Encontrando o Amor escrita por Thamires Dias


Capítulo 20
Capítulo Vinte




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Eu estou realmente surpresa, quando eu ia imaginar que o filho de uma puta do Hugo, iria me mandar rosas. E eu toda derretida achando que era o Rick, eu deveria me lembrar que ele me avisou que não faz esse tipo de cara.

E sinceramente hoje foi um dia, que se eu pudesse eu esqueceria, depois de encontrar Rick fui para o refeitório e vejo a tal da Patrícia em cima dele, esse é uns dos motivos que eu não gosto de me apaixonar, eu sou possessiva e com ele está sendo pior, por que vi e acompanhei o quão pegador ele era na escola, eu sei que ele agora está comigo só que depois de ouvir o que aquele amigo dele que até então achava o mais legal dos três disse aquelas coisas, eu me toquei que o que estou esperando pode não ser o que Ricardo quer me dá.

E eu então eu tive medo, pois apesar de parecer que sei de tudo, tenho a experiência de uma freira, eu só me sinto animada ou excitada com Rick, algo que nunca aconteceu já que sempre tive o controle das coisas, agora estou sentindo esse sentimento desenfreado por ele, e não sei o que fazer ou como agir. E agora essas flores do Hugo que tem me ligado e mandado mensagens o dia todo.

– Se eu encontrar aquele cara, eu juro que ele não sai vivo. - Rick rosna, me trazendo pra realidade. Ele está vermelho, e fuzilando o cartão que veio no buquê.

– Ei, calma. Eu realmente não quero perder tempo com esse cara. - eu digo, jogando o buquê no chão. E o abraçando, ele me encosta no carro e me beija, que começa lento e então se torna exigente. Empurro-o quebrando o beijo, pois preciso ir embora já que meu pai me chamou pra almoçar e resolvi dá uma trégua.

– Preciso ir, vou encontrar meu pai. - digo pegando minha mochila que está no capô do carro.

– Ta bom. - ele diz se afastando. Abro a porta do motorista, jogo minha mochila no banco de carona, lhe dou um beijinho e entro no carro.

– Posso te ligar de noite? - ele diz me olhando pela janela.

– Pode sim.

– E não vai chegar atrasada amanhã, entendeu?

– Ué, você não disse que iria resolver isso? - eu digo e ligo o carro. Ele me dá um sorriso lindo e se afasta.

– Só não sei se você vai gostar. - eu escuto enquanto dou ré.

No caminho pra casa do meu pai, coloco meu Ipod no conector do carro, e coloco na reprodução automática. Quando meu pai se mudou, eu fiquei mal, tentei não demonstrar mais fiquei muito mal, apesar de tudo que falava pra ele, eu não queria que ele fosse embora. Ele está morando num apartamento no centro, o lugar é realmente bom só que preferiria uma casa.

Ao chegar ao prédio vou direto pra garagem, estaciono o carro e vou para o elevador, me sinto estranha e ansiosa. Ele disse que queria me contar algo, e pelo o que Carla me disse imagino qual seja a novidade.

Um dos motivos que Ben está com raiva de mim, é que sua mãe está namorando com meu pai. A advogada que estava lá em casa, e disse que meu pai deveria contar a mim e ao meu irmão que eles estavam juntos, é a mãe da Carla e do Bernardo. E meu medo é que ele a machuque igual fez com a minha mãe.

Entro no apartamento, e jogo a mochila no sofá.

– Pai, cheguei. - eu grito.

– Estou na cozinha, Kyara. - ele grita de volta.

O lugar é realmente muito bom, tem três quartos, uma cozinha pequena e simples, e uma sala aconchegante. Chego na cozinha ele está arrumando a mesa, ele realmente tem se esforçado cada vez mais, o que faz que eu tente me esforçar também.

– Oi! Comprou a comida onde hoje? – pergunto já que ele não sabe fritar um ovo.

