Fix me. escrita por Sherry


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Woow, voltei rapidinho de novo o/
Dessa vez a lembrança do começo do capítulo é um pouco maior do que as outras, por isso o capítulo ficou grandinho, espero que gostem mesmo assim u_u '

Sem mais, boa leitura sz'



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/619684/chapter/6

Logo nos primeiros dias em que havia se mudado para casa de sua avó, Castiel descobriu que estudava na mesma escola que Lysandre, Nathaniel e Leigh; E como se não bastasse, estava na mesma turma que eles também, exceto por Leigh que era mais velho, e estava uma série a frente.

Foi fácil se integrar nesta escola com a ajuda de Nathaniel e Lysandre;
O loiro adorava chamar atenção fazendo piadinhas e por isso era muito popular com os colegas de classe, apesar disso nunca levava advertência por ser um bom aluno e ter facilidade de aprender as coisas.

Já Lysandre era diferente, sempre muito educado e meio distraído; Vivia com os ouvidos arrolhados com seus fones, ouvindo algum tipo de Rock americano ou britânico, apesar disso ele era um aluno muito responsável, e tinha uma grande credibilidade com os professores.

Para Castiel foi fácil se aproximar dos dois, e fazê-los de seus melhores amigos. Eles moravam no mesmo condomínio, faziam os trabalhos e os deveres escolares juntos , ouviam rock, e aprontavam sempre juntos. Ainda sim, mesmo que não admitisse em voz alta, Castiel se identificava mais com Lysandre, por considerar Nathaniel um pouco cínico e dissimulado.


Desta forma, dois anos se passaram.

Castiel era um adolescente de quinze anos, tinha mais cabelo do que realmente podia dar conta, uma guitarra caríssima, um maldito vício por cigarros e uma avó doente para cuidar.

Nesses dois anos de amizade, os três eram quase inseparáveis . Castiel agora era aparentemente menos tímido, e mais revoltado com o mundo por conta das mágoas guardadas contra seus pais, e a tristeza de ver sua avó definhando com um câncer de pulmão, que ela adquiriu por conviver muito com seu falecido avô, que era um fumante. Castiel achava irônico que ele fosse arrumar de se viciar logo na coisa que havia deixado sua avó tão doente, o cigarro.

Ele aprendeu com as piadinhas e brincadeirinhas nada engraçadas de Nathaniel com os outros, que os adolescente podem ser muito cruéis. Eles não respeitam pessoas que demonstrem “fraquezas” ( ou seja, sentimentos) , então ele desenvolveu uma forma de se proteger; Ele mascarava seus sentimentos com sarcasmo, e vivia a maior parte do tempo na defensiva.

Ele era um adolescente afinal, passando por aquela fase perturbadora de descobertas, confusões e decisões.

— Castiel. Anda Castiel, abre a porta. — Ambre batia na porta do apartamento do garoto, enquanto chamava-o sem parar.

Ele estava na sala com sua avó, vendo uma série policial que ela adorava.
A senhora tinha um dreno no pulmão, e um respirador. Castiel havia conseguido contratar uma técnica de enfermagem para cuidar da sua avó em domicilio, e estava esperando a mulher chegar para poder sair com seus amigos. Mas a enfermeira nunca que chegava, e não atendia o celular. Já era a terceira vez que trocava de enfermeira nos últimos dois meses.

— To indo Ambre. — Castiel respondeu, sem vontade se arrastando para abrir a porta para a garota. — Que é? — perguntou, encarando a loira.
— Você não se arrumou? — ela perguntou fazendo biquinho — Não vai com a gente pro luau? — completou, manhosa.

Castiel cruzou os braços impaciente, e bufou. Maldita hora que foi começar a ficar com Ambre. Agora a garota não o deixava em paz. Agia como um carrapato, e Nathaniel vivia em cima deles. Era uma
encheção’ de saco sem fim, como se ele precisasse de mais algum problema em sua vida.

— Ambre, já falei pra você não ficar vindo atrás de mim! Depois o Nathaniel fica pegando no meu pé, e é um inferno. — confessou, barrando a entrada da garota no apartamento.
— Eu só quero saber se você vai! — ela choramingou.
— Eu não vou largar minha avó aqui sozinha do jeito que ela ta, se toca Ambre. — ele rebateu sem paciência, elevando a voz sem querer.

Pietra ouviu o neto. Ela era idosa e adoentada, mas estava plena de suas faculdades mentais e seus ouvidos funcionavam muito bem. A senhora se arrastou até a porta de entrada para intervir.

— Ambre, querida. — Pietra comprimentou, ofegando.

Castiel se sobressaltou para amparar a avó, ela não deveria se esforçar, mas a senhora o repeliu com um gesto de mãos.

