Cosmic Love escrita por amelia, Nowhere Girl


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, gostaria de agradecer à vcs que estão comentando, sério, cada coisinha foi muito importante para nós.
Já aproveitando, como amelia disse na nota anterior, essa é a nossa primeira fic, então, toda critica construtiva é muito bem vinda.
E, ah, leitores fantasmas, apareçam!! A gente não morde não kfsjglksjglkf.

Boa Leitura!



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P.O.V Dean Winchester

– O que foi aquilo, Dean Winchester?

– Charlie, e-eu – Tentei começar alguma explicação, enquanto a ruiva se exaltava cada vez mais.

– Porra Dean, você simplesmente foi lá e bateu num cara que nunca fez mal pra ninguém! Ele nunca fez nada! – Gritou ela.

– Você fala como se eu tivesse feito isso por escolha própria! Você acha mesmo que eu faria isso por mim mesmo, Charlie? – Sibilei desesperado. Eu nunca faria uma coisa dessas, bater em alguém mais fraco por diversão.

– Mas você fez! E pra que? Pra deixar os seus “amiguinhos” felizes? Dean, você não vê? Está se tornando um idiota igual eles.

– Charlie. Você muito bem que eu faço o que eu faço é somente pra me manter no time.

– Pra mim isso tem outro nome. Você não passa da vadiazinha deles.

Ok, eu odiava admitir mas ela estava certa. Depois que eu entrei no time de futebol, mudei muito, fiz coisas que não me orgulhava nenhum pouco. Qual é! Aquilo era o que eu amava fazer! Era meu sonho. Porém, infelizmente o difícil não era entrar, mas sim se manter no time. Se você não virar “amigo” (o que significava ser a cadela deles, como diria Charlie), já era. E isso não era um problema para mim, até agora. Até eu tinha que dizer que isso já tinha passado dos limites.

– Olha Dean... – Disse ela começando a emaranhar seus próprios cabelos ruivos, agora curtos. Ela sempre fazia isso quando estava em uma situação desconfortável – Sinceramente, eu não sei o que fazer. Eu não te reconheço mais. – Ela deu um suspiro longo. – Temo que você possa fazer algo contra mim.

– Nunca! – Aquilo me assustou. Charlie desconfiando de uma coisa tão baixa, tão horrível de mim. Porra, ela era minha melhor amiga desde sempre! Era como uma irmã para mim. – Charlie, me escuta eu nunca faria uma coisa dessas com você! E-eu sou o mesmo de sempre!!

– Então prove. – Disse séria.

– Senhor Winchester. – Uma terceira voz surgiu no corredor. Era Crowley, o diretor. Meio baixo, forte sotaque britânico, o famoso semblante ameaçador, e os famosos olhos escuros. Reza a lenda que se você encarar por muito tempo, seus olhos se tornam vermelhos. Tinha arrepios só de ouvir aquela voz chamando meu nome.

– S-sim, senhor. – Gaguejei.

– Por favor, me acompanhe até minha sala. – Falou, fazendo sinal para segui-lo.

Olhei para a ruiva, e ambos engolimos em seco.

– Te ligo mais tarde, Winchester. – Se despediu a garota.

Fiz como o diretor me instruía. O ultimo sinal já tinha batido e a escola estava ficando cada vez mais vazia, o que me deixava ainda mais nervoso.

Entrei na sala, e me sentei na poltrona aveludada, pela primeira vez notando como era o local. Frio, com uma luz fraca. Decoração sofisticada com todos os detalhes em preto. Tinha que dizer que para isso ele tinha bom gosto.

– Muito bem senhor Wichester. – Começou a voz rouca, me tirando dos meus pensamentos. – Vejo que o senhor anda aprontando muito desde que entrou para o time de futebol. – Direto e claro. – o senhor tem alguma coisa para dizer em sua defesa?

Encolhi-me na poltrona. Não tinha o que dizer, ele estava certo. Senti minhas mãos suarem frio nos bolsos de minha jaqueta de couro surrada.

– N-não, senhor. – E de repente corri meu olhar para meus pés, não agüentaria encarar aqueles olhos por muito tempo, eram sinistros.

– Bem. – Limpou a garganta. – Sinto lhe informar, mas o senhor esta banido do time.

– NÃO. – Eu praticamente berrei na sala do diretor. – Por favor senhor! Qualquer coisa menos isso! Eu prometo não fazer mais nada, mas por favor, não me tire do futebol!

Ficamos nos encarando por alguns segundos quando ele finalmente bufou e disse:

– Tudo bem. – Suspirei aliviado. Aparentemente, ele não é tão ruim como dizem. – Mas o senhor não vai sair ileso dessa. – Droga. – A partir de amanhã, o senhor estará no segundo ano A. A classe do senhor Castiel Novak, o garoto que o senhor agrediu. – Mas que merda? Era isso? Como eu iria encarar o Novak? Teria de deixar Charlie? Os jogadores.... – E caso o senhor voltar com esse comportamento, não existirão segundas chances! – Achei melhor não contestar, a última coisa que eu queria era ficar mais naquela sala do que o necessário. – Está dispensado por hoje senhor Winchester.

...

A água morna do chuveiro, fazia meus músculos relaxarem. Era aquilo que eu precisava. O dia tinha sido cheio de mais e eu merecia mesmo um descanso.

Após sair do banho, coloquei uma blusa velha o AC/DC e uma calça de moletom surrada e joguei-me em minha cama, se pudesse ficaria nela por décadas.

Quando do nada me veio aquela cena na cabeça, aquele garoto pálido, com cabelos negros e olhos tão azuis quanto o céu. Aqueles olhos cheios de lágrimas, o semblante de pavor e dor que me implorava para parar com aquilo. Enquanto eu depositava socos e mais socos, sem piedade em sua face delicada. Como eu tive coragem para fazer uma monstruosidade com alguém tão frágil? Interrompi meus pensamentos quando ouvi meu celular tocando. Com certeza era a Charlie.

– Alô?

– Dean, o que o senhor urubu– o apelido carinhoso que eu e Charlie demos para o diretor Crowley. – te disse? Ele te tirou do time?

– Não. – ouvi um aff no outro lado da linha, mas achei melhor ignorar. – Ele me mudou de classe, agora estou no segundo A.

– Ótimo, vai facilitar meu plano.

– O que? Que plano? – Disse desentendido.

– Dean, você tem que me provar que ainda é o mesmo.

– Ok, isso já entendi, mas como?

– Eu quero que você vire amigo do Castiel.

– QUE? – Berrei pela segunda vez no dia. – Charlie, vamos ser sinceros, ele agora no mínimo está me odiando agora, você acha que ele vai querer ser meu amigo? Isso é impossível.

– Isso ou nada Winchester. – E desligou na minha cara.

Eu não sei o que fazer. Como eu posso começar uma conversa com Castiel? Ele não vai querer nem olhar na minha cara, e com razão! Mas, eu precisava fazer Charlie ver que eu ainda sou eu!

Enfiei minha cara no travesseiro. Esse está sendo nomeado o pior dia na vida de Dean Winchester.

O que me restava era dormir e rezar aos anjos para amanhã ser um dia melhor.


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