Castelo de Vidro escrita por Purple Sparkle


Capítulo 3
Não prometa o que você não pode cumprir


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, aqui está mais um capítulo que acabou de sair do forno. Espero que vocês gostem! Boa leitura!



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# Narrativa Anna Júlia (ON):

Acordei por volta das 10:00 e fiz minha higiene matinal, estava com um pouco de dor de cabeça, também né misturei bastante ontem, resolvi pegar um remédio e torcer para que ele faça efeito logo.

Fui tomar o meu café da manhã e dei de cara com a minha avó e bem ela parecia estar furiosa, engoli em seco e resolvi encarar a fera.

– Espero que a noite realmente tenha valido a pena, porque a senhorita não vai ter outra dessas tão cedo. - ela disse sarcástica. - Agora... Me responda... Onde você estava? E nem adianta tentar me enrolar, porque se você mentir vou saber! - Recebi um olhar desafiador de sua parte.

– Estava numa festa... - Respondi evitando dar detalhes que me comprometam.

– A festa era da Lara né? Não precisa me olhar com essa cara. - disse debochando - Larissa me contou tudo, sabe ela foi um amor... Anna... Vou te falar somente uma vez e espero que você decore... Eu não vou ser feita de trouxa que nem o seu pai não. - Percebi que ela não estava para brincadeiras e engoli em seco.

– Você está de castigo até segunda ordem estamos entendidas?

– Sim senhora. - Respondi abaixando o olhar, evitando me ferrar mais ainda.

Tomei meu café em silêncio pensando em um milhão de formas de reverter essa situação e de quebra fazer a Larissa pagar por isso. Quando terminei fui para o meu quarto e me joguei em minha cama. Socava o travesseiro tentando descontar a raiva momentânea.

– EU NÃO ACREDITO, QUE AQUELA IDIOTA LIGOU PRA MINHA AVÓ PRA ME DEDURAR!! SABIA QUE ELA NÃO FICOU SATISFEITA DE SOMENTE ME TIRAR DE CASA! E PRA MELHORAR CONSEGUI IRRITAR A VELHA E RODEI LINDAMENTE, PARABÉNS ANNA JÚLIA VOCÊ FOI TROUXA OUTRA VEZ!!!

Já se passaram 5 dias desde a festa e a minha rotina basicamente foi ficar no quarto mofando e somente sair dele para realizar minhas refeições. Tô me sentindo uma tigresa enjaulada.

Meu telefone tocou e era o Luke... Merda... Esqueci que hoje é quinta... Desde que eu me entendo por gente toda quinta eu jogo tênis com ele, isso já virou uma espécie de tradição.

* ligação (ON):

– Fala AJ, nosso jogo tá de pé hoje né?

– Hey Luke... Sabe... Não sei... A velha tá irada e eu tô de castigo até segunda ordem.

– Sério tá de castigo e ainda não burlou ele? Tá ficando fraca hein. - ele disse me provocando.

– Pra você ver hein, não tô afim de deixar a velha mais bolada comigo do que já tá, papo que tô a 5 dias enfurnada dentro do meu quarto. - disse suspirando.

– QUE? COMO ASSIM? - ele gritava assustado.

– Não se assuste ainda não, sabe tem mais... A Larissa... Aquela ridícula ligou pra minha avó e me dedurou. - disse raivosa.

– Cacete... Ela perdeu a linha dessa vez! AJ marca um dez que eu tô indo aí.

– Não...

* ligação (OFF):

Droga... Ele desligou. Agora tenho que convencer a carcereira a me liberar antes que o Lucas chegue e resolva falar com ela. Me arrumei rápido e fui em direção ao escritório, bati duas vezes na porta e esperei a resposta.

– Entre...

– Vovó posso...

– Não. - disse direta. - Seja lá o que você quer a minha resposta é não!

– Mas vovó... A senhora nem me deixou falar - supliquei.

– Certo... Fale logo e sem rodeios.

– Bem... Sei que não tenho o direito de pedir nada... - engoli o meu orgulho e prossegui. - ... Principalmente depois de sair escondida, eu tô toda errada, mas prometo que isso não irá se repetir...

– Não prometa o quê você não pode cumprir.

– Enfim... Quero te pedir permissão pra ir ao Rotary Club jogar tênis com o Lucas, sei que esse pedido pode parecer leviano, porém te garanto que não te incomodaria com um pedido tão fútil, sabe... nós temos o costume de jogar todas as quintas, faça chuva ou sol, virou uma espécie de tradição.

– Tradição? Você realmente acha que eu ligo pra isso?

– Sei que a senhora não se importa, mas volto a repetir que não lhe pediria permissão se isso fosse uma mera futilidade, tô implorando porque isso é realmente importante para mim, até porque ele e o meu tio são as únicas pessoas da minha família que não me tratam como caso perdido e veem uma luz em mim, mas já que não consegui a permissão voltarei para o meu quarto. - soltei tudo de uma vez e depois suspirei - Desculpe o incomodo.

– Tudo bem... - disse massageando as têmporas - Vá... Mas assim que terminar volte direto sem escalas, estamos entendidas?

– Sim senhora, muito obrigada. - disse com um sorriso sincero.

Saí correndo do escritório e fui esperar o Luke fora de casa, mas quando abri a porta ele já estava lá.

– Ia tocar a campainha agora.

– Vamos logo, consegui convence-lá.

– Você não tá esquecendo de nada não?

– Não... - disse revirando os olhos. - Se você tá falando do meu equipamento, na boa esquece... - suspirei - Ele não tá aqui e nem rola de passar na casa do meu pai pra buscar ele, até porque...

