada sonambulismo...

– Mas ao mesmo tempo é impossível, Jessica. – dessa vez quem disse foi Shin a qual o mesmo a interrompeu rapidamente. A mesma parou e começou a prestar atenção nele, e eu fiz o mesmo. – Um sonâmbulo só faz as coisas que tem costume de fazer, e eu acredito que Chihiro não tem costume de desenhar tão bem assim. – disse ele enquanto olhava para o desenho em que estava em minhas mãos.

– Verdade! Eu tenho muitas qualidades, mas desenhar não é uma delas, Jeeh. – concordei com Shin voltando novamente a olhar para o desenho em minhas mãos.

De tantas coisas que eu poderia desenhar naquele meio tempo eu desenhei logo um túnel? É meio sem noção isso!

– Então o que aconteceu com você hoje, Chihiro? – Jessica perguntou olhando pra mim de tal forma como se quisesse ler o que meus olhos dizem. Dei um leve suspiro dobrando o desenho e guardando ele no bolso de minha calça.

– Eu não sei... – dei uma leve pausa seguido de um leve suspiro voltando a falar novamente. – Eu não estava nem um pouco afim de prestar atenção na aula de hoje, então eu resolvi fazer o de sempre, olhar para o céu após a janela da sala. – disse olhando para o céu em seguida. Ele estava limpo, sem nenhuma nuvem em seu caminho. – De repente meu corpo começou a ficar dormente, não conseguia me mover, e... – desviei meus olhos para Jeeh e Shin. – depois eu não consigo lembrar de mais nada.

– Como se alguém estivesse te controlando. – Shin disse de um modo pensativo colocando sua mão em seu queixo olhando para a verde grama do jardim.

– Você realmente está assistindo anime demais, Shin. – Jessica ironizou dando uma leve risada no final.

Faria sentido o que Shin disse se existisse alguém no mundo capaz de controlar as pessoas, é impossível. Isso só acontece em contos de fadas, ou em um mundo mágico.

Logo meu coração acelerou após eu ter pensado que poderia existir alguém que controlasse as pessoas em um mundo mágico. Como se isso fizesse sentido, como se eu soubesse que realmente existe um mundo mágico.

Respirei fundo podendo me acalmar de novo até, por fim, ouvir o sinal do intervalo a tocar sobre o colégio inteiro.

Saímos então do jardim rumo à sala novamente.

(...)

Chegamos à sala a qual o professor de historia já estava nela sentado em sua mesa. Todos os alunos chegaram sentando em suas devidas cadeiras.

Voltei a sentar em meu lugar que fica a janela e novamente comecei a olhar após ela sem prestar atenção no que o professor estava dizendo. Fiquei imaginando em possíveis possibilidades de algo desse tipo já ter acontecido comigo, foi em vão, não lembrava de algo assim.

Suspirei me dando por vencida. Senti que alguém atrás de mim me cutucava constantemente, e a coisa mais irritante do mundo é alguém cutucando minhas costas. Aquilo já estava me incomodando, e a única pessoa que senta atrás de mim e que possivelmente estaria me cutucando é a uma anta chamada Shinkaro.

– O que foi, desgraça?! – explodi de raiva fazendo um escândalo na sala. Todo mundo, inclusive o professor, começaram a olhar pra mim como se eu fosse uma completa louca. Senti meu rosto esquentar após perceber o escândalo que eu fiz. – D-Desculpa, professor. – disse num tom baixo, porem o suficiente pra ele ouvir. Ele ignorou-me completamente e voltou a dar aula como se nada tivesse acontecido. Dei um suspiro de alivio virando-me pro Shin a qual o mesmo estava dando leves risadas o que me irritou mais ainda.

Sem pensar duas vezes, apertei meus punhos empregando-lhe um soco em sua cabeça de deixar galos cantando. Ele deu um leve gemido de dor seguido de sua mão massageando o lugar em que o soquei.

– Isso doeu. – disse-o num tom baixo olhando pra mim em seguida.

– Quer me dizer logo o que você quer? – disse no mesmo tom de voz que ele pra não chamar a atenção do professor.

