Castelo de Vidro escrita por Purple Sparkle


Capítulo 20
Shopaholic


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, voltei!!! Mais um capítulo recém saído do forno haha. Boa leitura!!



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# Narração Luiza (ON):

Eu não acredito que ele me deixou sozinha pra ir atrás dela. É impressionante como tudo gira ao redor dessa garota, não consigo entender o que ela tem de tão especial, o pior de tudo é que ela não faz nada e eles ficam a cercando, certas horas parece que ela não faz nem questão de ter a companhia de algumas pessoas, imagina se ele fizesse.

Se fosse qualquer outra pessoa que me deixasse plantada pra sair correndo atrás daquele projeto de boneca de porcelana cortaria relações na hora, mas o Daniel é especial.

Creio que certas horas o que eu sinto por ele é bem explícito, mas como ele é idiota ele não percebe, acabo chegando a conclusão que a maioria dos garotos são tapados quando se trata de perceber que uma garota gosta dele.

I've been let down

But never been tainted

So I stay thirsty for more

No I won't hold back

No drop is wasted

I'll let love run its course

Desisto de ficar sozinha aqui no balanço e decido ir na casa do Felipe, vou perguntá-lo se ele aceita dar uma volta na praia comigo.

Caminho até a sua casa que fica a mais ou menos cinco minutos da praça e quando chego logo toco a campainha. Fui atendida por sua mãe que me avisou que ele estava em seu quarto, subi a escada e virei a segunda porta à esquerda, a porta estava aberta e ele e um amigo estavam jogando Call of Duty Ghosts, não consigo gostar desses jogos de tiro em primeira pessoa.

– Oi Felipe, sua mãe me deixou subir, queria te chamar pra dar uma volta, mas acho que você está ocupado.

– Oi Luiza, lembra do Nathaniel? Pode falar, o que foi?

– Lembro sim, ele é o vocalista da sua banda né? Enfim queria te chamar pra dar uma volta na praia, já que fui abandonada.

– O que acha, Nathaniel? Por mim eu vou tranquilamente.

– Eu topo. - Nathaniel respondeu.

– Maravilha! - disse entusiasmada.

– Quem te abandonou, Luiza? - Felipe perguntou.

– O Daniel. Foi só ver a projeto de boneca de porcelana passar avoada com cara de quem chupou limão que saiu correndo pra saber o que tinha acontecido e foi pra casa dele com ela.

– O que será que aconteceu com ela? - Nathaniel sussurrou para si mesmo.

– Eu não sei, você quer ir lá ver o que ela tem?

– Não acredito que vocês também vão me deixar ora sair correndo atrás dela!

– Luiza, pode ter acontecido algo grave.

– Tudo gira em torno dela Felipe, você ainda não reparou que é só ela dar um "ai" que sai todo mundo correndo e cerca ela pra saber o quê aconteceu? Tem momentos que ela olha pra vocês como se não aguentasse mais. O quê ela tem de tão especial pra todo mundo pagar um pau enorme? - meus olhos estavam marejados e precisei de muita força para segurar as minhas lágrimas.

– Luiza, as coisas não acontecem assim.

– Acontecem sim, você que ainda não percebeu. Me diz a quanto tempo você a conhece, ou melhor, convive com ela Felipe?

– Mais ou menos uma semana.

– Pronto, em uma semana de convivência você já está de quatro por ela.

– Não estou não.

– Felipe, vamos logo, depois eu descubro se ela está bem.

– Escuta o seu amigo, ele vai descobrir o que aconteceu depois e te fala.

– Tá bom.

Saímos da casa dele e fomos caminhando pelo condomínio, Felipe ia mais a frente pensativo enquanto eu e Nathaniel íamos andando quase no mesmo ritmo. A praia mais próxima ficava a mais ou menos quatro quadras do condomínio, demoraríamos mais ou menos vinte minutos para chegar caminhando.

– Você pegou pesado com ele.

– Ele precisava abrir os olhos, não é possível que todo mundo caia de quatro por ela.

– Ele se afeiçoou a ela e por incrível que pareça ela também de afeiçoou a ele.

– Como assim.

– A Anna tem um gênio difícil, só quem convive diretamente sabe disso, ela geralmente não deixa qualquer um se aproximar e participar diretamente da vida dela. É verdade que muitos a cercam, mas a maioria ali não faz parte do ciclo social dela.

– O lugar dela não é lá no condomínio, ela é uma intrusa e já está mais do que óbvio que ela odeia aquele lugar.

– Acho que ela não odeia lá não, mas se sente uma intrusa. Ela sente falta da casa do pai porque é perto de tudo que ela tem o costume de frequentar. Repare que ela não fica muito em casa.

– Eu sei que você não é tão próximo dela, como você sabe disso tudo?

– Esqueceu que a minha irmã é a melhor amiga dela.

– A ruiva nojenta que botou moral no dia do refrão é sua irmã?

– É sim! Todos ficam surpresos quando descobrem.

– Nossa que loucura, vocês nem são parecidos… Sabe… Você é legal enquanto a sua irmã é o capeta de saia.