– Oi, comprei naquele seu restaurante favorito, hoje temos filé com fritas. - ele diz, pegando suco na geladeira.

– Hum, que bom. - digo me sentando e me servindo. - Ah! O que era tão importante que você queria me contar?

– Você não deixa passar nada, né? - ele diz, se sentando também.

– Aprendi com você. Sabe ser implacável.

– Rá! Ensinei bem então. - ele diz irônico. Eu mostro a língua pra ele, e ele revira os olhos e sorri. - Tenho uma namorada.

– Qual a novidade? – sem querer sai como se eu tivesse amargurada, então me recomponho e dou um sorriso de lado. - Quer dizer, isso eu já esperava. E fiquei sabendo.

– Como você sabe? - ele pergunta aflito, enquanto eu enfio uma boa porção de comida na boca, e fico mastigando devagar.

– Eu imaginei que estivesse com alguém, além do fato que escutei sua advogada falando com você, sobre se assumirem. - digo assim que engulo a comida, levanto os olhos pra ver seu rosto, ele está surpreso.

– Você escutou nossa conversa?

– Sim, foi um dos motivos de eu ter ficado com mais raiva por causa da separação. – eu explico, e vejo remorso em seus olhos. – Mas já superei.

– Hum, que bom. Laura é uma boa pessoa, e ela tem dois filhos da sua idade. - ele conta e sorrio.

– Eu conheço os filhos dela, eles estudam comigo. E o filho dela me odeia por sua causa. – eu conto.

– O Ben tem alguns problemas comigo, por causa de algo que vi, mas não importa isso agora. O que eu quero saber é se você está brava? - ele pergunta, me avaliando.

– Não, se você seguia sua vida quando estava casado, porque não seguiria agora? - eu digo, venenosa. Apesar de tudo, eu nunca vou esquecer o que ele fez com a minha mãe. Levanto o olhar, e ele está me olhando estranho.

– Kyara eu sei que errei, e eu já pedi perdão. Mas isso não tem nada a ver com você, você é minha filha não minha mulher, e eu não te devo ...

– Pode parar. Eu entendi, e do mesmo jeito eu vou ficar do lado da minha mãe e você sabe disso. – ele olha para mim, mas não diz nada. - E outra também tenho novidades. - eu paro, e ele me olha com expectativa.

– Que novidades, Kyara?

– Estou namorando também. - porra, o que deu em mim pra contar pra ele? Eu não contei pra ninguém, nem pra minha mãe.

– Eu já sei disso, Kyh. Não tem novidade nenhuma, eu sei que você namora o Hugo. - meu pai, diz rindo. Merda, merda, merda. Esqueci que meu pai sabe do Hugo.

– Ah! Eu e Hugo não estamos mais juntos. - digo pegando meu prato e o dele e indo colocar na pia.

– Eu não acredito, como terminou com ele? Ele era o namorado perfeito pra você, o pai dele é dono de várias ações, e juntando com meu império, se vocês dois se casassem seria perfeito. - ele diz, enquanto o prato escorrega da minha mão e cai fazendo barulho. Eu odeio essa parte do meu pai, o homem de negócios, como se eu fosse uma ação dele ou um objeto. E se ele soubesse o que Hugo pretendia fazer? Será que ele ainda ia querer ele como meu marido?

– Ai pai, não enche. Eu e Hugo nunca iriamos dá certo. - digo terminando de lavar a louça.

– Mais se vocês terminaram? Como você já pode está namorando outro, você não pode ficar trocando de namorado, como se trocasse de roupa. - ele diz zangado. Eu na hora reviro os olhos e me viro pra ele e levanto a sobrancelha e o encaro, na hora que vou falar meu celular toca e meu pai pega e olha quem está ligando. Cadê a privacidade? É claro que não tenho nenhuma com ele.

– É a sua me. - ele diz me entrega o aparelho.

– Oi, mãe. - falo assim que coloco na orelha.

