Incontrolável Obsessão escrita por Diinda


Capítulo 17
The Happy End ?!?


Notas iniciais do capítulo

... E com muiito pesar anuncio que ...
Acabou
Chegou ao fim!



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Dizem que a maternidade modifica uma mulher em vários sentidos. É um milagre que se torna realidade a quem espera 9 meses por um pequeno ser. Agora acariciando a enorme barriga de Nakuru, Sakura sentia maior ainda o desejo de gerar um bebê.

— Mexeu, eu senti, juro titia que ele mexeu ai dentro. – dizia Yume em grande expectativa. – Quando mamãe, quando vamos ter o nosso bebê?

— Eu não sei te responder querida. – respondeu Sakura.

— Mas eu quero uma irmãzinha logo, você não pode comer a sementinha que a tia Nakuru comeu?

Nakuru riu alto enquanto Fujitaka entrava na sala com uma deliciosa torta de chocolate.

— Aqui está para as minhas princesas. – disse Fujitaka. – E Yume essa é uma boa idéia, por que você não pede pro seu pai comprar pra ela?

— Isso vovô, vou pedir assim que ele chegar. Posso brincar lá fora mãe?

— Pode, vai que temos que ir daqui a pouco.

— Idéias de criança, depois eu te dou uma sementinha Sak- riu Nakuru servindo-se de uma generosa fatia da torta.

— Nem me fale, cada dia ela inventa uma coisa nova. Foi ótimo vocês virem passar mais essas férias conosco, sinto tanta falta quando vocês estão longe.

— Pelo menos agora você não é mais só filha. Tem duas bênçãos lindas com você.

— Isso mesmo pai, e é melhor eu ir adiantando antes que a outra benção chegue em casa e me encontre batendo perna por ai e sem jantar pronto.

—xXx_

Um cheirinho delicioso se espalhou por toda a casa, quem diria que um dia aquela Sakura desastrada se tornaria uma bela dona de casa, além de mãe, médica e esposa dedicada.

Pela janela da cozinha a mesma chuva rigorosa de inverno se formava lá fora, como fora dois anos antes, as gotas vinham lhe trazer a lembrança daqueles dias...

Flashback

A batida foi inevitável, assim como o capotamento a seguir. O carro desceu rolando morro abaixo e parou. Inerte, virado para baixo.

Sakura percebeu o quanto era difícil manter os olhos abertos, ouvia sirenes longe, muito longe. Sua visão estava turva e sentia muitas dores, ainda pode ver o corpo de Jason atirado para fora do carro.

Um fio de sangue lhe escorreu pela testa, os olhos ficaram pesados demais.

As horas a seguir foram a maior confusão e delas nada lembrava. Quando os policiais chegaram ao lugar do acidente constataram a morte de Jason, estava sem cinto de segurança e com o impacto foi lançado para fora do carro. Enquanto Sakura estava presa nas ferragens.

— Pai, pai corre aqui eu não acredito. – dizia Touya com os olhos lagrimejantes em desespero.

— ' Fim trágico para um seqüestro hoje.

Sakura Kinomoto, médica, foi seqüestrada por seu ex-namorado Jason Flint, e levada para um pequeno vilarejo do estado chamado Belmonte. Foram horas de muita tensão desde a chegada da policia ao local até a negociação e fuga do seqüestrador levando em seu poder a jovem. Em uma das saídas do vilarejo ao tentar fazer um retorno o carro perdeu a direção e capotou. Policiais afirmam que o veiculo estava em alta velocidade. Jason Flint morreu na hora, e Sakura Kinomoto está neste momento sendo retirada das ferragens com vida, mas corre risco de morte.

Recebemos informações que o jovem empresário Shaoran Li, grande amigo da vitima, foi baleado e neste momento passa por uma cirurgia para retirada da bala, mas passa bem.

Outras informações a qualquer momento. ' – disse a repórter.

— Vamos pai, levanta desse sofá a Sakura precisa da gente agora. – dizia Touya apanhando a chave do carro.

— Nakuru, por favor, fique aqui com a Yume e ligue pra Tomoyo, mantenha ela informada. – disse Fujitaka na saída.

Era um trabalho minucioso a ser feito, Sakura estava totalmente inconsciente. Cinco homens do corpo de bombeiros levaram mais de uma hora para retira-la, a escuridão dificultava o trabalho. Sakura foi levada ao hospital em que trabalhava o maior da cidade, com traumatismo craniano, fraturas no braço e na perna esquerda, alem de muitas escoriações. Seu estado era muito grave, entrou em coma.

