Era pra ser... escrita por IsiLeal


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Recapitulando:
— A história e personagens aqui citados são total criação minha, qualquer semelhança com pessoas ou situações reais é mera coincidência.

— Esta fic contêm relações homossexuais (mulher/mulher). Caso ofenda-se com o tema, por favor, não leia.

Bom, espero que gostem, fui bem ousada nessa história, minha segunda Original publicada. Escrita especialmente para o Concurso desse mês. Boa leitura!



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Me chamo Denise , tenho 18 anos , signo de Câncer – já viu tudo, uma eterna romântica-, lésbica, solteira, universitária e apaixonada por álcool.
Pode parecer meio bebum e estranho esse lance de gostar de álcool, mas vai de perfumes até as bebidas alcoólicas. Afinal, quem resiste a uma dose de tequila ou um bom vinho? Bem, eu não sou dessas que negam.

Tudo começou no inicio desse ano, de 2015, aprendi a beber, puxar um baseado e descobri minha opção sexual. É... Conheci as vantagens de si estar com uma mulher e não com um homem, além de todo o prazer de um bom sexo, vem a delicadeza, o carinho, o entendimento e aquela coisa de se por no lugar da outra, já que ambas mulheres, passam, passaram ou passarão pelos mesmos dramas algum dia em sua vida de “ o sexo frágil”, que de frágil não se tem nada.

Frequento alguns Happy hours que acontecem em uma cidade vizinha, e como sempre a mediadora desses meus programas, é minha prima Carina, que mora nessa cidade. Carina é super divertida e cheia de vida, a companhia que qualquer adolescente deseja para sair de sua vida chata e tediosa na saia de suas mães, é também o que as mães chamam de má companhia para seus filhos, apesar de nós frutos de seus ventres pensarmos de maneira totalmente diferente.

Em janeiro, fomos ao show de uma banda local, e lá tomei minha primeira dose de tequila, que desceu rasgando dentro de mim, digamos que estava quente, me sentia quente. Como uma moça de interior que sou, vi e fiz muitas coisas pela primeira vez. Vi um beijo lésbico ao vivo, mas não era qualquer beijo, era o beijo intenso da minha prima em outra moça, qualquer outra pessoa de nossa família que o visse a repudiaria ali, na mesma hora, já eu? Eu achei aquilo incrível, muito sexy, me impressionei por estar gostando da cena.

Depois disso, fiquei me imaginando naquela situação, eu beijando uma garota, não um beijo no rosto, nem na testa, mas um beijo terno e ao mesmo tempo excitante. Meses depois frequentamos outro show da mesma banda, estávamos rodeadas de pessoas alegres e desencanadas, no meio delas havia uma moça morena de cabelo curto e negro, tinha um ar inocente e meigo, me perdi a observando, de todas as formas ela chamava minha atenção, seja rindo das piadas do Uá, esse era um grande amigo de Carina, ou dançando as minhas canções favoritas da banda, ela se movia da maneira mais sensual que já vi. Em meio ao show, quando houve um intervalo, após eu seca-la todo o tempo, ela veio até mim e me cumprimentou e se apresentou como Gaby, trocamos algumas frases, e logo ela me indagou sobre minha opção sexual, como uma pergunta nada convencional para aquela ocasião, acabei por me enrolar, então Carina me salvou, disse como quem tivesse certeza do que dizia: - Ela topa o que tiver pra hoje, sem fronteiras. Após jogar essas palavras, minha prima sai e me deixa lá. Gaby fala que é bissexual, e tem 19 anos apesar de não aparentar. O show continua e ela volta a dançar, mas dessa vez ela esta acompanhada de outra moça, ali elas dançam, eu olho e babo. Chegando o fim da apresentação da banda, vamos todos juntos a praia, lá eu me reaproximo de Gaby, que esta sentada em uma pedra a beira mar, e voltamos a conversar.

Conversa vai, conversa vem, ela admite ter percebido meus olhares direcionados a ela, e que gostou da situação. Confessei estar enfeitiçada por ela, soltava tudo que estava pensando mesmo estando muito nervosa com o que aconteceria depois da conversa. Sempre fui muito boa em me expressar e tinha muita facilidade em falar o que pensava e sentia, quando falei que ela dançando com a outra moça me deixara hipnotizada, ela me encarou e apenas disse: - Estou excitada! A olhei assustada e percebi que estava levemente alterada com a bebida. Em seguida, ela riu e me beijou, na verdade me roubou um beijo, esse que não me atrevi a recusar.