– Oi meu bem. Te liguei pra perguntar que hora você vai vim pra casa?

– Devo ir pra casa mais á tarde. Vou aproveitar pra fazer meus deveres aqui mesmo, porque?

– É que vou dá uma saída, tenho que resolver alguns problemas com o salão.

– Ta bom, se é só isso.

– É sim, se divirta ai com seu pai e até de noite. - ela diz, e eu posso sentir pela sua voz que ela está sorrindo.

– Como se isso fosse possível. - digo, ela dá uma gargalhada.

– Não vou discordar de você filha. Aqui Hugo te ligou, disse que ligaria mais tarde. - ela diz, e sem saber acaba com a nossa piada.

– Mãe, eu e Hugo terminamos, então o ignora. Okay?

– Pode ser, mas ainda hoje você me conta essa história, está entendendo mocinha?

Ela desliga, e eu dou um sorriso, a cada dia que passa minha mãe está melhor e se divertindo mais.

Meu pai está me olhando, eu o olho de volta e ele apenas balança a cabeça.

– Acho melhor conversarmos sobre esse assunto outro dia, já vi que você está naqueles seus dias de “vou jogar na cara todos os erros do meu pai”. - dizendo isso ele vai pro seu escritório, e se fecha lá.

Eu me esparramo na sala mesmo, e tiro minha coisas e começo a fazer as lições, como não são muitas acabo rapidamente. Deito-me no sofá e acabo dormindo, acordo com meu pai, me chamando e cutucando.

– Ei, está na hora de você ir. - ele diz, eu apenas concordo e pego minhas coisas.

– Ei, posso marcar um dia pra conhecer a Laura? - ele me pergunta, e está na cara que ele está ansioso com isso.

– Claro. - digo e fecho a porta.

No caminho pra casa, eu meio que agradeço que não saiu nenhuma briga, toda vez eu faço isso, porque eu já estava cansada de brigar com meu pai sempre.

Assim que chego em casa vou pro meu quarto, escuto uns barulhos do quarto do David, e sei que ele está com a namorada, o que me faz lembrar que meu namorado que prometeu ligar e até agora nada. Arrumo uma roupa pra tomar banho, pego minhas coisas, e vou pro quarto da minha mãe, lá tem uma banheira, coloco algumas paradas de banho da minha mãe lá dentro e deixo a banheira encher, enquanto tiro a roupa. Quando a banheira está cheia, eu entro e já me encosto e fecho meus olhos. Quando estou me ensaboando, meu celular toca e eu tenho que me esticar toda pra pegá-lo já que está em cima do cesto. Ah! Ótima hora pra liga, namorado, penso com ironia.

– Oi, baby. - ele diz com aquela voz rouca e sexy.

– Oi, Rick. - respondo recostando na banheira.

– Te liguei em uma mal hora. Você está com a voz estressada.

– Pelo contrário. - digo tentando fazer com que minha voz seja sexy, ele dá um suspiro, e eu continuo. - Estou num relaxante banho de banheira, e você acabou de interromper. Estava me ensaboando.

Ela dá um engasgo, e eu sorrio maravilhada.

– Porra, baby. Você está querendo me matar?

– Logico que não. Eu só estou te falando o que estou fazendo.

– Você gosta de brincar com fogo, isso sim. - ele diz com a voz rouca de desejo. - Agora você tem noção que eu não vou conseguir tirar da minha mente essa imagem, você nua numa banheira.

– Acho bom mesmo que eu seja a única pessoa nua na sua mente. - digo.

– De um tempo pra cá, você é a única.

– Bom mesmo. Você não tem noção como essa agua está uma delícia. - digo o provocando.

– Água e banheira sortudas. - ele diz baixo. - Queria estar ai também.

Só de ele falar isso eu estou toda quente, com é possível que eu reaja assim a ele mesmo estando longe um do outro, isso é tão estranho e novo para mim.

