O Suserano escrita por chibilele


Capítulo 2
A Festa




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Aquela era uma manhã especialmente bela. O sol brilhava no céu muito azul, sem nuvens para lhe estragar a beleza. Estava quente, mas uma suave brisa amenizava a temperatura. Visto que fosse primavera, havia várias das mais belas flores colorindo tudo e nada poderia dar errado no melhor dia do ano para a bela ruiva que se banhava no lago. Nesse dia ela completaria seus quinze anos, e a família Malfoy, para quem sua família trabalhava, decidira bancar sua festa. Tudo estava andando perfeitamente bem naquele dia, e a garota era só sorrisos.

- Ginny! – Chamou uma voz. – Ginny, Harry chegou!

A garota sorriu e viu um sardento ruivo de cabelos grandes aparecer.

Desculpe, não sabia que estava se banhando. – Ele disse, virando de costas..

- Hoje não tem aulas, certo, Bill? – Perguntou ela, esperançosa.

- Não, Ginny. Hoje Harry é todo seu.

Ela deu um largo sorriso enquanto seu irmão se afastava, dizendo que não se atrasasse.

Harry era, desde que o conhecera, o grande amor de sua vida. Ele havia derrotado, quando ainda era criança, um Lord muito poderoso que havia tentado tirar o Rei do poder, mas ao tentar matar Harry, um bebê – ninguém sabia exatamente por que – ele havia perdido seus poderes e fora reduzido a uma sombra, um ser sem sua magia. Como o garoto havia perdido os pais pelas mãos do Lord, ele foi criado pelos tios, burgueses trouxas, até descobrir que possuía poderes. Foi quando passou a ir todos os dias à casa dos Weasley para estudar com seu Padrinho, Bill Weasley, que lhe ensinava o que tinha a aprender sobre magia. Já que Bill era irmão de Ginny, eles haviam se conhecido e apaixonado; toda a família apoiava a relação, até mesmo Ron, irmão de Ginny e melhor amigo de Harry, ainda que tivesse ciúmes da irmã mais nova.

inny saiu do lago e vestiu-se ainda molhada, correndo em seguida para casa a fim de colocar um vestido mais bonito para receber o pretendente. Entrou sem que ninguém visse – o que não foi difícil, já que todos assistiam a Ron derrotando Harry no xadrez bruxo Fanfic feita para o projeto Across the Universe do Fórum 6V.de novo. E assim que apareceu na sala deixou Harry sem reação por alguns instantes. Ela trajava um vestido verde, da cor dos olhos do garoto, preso por um laço logo abaixo do busto; seu cabelo estava preso em um rabo-de-cavalo por uma fita da cor do vestido e ela tinha um colar com uma medalhinha já velha que havia ganhado de sua mãe, que por sua vez havia ganhado de sua mãe.

- Olá, Harry. – Disse Ginny, dando um largo sorriso.

- Oi, Ginny. – Respondeu Harry sem jeito.

Ginny achava uma graça o jeito tão desajeitado de Harry, mas às vezes ela gostaria que ele tivesse mais atitude.

Onde está a Mione? – Perguntou Ron.

- Sempre interessado nela, né?

- Cale a boca, Ginny. – Ron ficou vermelho e todos riram dele.

- Ah, o amor! – Suspiraram dois garotos idênticos.

- Até a Ginny tem mais atitude que você, Ron. – Disse um dos gêmeos.

- Cale a boca, Jorge.

- Eu sou o Fred.

- Então cale a boca, Fred.

- Ei, Fred, vamos para o nosso quarto.

- Eu sabia que era o Jorge! Mas eles sempre me enganam...