— Meiling, onde estou? – disse Shaoran já no quarto do hospital. – Onde, onde está a Sakura?

— Fique tranqüilo Li. Está tudo bem, pelo menos com você, a retirada da bala foi um sucesso e logo você poderá receber alta.

— Onde está a Sakura, Meiling?

— Olha Shaoran. – ela desviou o olhar. – Eu vou te contar, mas você vai ficar calmo certo. A Sakura sofreu um grave acidente e está aqui mesmo no hospital, ela está em coma.

— O que?

— Meiling, eu disse pra você não contar a ele. – disse Yelan em tom de reprovação entrando no quarto.

— Mas tia, achei que ele tinha o direito de saber.

— Alguém pode me dizer o que aconteceu, como está a Sakura? – disse Shaoran em tom de desespero.

— Calma filho, eu estava conversando com a pai da Sakura. Ela está em coma, o estado é muito grave. Vou lhe contar tudo o que aconteceu.

O relato de Yelan não diminuiu o desespero de Shaoran.

— Não é possível, eu não lutei até aqui pra perde-la assim. Chama o medico. Eu quero saber quando vou ter alta e isso tem que ser logo. Tenho que ajudar...

— Não há nada que você possa fazer, Shaoran. Os médicos estão fazendo o possível para salva-la.

Os dias foram passando lentamente, Sakura não apresentava mudanças nem melhoras, seu quadro se estabilizara. Então veio a união de todos, da equipe medica, dos amigos, parentes.

— Pode ir Senhor Fujitaka, durma um pouco essa noite eu fico aqui com o Touya. – disse Shaoran em uma noite.

— Pode ficar tranqüilo Shaoran, eu vou dar plantão hoje, fico atento. – disse Yukito em outra.

— Eu queria apenas poder vê-la Yukito, ficar com ela alguns minutos.

— Infelizmente isto ainda não é possível, mas amanha serão feitos novos exames, temos muitas esperanças, já estamos tratando as fraturas.

Os resultados dos exames foram positivos e aos poucos Sakura foi melhorando, 23 dias depois do acidente já respirava sem ajuda de aparelhos.

— Hoje, alguém poderá entrar para ver a Sakura. – disse o médico que estava cuidando do caso.

— Vai pai, acho que a Sakura iria gostar de ver você. – disse Touya, percebia-se que estava abalado.

No dia seguinte novamente tiveram a oportunidade de vê-la.

— Vai você Shaoran. – disse Touya.

— Mas Touya, é sua irmã e todos sabem que você está muito preocupado.

— Mas ela ama você e você a ama muito. Está aqui todos os dias preocupado com ela e nos ajudando muito. Não me importo, dessa vez. – disse ele dando uma piscadinha.

Shaoran entrou no quarto e pode sentir a tristeza do local, mesmo com todas as flores trazidas todos os dias por ele e pela mãe, aquele local não lembrava sua amada. Ele segurou com delicadeza a sua mão e nada mais disse, não sabia o que dizer. As lagrimas começaram a rolar sem que ele tivesse chance de segurar, sussurrou:

— Volta pra mim Sakura, eu não queria que tudo terminasse assim. Preferia que fosse eu, nós precisamos tanto de você, eu, sua família, a Yume.

Continuou segurando sua mão e sentiu um aperto no peito, quando olhou para Sakura, lagrimas desciam pelo seu rosto. Aquele deveria ser um bom sinal.

Alguém tempo depois Sakura estava melhorando aos poucos, já havia saído do coma e falava.

Todos estavam tendo oportunidade de vê-la.

— Tomy, onde está o Shaoran? Por que ele não veio me ver? – perguntou Sakura a Tomoyo um dia.

— Ele ficou aqui no hospital vários dias, e foi a segunda pessoa a te ver. Mas teve que viajar pra resolver problemas da empresa, volta em 3 dias.

E aqueles dias pareceram os mais longos pra Sakura, que estava fazendo fisioterapia com Yukito todos os dias. No dia da volta de Shaoran recebeu uma visita inesperada.

— Boa tarde minha querida. – disse Yelan entrando no quarto com um ramalhete de flores do campo.

— Boa tarde dona Yelan. – disse Sakura surpresa.

— Todos nós estamos muito felizes por sua recuperação, as flores são presente da Meiling, hoje ela não pode vir, mas mandou lembranças pra você.

— Muito obrigado, já soube de todo cuidado que vocês tiveram com a minha família e agradeço muito.

— Não há de que querida. – disse ela segurando em sua mão. – Mas Sakura o que me traz aqui esta tarde é um assunto muito delicado, gostaria de poder vir antes, mas não pude. Sakura você sabe que o Meiling e o Shaoran são noivos?

