Irmão. Aquela palavra ecoou na minha mente e fez minha cabeça doer. Fechei os olhos e pude ouvi-los me chamando.

– Olhos em mim. Permaneça acordada. – uma voz masculina falava ao meu lado – Você é forte, abra os olhos. – meu coração disparara e então os abri. Vi a destruição.

– NÃO! – pisquei forte e então estava no quarto do hospital novamente, ofegante.

– O que...? – todos tentavam entender.

Percebi que estava chorando. Tony trocara olhares com Thor. Abracei Clint, que ainda estava ao meu lado. Eu já tive seus braços a minha volta, todo o meu corpo sabia. Enfiei o rosto em seu peito e chorei até adormecer.

–

Quando finalmente pude sair do hospital, Tony me levou para sua casa. Era bonito e cheio de... Coisas tecnológicas, como ele mesmo disse. Ele me contou sobre a empresa da família e disse que eu nunca me interessei e ele não se incomodava com isso.

– Então... Como eu era antes... Disso tudo? – perguntei. Estávamos sentados no sofá nos olhando.

– Ah... – ele pareceu apreensivo – Você sempre foi meiga, doce...- ele encarava o controle remoto na mesa de centro – Sempre foi companheira. – me olhou sorrindo.

– Nós somos amigos então? - estava sorrindo, apreciando a ternura no olhar de Tony.

– Os melhores. – ele segurou minha mão, fazendo carinho – Aconteça o que acontecer, não esqueça que nó... Eu me preocupo muito com você.

– Com licença senhor, mas temos visita. – Jarvis falara. Eu teria que me acostumar com o tal computador falante.

– Mas quem? Não estou esperando ning... – ele parou ao ouvir a risada de Clint – Claro.

– Olá, tem alguém em casa? – ele tinha duas caixas sobre os braços.

– Alguém pediu pizza? – Nat veio me cumprimentar.

– Eu não sei o que é isso, mas cheira muito bem. – falei, olhando dentro da primeira caixa. Algo redondo e cheio de coisas em cima com um cheiro maravilhoso.

– Se chama pizza. – Clint falou – E realmente cheira bem. Aposto que você vai gostar.

– Er... Oi? – Tony parecia meio incomodado – Sejam bem vindos, podem entrar, fiquem a vontade. – ele falou rapidamente.

– Qual o gosto disso? – perguntei a Tony, pegando-o de surpresa.

– Coma. É impossível descrever. – ele puxou a cadeira para que eu pudesse me sentar.

Sentamos todos e conversamos como velhos e bons amigos. Aquela massa com diversos recheios, pizza, era a coisa mais gostosa que eu já comera em toda a minha vida. Experimentei todos os quatro pedaços, fazendo Clint vibrar ao pegar o último.

– Garota, você vai explodir! – Nat falou, rindo.

– Não, eu estou bem... – fiz pouco caso – Eu quero experimentar.

– Coma, não se apegue ao que ela diz não. – Tony falou, apontando para Nat e levando um leve tapa da mesma.

Eu me sentia muito bem com os três. Como se eu tivesse passado uma vida inteira ao lado deles.