Harry e Ginny se entreolharam enquanto Ron continuava cabisbaixo por ter sido mais uma vez enganado por seus irmãos. De todos os sete filhos do Sr. e da Sra. Weasley, Ron havia sido sempre o que se enganava com mais facilidade, o mais medroso e o com menos atitude. Logo, ele era o alvo principal da casa. Ginny costumava sê-lo quando criança, mas conforme cresceu tornou-se esperta e passou todos os irmãos para trás. Apesar disso, ela tinha aulas com a mãe, que lhe ensinava feitiços domésticos para que aprendesse a cuidar de sua casa quando se casasse. Sem que Molly soubesse, no entanto, ela aprendia os feitiços que Hermione lhe ensinava, já que essa também tinha aulas com Bill. No geral, apenas mulheres nascidas em famílias ricas aprendiam feitiços de uso não-doméstico, mas como Hermione demonstrava grande talento, esforço e inteligência, Bill achara um desperdício não ensiná-la.

- O almoço está pronto! – Anunciou Molly. – A mesa está lá fora, porque aqui dentro não caberíamos todos... Vamos, queridos, vamos.

Todos sorriram maravilhados diante do esplendoroso banquete que Molly havia preparado. Ela estava feliz por poder almoçar com a filha em um dia tão importante, já que a decoração havia ficado com os Malfoy, que faziam questão disso. Tudo estava ótimo para o aniversário da garota, onde anunciariam também seu noivado com Harry Potter – ela fazia 15 anos, e muitas garotas de sua idade eram já mães.

Após se deliciarem com o maravilhoso almoço e as maravilhosas sobremesas preparados por Molly, sentaram-se para aproveitar o dia e conversar. Poucas horas se passaram até que Ginny e Molly saíram para se arrumarem, acompanhadas por Fleur (esposa de Bill), Angelina (esposa de Jorge), Katie (esposa de Fred¹) e Penny (esposa de Percy²). Todas, com exceção de Ginny, foram para A Toca; a aniversariante seria arrumada por Narcissa Malfoy.

Ao chegar ao local onde encontraria a Senhora das terras onde morava, no entanto, encontrou um belo e alto loiro, de olhos cinzentos e cabelo muito liso. Ele a olhou de cima a baixo.

- Onde está a Sra. Malfoy? – Perguntou Ginny calmamente. Com o tempo, havia aprendido que deveria respeitar o jovem rapaz, filho único dos Malfoy, mas sua vontade era de fazer o mesmo que fazia quando criança: bater e xingar aquele garoto mimado.

- Você ficou muito bonita, Weasley. – Disse ele, ignorando a pergunta da garota, que revirou os olhos. – Agora sei o que Potter viu em você.

- O Harry não tem nada a ver com isso. – Ela tirou a mão que Draco havia colocado em seu rosto.

- Ao contrário, Weasley, ele tem tudo a ver com isso. Não gostaria de ver seu paizinho novamente?

- Meu... pai?

oda a firmeza fugiu do rosto da ruiva. Por compactuar com trouxas, o que a Inquisição Bruxa proibia, seu pai havia sido levado Merlin-sabe-para-onde e tivera um destino igualmente desconhecido. Sua mãe sempre dizia que ele estava bem, mas há anos que a garota acreditava que ele estava morto, o que afinal era o destino de todos aqueles que se metiam com a Inquisição. Esse era também o motivo pelo qual haviam incendiado sua casa e eles haviam sido obrigados a morar nas terras dos Malfoy.

- Sim, seu pai, Weasley. – Draco sussurrou em seu ouvido. – Seu pai, hoje, no seu aniversário, te vendo depois de tantos anos, tão deslumbrante...

- Você pode trazê-lo? Ele está vivo?

- Posso, Weasley. Ele está vivo. Meu pai tem muita influência na Inquisição, poderia trazê-lo a qualquer instante para você.

- E o que Harry tem a ver com isso? – A firmeza em sua voz havia voltado.

- Você não vai se casar com ele se quiser ter seu pai.

Ginny caiu de joelhos, as lágrimas transbordando de seus olhos. Por que teria que escolher entre seu pai e o amor de sua vida? Não era possível decidir!

- Por que tenho escolher?

- Porque você deve se casar comigo para tê-lo de volta.

- Casar com você? Nunca! Por que eu casaria com você?

- Porque eu posso trazer seu pai de volta, porque posso matá-lo se quiser e porque sua família mora nas minhas terras. Tenho a vida de sua família em minhas mãos, Weasley. Pense bem e avise-me de sua decisão antes do baile, afinal temos que arrumar seu pai caso ele continue vivo.