— Sim, eu sei Yelan. – disse Sakura desviando o olhar.

— Esta é uma situação muito complicada Sakura, os anciões do clã...

— Boa tarde. – espero não está interrompendo nada.

— Shaoran. – Sakura o olhava como se não se vissem a anos. Ele estava diferente, com a barba por fazer, despenteado e olhar cansado.

— Olá Sakura, mamãe ... – disse ele olhando em direção a senhora. – Veio visitar a Sakura?

— Vim sim, precisava conversar com ela, mas acho que isso vai ter que esperar. Vou deixá-los a sós. Passou um furacão por cima de você?

— Não precisa mamãe, vocês podem terminar sua conversa.

— Shaoran, desde quando eu sou pedra no caminho? – disse Yelan dando uma piscadinha e quando passou por ele na porta acrescentou – Juízo, não seja precipitado meu filho. Por favor.

Ela se foi e eles ficaram calados por algum tempo, Shaoran pareceu perdido e pela primeira vez constrangido.

— E então como está seu ombro Shaoran? – perguntou ela carinhosa.

— Ah já estou muito bem, obrigada. E você? Ficamos tão preocupados.

— Soube de toda sua ajuda, alias desde a cabana ainda não tive a chance de te agradecer por tudo. – disse ela ajeitando-se na cama enquanto ele sentava ao seu lado. – Eu te meti em tudo isso, e tudo foi minha culpa, mas agora acabou. Você não vai ter mais que se preocupar com essa historia, de uma forma trágica estou livre.

— Eu sei e me sinto feliz por isso. Você nem sabe o quanto. Acho que não devo evitar esse assunto Sakura, talvez aqui não seja nem o lugar, nem o momento, mas já esperei tanto tempo, que não consigo mais suportar te ver e não lhe ter em meus braços, essa é a verdade. Sakura finalmente você quer ser minha? Minha namorada, noiva, esposa?

— Shaoran. Cheguei a pensar que esse dia nunca chegaria. – disse emocionada. - Eu quero muito dizer que sim. Mas e quanto ao seu noivado. – disse ela preocupada.

— Essa era somente a resposta que eu precisava. - disse ele levantando-se. – Não se preocupe eu vou resolver tudo isso.

— O que aconteceu com você? Porque está tão desalinhado?

— Ando trabalhando demais, muitas coisas ficaram atrasadas. Preciso de um banho e cama nesse momento. Quando você vai ter alta?

— Amanhã, vou ficar apenas com o gesso da perna.

— Está bem, vou lhe visitar em sua casa ou ligo para você, certo? Preciso ir.

— Já? – disse ela desapontada.

— Te vejo amanha. – ele lhe deu um beijo um selinho e quando já estava na porta soprou um beijo. ( Que romântico *.*)

Sakura foi recebida em casa com uma pequena festa surpresa, apenas para amigos. Ficou muito feliz em rever Yume e saber que ela não havia se esquecido dela. Mesmo andando com ajuda de muletas estava muito contente, pena que Shaoran não estava lá.

— Desculpe Sakura, eu não conseguir falar com ele. A secretaria me disse que estaria fora o dia todo e o celular não atendia.

Passaram-se 4 dias até que ele desse noticias. Em uma tarde quando Sakura estava no quintal com Yume e Nakuru, ele de repente sentou-se ao seu lado.

— Desde já me perdoe. – disse entregando a ela uma enorme cesta.

— Ai Shaoran, ta tentando me matar de susto? – perguntou ela enquanto abria a cesta.

— Não, nunca, ainda nem nos casamos. – disse ele sorrindo com o mesmo rosto cansado.

— O que está acontecendo com você. Continua trabalhando demais? – perguntou ela segurando em seu rosto.

— Sim. Só que em outro caso, no nosso caso. Passei dois dias no Japão reunido com o clã, mas não houve acordo.

— O que isto quer dizer? – perguntou ela temerosa.

— Que dizer que só há uma saída. – disse ele pondo Yume em seu colo e entregando-lhe um dos bombons da cesta com um beijo. – Vou abandonar o clã.

— Você não pode fazer isso, eu nunca permitiria que você abandonasse sua família por mim. Isto não é justo.

— Também não é justo eles forçarem a se casar duas pessoas que não se amam. Não podem mandar em minha vida assim, como vou viver com a Meiling se ela é minha prima e também ama a outro? – disse pondo Yume no chão.

