Contos de Horror escrita por Leon Stark I


Capítulo 1
O Telefone


Notas iniciais do capítulo

A ideia do O telefonema surgiu durante uma aula de matematica, na qual eu estava totalmente perdido. Ideias surgem nas horas mais improvaveis.



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Miranda estava vidrada em um romance policial que tinha comprado em um sebo no caminho do trabalho. Estava deitada na cama, envolvida em um roupão que deixava seus seios fardos a amostra. Estava tomando café, o grande causador de sua insônia e do seu estresse. Ela largou o livro de lado quando ouviu o telefone tocando na sala exclamou:

- Que porra! Não tenho paz nem pra ler a merda de um livro.

Resmungando, levantou-se e foi até a sala atender ao telefone. Ao atender, ouviu uma voz estranhamente familiar:

- Oh, minha querida, finalmente achei o seu número! Estou com tanta saudade...

Irritada, resmungou:

- Quem é que está falando?

- Sou eu, minha linda. Seu pai!

Quando ouviu isso, Miranda ficou muito mais irritada:

-Você está tentando me aplicar um golpe? Seu filho da puta! Meu pai morreu faz seis anos, seu babaca. Tente enganar outra.

Ela bateu o telefone com força. Irritada demais para voltar a ler o seu romance, pegou o celular para checar os e-mails. Enquanto fazia isso, recebeu uma mensagem de seu marido Dylan, que estava viajando:

Dylan: ' Oi meu amor! Como você está? '

Miranda: ' Oi querido. Eu estava bem, até que um idiota ligou aqui tentando aplicar um golpe se passando pelo meu pai '

Dylan: ' Nossa, que merda '

Miranda: ' Sim, mas já passou. E você, como está? '

Dylan: ' Eu estou bem, amor. A Irlanda é um lugar maravilhoso! '

Miranda: ' Que bom que está gostando. Quando você volta? '

Dylan: ' Daqui uma semana, eu acho '

Enquanto Miranda digitava outra mensagem, alguém ligou para ela pelo celular. O número era desconhecido, mas ela atendeu do mesmo jeito:

- Alô? - Ela disse, calmamente.

-Minha filha, eu não te dei educação para desligar o telefone na cara dos outros desse jeito!

Miranda perdeu toda a sua calma e gritou no telefone:

-Escute aqui, eu não vou cair nessa, ta legal? Meu pai está MORTO, e a sua brincadeira é coisa de gente vagabunda e desocupada. A próxima vez que você me ligar, eu vou telefonar para a policia!

Ela desligou, jogando o telefone na parede de tanta raiva. Mesmo sendo apenas um trote imbecil, aquilo mecheu com ela. Miranda sentou no sofá da sala e deixou as lagrimas escorrem. Chorou profundamente, mas logo se recuperou e levantou-se. Foi até o telefone e começou a discar o número da policia, mas foi interrompida pelas batidas na porta:

- Puta merda! Será que não posso ter um pouco de paz?

Nervosa, abriu a porta e ficou chocada com o que viu. Lá estava o corpo do seu pai, totalmente vivo, mas muito pálido. Ele tinha o cheiro de naftalina que Miranda se lembrava. Ele abriu a boca e disse:

- Oh, minha querida! Finalmente estamos juntos novamente. Estava com muita saudade sua...

O corpo de Miranda foi encontrado em seu apartamento pelo seu marido cinco dias após os acontecimentos. Por mais estranho que pareça, o seu corpo ainda não tinha entrado em decomposição. Durante a investigação da cena do crime, foi concluído que ela morreu após receber vários golpes com o telefone. O caso nunca foi solucionado e as câmeras do prédio não registraram nada.


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Notas finais do capítulo



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