— Oi
. — a loira respondeu fracamente, sentindo seu coração se apertar ao ver a senhora.
— Que bom que veio chamar... — ofegando — O meu neto pra sair. — tosse — Ele tem andado muito chato e coruja comigo. Leva ele daqui. — completou, oferecendo um sorriso gentil, mas acabou saindo um sorriso sofrido.

Castiel abriu e fechou a boca algumas vezes para retrucar, mas respeitava demais sua avó para responde-la. Ela era seu exemplo de vida, sua fortaleza. Era quem havia o acolhido, quando seus pais não o queriam mais.

Os olhos bem maquiados de Ambre se encheram de lágrimas com a situação que se passava, e ela fungou, tentando disfarçar.

— Eu não quero sair vó. — Castiel respondeu quase sussurrando, de cabeça baixa.
— Mas eu quero que... — respira fundo, sufocada — Você vá, e a sua namorada também, não é?! — completou, olhando para Ambre firmemente.
— Não
, tudo bem, eu só vim dar um tchau pra ele. — a loira respondeu, rapidamente virando-se para sair — Depois nos falamos Cass, beijinho. — correu corredor a fora.

Pietra ainda tentou chamar Ambre de volta, mas a garota foi rápida. Em segundos ela já havia sumido corredor a fora.
Castiel fechou a porta, e foi levando sua avó de volta para o sofá, mesmo que ela estivesse tentando retrucar com ele, dizendo que não estava paraplégica e que podia andar sozinha.

— Castiel meu filho... Você não deveria tratar uma garota desse jeito. — ela retrucou, ofegante acomodando-se no sofá.
— Desculpa. — ele respondeu emburrado, na outra ponta do sofá.

Pietra deu um sorriso escondido, orgulhosa por ter um neto com o coração tão altruísta e gentil. Ele era um bom garoto afinal.

–--



Lucy saiu do bar dizendo que ia passar no dormitório para se arrumar, ainda não marcavam 21:00 horas. Então deu 22:00, 22:30, 23:00... E as 23:30 o bar já estava com todas as mesas cheias.

Era um espaço grande, cheio de mesas e cadeiras de madeira espalhadas de frente para o pequeno palco, de forma que todos pudessem transitar livremente. A bancada de bebidas seguia pela parede a direita, com banquinhos altos de madeira dispostos por toda sua extensão. Rosalya havia mandado trocar o azulejo velho do chão por ladrilhos vermelhos novos, e as paredes estavam todas pintadas cheias de desenhos, como labaredas, caveiras, fadas, e todo tipo de coisa. Soube por Alexy que Leigh pagou uma nota para que a esquisitona da Natalie pintasse aquilo tudo em uma semana...

— Né não Castiel?! Castiel! Ei! — Armin falou, quase aos gritos.

Olhei para ele com a maior cara de interrogação possível; Eu não tava prestando atenção na conversa. Agora Alexy, Lysandre, Armin, Natalie, Kentin, Ambre, Charlote e até mesmo o maldito do Nathaniel, olhavam pra minha cara, esperando a resposta de uma coisa que eu nem tinha ouvido.

— Que? — me limitei a perguntar.
— Iiih, eu aqui falando contigo e você nem tchum’ pra mim! — ele falou, fazendo bico. — Péssimo amigo você, cara. — completou, acusatório.

Dei de ombros e dei uma golada na minha cerveja. Normalmente nessa época do ano faz frio aqui na França, mas Rosalya colocou aquecedor no bar, e agora pelo tanto de gente, tava começando a dar pra sentir calor.

— Foda-se Armin. — falei, só pra tentar descontrair o fato de eu realmente não ter prestado atenção no que ele estava falando.

Armin me mostrou o dedo do meio, e eu mostrei o meu.

— Tem certeza disso? Meu dedo é maior e mais grosso. — falei, afim de deixa-lo sem graça.
— Aaah, esse é o Castiel depravado e grosseiro, que todos conhecemos e adoramos. — Natalie falou, antes que Armin desse uma resposta, cheia de sarcasmo e deboche, fazendo todos darem uma risada.

Terminei com a minha long neck da cerveja e fui me levantando da mesa para ir buscar outra.

— Vai pegar cerveja? — Lysandre perguntou, e eu assenti — Vou com você. — afirmou levantando-se — Alguém quer mais cerveja? — perguntou, sempre muito educado e prestativo.

Armin e Ambre aceitaram. Neste exato momento, eu olhei para os lados, querendo evitar qualquer contato visual com Ambre, e acabei vendo de relance, Lucy e Rosalya conversando perto da porta de entrada. Por conta da luz difusa,das pessoas e de Rosalya na frente, quase não vi a Lucy . Eu só sabia que era ela porque... Bem, eu sabia.

— Não Lys, pode ficar ai, eu vou buscar as cervejas com ele. — Alexy falou, se levantando apressado, empurrando Lysandre de volta na cadeira.

Meu amigo assentiu sem entender nada, e ficou com a bunda sentada, enquanto eu ia driblando pessoas na direção da bancada de bebidas com Alexy nos meus calcanhares.