— É a única saída, espero que não se importe de casar com alguém pobre, quer dizer, normal. Pelo menos por enquanto. – disse ele sorrindo tristemente.

— Oh Shaoran, por favor. Pense bem. É claro que eu não me importo, mas você construiu isso tudo, não é justo. – disse recostando-se no ombro dele.

— Eu sei, eu bem sei. – disse ele acolhendo ela.

E em nome do amor Shaoran renunciou a tudo por ela e 7 meses depois se casavam em uma cerimônia simples, mas que foi noticia em todos os jornais. Shaoran nem pode acreditar quando a viu entrando nos jardins da mansão, era como um sonho. Enfim Sakura estava livre da sua tortura, livre para amar o homem que conquistara seu coração. O lindo vestido branco bordado com flores de cerejeira fora presente de Tomoyo. Estavam todos radiantes de felicidade.

— To de olho em você viu. – dizia Touya já casado com Nakuru. – É melhor cuidar de fazer minha irmã muito feliz. – e sorria ao cunhado.

— Ai Tomy, tinha uma coisa que eu não tinha pensado. – dizia Sakura depois da cerimônia. – Agora posso adotar a Yume, sou uma mulher casada. – e olhava a aliança em seu dedo.

Como Yelan ainda fazia parte do clã, deu-lhes como presente de casamento a mansão, que ele vendeu e pouco tempo depois montou a mais famosa pousada da cidade e abriu uma livraria que também fazia muito sucesso. E o melhor, Sakura não precisou mudar-se de sua amada casa.

— Sabe amor. – disse Sakura em uma noite na varanda de casa. – Não somos pobres, a livraria faz muito sucesso.

— Oh não Sakura. Não somos, temos um ao outro e uma linda filha. É o suficiente não?

— Com certeza. – disse ela sorrindo.

—xXx_

Um som que vinha da sala tirou Sakura dos seus pensamentos.

— Papai, que bom que você chegou. – disse Yume de pijama agarrando-se a ele.

— Calma filha, eu to encharcado vou sujar você. – disse ele tirando o paletó.

— Papai, eu quero pedir uma coisa.

— Ah, aquele assunto. – disse Sakura entrando na sala. – Ela esperou o dia todo pra te dizer isso.

— Pronto pode dizer. – disse ele sentando-se no sofá.

— Papai, compra pra mamãe as sementes que a tia Nakuru comeu? – disse ela inocentemente.

— É o que? – perguntou Shaoran confuso.

— O titio Touya disse que a tia Nakuru comeu uma sementinha e ia ter um bebê, ai eu pedi uma pra ele pra dar a mamãe e ele disse que eu tinha que pedir pra você.

— Ah ta. – Shaoran estava boquiaberto. – Você quer comer essa sementinha Sakura?

— Eu quero ter um bebê. – disse ela sorrindo.

— Ótimo, e quando você vai dar a ela papai?

— Já chega de perguntas mocinha, hora de ir pra cama. – disse Sakura tomando-a no colo.

— Mas mamãe, ele ainda não te deu a semente.

— Vou colocar ela na cama enquanto você toma um banho, o jantar está pronto.

—xXx_

— Não sei quem tem uma imaginação mais fértil, a Yume ou o seu irmão. – disse Shaoran depois do jantar quando estavam sentados na varanda.

— Nem eu, só sei que agora você deve um bebê a Yume.

— Eu, eu não. Nós, bem juntinhos. – disse ele trazendo-a pra perto.

— Você se arrepende Shaoran? Se arrepende de tudo que fez.

— Não Sakura, não me arrependo de nada. Vocês duas são meu maior tesouro, nenhum dinheiro poderia suprir isso, não poderia comprar essa felicidade que é ter vocês ao meu lado.

— Obrigado, por me mostrar o verdadeiro amor. Eu te amo muito. – respondeu ela com os olhos cheios de lagrimas.

— Eu também te amo, minha princesa.

Eles se olharam. Nos olhos todo o amor que sentiam um pelo outro explodiam. Não havia explicação a um sentimento tão puro e forte, que em seus corações pediam que durasse toda a vida.

~ End. ~


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Notas finais do capítulo

Darlings...

Obrigado a toodos pelo suuper apoioo de ler minha primeira fic! Anna, Dark... desde o comecinho comigo me estimulando a continuar e todos que vinheram depois...!
Me sinto muito contente hoje em conclui-la... e só posso desejar que acompanhem meu próximo projeto que deve ser lançado no fim do ano!
XD
[que autora chata!!!]

Kissus a todos.

O/

... me abrace, me beije que o tempo não para
E a felicidade se vive agora.