– O que você faria? - eu pergunto sem pensar, eu sei como isso termina e ainda estou em dúvida se quero continuar.

– Eu mesmo te ensaboaria, passando a esponja em cada lugarzinho do seu corpo, e depois a enxaguava, vendo a água escorrer pelo seu corpo. - ele diz baixinho, e com a rouquidão da sua voz. O que me faz ficar molhada na hora, porra como ele consegue? Eu gostaria de afetá-lo do mesmo modo.

– É acho que seria mais divertido com você aqui - digo, e percebo que minha voz também está rouca.

– Posso te perguntar uma coisa? - ele diz.

– Pode. - respondo rápido, sem pensar o que ele poderia querer saber.

– Você está se tocando? - ele diz baixinho. Porra, eu não acredito que ele perguntou isso, mas ao mesmo tempo isso é quente pra caramba.

– Não, mais você quer? - eu não acredito que perguntei isso. Porra eu nunca fiz isso com alguém escutando.

– Porra, isso seria muito bom de ouvir.

Passo a mão pelo meu corpo, e meus seios, acaricio minha barriga, quando estou quase lá.

– Kyara, você que está no banheiro? - minha mãe grita, do quarto dela. Eu levo um susto tão grande que dou um grito e jogo o meu celular com tudo no chão. Minha mãe entra correndo no banheiro.

– Menina que gritaria foi essa?

– Kyara o que aconteceu? - entra meu irmão, e a namorada Letícia.

Nossa que hora perfeita para todos aparecerem, eu fico com a cabeça baixa torcendo muito que ninguém peque meu celular, e é claro que Rick está escutando tudo.

– Não aconteceu nada, é que eu pensei que tinha visto uma barata. - dou a primeira desculpa que me vem à cabeça. Não consigo nem olhar pra cima, estou nua no banheiro, com minha mãe, irmão e cunhada de plateia.

– Ata, termina seu banho e desce pra jantar. - diz minha mãe, saindo com eles.

Levanto-me da banheira, pego minha toalha e me enrolo nela, e me abaixo pra pegar meu celular, e claro a ligação ainda está rolando.

– Droga de vida. - eu murmuro assim que coloco o celular na orelha.

– Caralho, como é possível? Nossas mães tem o timing perfeito, elas sempre chegam na melhor parte. - diz o Rick, percebo que ele está emburrado.

– Também acho, mas agora vou desligar. - eu digo, emburrada também. Desligo sem esperar resposta. Enquanto troco de roupa, percebo que estou irritada comigo mesma, eu nunca fiz isso e nem imaginei que gostaria do que estava sentindo. E então percebo que com o Rick eu quero mais, eu quero tudo. E eu acho que isso pode ser perigoso pra mim.

Depois eu desço e janto em silencio e vou dormir, antes de apagar de vez recebo uma mensagem do Rick.

“Pensando em você na banheira. Boa noite baby. Sonhe comigo.”

Eu dou um sorriso, e vou dormir. E sonho com banheira, eu e Rick e muitos beijos.

Acordo com o som do meu celular tocando, o pego ainda de olhos fechados, vejo que é o despertador. Me levanto lentamente, e sei que vou chegar atrasada como o normal. Mas tomo meu banho, e troco de roupa. Pego algo pra comer e depois vou para o carro.

Quando chego na escola, e passo pelo portão seu José me olha assustado, mas eu o ignoro e saio correndo já que no relógio está 8h30 e eu entro ás 8h. Entro na sala correndo, e só percebo que ela está vazia quando paro ao lado da minha mesa e não vejo a professora. Um pouco confusa, olho em volta e então bato os olhos no relógio que tem dentro da sala e está dizendo que é 7h30 da manhã. Eu não estou acreditando, então me lembro que Ricardo disse que tinha um plano para que eu não chegasse atrasada.

“Ricardo Keller, eu vou te matar. ¬¬ ”


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