Parei na bancada, me debruçando sobre ela, chamando Leigh. Ele atendia todo mundo sozinho, e estava uma fila de matar, já que Rosalya não voltava para o balcão , e continuava a tagarelar com Lucy no canto.

— Você sabe que oque você ta fazendo é perigoso né? — Alexy falou com uma expressão sapeca, entrando totalmente no meu campo de visão.

Se já tava ruim de ver a Lucy antes, agora com a cabeça azul dele na frente é que não dava mesmo.

— Alexy, sai fora. — falei sem paciência, empurrando a cabeça dele para o lado com a mão — Leigh! Caralho. — chamei acenando para o coitado, que estava atolado servindo algumas garotas.
— Ai porra, to falando sério. — Alexy falou sério, ajeitando os cabelos que eu havia acabado de desarrumar.

Suspirei cansado e encarei Alexy cruzando os braços.

— Oque diabos eu to fazendo cara? — perguntei, dando um suspiro cansado.
— É melhor você parar, ou abrir o jogo. — ele falou, em um tom de alerta realmente sério.

Senti meu corpo ficar rígido, e meu maxilar trincou sozinho. Eram raras, realmente muito raras as vezes que Alexy usava esse tom tão sério para falar alguma coisa. Só o vi falando assim três vezes, e todas as vezes foram coisas trágicas.

— Beleza cara, ok. — falei, torcendo o rosto sem querer — Agora, você pode me explicar de que merda você ta falando? — perguntei, seriamente.

Ele me puxou pelo ombro, e me olhou dentro dos olhos. Hoje, ele não estava com uma de suas lentes de contato. Estava com os olhos azuis sérios, e quase acusatórios.

— Você e a Lucy. — ele falou, sem desviar os olhos dos meus.

Tive vontade de olhar para o outro lado, mas ele apertou meu ombro e continuou a falar.
Tudo ao meu redor pareceu sumir. O barulho, as pessoas trombando em mim, a luz neon piscante...

— Você tem noção do que ta fazendo, não tem? — ele perguntou, erguendo uma sobrancelha , como se estivesse em dúvida.
— Cara... — foi só oque eu consegui falar.
— Não to te julgando nem querendo mandar em você, mas... Não complica as coisas Castiel. — ele falou, em um tom pedinte.

Fiquei meio bolado. Eu não to dizendo que a culpa de tudo é sempre e exclusivamente minha?

— Alexy, vem aqui. — falei, virando-me na direção do banheiro, onde era mais vazio, e o som ambiente e o falatório era mais baixo.

Andei até o corredor dos banheiros, e Alexy me seguiu. Parei no canto mais afastado e cruzei os braços, esperando ele me alcançar para começar a falar.

— Não entendo porque eu tenho que levar sermão. Se a situação ficou tão trágica a ponto de você perceber que ta rolando uns flertes entre a gente, é porque ela também ta dando trela, então porque eu tenho que ser crucificado? — tagarelei, tentando manter minha voz baixa.

Alexy colocou as mãos nos quadris e suspirou. Como se estivesse cansado.
Se ele estava de saco cheio, imagina eu.

— Castiel, não começa ta? Primeiro, ninguém ta te acusando de nada. Segundo, você não tá “recebendo sermão” nenhum, é só um aviso de um amigo. Terceiro, você não ta sendo crucificado, seu tomate dramático! A Rosa travou a Lucy la na porta e ta enchendo os pacovas dela com esse mesmo assunto. — contou, falando rapidamente.

Ok. Eu me sentia menos pior. Mas ainda me sentia péssimo por saber que o pessoal havia percebido alguma coisa entre nós. Aliás, que coisa? Não tínhamos nada.

— Mas... Como vocês, perceberam? — perguntei, meio sem jeito, desviando o olhar para o lado.
— A verdade é que ninguém percebeu. — ele confessou, gesticulando — A Lucy é muito atenciosa com todo mundo, e somado fato dela ter cuidado de você no seu tempo em coma, a gente não iria manjar de nada. — explicou, como se fosse óbvio.

Fiquei parado olhando pra cara dele, esperando uma explicação. Mas ele não falou mais nada. Ficou me olhando com cara de paspalho. Isso me estressou.

— Ah ta, ai você e a Rosalya viram nos búzios que eu gosto dela! — falei irritado, enfiando as mãos nos cabelos.

Alexy ficou parado por alguns segundos, me olhando como se eu fosse um alienígena. Então escancarou a boca e passou as mãos no rosto parecendo desnorteado. Isso me deixou ainda mais estressado.

Pera, você disse que gosta dela? — ele perguntou, arregalando os olhos pro meu lado, perplexo.

Passei as mãos nos cabelos nervosamente, quase arrancando os fios. Rodei pra la e pra cá no corredor, e acabei socando a parede frustrado. Eu estava realmente estressado, irritado e confuso. Merda, eu falei que gosto dela. Como eu posso gostar dela, se mal nos conhecemos? Como eu posso gostar dela, depois da Dedrah?

