Toxic Desire - Petris escrita por Escritora Fantasma


Capítulo 22
Gelo -Pov Tris


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei, estava sem muita inspiração, maaaas a linda da Perdida nas Leituras me inspirou totalmente com a linda recomendação... Muito obrigada mesmo... Te amo...



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Acordei com a movimentação no quarto, todos se trocavam com suas roupas de guerra. Demorei alguns instantes para perceber o que realmente estava acontecendo. Nenhum deles estavam acordados de verdade, eles pareciam em transe, seus olhares eram desfocados. Eu me lembrei sobre o soro então comecei a copiar os movimentos de todos quando eles se dirigiram ao Fosso, de forma tão organizada que nem ninguém jamais diria que eles eram soldados Audácia. Vi quando um cara saiu da formação, ele devia ser Divergente, então Eric se aproximou e atirou em sua cabeça. Sufoquei um grito de terror, eu tinha que ser como os outros. Entramos no trem e eu verifico se há algum olheiro, quando não encontro nenhum eu procuro por Quatro, ele esta algumas cabeças a frente eu o o alcanço lentamente. Ele aperta minha mão para me mostrar que estar desperto também, me sinto mais segue.
Parecia que eu estava em uma realidade paralela , ou uma simulação na sala do medo, todos os membros da Audácia pareciam zumbis e eles se preparavam para atirar naquelas pessoas da Abnegação, elas eram inocentes. Aquilo tinha de parar.
Quatro e eu procurávamos a casa dos meus pais quando somos abordados por Eric e Max.
"O lendário Quatro. Você é só um zumbi agora" - Eric zomba, eu seguro a vontade de colocar uma bala em sua cabeça.
"Deixe-os" - Max diz já alguns passos adiante, Eric ainda esta analisando Tobias, seu olhar me irrita - "Eric? Algum problema?"
"Eu acho que ele pode ser um deles" - ele diz finalmente. Merda - "Mas só tem uma forma de saber" - então ele saca sua arma e a aponta para o meio da cabeça de Tobias.
Eu não pensei, eu só agi. Apontei minha arma para Eric.
"Se você atirar você não será o único" - eu digo, a energia da adrenalina me tomando completamente. Max se aproxima e aponta sua arma pra mim, mas Tobias já aponta a dele para Max, se qualquer um de nós atirasse naquele momento nenhum de nós sairia ileso. Mas Eric era um tremendo idiota.
"Careta? Ah, dois Caretas. Ridículo. Você não quer mesmo atirar em mim, você não conseguiria" - eu aproveito que ele esta disperso em seu discurso para atirar em sua perna, Tobias e eu corremos, mas não por muito tempo, escuto um som de tiro e a dor quase instantânea no meu ombro, institivamente levo minha mão ao local, logo somos pegos por alguns membros que por algum raio maldito não estão na simulação. Isso só melhora não é? Somos levados para uma espécie de cômodo, uma pequena sala de controle ao que parece, Jeanine está lá.
"Beatrice?" - ela me encara, ela não parece muito surpresa, mas eu realmente não poderia dizer, ela não demonstra ter qualquer tipo de emoção, ela parece uma máquina, um computador - "Levem ele para a sala de controle na Audácia, eu quero fazer alguns testes. Quanto a ela..." - Jeanine coloca seu dedo no ferimento de bala e pressiona, eu solto um grunhido de dor, a bala esta alojada ainda - "ela esta ferida qualquer resultado seria inconclusivo, vocês podem descarta-la" - demorei alguns momentos para entender o que isso significava. Eles iam me matar. Dois soldados me carregaram para fora do cômodo, então eu ouvi um tiro, depois outro, esperei a inconsciência me alcançar, mas ela não veio, senti o aperto dos meus braços soltarem e olhei ao redor.
"Beatrice" - aquela voz familiar me fez virar e correr em sua direção.
"Mamãe" - eu a abracei como nunca antes, ignorando a dor em meu ombro - "O que a senhora está fazendo?" - a soltei quando percebi uma arma em suas mãos.
"Salvando você. Vamos encontrar seu pai" - ela disse já se distanciando de mim.
Eu me abaixei e peguei uma das armas dos soldados mortos. Nós corremos atirando em todos os alvos que se moviam a nossa frente. Até que a situação se tornou em fora da realidade do tempo, minha mãe me disse para seguir em frente que ela me daria cobertura, mas eu não estava preparada para vê-la perder a vida em meus braços quando ela foi atingida tentando me proteger. Suas últimas palavras pra mim foram "Seja Corajosa", então ela se foi. E eu seria corajosa.
Eu corri até o local onde ela havia me dito que meu pai estaria. Em um galpão de materiais. Bati na porta três vezes, esse era o sinal.
"Beatrice" - meu disse enquanto me dava um abraço singelo, tipicamente abnegado - "onde esta sua mãe?" - eu não sabia o que responder, mas acredito que meu olhar lhe dava essa resposta, eu havia chorado por todo o caminho até lá - "ela fez o que deveria fazer" - ele disse simplesmente, sua voz plana, seus olhos vazios. Ele não parecia mais o meu pai.
"Bea... Você está ferida, deixe-me ver isso" - Caleb se aproximou e depois de ter cuidado do meu ferimento no ombro, traçamos um plano de ataque contra o controle de Jeanine Mathews, seria necessário ir até o Complexo Audácia e desligar o controle da simulação.