– Certas horas eu concordo com isso, mas tem pessoas que são piores do que ela.

– Verdade a sua irmã é a outra que é meio afobada são a versão mini de capeta de saia enquanto a projeto de boneca de porcelana é a capeta de saia master.

– Não fala assim dela, ela é legal, basta conhecê-la. Digamos que a Larissa que é a capeta de saia master, aquela ali haja saco pra aturar.

– A nojenta do banheiro com voz anasalada, já sei quem é. Essa ai me irrita o triplo. Mas me fala, você gosta da projeto de boneca de porcelana né? - indaguei tendo quase certeza que estava certa.

– Não fala besteira, ela é só minha amiga. - ele ficou um pouco corado.

– Gosta sim, por isso você acha que ela não é tão insuportável assim.

– Tá bom, gosto dela sim, mas não tenho chance.

– Que droga a gente gosta de pessoas que não estão nem aí para os nossos sentimentos. Isso é tão cruel.

Paramos a conversa porque tínhamos chegado na praia, decidimos sentar um pouco na areia e olhar as ondas quebrarem. Naquele momento renovava os meus pensamentos e os deixava em paz.

Why must we all make sense

Of what just won't make sense

For once, I'm just gonna live

# Narração Luiza (OFF):

# Narração Miguel (ON):

Estou no meu quarto jogando vídeo game quando a louca da minha mãe invade o meu espaço e decide ter uma DR comigo.

– Já sei porque você anda tão cabisbaixo meu filho!

– Sério? Qual é o motivo então? - perguntei entediado.

– Você e a Julinha terminaram.

– Como a senhora sabe disso? - perguntei surpreso.

– A encontrei hoje quando estava passeando com o frufru e comecei a conversar com ela, depois de insistir bastante pra ela vi jantar conosco aqui em casa e ela negar falando que não podia ela meio que me contou depois de eu achar que vocês tinham brigado e tal.

– Que saco…

– Ela não me falou o motivo do término, ela nem ia me contar do término, então sobra pra você me falar o que aconteceu.

– A gente decidiu terminar porque não estava mais dando certo.

– Mentira. Quer saber se você não quer me falar a verdade, um dia a Julinha me conta, porque combinei de almoçar com ela qualquer dia desses. Eu não sei o que você fez mas ela parecia chateada contigo.

– Nem eu sei o porque de eu ter feito aquilo.

– Não adianta ficar se arrependendo preso aqui no quarto, principalmente quando ela já tem um novo amigo, que eu acho que vão ter algo. Se você a quer de volta demonstre que se arrependeu de coração.

– Amigo? Como ele é?

– Loiro, alto, bonito, possui lindos olhos azuis.

– Já sei quem é… O babaca de domingo. Espero que eu esteja errado, o mandei ficar longe dela senão ele iria se arrepender.

Precisava dar um jeito de ir nesse almoço da minha mãe com a Anna, tinha que reconquistá-la, senão apelaria começando a namorar a Larissa que continua pegando no meu pé.

I can't seem to live without your love

Suffocating here by myself dying for your touch

Spring time eyes that get you every time

And I just can't seem to give you up

You're mine

You make me feel

Like love would never end

How can I forget

Baby we were the best

Suffered dreams of you all through the night

And baby I can't seem to give you up

You're mine

I can't seem to give you up

You're mine

I can't seem to give you up

You're mine



# Narração Miguel (OFF):

# Narração Melissa (ON):

O natal estava chegando e eu precisava comprar, ainda não tinha comprado nenhum presente e isso não era nada bom.

Minhas mãos estavam coçando para estourar no mínimo dois cartões de crédito do papai.

Ainda está cedo, são mais ou menos 19:00, tenho pouco tempo pra comprar tudo, mas caso não resolva tudo hoje termino amanhã. Provavelmente o shopping estará um pouco cheio e isso é totalmente irritante.

O caminho para o shopping foi rápido e logo quando cheguei fui direto comprar bolsas com sapatos combinando para presentear a minha mãe e minhas amigas.

Shopaholics why they call 'em

my addiction, my prescription

Gimme shoes and give me bags

How much you want I need 'em bad

All them girls be checking my bags

Buy it they be wanting my swag

I guess you know I'm Bad (Bad)

What a bad little girl I am

I got a problem (bad bad)

What a bad little girl I am

I need you to promise (bad bad)

What a bad little girl I am

I need you to promise

(bad bad bad bad bad bad) Bad

Shopping terapia é a melhor coisa que existe nesse mundo, quem disse que dinheiro não compra felicidade não sabia aonde comprar e nem o que comprar, até porque convenhamos existe tanta coisa linda e maravilhosa pra comprar que as vezes eu fico naquele dilema se levo todas as cores ou não.