— Cara, ninguém percebeu clima nenhum entre vocês ok?! — ele falou, tentando se tranquilizar e me tranquilizar — A própria Lucy que ligou pra Rosa quando saiu daqui hoje mais cedo, dizendo que não viria. Ai você sabe como a Rosa é, ela pressionou e Lucy até ela contar porque ela não queria vir, e a Lucy confessou que era por causa de você. — completou, fazendo uma careta de culpa.

Bom, agora é que eu estava mesmo chocado.

— Por causa de mim? — perguntei elevando a voz, apontando para meu peito, em total ultraje.
Shiii, shii! Calma, se controla, porque essa parte não era nem pra eu ter contado. — ele confessou, querendo tampar minha boca com as mãos.

Tirei as mãos dele de cima de mim, irritado.

— Ta, ta beleza. Eu guardo o segredo. — falei amargo — Agora explica. — completei.
— Bom... É que... Ai Castiel não posso falar! — ele falou batendo o pé no chão.
— Mas oque diabos eu fiz? Eu ofendi a Lucy? Ela ta puta comigo? Caralho! — me peguei tagarelando, totalmente perdido.
— Não, não, não é nada disso! — ele me garantiu, tentando me manter parado no corredor, mas eu estava inquieto — Relaxa cara, por favor! Olha, a Rosa parou ela lá na porta e ta conversando com ela, e eu to aqui conversando com você. E... — ele parou de falar, me olhando descrente — Você disse mesmo que gosta dela? — perguntou, do nada.

— Porra Alexy! — quase gritei, fazendo-o dar um pulo na minha frente. — É eu falei isso mesmo, agora me fala porque ela não queria vim. — insisti, quase pegando-o pelos colarinhos.
— Já disse que você não incomoda ela. — ele falou rapidamente apertando os olhos — Mas se você quiser saber mesmo, vai ter que perguntar pra Lucy! Prometi a ela e a Rosa que não contaria isso pra ninguém, não insiste. — completou, agora me encarando.

Bufei frustrado, e assenti. Ele havia prometido que não falaria e já havia até falado demais. Eu não ia pedir que ele traísse a confiança das amigas desse jeito.
Respirei fundo, e tentei me manter calmo. Mas minhas mãos estavam suadas.

— Tudo bem cara. — falei massageando as têmporas rapidamente.
— Ah, eu sabia que você entendia Castiel, você tem um coração de ouro! — ele falou, voltando a sua habitual postura esquisita e querendo abraço.

Afastei ele de mim, me sentindo meio idiota. Ele veio conversar comigo. Ele se importava. Era um amigo de verdade.

— Sai fora idiota. — falei segurando-o pelos ombros — Vamos lá pegar a cerveja e ir pra mesa, antes que o pessoal estranhe a demora. — falei indo até a bancada de bebidas.

Depois de quase fazer um escândalo no balcão pra conseguir ser atendido, e levar as cervejas e levar até a mesa, não me surpreendi em ver que Lucy já havia se juntado ao pessoal. Fiquei surpreso em vê-la tão... Diferente. Ela não estava com as roupas comuns, os cabelos presos e o rosto limpo. Havia alguma maquiagem em seu rosto, tirando as marcas do cansaço e evidenciando seus olhos bonitos e os lábios carnudos. Os cabelos estavam soltos, em lindas ondas brilhantes pouco a baixo dos ombros, e a blusa de alças preta tinha um pequeno decote, mas que era o suficiente para mostrar que os seios eram fartos e redondos. Eu estava querendo ver o tamanho do shorts que ela usava, mas quando vi que Lysandre havia colocado uma das pernas dela em cima dele, meio que perdi a vontade de ver as perninhas dela.

Me sentei a mesa no lugar onde eu estava, e ela improvisou uma cadeira ao lado de Lysandre. Ele cochichava algo em seu ouvido, e acariciava seus cabelos.

Mudei o foco da minha visão pra não ter que ficar assistindo aquilo, e acabei encontrando com os olhos de Alexy; Ele conversava com Nathaniel e Armin, mas me olhava pelo canto do olho parecendo curioso e preocupado, isso me deixou constrangido e acuado, então desviei os olhos enquanto bebia da minha cerveja.
Entre o falatório das pessoas no bar, e o falatório do pessoal na mesa eu tentava me convencer de que eu não podia e não devia sentir nada com a demonstração de afeto de Lucy e Lysandre, afinal eles tem todo o direito.

— Arg, impossível beber isso! — Ambre falou alto, batendo com o copo firmemente em cima da mesa.

Todos a encararam. Inclusive eu, que procurava algo para me distrair. Ela estava com os olhos lacrimejando e o rosto vermelho.

