SixHunters (Interativa) escrita por Wondernautas


Capítulo 7
Kusanagi, Gram, Kamaitachi


Notas iniciais do capítulo

Só um aviso: quem prestou bem atenção nos detalhes, notará um detalhe em relação à espada de Lucky. Não se preocupem que isso será explicado mais para frente.

—-Por Lucky Scarlet--



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– Devemos lutar... Juntos! – Yuru exclama diante de mim.

Tudo o que Yuru acabou de me dizer, tudo o que foi pronunciado por seus lábios... De fato, há verdade em tais palavras. Sou uma pessoa cheia de defeitos, assim como qualquer outra. Porém, eu não devo fugir, nem esconder esses defeitos. A missão de qualquer um em relação aos seus pontos negativos é trabalhar em cima deles para que não venham a prejudicar quem está ao redor. Mesmo sabendo disso, permiti que minhas fraquezas machucassem meus importantes amigos e minha irmã. Falhei de forma imperdoável.

– Perdoem-me. – peço, abaixando meu rosto.

Percebo que todos se surpreendem. Thoma, Yuru, Luna, Raviel, Sakura e Beth. Mas não me importo com isso.

– E te agradeço, Yuru. – continuo, ainda de face baixa. – Agora estou realmente preparada para enfrentar tudo o que vier pela frente.

– Lucky... – Thoma me chama, sendo que quem se surpreende agora sou eu.

Ergo meu rosto, direcionando meu olhar abalado para ele. Sim, Thoma nunca soube que eu sou apaixonada por ele. Porém, eu sempre soube que Tsuky o amava. E, conforme vou organizando meus pensamentos, fica cada vez mais claro que minha irmã também sabia do meu sentimento por ele.

– Não precisa dizer nada, Thoma. – afirmo. – Está tudo bem, mas estará melhor ainda quando eu estiver diante da minha irmã e do meu pai. O resto pode ficar para depois.

– Certo. – ele aceita, suspirando de leve.

– Então vamos indo? – questiona Beth.

– Aonde pensam que vão? – indaga alguém além de nós.

Dou meia volta. E todos se direcionam para o mesmo ponto que eu. É quando identificamos um sujeito desconhecido. Seus trajes, brancos, são os mesmos que os de Temen. Só poder ser um deles... Um Mascarado!

– Por acaso, pretendem se infiltrar no Necro World e invadir o QG dos Mascarados? – pergunta o homem.

Seu rosto está coberto por uma máscara. É bem alto e seus cabelos são de um curioso azul escuro, longos e lisos, chegando até a cintura. Uma longa capa em suas costas impõe respeito, assim como sua postura inquietante.

– Quem é você? – questiona Beth, apreensiva.

– Siegfried Riviere Leroy, integrante da atual geração de Mascarados. – se apresenta o desconhecido.

Ao fazê-lo, ele faz um rápido movimento com sua mão direita, apresentando também a espada que carrega consigo.

– E esta é Gram, a quarta Espada Lendária.

– Quarta espada!? – a coelha, perplexa, atraindo a minha atenção. – A terceira mal despertou e a quarta também!?

– Ela, na verdade, despertou há poucos minutos. – revela o estranho. – Ainda não a dominei, mas achei que seria essa a oportunidade perfeita. Testaria as habilidades da minha espada em forma desperta e ainda impedira vocês de avançarem.

– O meu pai é o seu superior, não é? – questiono, fazendo o estranho se voltar para mim.

– Sim, Lucky Scarlet. – ele confirma, para a minha irritação. – Seu pai é o meu senhor.

– O que ele queria, afinal de contas, com a minha irmã? – tento saber.

Todos os outros permanecem quietos. Parecem querer respeitar o momento, como se quisessem deixar em minhas mãos os próximos “atos” deste encontro inesperado.

– Deseja a sinceridade? – o tal Siegfried questiona.

– Claro. – confirmo.

– Tsuky Scarlet, diferente de você, atraiu mais uma vez a atenção do meu senhor. – garante ele. – Enquanto você não passa de uma simples colegial com uma espada, Tsuky, mesmo que inconscientemente, está nutrindo as suas próprias habilidades desde que o pai de vocês desapareceu.

