A Realeza escrita por Amanda Amaral


Capítulo 6
Unbelievable


Notas iniciais do capítulo

Oi minhas coisas lindas, espero que gostem desse capítulo e de tudo mais! haha adoro vocês e seus comentários fofos!



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Quando voltei ao escritório meu pai estava com uma cara que eu não consegui decifrar, ele relia várias vezes um papel que estava em suas mãos.

–Pai? –somente assim ele me percebeu. Ele virou a cabeça em minha direção e faz um gesto para que eu me aproximasse e lesse o bilhete.

O escrito havia sido imprimido, mas a assinatura estava à mão, creio que para dar credibilidade.

Acho que foi Erik. Preciso conversar.

Henri.

–Porque Henri falaria isso do próprio intérprete que está com ele aqui desde o dia de sua chegada? –meu pai questionava.

–Estou achando um pouco estranha essa história. –disse.

–Porque? Você encontrou com algum dos rapazes? –meu pai se virou para mim enquanto eu acenei positivamente com a cabeça. Ele pediu que eu me assentasse para lhe contar.

Depois de contar tudo a ele resolvemos que precisávamos falar com Ean e Henri.

–Você prefere que façamos isso antes do jantar ou amanhã pela manhã? –perguntei.

–Quero resolver isso o mais rápido possível.

–Tudo bem...Você já resolveu sobre o que faremos com a pessoa que fez isso?

–Já, temos que usar a cultura de chicotadas... –ele disse.

–Mas isso é errado! Você deixou isso acontecer com os Woodwork e tenho certeza de que se arrependeu. –respondi furiosa. O que o povo iria achar de mim se eu deixasse que fizessem alguma coisa dessas com um selecionado?

–Eu me arrependi pois Marlee era amiga da America e ela ficou muito abalada depois do acontecimento, mas não podemos deixar que essa pessoa desrespeite nossa família e saia impune, o que vão achar do nosso governo?

–Só sei que essa não deve ser a melhor maneira de se resolver e que eu duvido que o povo vá gostar de ver que eu deixo coisas horríveis como essa serem feitas por causa de uma notícia que vazou.

–Tudo bem Eadlyn, é a sua Seleção. Eu não vou interferir nessa sua escolha, faça o que achar mais correto. Mas agora ao invés de pensar nisso precisamos descobrir quem foi.

–Ótimo. Vamos falar com o Henri então.

–Mas espera minha filha, como nós vamos conversar com ele se ele não entende nada do que falamos nem nós entendemos o que ele fala? –eu não estava me lembrando desse pequeno detalhe.

–Já sei. O único jeito vai ser nós contratarmos outro intérprete. Vou ligar para o Consulado da Finlândia aqui em Illéa. Não sei se conseguiremos ainda hoje, mas espero que sim.

–Ligue, quer ajuda em achar o contato?

–Não é necessário. Pode ir terminar seus trabalhos para hoje e começar a planejar o que faremos no Jornal de amanhã.

–Eu já estava me esquecendo... você tem ideia de como vamos contar sobre minha mãe?

–Vou deixar você resolver isso minha filha, o que você acha que seria bom?

–Acho que se o médico liberasse ela podia contar no Jornal... e sobre a caça ao rapaz que contou à mídia, acho que irei dizer que estamos procurando quem foi e comentar a gravidade de trair à Família Real. Direi também que as consequências serão a expulsão da Seleção e o impedimento de voltar ao palácio.

–Acho uma boa escolha, se prepare, vai ser bem tenso.

–Estou vendo...

–Vou fazer as ligações, nos deseje a sorte de encontrar alguém disponível ainda nesta tarde antes do jantar.

–Que tenhamos sorte então. –ele me deixou no escritório cheia de papeis para organizar. Quem dera fossem só esses papeis que eu teria que organizar hoje. Meus pensamentos estão uma bagunça, não consigo pensar em algum garoto que possa ter contado essas coisas para a mídia. Todos eles foram tão solidários quando nos encontraram na ala hospitalar e rezaram conosco...

Eu prestei atenção no canto do escritório, não havia me lembrado de olhar os jornais. Tinha um jornal dobrado perto da porta, imagino que meu pai também não havia o percebido ali.

Corri até o jornal e na capa havia uma fotografia grande na primeira parte do jornal mostrando a porta principal do palácio lotada de fotógrafos e jornalistas, por uma das janelas, a do lado esquerdo, a mais próxima da ala hospitalar, havia um vulto amarelo de cabelos castanhos, eu. Mas na outra janela havia alguém parado, estava tendo dificuldade de imaginar quem seria, mas quando prestei atenção nas roupas, calça jeans e camisa social azul... era o Erik, o que ele fazia tão perto da bagunça dos fotógrafos?

Comecei a ler a reportagem.

O ATAQUE CARDÍACO DA RAINHA

Nessa manhã recebemos a notícia de um morador do palácio, não pertencente diretamente da Seleção, de que a rainha havia tido um ataque cardíaco no final da tarde do dia de ontem.

Eu não precisava ler mais nada, estava tudo ali. Foi o Erik. Preciso contar para meu pai.

Sai correndo do escritório, meu pai estava do outro lado do corredor, estava no telefone. Cheguei perto quase caindo em cima dele.

–Pai! Eu descobri quem foi!

–Desculpe, eu preciso desligar, parece que não vamos precisar de sua ajuda mais, obrigado. –ele acabava de falar no telefone e deliga. –Diga logo então!

–Foi o Erik! –eu balançava o jornal de um lado para o outro na cara de meu pai. Ele parou minha mão e pegou o jornal. Ele leu e releu a primeira parte várias vezes concordando com a cabeça.

–Faz todo o sentido. E ele também é o único ‘’ morador do palácio que não faz parte da Seleção’’ que faria isso.

–Pois é. Não acredito que a resposta estava tão a mostra assim! –eu estava aliviada por ter descoberto. Mas agora comecei a pensar, eu gosto de Erik ele me entende e parecia um bom amigo para mim. Será que ele só se aproximou para contar sobre o que escutava e via para a imprensa? Será que Henri sabia? A punição será diferente por ele não ser da Seleção? Eu não tinha as respostas para essas perguntas, ainda. –Temos que encontrar Erik, teremos uma longa conversa.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem. Não gostaram? Comentem ideias mais legais, tem sempre um jeito de melhorar. Adoro vocês, nos falamos pelos comentários ou no próximo capítulo!!! XOXO



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