— Eu disse que você não ia conseguir beber! — Charlote falou risonha, oferecendo a cerveja para a amiga.
— Oque é isso Ambre? — Nathaniel perguntou, pegando o copo de cima da mesa.

Ele fez menção de que iria cheirar o conteúdo do copo, mas eu me inclinei na mesa e rapidamente tomei o copo da mão dele, bebendo tudo em uma golada só. Minha garganta queimou, e eu peguei a cerveja bebendo logo em seguida pra ver se ajudava. Meu estomago entrou em brasas, e senti meus olhos rolarem nas órbitas.

— Você sabe oque você acabou de beber? — Armin perguntou, erguendo uma sobrancelha curioso.
— Não faço a menor ideia. — respondi satisfeito.

Talvez eu só precisasse mesmo me embebedar.

— Ah, que corajoso! — Ambre falou em júbilo, com os dentes arreganhados.

Rolei os olhos. Eu só peguei a bebida que ela disse que não queria. Achei que seria bom me embriagar pra deixar a história da Lucy de lado e não acabar destruindo a musica na hora de tocar.


O pessoal ainda me encarava.

— Que foi? — perguntei impaciente.
— Isso era um drink afrodisíaco, com tequila e mais uns troços ai. — Alexy respondeu malicioso, com um sorrisinho na cara.
— Claro, como se ele já não fosse tarado o suficiente. — Natalie resmungou.
— Eu não sei do que você ta falando, esquisitona. — rebati, torcendo a cara — Eu nunca dei em cima de você. — completei, bebericando minha cerveja.
— Você não é nem maluco. — ela respondeu entediada.
Tomei fôlego para dar uma resposta a ela, mas Lucy cortou o assunto.

— Então, por que tinha um drink afrodisíaco na mesa? — ela perguntou, dando uma risadinha melodiosa no final.
— Alexy me desafiou. — Ambre respondeu de má vontade.
— Alexy! — Lucy falou em um tom desaprovador, mas havia um sorriso em seus lábios.

Me senti sorrindo em reflexo por isso.

— Eu só queria ajudar a noite do Castiel. — ele garantiu, solene.

Todos me olharam novamente. Senti minha boca se escancarar. Como assim garantir minha noite dando uma bebida dessas pra Ambre?

— Que? — perguntei descrente, apontando para mim mesmo.
— É né?! Vai que ela fica assanhada te agarra e vocês se comem de uma vez, ai acaba esse seu mau humor horrível. — ele justificou, casualmente — Foram seis meses em coma, ou seja seis meses sem sexo. Talvez uma fodinha te aj- ele ia tagarelando mas Nathaniel o cortou.
— Alexy, nos poupe por favor. — ele falou desconcertado.

O pessoal começou a discutir minha vida sexual ali na mesa abertamente, exceto Lucy e Lysandre que voltaram para seu mundinho único, onde ele ficava alisando o cabelo e o rosto dela, e ela ficava olhando pra cara dele, enquanto trocavam sussurros.

Me peguei entediado e desconfortável, novamente.


Eu estava com o olhar vagante pela mesa, tentando achar uma conversa que me distraísse, novamente, quando vi Natalie parecendo tão desconfortável quanto eu; Seu rosto parecia ainda mais branco que o normal, seus olhos estavam duros, e a postura rígida.
Kentin tentava falar alguma coisa com ela, como se tivesse disfarçando, e eu me peguei curioso pra saber porque ela tava daquele jeito; Será que oque o Alexy disse sobre ela gostar do Lysandre era verdade?

Sem querer acabei por encarar ela e o insuportável do seu amigo, Kentin, mas ele parou de falar quando percebeu minha atenção neles, e ficou me encarando com maior cara de bunda. Ele é outro, que não sei porque, não gosta de mim. Faz um par ideal com a esquistona na Natalie, ambos me detestam, gratuitamente.

Sai da mesa sem falar nada com ninguém e fui me espremendo o mais rápido possível entre as pessoas pra chegar até a bancada do bar. Eu precisava de algo mais forte que cerveja pra encarar a noite que estava se seguindo, então pedi oito dozes de uísque.

Leigh botou os oito copos miúdos de dose única, lado a lado no balcão e encheu. Eu fui bebendo rapidamente, um atrás do outro para esquentar o sangue de uma vez, mas quando terminei o sexto e já estava partindo para o sétimo, fui interrompido.

Lucy estava parada ao meu lado, segurando as duas doses restantes. Uma dose em cada mão.

A encarei esperando uma resposta para aquela atitude.

— O pessoal ta te chamando pra tocar. — ela explicou, fazendo um gesto para o palco.
— Isso não me impede de beber as últimas doses. — expliquei, um tanto impaciente, indo pegar as doses da mão dela.

Mas ela virou de lado e seus cabelos rodopiaram no ar jogando seu cheiro doce e convidativo no seu rosto. Paralisei por alguns segundos, lerdo com o cheiro dela. E ela malandramente, usou esses segundos para beber minhas duas doses de uísque rapidamente.

