Give Your Heart A Break escrita por Olivers Lestrange


Capítulo 23
Aqueles Olhos


Notas iniciais do capítulo

Oie :)
Capitulo curto? Sim.
Mas muito significativo :D
Se vocês queridas leitoras estavam com pena do Dylan, agora iram se corroer por dentro.
AMO MUITO VOCÊS SUAS LINDAS.
Boa leitura :D



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Pov. Dylan O’brien

Alimentada por tubos respiratórios e recebendo soros que eu não conhecia estava Nanda, seu estado era mais grave do que Fred havia me contado. Ele queria me poupar o sofrimento, acho que por isso não havia topado vir aqui antes.

– Desculpe cara, não queria que você se culpasse ainda mais. – Fred falou ao meu lado enquanto observava Nanda.

– Tudo bem. – respondi, mesmo sabendo que tudo não estava nada bem. – Pode me deixar sozinho com ela? Tome conta da porta.

– Claro. – ele deu um tapa leve em meu ombro e saiu fechando a porta e me deixando sozinho.

Os olhos dele destacavam a piedade. Eu merecia mesmo aquela piedade?

Afinal ela só esta aqui por minha causa. Só esta em estado grave por minha culpa!

Olhei a minha volta e vi uma cadeira, a puxei ao lado da cama de Nanda e me sentei. Olhei para o aparelho respiratório que fazia barulho e que forçava os pulmões dela a respirarem, mesmo eles já terem desistido de fazê-la viver. Malditos pulmões, não a tirem de mim!

– Só não desista, tudo bem? – murmurei inutilmente a seus pulmões.

Seus olhos estavam bem destacados com marcas rochas que os rodeavam, já que sua pele estava muito pálida, como se ela estivesse de jejum a dias.

(PLEASE --- OUÇAM AQUELES OLHOS - DOM M)

♫♫ Aqueles olhos que refletem luz no meu coração ♫♫

Aqueles olhos azuis que eu tanto contemplava, que em mim despertavam felicidade, haviam se fechado, como se nunca mais fossem se abrir.

Segurei sua mão direita que apenas estava com um medidor de batimento na ponta do dedo indicador, e seu outro braço estava envolto em talas e faixas, já que aparentemente ela havia o quebrado.

A cada coisa que eu descobri ali, só aumentava ainda mais minha já tão alta culpa.

– Me desculpa... – minha voz saiu fraca e embargada, entendi o porquê de Fred não querer que eu viesse ali, a ver assim mexeu comigo além do que eu havia imaginado.

Nanda esclareceu tantas coisas na minha vida, mudou esse jeito babaca com que eu vinha agindo há anos e eu retribuo de que forma?

Levando-a direito para uma cama de hospital.

♫♫ No meu pensamento eu sei que vai ficar
A todo momento, sei que vou lembrar
Do brilho dos teus olhos ♫♫

Enfim percebi que eu ainda chorava, como podiam restar lagrimas em mim?

O que eu havia chorado nessas ultimas vezes equivaleram por minha vida toda, por todas a vezes que eu segurei o choro, e que tentei esconder minha tristeza.

– Não desista de viver! Se você se for, sei que também irei junto! – murmurei enquanto roçava meus lábios em sua mão, ainda tão delicadas.

♫♫Fecho os olhos, não consigo te esquecer

Tenho até medo de dormir, pra não lembrar♫♫

Na verdade metade de mim já havia ido junto com ela, esse coma conseguiu tirar metade da minha essência. Não eu nunca mais seria o mesmo.

Sei que se acordar nunca irá me perdoar, porém o fato de ela estar viva, para mim será melhor que a sensação de se ganhar o melhor presente de natal do mundo.

Mas eu agüentaria viver sem uma metade de mim?

Sim, essa metade sempre iria pertencer a ela e isso já me basta.

♫♫Pergunta pra Deus, o diretor
quando vai ser nossa cena do beijo♫♫

Cheguei a pensar na hipótese de tirar-lhe aquele tubo respiratório por alguns segundos, apenas para que eu sentisse novamente seus lábios.

Idéia totalmente idiota, não a colocaria em risco por um capricho meu. Mais um.

– Dy a enfermeira quer que nós saiamos. – Fred adentrou a porta, parecia ser preocupado com o fato de nós sermos pegos.

– Só mais um minuto, está bem? – perguntei sem tirar os olhos de Nanda, que ainda era forçada a respirar.

– Só não demore. – ele fechou a porta novamente.

Beijei pela milésima vez sua mão, que estava com uma tonalidade roxa. Aquilo era normal?

– Queria estar no seu lugar, eu merecia sofrer isso... não você. – aproximei meu rosto do dela, sentindo seu cheiro. Não, aquilo não era seu cheiro, ela não cheirava a rosas do campo e shampoo de limão.

Infelizmente para mim ela cheirava a hospital e morte.

– Se te trazer de volta consistisse no meu afastamento, eu iria o mais longe possível de você, nem que isso custasse a minha felicidade.

♫♫Entre a paz e o perigo
Você ali sorrindo
De mãos dadas comigo ♫♫

– Apenas volte, volte por mim, volte por você – disse baixinho em seu ouvido, segurando sua mão num aperto forte.

Foi nesse momento que senti a retribuição dele, ela havia apertado a minha mão em resposta.

– Nanda – sorri radiante – Você...

Não terminei a frase, já que estava estupefato demais com o que acontecia ali. Nanda havia respirado profundamente sem a ajuda da maquina.

Mas logo em seguida um aparelho que eu acredito ser o dos batimentos começou a apitar enlouquecidamente.

Antes que eu pudesse chamar a ajuda, a mesma já entrava no quarto. Enfermeiros e médicos entraram apressados já checando a maquina e a própria Nanda.

– O que faz aqui garoto? – um deles me perguntou desentendido.

– O que houve com ela? – perguntei ignorando o fato de que não era para eu estar ali.

– Doutor ela está tendo uma parada cardíaca. – uma enfermeira comunicou ao médico que me questionava.

– O que? – olhei para a enfermeira, que lançou um olhar severo.

– Tire ele daqui! – ela ordenou a dois enfermeiros que lidavam com um maquina, percebi que se tratava da maquina de ressuscitação.

– Não me tirem de perto dela! – eu berrei, mas foi em vão. Dois enfermeiros muito maiores do que eu, arrastaram-me dali, ignorando meus pedidos e o fato de eu estar me debatendo feito um idiota.

Eu gritava para ficar ali com ela, mas eles apenas me tiraram de lá.

E a ultima coisa que vi foi o médico relando aquelas chapas de metal em seu peito.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram?
Sentiram dozinha dele?
Nanda irá viver ou não?
RECOMENDEM, ACOMPANHEM, FAVORITEM E COMENTEM.
BJks e até o proximo capitulo *0*