– Do que está falando? – eu, um tanto quanto confusa.

– Tsuky Scarlet é uma humana incomum. Para ser mais preciso, espetacular. Diferente da massiva maioria das pessoas, ela já nasceu com dois estilos em ascensão: estilo mental e estilo espiritual. – explica. – Na realidade, meu senhor já esperava por isso antes mesmo de se afastar de vocês duas. Pelo que eu sei, ele nunca levou você a sério, Lucky, mas sempre estimou a outra como uma filha especial.

– Você não tem o direito de falar assim! – grita Thoma, parecendo querer me defender. – Quem pensa que é!?

– Eu já disse quem sou. Tenho todo o direito de falar de maneira sincera quando foi assim que essa garota pediu. – diz Siegfried. – Tsuky é especial demais. Não pode ficar junto do lixo.

– O lixo, no caso, seríamos nós? – pergunta Yuru, por sua vez, começando a se irritar também.

– O que mais poderia ser? – devolve o sujeito.

– Basta. – exijo, antes que os nervos de todos se exaltem ainda mais. – Você poderia nos levar até a minha irmã? Gostaríamos de falar com ela por razões importantes.

– As suas razões não importam nem a mim, nem ao meu senhor. – garante Siegfried. – Tsuky foi por livre e espontânea vontade e, neste momento, deve estar prestes a realizar a missão que somente ela pode concretizar.

– Missão? – eu e Thoma, ao mesmo tempo.

– A missão de Tsuky Scarlet é rejuvenescer o selo do Necro World. – conta. – Desde o início, meu senhor já sabia que somente ela poderia realizar algo assim. E como ela aceitou tal tarefa, ninguém tem o direito de interferir.

– Lucky... – Beth me chama. E, ao olhar diretamente em seus olhos, a coelha me diz: – Se o que esse homem diz é verdade, a vida da sua irmã está correndo um grave perigo.

Meus olhos se arregalam. Não, eu não posso permitir que minha irmã corra riscos, mesmo que seja por vontade própria. Mais do que isso, não consigo entender como nosso pai está colocando ela em uma situação dessas. Nosso pai, que nos amava tanto. E que amávamos tão intensamente quanto. Por quê?

– Não é equivocado dizer que ela pode estar prestes a dar adeus à própria vida. – completa.

– Sim, mas Tsuky é a irmã forte. – opina o subordinado do meu pai. – Já essa aí é apenas uma garota fraca que não é capaz nem de proteger a si mesma, quanto mais os outros. No fundo, Tsuky nunca contou com a sua proteção, Lucky Scarlet. – sinto um aperto no meu peito ao ouvir isso, mas Siegfried não para ali: – Enquanto vocês relutam quando já é tardio, Tsuky aceita o que deve ser aceito. Contentem-se com a decisão dela.

É quando Thoma começa a correr, retirando das suas costas a espada que recebeu da Dama do Lago. De imediato, me viro para ele. Está indo na direção do Mascarado.

– Thoma, não seja precipitado! – exclama Beth.

E, então, se inicia um confronto de duas belíssimas espadas. Fico espantada ao ver como Thoma ataca e enfrenta a lâmina do Mascarado. Ele nunca tocou em uma espada, pelo menos não que eu tenha ficado sabendo. Como poderia estar se saindo tão bem contra alguém experiente no campo de batalha? É o que me pergunto.

– O Thoma enlouqueceu? – Luna se manifesta.

– Não sei dizer, mas... – agora é Raviel. – É impressão minha ou ele está fazendo aquele cara recuar?

De fato, Siegfried, apesar da expressão serena e inabalada, está recuando. Thoma, por outro lado, o confronta com furor. O que moveu Thoma? Será que foi a forma como o Mascarado falou comigo? Será que é aquele antigo senso de proteção aos amigos agindo após tanto tempo? Na verdade, não sei nem definir. E acredito que Yuru se sente da mesma forma que eu em relação ao Thoma: não conseguimos compreendê-lo.

– Estão enganados. – Sakura articula, manejando a sua espada com a mão direita. – Siegfried não está sendo acuado. Está apenas deixando que Thoma ataque para que possa avaliar as capacidades dele.