Fiquei meio catatônico com a atitude dela. Eu definitivamente não esperava por isso.

— Ah! Tenebroso. — ela falou divertida, colocando os dois pequenos copos na bancada.

— Ah, então você não aguenta com uísque? — perguntei, retomando uma compostura.
— O gosto é horrível. — ela explicou, fazendo uma careta com a língua pra fora.

Cheguei a me inclinar para frente, no impulso de morder sua língua. Me refreei no último segundo, parando a poucos centímetros dela e voltei para trás rapidamente. Céus, o uísque havia realmente esquentado o meu sangue.

Ela me lançou um olhar confuso, com a sobrancelha erguida e eu fiquei meio que sem ter oque falar.
Para minha sorte, ou azar, Rosalya apareceu de trás do balcão, perguntando oque Lucy iria querer, enquanto lançava um olhar acusatório para mim.

Sempre pra mim. Sempre sobra toda a culpa pra mim.

— Cinco doses de tequila Rosa. — Lucy falou animada, dando um sorriso radiante.
— É pra já. — a outra falou, dando um sorriso cúmplice.
— Ah, então você não pode com uísque, mas tudo bem encher a cara de tequila? — perguntei, um tanto sarcástico, me debruçando no balcão para ficar mais perto dela.

A musica ambiente estava meio alta e falatório dificultava a conversa, e eu só queria ouvir a resposta dela ok?! E também era legal olhar os peitos dela de perto... Eram realmente grandes, e redondos, estavam chamando total atenção com ela debruçada em cima do balcão. E naquele momento, pude perceber, que ela não estava de sutiã. Ai.

— Eu disse. O gosto do uísque é horrível. — ela deu de ombros, com casualidade e virou-se de lado para mim, escorando de costas no balcão.
— Porque tequila é realmente uma delícia. — falei, assentindo positivamente com uma certa ironia.

Ela sorriu e mostrou a ponta da língua como brincadeira. Essa mania dela, era de matar. Eu queria realmente chupar e morder sua língua...

— Tequila da pra beber com limão e sal, ai disfarça o gosto de gasolina. — ela explicou divertida.

Rosalya chegou com as cinco doses, e distribuiu todas as cinco exatamente como Leigh havia feito. Em pequenos copos de doses únicas, lado a lado, formando um arco de cinco copinhos cheios de tequila. Juntamente com um limão cortado e um pequeno copo descartável com sal.

— Vai lá amiga, arrasa! — Rosalya falou com um sorriso de incentivo.

Observei as duas um pouco chocado.

— Que foi? — a dona do bar perguntou, olhando para mim de repente — Você não deveria ta arrumando as coisas no palco com os outros? — ela perguntou, colocando as mãos nos quadris.
— Já arrumei tudo. — dei de ombros, desviando os olhos para Lucy.

Ela bebeu três doses rapidamente e já partia para a quarta sem nem fazer careta. Fiquei meio boquiaberto.

— Vai querer mais amiga? — Rosalya perguntou animada, com a garrafa na mão pronta pra encher outros copos de dose da amiga.

Lucy pegou a quarta dose, e enquanto virava assentiu para a outra.
Continuei assentindo a cena. Eu sabia que deveria ir para o palco e me juntar aos outros, mas estava querendo ver até onde ela chegaria até começar a enrolar a língua e cair dura.

— Castiel, qual seu problema? — Rosalya perguntou, entre os risos.
— Vocês são amigas, certo? — perguntei, especulativo.
— Somos! Amigas do peito! — Rosalya afirmou batendo no peito orgulhosa.

Lucy assentiu, enquanto virava o outro copo, que Rosalya havia acabado de encher.

— Então, amigas não deveriam impedir o coma alcoólico uma da outra? — perguntei, soando propositalmente confuso.

Lucy parou com a viração de tequila, e deu uma de suas adoráveis risadas. Rosalya riu também. Fiquei encarando as duas malucas, esperando por uma resposta.

— Essa daqui aqui. — Rosalya falou, apontando para Lucy — É a coisinha mais resistente a álcool que eu já conheci. — explicou solene.

Arqueei as sobrancelhas descrente. E Lucy rolou os olhos.

— Quando nos conhecemos, e ela me contou isso, eu não acreditei também. Você vê essa coisinha, com essa carinha fofa e angelical você não acredita que ela bebe como um caminhoneiro e nem se abala. Mas depois da festa de admissão da fraternidade, que os veteranos fizeram ela beber meia garrafa de vodca, e ela nem tonteou... Passei a acreditar. — tagarelou, gesticulando ferozmente.

Olhei para Lucy, em um misto de choque e admiração. Ela piscou para mim e sorriu. Caralho, linda demais. Linda, inteligente, bem humorada, independente, prendada e que sabe apreciar o álcool sem pagar mico. É a mulher perfeita.