Apesar de ter bebido, sua coordenação estava intacta, o beijo perdurou, logo sentia suas unhas em minha nuca, seus braços me envolvendo com firmeza, só conseguia pensar no quanto estava me sentindo saciada, depois de todo aquele desejo apenas a olhando, desconcentrei nos pensamentos quando senti sua mão subindo por dentro de minha blusa. De repente nos afastamos ao ouvi a voz de Carina nos chamando para ir a ponte da praia, lugar onde costumavam ir para fumar, em seguida nos levantamos e fomos, permaneci calada e ela passara o braço sobre meu ombro e selara meu rosto com os lábios, onde me senti especial.

Na ponte, todos sentamos em sua base, onde estava escuro o bastante para que não nos vissem fumando, Uá era o carinha dos cigarros, sua mochila estava cheia deles, o curioso é que ele era o único do grupo que não fumava. Peguei um cigarro e posicionei na boca e acendi o isqueiro, Gaby me olha e gesticula para que eu não acenda o cigarro, não ainda. Fico sem entender, mas obedeço, em seguida ela pega uma garrafa de vinho e puxa pela mão me levando pra caminhar.

Depois de uma breve caminhada dividindo a garrafa de vinho que ela levara, chegamos ao final da ponte, onde está ainda mais escuro, apenas vemos a luz de um farol bem distante, sentamos e ela diz que o gosto do cigarro acaba com o beijo, nos olhamos por alguns segundos, sinto sua mão acariciar meu rosto, e com a brisa do mar os curtos fios do cabelo dela se rebelam contra seu rosto, direciono minha mão para organiza-los, e ela se arrepia ao meu toque. Ela ri e da mesma maneira me beija, desta vez eu retribuo o beijo na mesma intensidade, sinto todos os caminhos de seus toques, desde as pontas de seus dedos em meus lábios entre o beijo, até sua mão invadindo minha blusa com cautela. Me sinto livre para tocá-la, então abraço e selo seu pescoço, sussurro em seu ouvido o quanto é bom estar ali em sua companhia, ela sorri e diz o mesmo.

Me sinto tonta por ter bebido muito do vinho, então me deito na madeira fria e a observo seguir meu mesmo movimento, ela me olha como se estivesse prestes a me fotografar, e diz o quanto minha pele contrasta aquele tom escuro da madeira, sela meus lábios com delicadeza e segura minha mão. Após nos beijarmos, viro de frente para ela e acaricio seu rosto, gesto esse que a faz dormir, fico a observá-la por alguns minutos até que ela acorda e ri de si mesma por ter dormido ali, um momento tão especial. Conversamos sobre nossos gostos, objetivos e desejos, em uma tentativa de nos conhecer, assim descobri o quão incrível era aquela garota que estava ao meu lado e sabia que nos veríamos novamente, ou pelo menos não mediria esforços para revê-la.


Vimos o sol nascer recostadas na madeira da ponte, e em silencio observávamos o mar e suas ondas que ferozmente rebatiam nas estacas da ponta fazendo respingar gotas salgadas em nossos rostos, com as horas passando e o dia amanhecendo nos abraçamos carinhosamente, prevendo a despedida trocamos telefones pra contato, afinal pretendíamos nos ver novamente, já que nesta madrugada nos completamos, trocamos beijos longos e intensos, e seguimos para onde a turma estava, um pouco mais distante do local onde havíamos os deixado.
Todos conversavam alto e davam risada, mas quando nos aproximamos, seus olhos curiosos nos encaravam desconfiados, e Carina como sempre foi a mais curiosa e desinibida, perguntou o que estávamos fazendo a tanto tempo e sozinhas, Gaby me olhou e respondeu sorrindo: - Só algo que já era pra ser..


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Notas finais do capítulo

Fiquem a vontade para comentar e fazer criticas construtivas sobre minha historia. Obrigada pela atenção ao ler!


— Comentários desrespeitosos serão deletados e o perfil do autor, denunciado devido à quebra das Regras de Condutas (http://fanfiction.com.br/pagina/21/regras_de_conduta)



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