– Isso não é verdade. – discordo. – Eu posso perceber que...

– Ela está certa, Lucky. – Beth me interrompe. – Thoma é sim um garoto único. O que está fazendo ali contra Siegfried é excepcional só do fato de nunca ter tido nenhum treinamento para tal. É mesmo incrível. Entretanto, não é o suficiente para lidar contra um Mascarado.

– Paremos aqui. – determina Siegfried, no confronto entre a sua e a espada de Thoma. – Segunda Forma: Gram!!

Sinto algo diferente, que não sei explicar direito. Uma espécie de energia sendo emanada da espada na mão de Siegfried. É quando aquela longa lâmina e empunhadura se transformam: ambas se cristalizam, adquirindo um aspecto congelado. De uma só vez, Sakura avança contra o Mascarado, exibindo uma agilidade impressionante.

Enquanto isso, Thoma tenta acertar, mais uma vez, um ataque em Siegfried. Porém, saltando para cima, ele escapa. Movimentando com destreza a sua espada, ele diz:

– Eu vou matá-lo, Thoma Dales.

– Segunda forma: Kusanagi!! – grita Sakura, ao saltar e avançar contra ele.

A mesma sensação, agora vindo da espada dela. Com isso, a Kusanagi também se transforma: ela se alonga, se afina e surge a figura de uma serpente ao longo de sua empunhadura.

– O que está acontecendo? – Yuru, confuso.

No ar, Sakura e o Mascarado começam a se enfrentar. Porém, desta vez, Siegfried demonstra estar muito mais centrado. Pelo visto, a experiência de Sakura está acuando-o de verdade. Logo voltam ao chão, mas o confronto de lâminas continua.

– As Espadas Lendárias possuem o que é chamado de Segunda Forma. – revela Beth. – Ao dominar a Segunda Forma de uma Espada Lendária, é possível fazê-la se transformar e adquirir habilidades específicas. É isso o que está acontecendo.

– Nunca imaginei algo assim dessas espadas. – admito, espantada, retirando a minha espada da bainha em minha cintura, para observá-la. – É fora de série.

– Você é boa. – comenta Siegfried, enquanto enfrenta a lâmina de Sakura. – Mas não o suficiente.

Antes, estava atacando com apenas uma mão, mas ao unir as duas na empunhadura, ele executa um ataque mais forte, jogando Sakura para trás. Nessa pequena brecha de tempo, o Mascarado avança rapidamente contra ela, surpreendendo-a. Quando está prestes a dar um corte certeiro na barriga da nossa colega, algo bloqueia. Thoma a defende com a sua própria espada.

– O que está fazendo, garoto? – indaga Siegfried. – Não entendeu ainda que não é páreo para mim?

Sakura retoma o controle do próprio corpo. Apesar da força do impulso, já conseguiu se equilibrar. É quando pede:

– Thoma, deixe este homem comigo.

– Não. – nega. – Mesmo que eu ainda não saiba o que é essa Segunda Forma de uma Espada Lendária, eu não posso permitir que ninguém seja ferido por esse cara.

Thoma está determinado. Essa determinação em sempre lutar pelos seus ideais foi o que, um dia, fez com que eu me apaixonasse por ele. Thoma sempre foi assim, meio louco. Ou talvez isso nem seja loucura, de fato, mas sim pura força de vontade em seguir em frente e sem medo. Diferente de mim, tem um coração verdadeiramente forte. Como o da minha irmã...

– São a combinação perfeita. – deixo escapar, um tanto quanto incomodada, chamando a atenção de Luna, Raviel e Yuru.

– O que? – Yuru questiona.

– Não é nada...

– Aquele homem está realmente decidido a nos parar. – afirma Beth. – Não posso fazer nada nesta forma.

– Como assim “nesta forma”? – eu questiono.

– Não se preocupem com detalhes. Agora é hora para deter aquele sujeito. – determina Beth.

– Pessoal, atravessem o portal! – exclama Thoma, enquanto ele se mantem firme contra a espada do Mascarado. – Sakura e eu seguramos ele e depois iremos atravessá-lo também!

Siegfried ri.

– Entendi. – diz ele. – Então sua intenção não era me enfrentar, mas sim ganhar tempo para que seus companheiros atravessem o portal.