Leigh chamou Rosalya para ajuda-lo, e ficamos eu e Lucy sozinhos. Sozinhos entre aspas, porque o bar estava cheio.

— O pessoal vai ficar puto porque você ta demorando pra ir. — Lucy falou, olhando para o palco.

Olhei para trás rapidamente. Nathaniel ainda estava todo enrolado com a bateria e Lysandre o ajudava, enquanto Armin tagarelava com eles.

— Ah, eles ainda tão enrolados. — falei tranquilo, virando-me para ela — Se eles quisessem que eu fosse pro palco rápido, não deveriam ter mandado você vir falar comigo. — me peguei falando.

Veja só, eu não estava bêbado. Realmente não estava. Mas o fato de ter ficado tanto tempo sem álcool me fez “entrar no brilho da bebida” mais rápido do que eu estava acostumado, e ai as palavras começam a sair meio que sem controle.

— Não me “mandaram” aqui. — ela falou fazendo uma espécie de biquinho adorável — O Alexy que iria vim te avisar pra ir pro palco, mas ele acabou ficando la na mesa dando em cima do Kentin, e eu resolvi vim pra não ficar lá assistindo aquela cena e ouvindo as conversas da Ambre com a Charlote. — explicou, gesticulando por cima do balcão para que Rosalya voltasse.

— O Alexy ta dando em cima do Kentin? — perguntei levemente chocado — Mas e a monstrinha que ele fica, a Natalie? Não ficou surtando? — completei, tentando ver o rosto de Lucy que se esticava no balcão chamando alguém para lhe trazer uma cerveja.
— Não, nada a ver. — Lucy garantiu, virando-se para mim — A Natalie e o Kentin são só amigos. E também, ela não ficou na mesa quando o Lysandre levantou. Ela foi pra perto do palco, pra ouvir vocês tocarem.— falou, um pouco pensativa.

Isso me lembrou de que Alexy havia garantido que a esquisitona da Natalie gostava do Lysandre. Pelo rumo da situação eu to vendo que é verdade.

— Hm... — eu não sabia oque dizer, a conversa parecia ter entrado em um rumo delicado — Mas é bom saber que você não se da bem com a Ambre. Ela é uma garotinha bem irritante e fútil. — desabafei.
— Não fala isso! — Lucy falou, parecendo compadecida agora — Ela gosta de você! — garantiu, me dando um pequeno tapa no ombro.

Se fosse qualquer outra pessoa a fazer isso, eu daria um fora. Mas ela podia.

— Você fala dos sentimentos das pessoas com uma certeza... — comentei, de forma suspeita.
— A Ambre não esconde de ninguém que gosta de você. — ela falou, me lançando um olhar de desafio — Aliás, quando eu sai da mesa, ela tava debatendo com a Charlote se vinha ou não falar com você aqui. — contou, arqueando as sobrancelhas de forma provocativa.

Olhei para o lado meio sem graça. Diabos, como eu queria beija-la.

— Ainda bem que você veio no lugar dela. — falei, oferecendo um sorriso.

Ela olhou para os lados, parecendo constrangida, e levantou o rosto para mim. Me encarou por alguns segundos, e então respirou fundo.

— Castiel... — ela começou, e se interrompeu, engolindo as palavras.

Me inclinei para frente na expectativa dela falar, mas ela havia travado.

— Fala. — pedi, ficando levemente surpreso com o tom gentil e suave que eu falei.

Ela abriu e fechou a boca algumas vezes e Leigh passou rapidamente, colocando uma cerveja de frente para ela, fazendo-a tirar os olhos de mim e se voltar para a cerveja.
Ela bebeu metade da long neck como se fosse água, e se afastou um passo de mim parecendo tensa.

— Você não vai falar? — perguntei, tentando conter a curiosidade.

Eu estava levemente inclinado para baixo para falar com ela, e meus cabelos estavam entrando no meu rosto, então enfiei os dedos nos fios jogando-os para trás bruscamente.

— Preciso de mais bebida pra dizer... — ela murmurou consigo mesma, mas felizmente eu ouvi, porque na hora que ela falou, desligaram a musica ambiente e ficou apenas o falatório do pessoal, oque me capacitou a ouvi-la.
— Suponho que seja algo sério. — falei, prendendo o riso.

Ela ficou visivelmente constrangida ao constatar que eu havia conseguido ouvi-la.
Ela piscou algumas vezes, com os lábios entre abertos, e a cerveja agarrada da mão, com tanta força que parecia querer quebrar a garrafa.

— Boa noite. — era a voz de Lysandre, falando ao microfone.

As pessoas do bar pararam de falar por alguns instantes, para dar atenção a ele. Quando ele fala, as pessoas prestam atenção, é ele tem essa coisa. Segundo Armin, é carisma, mas eu acho que é só porque ele é popular com as garotas.

