Cosmic Love escrita por amelia, Nowhere Girl


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, desculpa se tiver muito erro, eu escrevi tudo de madrugada e nem prestei atenção e enfim, boa leitura!



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O que?! – minha mente gritava em desespero, ofuscando todos os suspiros das garotas, palmas e gritos de comemoração. Minha cabeça não estava trabalhando em sintonia com meu corpo, minha boca abria e fechava, sem sair um único som. Certo, eu estava totalmente ferrado.

E todo esse tumulto foi causado por ninguém menos que Dean Winchester. Ele estava lá, no meio da sala, com aquele sorriso sacana nos lábios que eu não suportava, mas não conseguia desviar o olhar. Senti uma onda de ódio e desespero tomar conta do meu corpo. Eu não sabia o que fazer ou pensar, lágrimas já ameaçavam escorrer dos meus olhos.

Dean Winchester na minha sala?! Não, não pode ser. Meus pensamentos foram logo interrompidos quando a voz firme do diretor Crowley fez todos ficarem em silêncio.

– Senhor Winchester, eu te acompanho até seu devido lugar. – disse, colocando a mão no ombro do loiro, que já estava indo sentar no fundo da sala, com alguns dos jogadores e líderes de torcida nojentas.

– Você irá sentar ali. – Crowley apontou para algum lugar próximo do meu. Assim que eu vi seu dedo apontado àquela área, estremeci e fechei os olhos. Já não bastava Dean Winchester mudar para a minha sala, ele tinha que sentar logo perto de mim?!

Assim que abri os olhos, percebi que ele não estava do meu lado. Eu sentava na primeira carteira, na fileira encostada na parede. Bom, talvez eu tivesse me enganado sobre o diretor ter apontado àquela região.

Hesitando comecei a olhar para o lado, tentando achar o dono daquele sorriso único. Nada. Decidi olhar mais em volta, quando dei de cara com aqueles olhos incrivelmente verdes. Ele estava atrás de mim. Atrás de mim! Em uma distância de centímetros!

Nossos olhos se encontraram e ficamos ali, nos encarando, por mais ou menos quinze segundos. Ele abriu e fechou a boca, naquele típico gesto de “eu quero falar alguma coisa mas não sei se realmente devo.” E então ele desviou o olhar para baixo e encarou suas próprias mãos. Virei novamente para frente. Eu estava confuso. O que foi isso? Por que eu e o Winchester trocamos olhares por tanto tempo? Eu percebi que Dean não encarava apenas meus olhos, mas também os hematomas que ainda estavam ali. É claro que um olho roxo e vários cortes não sumiriam em um único dia. Ele se sentia culpado, eu percebi isso, até porque ele mesmo sussurrou um “me desculpe” ontem, não é?

Logo esqueci o que eu estava pensando quando a mão do diretor segurou firmemente meu ombro. –Senhor Novak, posso falar com você um segundo?

– C-claro, senhor diretor. – Segui ele até o corredor, ignorando os olhares ou qualquer tipo de sussurro sobre mim.

Ele parou e me fitou, eu não sabia se aquele olhar estava carregado de pena ou era apenas impressão minha. Finalmente ele interrompeu aquele silêncio que tanto me incomodava. – Castiel Novak. Eu tenho um assunto para discutir com o senhor. – Tudo bem, talvez era melhor ter continuado com o silêncio. – Sabe aquele garoto? Dean Winchester?

– Como eu poderia não conhecer? – o sarcasmo e irritação na minha voz eram mínimos. Eu realmente estava falando sério. Afinal, quem não conhecia o famoso Dean Winchester?

Ele deu uma risada fria, aquilo me dava arrepios, tenho que admitir, eu sentia medo do diretor. – Pois bem, eu quero que você de um jeito nele.

– O-o que?! Jeito? Desculpe, eu... Eu não entendi. – as palavras saíram com certa dificuldade, que papo era aquele?!

– Eu entendo que vocês não se dão muito bem. – ele disse, fitando meu rosto repleto de machucados. Depois de alguns segundos eu percebi o que ele quis dizer e dei um riso tímido. – Ah! Certo, não. Não nos damos bem.

– Bom, como você é o representante e melhor aluno da classe, eu quero que você o ajude com as matérias e que o deixe longe de encrenca.

– Eu...Uh. Desculpe diretor, mas eu realmente não quero ter nenhum tipo de contato com Dean. – Havia certa segurança em minha voz, mas não era realmente verdade, o que foi aquilo minutos atrás? Eu nem me incomodei em desviar o olhar.

– Veja bem, não é como se eu estivesse pedindo. – engoli em seco. Tudo bem, aquele diretor me assustava ‘pra caralho.

(...)

Entrei na sala de aula novamente ignorando os olhares direcionados à mim, menos um. Ah, eu me perdia naquelas duas pequenas galáxias que eram aqueles olhos verdes e as sardas só o deixavam mais bonitos. – Então, você já sabia? – perguntei , me sentando no lugar, à frente de Dean. – S-sim. – eu não sei por quê, mas senti uma pontada de decepção pela resposta. Eu esperava que aquela troca de olhares mais cedo significasse algo mais. – Então, todas as segundas, quartas e sextas-feiras depois da aula? Uau, parece que nós vamos nos ver bastante, para a minha alegria. – sorri de lado, eu não pude evitar o tom de sarcasmo na minha voz. Ele não respondeu, apenas acenou com a cabeça em sinal de afirmação e voltou a fitar suas mãos.

