Pov. Dylan O’brien
Passava o dia todo deitado na cama e fitando o teto, desenhando nele aqueles olhos.
Gostava também de me torturar com memórias dela, às vezes cheguei a sentir seu cheiro mesmo sendo impossível que ela estivesse ali.
Eu não saia mais com meus amigos porque não haviam me restado nenhum. A não ser Fred, mas ele trabalhava agora, se preparando para a chegada do bebe.
Todo mundo me julgou e se afastaram de mim depois do acontecido, me disseram que eu era um monstro sem coração.
Eu concordo com eles.
Samantha teve algo pior, foi julgada, humilhada, apontada e atormentada por praticamente todos do colégio. Todo mundo tomou as dores de Candice que fez da vida de Samantha um verdadeiro inferno, um dia a garota voltou chorando pra casa e implorou a seus pais que a mandassem para Irlanda morar com sua avó.
Os pais dela não entenderam muito bem seu pedido já que a garota nunca quis passar mais do que horas com a avó, mas mesmo assim a mandaram para lá.
Nosso time perdeu humilhantemente para os leões, que estavam sendo comandado por Caio que jogou em minha cara diversas vezes o que fiz com ela.
Eu não conseguia dizer seu nome, não depois de todo esse tempo.
O time de lideres de torcida das garotas passou um grande vexame na competição, foram comandados pelas gêmeas que não conseguem comandar nem uma pedra a ficar no lugar. Sem Samantha, Carrie que não podia arriscar uma queda devido ao bebe e sem a garota que abrilhantava o time, sem elas aquilo era só um bando de garotas comandadas por duas inúteis.
Eu fui a escola quase todos os dias apesar das perseguições constantes, os alunos que me lançavam olhares julgadores que me deixavam mais do que constrangido.
Minha mãe soube por minha própria boca o que fiz, e me tratou muito mal por pelo menos três meses.
Só parou quando percebeu o meu choro a noite, eu tentava esconder aquilo, não queria que percebessem o quanto aquilo me afetava.
Eu não subia mas no telhado e dei minha gata para minha prima Eloá, Luna me lembrava ela demais.
Claro que eu não queria esquecê-la, afinal eu nunca iria. Mas já se faziam 8 meses.
Oito meses de tortura, oito meses de espera!
E ela ainda não havia acordado daquele maldito coma!
A última vez que a vi foi quando ela sofreu a parada cardíaca.

Flash Back On
– Vocês não podem ficar aqui. – uma enfermeira que estava no corredor nos informou.
– Quero ver quem vai me tirar daqui. – minha intenção era gritar, mas o nó que estava na minha garganta fez com que elas saíssem como um murmúrio.
– Olha – ela parecia zangada – Não sei como vocês entraram aqui, mas precisam sair! Não é qualquer um que pode ficar aqui, principalmente numa situação como essa!
– Melhor nós irmos. – Fred falou me puxando pelo braço.
– Eu não posso ir embora. – sequei minhas lagrimas o encarando e dei de ombros por sua presença, indo em direção ao vidro da UTI que mostravam os médicos mexendo nas maquinas – Olha o que eu fiz com ela, você acha mesmo que eu irei voltar para a casa e descansar?
– Ela esta bem agora. – o médico que a atendia saiu da sala falando conosco – Conseguimos fazer seu coração trabalhar novamente e agora respira normalmente.
– Normalmente? – perguntei o olhando com ironia, olhei novamente para a garota – Olha pra ela! Esta cheia de tubos e maquinas que ajudam seu corpo a viver! Ela não esta bem, admita! – falei ríspido.
– Ela esta realmente bem garoto, aqueles aparelhos auxiliam ela para que seu corpo trabalhe por sua melhora. – o médico se por ao meu lado e a observou também, olhei de relance em seu crachá que carregava seu nome: Doutor Norman, ou melhor, Osvaldo Norman.
– E quanto tempo ela ficará assim? – indaguei com a voz firme, odiava parecer fraco perante os outros.
– É incerto – ele ainda a observava – Ela poderá ficar assim só por hoje, até semana que vem, talvez meses e nos piores casos anos.
– Ela pode ter algum problema devido ao acidente? – Fred perguntou.
– Pode ser que sim. – o médico respondeu virando-se para ele.
– Que tipo de problema? – Fred questionou novamente.
– Ela pode ter perca de memória recente ou não. É também incerto assim como sua duração. Mas não se preocupem garotos, já vi casos em que a pessoa não fica com problema algum.
– Se eu pudesse ajuda - lá... – suspirei pondo minha mão estendida no vidro.
– Ajudara indo para a casa, já esta tarde e vocês não poderão fazer nada por ela. – ele disse dando um tapa em meu ombro.
Mesmo eu não querendo, eu sai dali em completo silêncio.
O caminho todo eu só conseguia pensar na imagem de ela desacordada com aqueles tubos a ajudando a viver. E tudo exatamente tudo, era minha culpa!
Flash Back off