– É claro. – confirma Thoma, mais sério do que nunca. – Eu não sou idiota. Nunca pensei que poderia enfrentar um espadachim experiente de igual para igual.

– Luna, Yuru, Raviel, Lucky! – exclama Beth. – Atravessem o portal agora!

Nós quatro, relutantes, permanecemos onde estamos, alternando nosso olhar entre Beth e Thoma. Por isso, a coelha insiste:

– Vão depressa!

– Temos que ir. – fala Yuru. – Pela Tsuky.

Com isso, ele dá meia volta e é o primeiro a correr em direção ao portal, atravessando-o sem pensar duas vezes. Com isso, Luna e Raviel também se mexem, correndo lado a lado até o portal. Enquanto se aproximam dele, Sakura e Thoma, juntos, começam a atacar Siegfried, quem habilmente consegue bloquear todas as investidas de ambos.

– O que está esperando, Lucky? – pergunta Beth, enquanto Raviel e Luna atravessam o portal. – Eles ficarão bem. Estão apenas atrasando-o.

Sinto algo ardendo em minha espada. Sinto como se ela estivesse querendo me dizer algo.

– Lucky!! – grita a coelha.

Siegfried chuta a barriga de Sakura e as costas de Thoma, jogando-os para longe de si. É quando, velozmente, ele corre em minha direção. Não sei por qual razão, mas parece que resolveu me atacar.

– Droga! Ele percebeu! – declama Beth. – Fuja para o portal, Lucky!

O que ele teria percebido? Algo que eu também deveria ter percebido? Seria algo relacionado a esta sensação com a minha espada? A espada que, um dia, meu pai deixou para mim... Tantas perguntas, nenhuma resposta.

– Apesar de ser a filha renegada, você está carregando uma Espada Lendária. – diz Siegfried, cada vez mais próximo. – E estou sentindo uma energia agressiva sendo emanada dela. Kamaitachi, a quinta espada, não é mesmo?

– Kamaitachi... – repito, sentindo-me um pouco aérea.

Thoma e Sakura se levantam e começam a correr contra ele. Porém, está próximo demais. Está prestes a me acertar com um golpe certeiro da sua espada.

– Dance, Kamaitachi... – falo, como se não fosse mais eu mesma.

Uma forte energia é expulsa da minha espada, criando turbilhões de vento que cessam o avançar tanto do Mascarado quanto de Thoma e Sakura.

– Kamaitachi despertou! – exclama Beth, impactada.

“Já essa aí é apenas uma garota fraca que não é capaz nem de proteger a si mesma, quanto mais os outros. No fundo, Tsuky nunca contou com a sua proteção, Lucky Scarlet”.

– Você está certo quando diz que sou fraca. – afirmo, enquanto os turbilhões de vento continuam sendo criados pela energia da Kamaitachi.

Estou encarando-o olho a olho. Sinto-me mais determinada do que nunca. Afinal de contas, já passou da hora de aprender algo com meus amigos, com minha irmã... Algo que não devo esquecer jamais: a verdadeira força do coração.

– Porém... – prossigo, movimentando a minha espada. – De agora em diante, eu não fraquejarei mais! Segunda Forma!!!

– Lucky!? – Beth.

– Kamaitachi!! – completo.

Com isso, o fluxo de energia se enfurece ainda mais. Minha espada adquire uma coloração verde, branca e dourada na empunhadura e surgem penas de mesmas cores por toda a extremidade da lâmina. Ela se transformou.

– Pretende lutar? – questiona Siegfried.

– Eu já estou lutando desde que meu pai partiu. Mas desde então só estava sofrendo derrotas. – determino, saltando, impressionando-o e me movimentando para atacá-lo. – É hora de vencer!

Agora sou eu quem começa a atacá-lo. Kamaitachi contra Gram. Gram contra Kamaitachi.

– Lucky Scarlet... – Sakura fala meu nome, mas já não sei mais de nada.

Meu foco agora é Siegfried Riviere Leroy. Não que ele tenha me enfurecido por qualquer coisa que tenha falado. Pelo contrário, tudo o que disse só me fez acordar. Me fez perceber que não posso mais ficar inerte.