Draco saiu do recinto, deixando uma chorosa Ginny para trás.

-x-

A noite caiu e a lua cheia brilhava no céu. Sua luz era tão forte que iluminava o caminho que conduzia ao palácio dos Malfoy.

Várias mesas estavam estrategicamente dispostas pelo enorme salão onde se realizava a festa. A comida era reposta magicamente sempre que necessário. Às vezes alguns bruxos trovadores cantavam suas cantigas³, às vezes a música era apenas instrumental, mas ambas mantendo o ar sofisticado que uma festa organizada por tão nobre família deveria ter. Várias pessoas, amigas das famílias Weasley e Malfoy, estavam ali, muito bem vestidas, embora alguns não tivessem dinheiro o suficiente para estar à altura de uma festa daquele porte, mas, pelo amor que tinham à aniversariante, haviam ido.

- Onde está Ginny? – Perguntou Harry ao amigo, Ron, que trajava uma veste marrom e cheia de babados, e olhava irritado para algum canto da festa. – O que foi?

- Viktor Krum. – Disse Ron entre os dentes.

- O jogador?

- O Padrinho dele é amigo dos Malfoy. Relações antigas, se você me entende... Mas Mione não parece ligar muito.

Foi então que ele reparou na amiga, ao lado de um garoto magro, moreno, levemente curvado e com sobrancelhas espessas, que trajava uma bela túnica preta com alguns detalhes vermelhos – provavelmente rubis, como imaginou Harry.

- E Ginny?

- Ainda não a vi. Ele está pegando na mão dela?

Harry revirou os olhos e perguntou-se quando o amigo admitiria o que todos já sabiam.

- Está sozinho? – Perguntou Ron, ainda olhando para o casal.

- Estou esperando sua irmã, Ron.

- Ah, é. Ei, veja! Malfoy está sozinho.

Harry sorriu ao ver que o loiro estava desacompanhado em uma festa em sua própria casa. Ao seu lado estavam Pansy Parkinson e Blaise Zabini de braços dados. Harry não pôde segurar uma risadinha ao ver a cena: ele poderia jurar que Pansy iria com Draco, mas ela havia preferido Blaise. Malfoy viu o garoto rindo.

- Está se divertindo, Draco? – Perguntou Harry, zombeteiro.

- Quem ri por último ri melhor, Potter. – Draco deu um sorrisinho sarcástico.

Nesse momento, todos se viraram, boquiabertos, para o topo da escada principal. Molly não se agüentou e chorou, sendo segurada por Charlie. Ginny estava no topo da escada, trajando um lindo vestido pérola, cheio de babados, tão grande que lhe cobria os pés; os cabelos presos em um coque com algumas mechas encaracoladas soltas, um colar com um enorme diamante pendurado, luvas também na cor de pérolas. Ao seu lado, um homem ruivo que começava a ficar careca, magro e que usava óculos, dava seu braço à aniversariante, com lágrimas nos olhos.

Os dois desceram as escadas, sorrindo para os sete Weasley que os esperavam. Harry estava junto a eles, olhando maravilhado para o amor de sua vida, a quem nunca vira tão linda.

- Arthur! – Molly se jogou nos braços do marido.

- Molly! Crianças!

Todos se abraçaram, comovidos, recebendo aplausos de seus amigos.

- Ginny... – Harry estendeu a mão para Ginny, mas ela desviou o olhar, abaixando a cabeça.

Estranhando a atitude da filha, Molly soltou o marido e espantou-se ao ver Arthur pegar a mão da filha e dá-la a Draco Malfoy, em cujo rosto surgiu um sorriso vitorioso.

 

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N/A: Primeiro capítulo devidamente postado! E aí, o que acharam do capítulo? Gostaram? Detestaram? Críticas, sugestões, desabafos, querem contar piadas? Qualquer coisa, mandem REVIEWS.

E um agradecimento especial a moe-chan. Obrigada pela review!

 

Beijinhos,

Chibi.

 


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