Fomos eu, meu pai, meu irmão e Marcus, com a desculpa que ele poderia desligar o programa porque ele saberia melhor como funcionava aquela programação. Nós não tínhamos tempo pra discutir isso então eu decidi não rebater contra. Mas eu era.
O caminho até o complexo estava estranhamente livre, praticamente toda a facção estava sob o efeito do soro de simulação. Com exceção do meu pai todos nós portávamos armas caso fosse necessário algum tipo de defesa.
Ao chegarmos ao Complexo tentei me lembrar aonde ficava a sala de controle andávamos silenciosamente até que eu percebi um vulto e passos no outro corredor. Eu me virei para os outros - "Fiquem aqui" - eu fui através do corredor onde havia visto o soldado. Parei em meus calcanhares quando percebi quem era. Peter. Eu ainda estava chateada com ele sobre o bilhete, mas haviam outras prioridades agora, me aproximei dele. O bati contra a parede usando minha arma.
"Vire-se devagar" - eu disse para ele me preparando para encarar suas orbes azuis escuras.
"Tris" - alivio transbordava dele, e eu me segurei para não bufar sobre isso. Eu estava cansada demais pra isso. Seus joguinhos só iriam atrapalhar agora. Mas por que ele estava aqui? E fora do controle do soro.
"Por que você não está na simulação?" - eu perguntei, Peter também era divergente? Não, se ele fosse ele não estaria mais vivo.
"Porque eu sou mais esperto que você e por acaso eles achavam que eu seria melhor acordado do que como um zumbi" - ele respondeu ironicamente - "o que você faz aqui?"
"Eu preciso desligar o programa que esta controlando os membros da Audácia e já que você está aqui você vai me ajudar" - eu disse irritada.
"E se eu não quiser?" - ele perguntou, provocação em sua voz , era um prazer pra ele fazer isso, mesmo numa situação tão tensa.
"Eu atiro em você" - eu respondo simplesmente.
"Você não faria isso" - as pessoas tinham de parar de falar isso, eu atirei - "Mas que droga Careta" - ele disse enquanto levava a mão até o ferimento de bala no seu braço, só pegou de raspão.
"Vamos ou vou ter que atirar em alguma outra parte sua que fara mais falta?" - eu ameaçei e ele me seguia. Espero que ele perceba que aquilo ocorreu por causa do bilhete. Eu ainda não engoli essa história.
"Espera" - ele disse e eu o encarei - "Você esta sozinha?" - ele parecia ansioso sobre algo.
"Não, meu pai, Marcus e meu irmão estão me esperando no outro corredor" - por que raios isso era importante?
"Certo, antes de avançarmos eu preciso fazer algo" - Peter disse e eu tive que me segurar para não atirar novamente nele. Ele sempre colocava minhas emoções a prova.
"O que? As pessoas estão matando e morrendo o que você quer fazer agora?" - eu estava muito irritada e ele querer fazer qualquer coisa que atrapalhasse meu caminho não melhoraria meu humor.
"Isso" - então com seu braço bom ele me puxou pra ele e colou nossos lábios. Eu resisti de inicio, mas quando me lembrei que aquela poderia ser a última vez que faríamos aquilo logo uma de minhas mãos se prenderam ao seu cabelo, ainda era tão macio quanto eu me lembrava, quando o beijo se tornou intenso o suficiente para me ligar nós nos separamos e recuperamos o fôlego, a voz de Peter me aqueceu ainda mais quando disse - "Eu senti falta disso" - mas então me lembrei o motivo verdadeiro de estarmos ali e também sobre o porque não estávamos juntos antes. E eu estava como gelo de novo.
"Certo, vamos logo, a cada instante perdido alguém morre e outro soldado se torna um assassino" - eu disse já indo em direção ao corredor onde encontramos meu pai, meu irmão e Marcus que encarava o local onde eu havia atirado em Peter.
"Precisava mesmo atirar nele?" - Marcus disse parecendo horrorizado. Patético, hipócrita eu ainda lembrava de como ele se parecia na paisagem do medo de Tobias.
"Era só assim para ele nos ajudar. Ou você sabe onde fica a sala de controle?" - eu disse sem paciência, ele se manteve em silêncio - "Foi isso que imaginei. Peter me mostre aonde é a sala de controle"
"Tudo bem"
Ele foi a frente indicando o caminho, alguns soldados zumbis apareciam e nós tínhamos que atirar neles, acho que haviam mais soldados do que eu esperava, porque em certo momento todos nós tivemos que atirar ou seriamos atingidos, inclusive meu pai, no próximo corredor ele foi a frente e o pior aconteceu, ele conseguiu atirar em todos os soldados no nosso caminho, mas foi atingido no processo. "Seja corajosa" a voz de minha mãe ecoou em minha mente
Encarei meu irmão e Marcus. Peter tocou meu ombro acima da bandagem.
"Fique com Caleb" - pedi, nós seguimos silenciosamente até a sala de controle.
"É aqui" - Peter indicou.
"Você vem comigo" - eu exigi dele - "Você pode me dizer o que eu vou encontrar lá?"
"Uh, você pode não gostar disso, mas Quatro esta sob o soro de simulação, eles aumentaram a dose exponencialmente" - aquilo me pegou desprevenida, ele continuou - "E também tem vários computadores"
"Isso vai ser complicado" - eu nunca havia mexido em um computador.
"Sim, mas vamos fazer o que tiver que ser feito" - ele disse antes de abrir a porta pra mim.