– Eu só queria dizer que apesar de você me odiar, e com razão, eu estou disposto a te ajudar nesse mistério do desenho do túnel. – falou ele seguido de um leve sorriso. Olhei pra Jessica a qual a mesma me encarava com um leve sorriso também. Apesar de eu amar Jessica e odiar Shinkaro, eles são meus únicos amigos que sempre estão ao meu lado. Que dádiva.

– Obrigada, gente! – agradeci retribuindo os sorrisos.

(...)

A aula de história acabou num piscar de olhos. Nem parece que eu tive aula de história porque seu tempo passou muito rápido. Devido a minha falta de interesse em prestar atenção em sua aula, talvez. Não sei, porém agora é aula de educação física.

Todos os alunos juntos seguiram para a quadra, incluindo Jessica, Shin e eu.

Chegando la, todos nós nos sentamos na arquibancada de frente ao professor Elias.

Elias era o nosso professor de educação física, sua aparência era de dar medo, pois ele tinha um corpo bastante musculoso, além de ser alto. Sem contar que seu tom de voz era tão alto, mais tão alto, que se for pra ele falar algo na frente da escola inteira não precisaria de um microfone, porque todos irão ouvir.

Ele estava parado de frente a nós com a bola de futebol de baixo do braço esquerdo, e a bola de vôlei no braço direito.

Obviamente, os meninos vão jogar futebol e as meninas vôlei.

– Bom dia! – Elias disse após todos finalmente ter se sentado na arquibancada. – Hoje é o dia em que todos vocês vão ser avaliados arduamente. – após ele ter dito isso um cala frio passou pelo meu corpo de tal forma. Acredito que em outros alunos ocorreu a mesma coisa.

Quando ele diz em avaliar nós arduamente, isso significa treinar sem descanso. E só vai parar quando o sinal tocar indicando que as aulas acabaram.

Da ultima vez que tivemos esse tipo de treinamento, todos caíram no chão após o sinal ter tocado e sua aula ter terminado. Nós praticamente desmaiamos. Aquele dia foi O pesadelo.

– Pra começar quero vocês correndo em volta dessa quadra toda em passos sincronizados cinquenta vezes! – ordenou ele em um tom de voz altíssimo, num momento pude ver que até os pássaros se assustaram com o grito dele. Todos os alunos começaram a questionar e reclamar. – AGORA! – após ele ter gritado, todos nós levantamos da arquibancada e começamos a correr um atrás do outro em passos sincronizados em volta da quadra. – E se alguém parar terá que dar mais cinquenta voltas seguidas!

Começamos a correr reclamando em como esse professor, alem de exigente, é chato com esse negocio de treinamento.

(...)

Depois de mais ou menos uma hora correndo em círculos finalmente conseguimos completar cinquenta voltas. O professor teve um pingo de consideração por nós e deixou a gente sentar pra descansar um pouco enquanto o mesmo conversava com o diretor do colégio a qual o mesmo estava acompanhado da inspetora.

– O que acha que eles estão conversando? – Shin foi o primeiro a se pronunciar após a correria em circulo. Ele, assim como nós todos, estava ofegante tentando desesperadamente puxar ar.

– Não sei. – respondi ofegante ainda observando o diretor conversar com o professor.

– Talvez o diretor esteja expulsando o professor do colégio por ele ter aproveitado de nós desse jeito. – Jeeh disse ofegante assim como todos nós.

– Não parece que ele está dando uma bronca no professor. – Shin falou fazendo uma leve careta em seguida. Assenti com a cabeça concordando com o que Shin disse.

Depois de alguns segundos, o professor, o diretor e a inspetora do colégio se viraram para nós e começaram a vir em nossa direção. Os alunos ficavam discutindo entre si sobre o que o diretor quer tratar com a gente.

A ponto de ele vir falar com a gente pessoalmente talvez seja um assunto sério, sei la.