– Beleza... Usamos o meu então... Também acho melhor você não ir na casa do seu pai tão cedo, sabemos que se você for vai dar problema...

# Narrativa Anna Júlia (OFF):

# Narrativa Angela (ON):

Já se passaram 5 dias desde a minha última conversa com a minha neta. Estava ficando preocupada, porque de acordo com o Carlos ela com certeza tentaria fugir de casa para burlar o castigo, mas até agora não houve nenhuma tentativa, ela somente sai do quarto para comer. Revisava alguns documentos importantes da empresa, quando bateram na porta do escritório.

– Entre...

– Vovó posso...

– Não. - disse direta - Seja lá o que você quer a minha resposta é não!

– Mas vovó... A senhora nem me deixou falar. - ela suplicou.

– Certo... Fale logo e sem rodeios.

– Bem... Sei que não tenho o direito de pedir nada... Principalmente depois de sair escondida, eu tô toda errada, mas prometo que isso não irá se repetir...

– Não prometa o quê você não pode cumprir. - disse ríspida.

– Enfim... Quero te pedir permissão pra ir ao Rotary Club jogar tênis com o Lucas, sei que esse pedido pode parecer leviano, porém te garanto que não te incomodaria com um pedido tão fútil, sabe... nós temos o costume de jogar todas as quintas, faça chuva ou sol, virou uma espécie de tradição.

– Tradição? Você realmente acha que eu ligo pra isso? - continuei sendo ríspida tentando ver até aonde ela chegava.

– Sei que a senhora não se importa, mas volto a repetir que não lhe pediria permissão se isso fosse uma mera futilidade, tô implorando porque isso é realmente importante para mim, até porque ele e o meu tio são as únicas pessoas da minha família que não me tratam como caso perdido e veem uma luz em mim, mas já que não consegui a permissão voltarei para o meu quarto. - ela dizia parecendo engolir o orgulho. - Desculpe o incomodo.

– Tudo bem... - disse massageando as têmporas - Vá... Mas assim que terminar volte direto sem escalas, estamos entendidas?

– Sim senhora, muito obrigada. - consegui ver um sorriso sincero em seu rosto antes dela se retirar.

Mesmo tentando fazer jogo duro no fim acabei cedendo e a deixei sair para jogar tênis com o Lucas. Acho que já demos um grande passo, ela me pediu permissão pra sair ao invés de burlar o castigo... Agora tudo é uma questão de tempo...

# Narrativa Angela (OFF):

# Narrativa Larissa (ON):

A festa da Lara foi incrível, mesmo que a idiota da Anna Júlia tenha ido, aquela garota é uma pedra no meu sapato, não sei como ela sempre consegue tudo o que eu quero. Uma pena que o meu bebezinho não quis dar mais um passo com o nosso plano ontem, pra ele é tudo uma questão de tempo, já não aguento mais esse papo... Tempo... Tempo... Tempo, eu quero as coisas AGORA, será que é pedir muito? Se ele não quer dar mais um passo então eu dou, na verdade eu já dei, espero que ela tenha se arrependido amargamente de ter aparecido ontem e com isso não volte tão cedo pra cá. Juntei o útil ao agradável, mandei aquela peste pra longe e ainda fiz amizade com a velha, quando a vi na festa fiz o meu teatro, liguei pra velha e contei tudo.

* flashback (ON):

– Oi dona Angela, tudo bem? Aqui é a Larissa você se lembra de mim né? - falei fingindo falsa cordialidade.

– Olá Larissa minha querida, eu estou ótima. Me diga, qual o motivo de sua ligação?

– Então... Sabe tô te ligando pra te agradecer.

– Agradecer o que minha filha?

– Ué... Você ter deixado a Anna Júlia vir na festa da Lara, sabe isso foi o máximo.

– Ah... Sim... A festa da Lara, querida tenho que desligar um beijo.

– Tchau... - disse com um sorriso perverso.

* flashback (OFF):

Neste momento eu estou no spa deixando mais bonito o que é belo, contei todos os detalhes pra minha mãe e já digo que ela ficou super orgulhosa.

– Sabe mamãe, agora aquela imbecil não deve aparecer tão cedo.

– Por que sweetie?

– Liguei para a velha estúpida e delatei a santinha do pau oco.

– Que maravilha darling, você realmente tá aprendendo como se faz.
Ficamos rindo da desgraça alheia enquanto aproveitávamos o nosso dia maravilhoso.

# Narração Larrisa (OFF):

# Narração Anna Júlia (ON):

Ganhar o Luke de 2 sets a zero foi tranquilo, mais tranquilo que o normal. Senti que ele estava meio aéreo e o provoquei.

– Sabe Luke acho que você tá ficando molenga. - provoquei-o. - Antes não era tão fácil assim te vencer.

– Tá engraçadinha hein, só não te proponho uma revanche, porque eu tô morto.

– Estando morto ou não te ganho com o pé nas costas, isso tá muito fácil, sabe... Assim não tem graça. - continuei provocando.

– HA HA HA AJ tá dormindo com o bozo cara? - ele já estava ficando puto.

– Sabe que não, pelo menos não por enquanto, quer saber vamos... Tenho que ir pra casa direto, sem escalas ok?

– Sim senhora, capitã!

Ele me levou pra casa sem desviar o caminho, estava tentando evitar sair da linha por enquanto, priorizando a boa convivência em casa, mas não sei por quanto tempo vou conseguir manter isso...

# Narração Anna Júlia (OFF):


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo :)



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