What a bad little girl I am

I got a problem (bad bad)

What a bad little girl I am

I need you to promise (bad bad)

What a bad little girl I am

I need you to promise

(bad bad bad bad bad bad)

You no bargain me no sale

I want the best I dress me well

loves… , tempting Versace

Chick ain't cheap and everybody knows

All them girls be checking my bags

buy it they be wanting my swag

I guess you know I'm bad (bad)

Promoção é algo que desconheço, nunca comprei nada nessas pontas de estoque, não gosto que muitas pessoas possuam o que eu uso. Eu realmente prezo aquele termo exclusividade.

Adoro quando elogiam as minhas roupas e o meu estilo e tentam me copiar inutilmente, certas horas é hilário.

Realmente tenho probleminhas com compras, é difícil admitir, mas eu tenho Compulsão por compras. Fazer compras me alegra e dá prazer, muitas vezes quando estou chateada me sinto totalmente renovada quando vou ao shopping gastar.

Creio que esse é o único distúrbio que não me faz mal, na verdade ele só me faz bem. Sei muito bem que a compulsão por compras vem junto a ansiedade, e o impulso incontrolável de gastar. As vezes sinto culpa, mas nada como comprar novamente para dissipar essa culpa.

Não tenho culpa se as vezes to no shopping passeando e as bolsas falam "Melissa me leve, me compre", afinal quando se tem dinheiro por que não gastar?

Estava a mais ou menos uma hora e meia escolhendo bolsas, toda vez fico indecisa para decidir qual levar e levo todas, as vendedoras já até sabem como sou.

Escolhi uma bolsa verde água para Anna Júlia junto com um scarpin maravilhoso, ainda vou levar uma tiara combinando pra ela, tenho certeza que ela vai amar. Já pra minha querida mãe escolhi uma clutch azul marinho junto com um scarpin vermelho de veludo.

Ainda tinha que escolher os presentes de Amanda, dona Angela, meu pai, Nathaniel, Lucas e etc.

Não sei porque eu tenho que comprar presente pro Nathaniel, mas nessas horas eu tenho que bancar a boa irmã, principalmente por causa do espírito natalino.

To contando os dias para o ano acabar e passar a premiação das personalidades do ano, depois disso iria para a casa do meu avô e aprenderia a mexer em toda a papelada da empresa. Assim que eu anunciar que passarei boa parte das férias na casa dele será uma surpresa, mas quando eu voltar game over para meu querido irmão.

Pra variar não terminei de comprar todos os presentes, mas não tem problema eu voltaria amanhã para terminar tudo.

Resolvi jantar sozinha num restaurante japonês daqui do shopping mesmo, não queria fazer a cena de família perfeita típica de comercial de margarina.

Depois de jantar resolvi ir pra casa, o caminho de volta foi mais rápido do que na ida, quando adentro o hall do meu prédio vejo Bernardo sentado em uma das poltronas. O que será que ele faz aqui?

# Narração Melissa (OFF):

# Narração Bernardo (ON):

– Que bom que você chegou! Estava te esperando! - disse aliviado.

– O que aconteceu? - ela estava curiosa.

– Aonde posso encontrar a Anna?

– Na casa dela. - ela respondeu como se fosse óbvio.

– Eu não sei onde é a casa dela e não sei se ela vai querer falar comigo. - expliquei.

– O que você fez? - uma aura negra começou a emanar dela.

– Eu meio que tentei fazê-la desabafar sobre uma coisa que aconteceu, mas ela ficou muito chateada e foi embora, agora quero consertar a besteira. - fiquei com medo de que ela me batesse e falei tudo.

– Posso te dar um conselho?

– Claro!

– Deixa ela um pouco sozinha, depois de amanhã te levo na casa dela e vocês conversam. Amanhã almoçamos juntos no shopping e você aproveita e me dá um help nas compras de Natal e ai você me conta essa história toda. Quando eu chegar em casa amanhã eu ligo pra ela e dou um jeito pra ela não te matar quando te encontrar.

– Ótimo, tá tudo combinado então! Que horas tenho que estar aqui amanhã?

– As 11:00 pode ser? Se você quiser podemos ir mais tarde.

– Por mim tá tranquilo. Você quer que eu venha te buscar de carro?

– Só se você quiser. Anota o meu número, ai quando você sair de casa me manda uma mensagem que vou descendo.

– Melissa obrigado.

– Quem tem que agradecer na realidade sou eu, além da ajuda que você vai me dar amanhã tem aquele outro detalhe daquele dia, você foi incrível. - ela sorriu sincera.

– É sempre bom ajudar. - a respondi sincero.

– É sempre bom contar com pessoas incríveis. Você já tem a minha simpatia. - ela me abraçou.

Ela se despediu de mim com um beijo e um super abraço e subiu com as suas compras. Fiquei espantado com a quantidade de bolsas que ela tinha. Acho que fazer compras pra ela deve ser tipo um esporte.

Amanhã iria ser um dia interessante, nunca fui cobaia de ninguém no shopping. Estava ansioso para saber como ela conseguiria fazer com que a Anna Júlia não me batesse e me escutasse, mas também tinha medo de apanhar para ela. Realmente amanhã será um dia com fortes emoções e eu estou super ansioso para sentir todas elas.

# Narração Bernardo (OFF):


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem do capítulo, até o próximo beijinhos!!



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