– Bom dia, crianças! – o diretor nos cumprimentou num tom bastante educado seguido de um leve sorriso a enfeitar seu rosto. Os alunos estranharam essa tal atitude achando que o diretor iria à realidade brigar com a gente, ou algo do tipo. – Então, Elias e eu estávamos discutindo sobre uma coisa séria que eu tenho certeza que vocês vão amar saber. – começou ele dando uma rápida olhada em todos nós. – Como faz tempo que a escola não organiza um grande evento entre vocês, alunos, resolvemos organizar algo que vai interessar a vocês e aos professores. Pois, claro, vocês não só irão se divertir nesse evento como também irão aprender bastante coisa, como se estivessem tendo aula normalmente, só que de um modo diferente. – os alunos estavam começando a se animar após o diretor ter mencionado à palavra ‘evento’. – Como são muitos alunos aqui no colégio não teria como levar todos de uma vez só, então separamos um evento para cada dia para cada turma ir. Fizemos um sorteio e essa turma foi sorteada a ir nesse evento que vai acontecer daqui a quatro dias. – pode-se dizer que esse ‘evento’ será na segunda, já que hoje é quinta, eu acho. – É o seguinte, levaremos todos vocês a famosa floresta Kleber que se situa na cidade de Irundês...

– Essa era a antiga cidade em que eu morava. – disse para mim mesma enquanto o diretor continuava a falar.

– Soube que há um templo escondido entre essas florestas na cidade de Irundês, porém ninguém nunca encontrou esse templo. – Jessica disse sem ao menos olhar para mim ou para o Shin, seu olhar estava totalmente direcionado ao diretor. – Dizem que esse templo nem existe, que é somente uma lenda. Mas uma coisa é certa, existe algo escondido nessa floresta e que ninguém nunca encontrou. Não é um templo, mas é alguma coisa. – terminou ela dando um leve suspiro em seguida.

– E se for uma casa mal assombrada, uuuh. – Shin fez uma voz amedrontada e roca com a intenção de meter medo em nós. Isso foi em vão. – Bando de estraga prazeres. – terminou cruzando os braços e fazendo um leve bico.

– Não, não existe casa mal assombrada. – completou Jessica olhando finalmente para Shin. – É outra coisa... – voltou ela a olhar pro diretor a qual continuava a falar sobre o evento para a turma, seu olhar estava distante.

E de alguma forma eu sentia que sabia do que ela estava falando, mas ao mesmo tempo não sabia.

– Enfim, vocês farão suas pesquisas em um grupo de dez, o grupo será escolhido entre os professores, e em hipótese alguma deverão se afastar dos professores. – o diretor disse com o olhar cerrado para os garotos que no fundo da arquibancada estavam sentados. Eles eram os mais bagunceiros e os que mais poderiam se afastar dos professores. – A inspetora Yandra ira entregar a vocês um formulário para que vocês entreguem aos pais de vocês assinados. Tragam esse formulário amanhã sem falta para organizarmos e saber quem vai e quem não vai. – a inspetora finalmente resolveu se mexer entregando a cada um de nós uma folha a qual nela estava cheio de perguntas do tipo: ‘Se filho tem alergia a picada de inseto? Se sim qual?’ ‘Seu filho toma medicamentos?’ Perguntas desse tipo. E no final da folha solicitava a assinatura dos pais. Dobrei a folha e a coloquei no mesmo bolso da minha calça em que ta o desenho que fiz na aula hoje.

(...)

Os alunos foram dispensados, e graças ao diretor, não tivemos o estranho treinamento do professor de educação física.

Seguimos para as nossas salas pegando as nossas bolsas. Por fim, todos os alunos foram saindo da escola, alguns ficavam conversando no portão, outros sentados no banco do pátio.

Jessica, Shin e eu nos despedimos indo cada um para um lado. Jessica e Shin foram à mesma direção, pois suas casas ficam na mesma direção, obvio. E eu peguei o outro rumo indo direto pra minha casa.

No caminho todo fiquei pensando sobre o estranho desenho que sem querer eu desenhei. Fiquei pensando no que ele pode representar, ou o que ele é.

Espantei esse pensamento em minha cabeça e continuei meu caminho silenciosamente até minha casa.

Até que para alguém que não gosta muito de eventos, eu me animei um pouco com essa ideia. Mesmo porque, eu queria visitar minha antiga cidade a qual morei por um ano, e também, queria me distrair já que minha vida anda tensa demais desde esses últimos dias.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem, please . os comentarios de vocs sao minha motivação pra continuar . Claro q se eu recebesse uma recomendação eu iria pirar e postaria dez caps em um so dia .

Até a próxima pessoal o/



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