– Isso não é possível. – afirma o Mascarado, ainda surpreso. – Sua espada mal despertou e você já está lutando desta maneira com a Segunda Forma da Kamaitachi?

– Eu preciso lutar e isso é tudo que sei. – digo, no embalo das nossas espadas. – Pela minha irmã, pelos meus amigos e por mim!

Siegfried salta para trás, escapando do alcance da minha espada. Desse modo, ele exclama:

– Então esteja preparada!

– Thoma, Sakura. – peço. – Vão.

Eles relutam um pouco, mas acabam aceitando, suspirando juntos. Desse modo, a Kusanagi de Sakura volta ao normal e, lado a lado, os dois correm em direção ao portal criado por Beth. Por outro lado, Siegfried exclama:

– Vou ceifar a sua vida, garota!! Prepare-se, pois nunca mais verá nenhum dos seus amiguinhos! Muito menos a sua irmã querida!

Ao voltar para o chão, após um giro no ar, o Mascarado declama:

– Quarta espada: Ciclo Absoluto!

Em poucos instantes, aqueles dois atravessam o portal. Então, da espada do meu adversário, surge um frio extremo, que investe por 360 graus ao redor dele. A energia gélida avança rapidamente, congelando tudo o que alcança.

– Ao alcançar a Segunda Forma, uma Espada Lendária não muda apenas de forma, mas também adquire seu verdadeiro poder. Cada uma das sete tem uma técnica secreta. – afirma, sério. – Apesar de não ter dominado a técnica da minha Gram com perfeição, é o suficiente para matá-la.

Fecho os meus olhos. Sinto o frio daquela espada se aproximando cada vez mais. A distância entre nós dois é considerável, mas mesmo assim, estou prestes a ser congelada. Uma simples investida com espada não seria nada diante disso...

– Quinta espada. – recito, surpreendendo-o ainda mais.

Ergo, com minha mão direita, minha arma o mais alto que posso. Então, completo:

– Tempestade Histérica.

Uma luz verde cobre a minha lâmina. Então, dela, é disparada um violento turbilhão de vento, enfeitado por plumas. Verdes, brancas, douradas, plumas criadas pela habilidade da minha Espada Lendária.

– Mas o que é isso!? – ele se espanta.

A tempestade de ventos cortantes avança de forma muito mais veloz que a técnica dele, causando destruição por onde passa. Os ventos atravessam o frio que foi emanado pelo Ciclo Absoluto e alcançam Siegfried, lançando-o para cima. Com isso, o Mascarado se vê dentro daquele turbilhão, sendo atacado por inúmeras lâminas de ar em alta velocidade. Dessa forma, o Ciclo Absoluto é interrompido ao chegar centímetros de mim, mas sem me atingir.

– Não pode ser verdade... – comenta ele, enquanto o turbilhão vai se enfraquecendo até desaparecer.

Apesar da violência do golpe, ele consegue girar no ar e cair de pé, mas curvado, sobre a grama congelada. Porém, está com ferimentos por todo o corpo e com metade da face exposta, pois parte da sua máscara foi danificada. Agora é possível ver seu olho esquerdo azul como seus cabelos e sua pele clara. Está ofegante.

– Lucky Scarlet, você vai pagar! – exclama.

Com o movimento da sua mão direita, ele cria um portal para outra dimensão. Irritado por ter ficado em tal estado, declara:

– Quando eu estiver com minha espada em completo domínio, nos enfrentaremos novamente!

E, então, ele atravessa o portal. Com isso, minha espada volta ao normal e os ventos na área se acalmam. Suspiro profundamente, me sentindo exausta. Dominar uma Espada Lendária realmente não é nada fácil.

– É sua vez, Lucky. – Beth me chama. – Atravesse o portal. O Mascarado foi espantado com sucesso.

Com isso, dou meia volta, um pouco ofegante. Caminho com passos largos em direção ao portal da coelha. E garanto para você, Tsuky, que a nossa reunião em família... Está para acontecer!


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Notas finais do capítulo

Quiz do capítulo: quem deve narrar o próximo capítulo?

A) Sakura
B) Siegfried
C) Mestre dos Mascarados
D) Thoma