Loucura Targaryen escrita por AndromedaSama
Notas iniciais do capítulo
Oi!Espero que gostem de ler o tanto que eu gostei de escrever!
Rhaegar frequentemente se desculpava. Lyanna sabia exatamente porque o motivo disso. Mas não se arrependeria por mais que ele se sentisse horrível. Ela não desvalorizaria suas lágrimas e o sangue que ele derramava.
Ele se desculpava. Mas Lyanna nunca o faria. Ela não se sentia culpada.
Sentia as lágrimas do Príncipe Dragão caírem no seu corpo enquanto faziam sexo, translúcidas e puras. Cheias de culpa e amor.
Lindo.
Era uma visão tão humana e ao mesmo tempo tão divina que Lyanna ficava confusa, então com toda a delicadeza que o momento permitia, ele segurava o rosto dele entre suas mãos sempre geladas e beijava seus olhos, sussurrando palavras doces, entre suspiros e murmúrios desconexos.
Eram essas as situações que a faziam se lembrar do porquê de ela ter aceitado fugir com Rhaegar.
Ele era tão humano e não tinha vergonha de mostrar isso para ela. Juntos eles não eram um Targaryen e uma Stark, nem um príncipe e uma lady. Eram apenas Lyanna e Rhaegar, e a única coisa que carregavam consigo era os corações ligados por uma paixão perigosa e a esperança de que tudo acabaria bem.
E às vezes Lyanna imaginava se não deveria se sentir usada pelo Targaryen. Mas ela preferia não ver dessa forma, ela achava melhor pensar que Rhaegar a enxergava como um porto seguro, alguém que podia confiar. A única pessoa que enxergava seu coração. Pode parecer doentio, mas ela gostava dessa sensação.
Ela o amava e ele retribuía, e isso era o suficiente para ela.
***
— Eu derramaria a vida de milhares pelo direito de ficar com você, Lyanna. – A beijou. - Eu não me importaria com a vida dos meus filhos e minha esposa. – Outro beijo. - Com a vida da minha família. – Ele olhou no fundo de seus olhos com a certeza inabalável nas palavras desesperadas e cobertas de ingenuidade. - Se no fim eu pudesse ficar com você.
— Palavras tem poder. – A jovem loba disse segurando o rosto dele entre suas pequenas mãos. - Não diga coisas que você não quer que realmente aconteçam. – E acariciando o contorno de seus exóticos olhos púrpura, Lyanna continuou. - O amor é doce, Rhaegar. Mas o carma é azedo. – Com a dúvida pairando em seu rosto ele se aproximou novamente do rosto dela, beijando com avidez seus lábios.
— Meu doce pecado... – Ele falava entre os beijos.
— Minha neve em Porto Real... – Ela dava continuidade, beijando-o e acariciando, como se tentasse se fundir ao homem diante de seus olhos...
— Meu verão no Norte... – Rhaegar sussurrava, coma voz carregada de emoção. - Loba em Dorne...- As peças de roupas sumiam pouco a pouco.
— Meu gentil dragão... Rhaegar... – O som estridente da espada dele caindo no chão de pedra a assustou, mas o susto logo foi esquecido junto ao resto do mundo, os guardas na porta, as mortes nas batalhas, e o desespero dos familiares.
— Lyanna... – Ele dizia e a tomava, com volúpia, desespero e amor. Culpa, paixão, prazer, morte, fogo e sangue, todos misturados.
Levavam a loucura as duas almas ali presentes. Os livravam do peso que estava em suas costas.
Doce Rhaegar... Gentil Rhaegar... Louco Rhaegar...
Diziam que a loucura Targaryen não havia atingido o Jovem Dragão. Mas a Loba não acreditava nessas palavras. A loucura de Rhaegar era tão forte que a contagiava. Ela adoeceu de amor junto a ele e sucumbira as sombras sem nunca soltar sua mão.
Mas ela amava isso.
Palavras sussurradas no calor da paixão, separadas por respirações e suor grudento. Peles esfoliadas pelas areias de Dorne. Corpos ligados pela carne e corações ligados pela alma.
Amor compartilhado na tragédia.
Amor que atacou o dever.
Dever que matou o amor.
Uma faísca surgiu em meio ao sangue e rosas de inverno.
“Prometa-me, Ned.”
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