(...)

Na quarta-feira, com muito esforço, fui em direção à biblioteca onde eu iria encontrar Dean para estudar física. Quando cheguei, o lugar estava completamente vazio, a não ser pelo loiro que ocupava um lugar na mesa do centro da sala. Me sentei à sua frente, colocando minha mochila e meus livros em cima da mesa, o fazendo virar em minha direção. – Oi, Castiel. – a timidez em sua voz o tornava mais adorável.

– Olá, Dean. – soltei, sem nem sequer tentar parecer amigável. – Ok, por onde você quer começar? – não obtive nenhuma resposta, só depois de alguns minutos em silêncio decidi o encarar. – Sabe, Dean, se for assim o tempo todo, eu prefiro continuar estudando sozinho. – Desculpa, Castiel. Uh, pode ser essa aqui. – ele disse apontando para um página qualquer do livro.

Depois de algum tempo e um silêncio constrangedor, parece que ele finalmente tomou coragem e disparou : - Castiel, sobre ontem eu... – logo o interrompi, eu não queria ter que ficar ouvindo desculpas esfarrapadas a tarde inteira. – Tudo bem, Dean.

– T-tudo bem?! Porra, não ‘ta tudo bem! Eu...Me desculpa, Castiel, sério, eu... – o cortei mais uma vez. – Ei, Dean. Sério, já passou. – aquilo estava esgotando minha paciência.

– Castiel, eu realmente não queria te... – Ok, aquilo foi o cúmulo. Não consegui mais segurar. – Não queria o que, Dean? Não queria fazer o que aquela gente te manda? Não queria foder com todo meu rosto? Não queria ter que sentir pena toda vez que olha pra mim?! Por favor, Dean. Chega. – depois de desabafar o mínimo que estava preso na minha garganta, voltei a encarar aqueles olhos verdes, que estavam arregalados pelo espanto, o que os deixavam ainda mais lindos.

– Castiel, eu... – antes dele terminar, levantei e fui pegar o livro que faltava para terminamos o estudo por hoje. Os livros de física ficavam ao fundo, nas últimas prateleiras, nas mais velhas. Fui tão irritado que nem percebi que Dean foi atrás de mim, também não percebi quando puxei o livro tão forte que todos os outros vieram junto, assim como miniaturas e outras dessas coisas pesadas.

Só depois de um tempo consegui abrir os olhos, eu não sabia se aquela pilha havia me atingido ou não. Parece que não. Quando abri os olhos dei de cara com os olhos de Dean me fitando com preocupação, só depois percebi que eu havia caído, ele logo acima de mim. Nossos rostos estavam à centímetros de distância, eu podia sentir sua respiração pesada contra a minha. Ficamos nos encarando no que pareciam ser horas, num silêncio profundo, não daqueles constrangedores, mas sim daqueles gostosos que nos dão vontade de ficar ali para sempre. Até que ele decidiu quebrar o silêncio, se levantando e erguendo sua mão na intenção de me ajudar.

– Cas, tudo bem?! – ele pareceu preocupado, ainda segurando minha mão mesmo depois de eu já ter levantado.

– Cas? – sorri com o apelido, diferente dos outros, era um sorriso honesto, ninguém nunca havia me dado um apelido antes, um apelido carinhoso como aquele.

– Ah, é. Uh, eu... Desculpa, foi força do hábito. – ele soltou minha mão para coçar a própria nuca, não vou negar que senti falta do contato. – Mas, eu não vou mais te chamar assim, prometo.

– N-não! Eu... Eu gostei. – novamente, sorri de leve. Ah, eu odiava ficar sorrindo feito bobo. – Obrigado, Dean. Acho que já é hora de eu ir pra casa. Podemos continuar na sexta-feira. – mentira. Eu não tinha hora para voltar pra casa, não havia ninguém me esperando, mas eu não iria conseguir fitar aqueles olhos sem meu rosto ruborizar.

– Sim, tudo bem. Então, tchau. Cas. – ele fitou o chão e eu pude perceber o sorriso tímido em seu rosto. – Ei, você quer uma carona? Já que ficamos mais tarde, acho que não tem mais nenhum ônibus... – longe demais! Eu não conseguiria ficar em um mesmo ambiente que Dean Winchester, não agora.

– Tudo bem, eu posso ir caminhando... Mas, Dean? – ele voltou a me fitar, acenando com a cabeça, indicando para eu continuar. – O que aconteceu agora, você... Você se machucou? – tudo bem, eu estava me importando demais, mas o cara entrou na frente de todos aqueles matérias pesados, deve ter doído bastante.

– Ah, eu vou viver. – ele deu um sorriso de canto, Deus, como ele era adorável. – Até sexta, Cas. – ele acenou, indo em direção à saída.

– Até sexta, Dean.


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Notas finais do capítulo

Cas bipolar (????) Eu sei, foi tudo rápido demais, é que eu não consigo deixar esses dois brigados, eles são amorzinhos d++ :((
Enfim, obrigada pra quem leu etc e espero reviews, criticas... afinal é nossa primeira fic a gente não sabe se ta indo bem e tals kskkskjkk



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