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Notas finais do capítulo

Bom recebi um comentário perguntando porque eu adorava Petris, ai esta a resposta...
Uh são várias razões:
1- Eles combinam, sério... E eu digo até mesmo a Shai e o Miles... Acho que todos deveriam assistir O Maravilhoso Agora e comprovar isso... ❤
2- A obsessão do Peter com a Tris não é normal para alguém que a odeia...
3- Ele não deixaria ela morrer... Porque ele é egoísta o suficiente pra manter ela viva só pra ele ruuuum...
4- Porque ela se irrita muito fácil com ele, e a gente sabe que uma garota só se irrita de verdade quando é atingida profundamente, principalmente se tratando de Tris...
5- Porque ele não quis largar ela em Insurgente
6- Porque o Quatro é superprotetor e um namorado não precisa ser seu pai... #TeamPeter
7- Porque eu amo vilões... Eles sempre são mais legais...
8- E o Peter é engraçado... A sua forma lógico... E pelo menos pra mim é importante um cara ser divertido...
9- E eu acho o Miles Teller quente... Uh simsim... Vejam essa foto (http://www.eonline.com/eol_images/Entire_Site/201575//rs_634x951-150805094855-634.2Miles-Teller-Esquire-magazine.jl.jpg)... fiquei meio encabulada...

Comentem bastante que eu logo volto... Já passaram em My Memory?
Trailer da Fic: https://www.youtube.com/watch?v=Nv6hjXFzpQI&feature=youtu.be
Beijinhos...