— Vamos nos apresentar essa noite pra vocês. — prosseguiu, mas eu estava ocupado querendo ouvir oque Lucy tinha pra me dizer. — Sou o Lysandre. — se anunciou, e logo ouvi Armin, e Nathaniel dizendo seus próprios nomes — Pretendemos tocar três musicas pra vocês, isso se o Castiel resolver se juntar a nós. — falou, em tom divertido, e me virei rapidamente para o palco ficando de costas para Lucy — É mano, você faz parte do grupo, precisamos de você pra começar. — completou, dando um sorriso amigável.

Fiquei completamente sem graça, e senti meu rosto se torcer em uma careta, quando percebi que as pessoas procuravam por “ Castiel “ pelo bar.

— Esse cara ali de cabelo comprido perto da bancada de bebidas. — ele falou, apontando para mim descaradamente enquanto ria.

Todas as pessoas do bar, agora já entupido de gente, olhavam para mim.
Só faltava o holofote e mim. Que ótimo!
Resolvi disfarçar o constrangimento com um sorriso que eu me esforcei para parecer confiante. As pessoas que estavam na minha frente abriram um pequeno espaço para até o palco para eu passar, e eu me virei para Lucy rapidamente.

— Vai lá. — ela incentivou acenando com sua cerveja para o palco, dando um pequeno sorriso.

Passei pelo pessoal, sentindo alguns olhares bem firmes em mim. Bem mais firmes do que deveriam ser. Afinal éramos só uma bandinha local que não se apresentava a bastante tempo. Tinha alguma coisa estranha no ar.

Subi no palco e passei pra trás da cortinas, pra pegar minha guitarra que já estava ligada ao amplificador e fiquei o mais longe da bateria o possível, ou seja eu estava na ponta do palco, quase ao lado do Lysandre, que estava mais na frente. Mas eu não tinha muita escolha já que o espaço ali era pequeno.

— Somos em grande maioria da mesma faculdade ... Então antes de começar, eu gostaria de pedir uma coisa. — Lysandre falou, me lançando um olhar de banda.

Gesticulei negativamente para ele, não fazer aquilo, seja la oque fosse. Só pela cara dele eu sabia que me envolvia de alguma forma.

— Pra quem não sabe, o Castiel, esse cara que ta com a guitarra na mão... — houveram algumas risadas, e eu passei a mão no cabelo, nervoso — Ficou em coma por seis meses, devido há um acidente, e há uma semana voltou, completamente saudável . — contou, em um tom quase dramático.
Senti minhas orelhas pegarem fogo. Puta merda ele falou pra todo mundo. Mas que diabos.

— Lysandre, seu filho da puta, coloca no jornal! — falei alto o suficiente pra ele, e algumas pessoas que estavam perto do palco ouvirem.

Ele riu, e por incrível que pareça, os outros que ouviram riram também.

— Hoje vamos tocar para inaugurar o bar, e também em homenagem ao meu amigo , que não se entregou a inconsciência, e hoje está aqui de volta. Um exemplo de força e superação. — tagarelou, tão dramaticamente que parecia estar falando da própria mãe.

Algumas pessoas aplaudiram, outras assoviaram, e algumas garotas até gritaram. Lancei um rápido olhar pra Lucy, ela me olhava por cima do ombro de Kentin, que estava de costas para o palco e tagarelando com ela.

Alguns segundos depois, o pessoal ainda gritava me parabenizando, e fazendo um escândalo.

Agora sim minha vontade era de enfiar a cara em um buraco e morrer sufocado lá. Abaixei a cabeça deixando o cabelo esconder meu rosto, feliz pelo meu cabelo ter crescido tanto nos últimos meses.

— Valeu pelo carinho gente! — era Armin usando o microfone de Lysandre emprestado — Tenho certeza que o Castiel sente o mesmo, mas ele é muito tímido pra demonstrar isso, não é amigão? — debochou.

Mais uma rodada de risos, e eu me limitei mostrar o dedo do meio pra ele.

— Sempre tão educado... — ele resmungou, entregando o microfone de volta a Lysandre, que anunciou a musica.

Comecei a tocar as notas, de cabeça baixa com os cabelos na frente do rosto, pra tentar esquecer do pessoal que tava ali ouvindo, mas não sem antes lançar um olhar para Lucy por baixo do cabelo; Só pra me certificar de que ela estava me dando aquele apoio moral que ela havia dito que daria.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Um dia tomo coragem pra betar antes de postar e_e

Não se choque com a Lucy ser uma beberrona e não ficar bêbada kkk Eu tenho essa estranha característica. É muito muito difícil eu ficar bêbada, acreditem! ( deixando claro que sou maior de idade ok?)

Então venho agradecer:
Entaaaão gente, to muito feliz pelos reviews que recebi *o* Vocês são uns amores , sério ! Nunca cheguei tão longe postando uma fanfic com esse fandom,muito obrigada sz'

Agora, venho pedir:
REVIEWS? *-*'



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Fix me." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.