Meu pai me convidou para passar minhas férias de verão com ele em Los Angeles, minha mãe nunca havia deixado até esse momento quando praticamente insistiu para que eu fosse.
Agüentei muito tempo aqui, e não estava afim de ficar me torturando com pensamentos sobre Nanda por mais um mês, eu precisava sair um pouco do meu quarto.
Já se fazia três semanas que eu estou em Los Angeles, todos os dias pergunto por noticias de Nanda a minha mãe que sempre da a mesma resposta:
“Sinto muito, mas ela ainda está em coma”.
Já era para mim ter voltado a muito tempo, mas minha mãe disse que seria melhor eu passar mais tempo com meu pai e assim cada vez mais minha volta estava sendo adiada.
Acho que eles acham que estou melhor porque andei saindo para conhecer a cidade, se enganam bastante.
Estou totalmente paranóico, tenho fotos dela em livros, no meu celular, e só não colei no teto do meu quarto porque ele não é meu e sim o de hospedes da casa de Ana.
Sim Ana a mulher do meu pai, que não me suporta desde quando eu tinha 5 anos e ela começou um caso com meu pai. Afinal, ela o queria apenas para ele.
Seus filhos Jonathan (dois anos mais novo que eu) e Tina ( sete anos mais novo que eu) são insuportáveis e superficiais, Ana com certeza não os criou bem.
Ela me encheu desde minha chegada, claro que discretamente para que meu pai não percebesse. Um dia sai sem avisá-la, acabei me perdendo e cheguei muito tarde em casa.
Ela me deu maior sermão como se fosse minha mãe, e conseguiu que meu pai tomasse meu celular dizendo que eu passava a madrugada toda mexendo nele.
Aquela mulher fazia meu pai de idiota e ele não percebia, e não seria eu que abriria os olhos dele.
Enfim meu pai devolveu meu celular só porque fiz a “obrigação” de me desculpar com Ana e seus filhos e prometer dormir cedo.
Ao ligar meu celular vi varias chamadas e mensagens perdidas de Fred, pensando ser algo sério ou até mesmo uma noticia sobre Nanda retornei a ligação.
– Fala Fred! – cumprimentei enquanto andava pelos jardins da “família pesadelo”.
– Porque você desligou o celular? – ele parecia bravo.
– Só um nome, Ana.
– Ah! Entendi agora. Ela é uma verdadeira p... ai! – ele reclamou com alguém do outro lado da linha e imagino que seja Carrie.
– Como vai seu filho? – perguntei.
– Ele está ótimo, só mais três semanas, estou ansioso para ver o garotão. – ele disse entusiasmado.
– Ou garota! – a voz de Carrie foi ouvida.
– Eu já te disse que vai ser um garoto, eu sinto isso.
– Mulher que tem sexto sentido imbecil!
– Mas esses hormônios estão te enlouquecendo... ai! Para com isso! – reclamou ele novamente.
– Já deu cara! – falei depois de pelo menos cinco minutos ouvindo a discussão deles.
– Tenho uma ótima noticia para lhe dar.
– Ou não. – Carrie completou.
– Continuando, assim que você saiu de Yesterville para passar as férias com seu pai, na verdade acho que você estava no meio do caminho...
– Fala logo! – disse impaciente.
– Bom cara, a Nanda acordou.

Amours do meu heart, amigas minhas criaram um canal no youtube chamado MaRaJe Channel e eu queria pedir que com todo o carinho vocês vissem o vídeo delas procurei lá --- TRÊS RETARDADAS E UMA CÂMERA.

Aqui tem o link:

https://www.youtube.com/watch?v=9DHcyR4NXCk

E peço por favor que se inscrevam no canal e deem like, porque estou colocando isso no meio da história?

Também não sei, mas é só um favorzinho que vcs meus lindos poderiam fazer por mim, que trago a Nanda e o Dylan para o seus corações.

Que apelona né? kkkkkkkkk Bye