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Capitulo 16- A Fuga.

Jason viu o vulto de Sakura aproximar-se da floresta, havia raiva em si naquele momento, cansado daquele pega-pega com Sakura. ' Vou acorrentá-la ao pé da cama agora' pensou ' Tudo vai ser do meu jeito'. O caminho até a cidade era longo e mesmo que ela continuasse correndo, logo iria cansar e não havia onde se esconder.

Sakura corria desesperada com os galhos arranhando seu rosto, deixou para trás a capa encharcada, mas já estava cansada.

Recostou-se numa árvore alguns segundos quando avistou uma velha cabana que parecia desabitada, era loucura ir até lá, mas se ela estivesse errada e houvesse alguém poderia pedir ajuda. Foi por desespero que correu até chegar a varanda da casa e quando pôs o pé no primeiro degrau ouviu o ranger das velhas tabuas, percebendo que era uma velha cabana de caçador. Olhou ao redor não havia volta, foi até a porta tentando abri-la, quando Jason a surpreendeu.

- Pensando em escapar minha esmeralda? Será que ainda não percebeu que seu destino é comigo? – disse ele sinicamente.

- Tudo que eu percebi é que você é um psicopata Jason. Eu não tenho medo de você, você só que me machucar, me ferir, me afastar das pessoas que eu amo e que me amam. Ter um relacionamento com você foi um erro. - disse ela friamente.

- Não era isso que você pensava antes, não é Sakura? Foi só aquele cara aparecer e você mudar comigo, só porque ele tem dinheiro? Dinheiro eu também tenho.

- Muito pelo contrario, eu não preciso do seu dinheiro nem de ninguém. Eu preciso de amor, e isso o Shaoran está disposto a me dar.

- E eu não estou? – disse ele agarrando-a pelo braço. – Vocês mulheres estão sempre caindo em uma conversa bonita.

- Você agora tem uma obsessão maluca por mim, vai viver sua vida e deixa em paz. – disse ela tentando soltar-se.

- Não me irrite Sakura, não mais do que eu estou irritado. Vamos voltar pra casa agora.

- Não vou a lugar algum com você. Você não é meu dono e não tem direito sobre mim e nem eu tenho medo de você.

- Então eu vou te ensinar a ter. – disse ele arrastando-a pelos pulsos até a porta da cabana.

- Eu não vou a lugar nenhum com você, eu já disse.

- Você vem e eu vou te mostrar agora o lado bom da vida. – ele empurrou a porta da cabana com força fazendo-a abrir.

Estava velha e abandonada mas ainda servia como um abrigo em um situação de emergência. Era composta apenas de dois cômodos grandes, o primeiro servia como sala, havia um velho sofá e uma mesa com duas cadeiras, um fogão velho ao canto e uma lareira para aquecer o ambiente. O segundo cômodo tinha apenas uma cama,uma cômoda e duas prateleiras.

- Durante muito tempo Sakura eu respeitei você, a irmãzinha menor do Touya. Meu sonho era casar com você e constituir família, porque via em você tudo o que não via em minha na minha madrasta. – disse ele arrastando Sakura até o quarto – Mas você Sakura foi ingrata ao meu amor, bem como ela foi, você me desprezou como ela também fez. Então eu quis te dar uma chance, mas você a recusou e agora você vai ser minha...

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- Não é possível até uma hora dessas não se tenha noticias da Sakura pai. – dizia Touya na cozinha. – Como o Senhor pode estar tão tranqüilo sabendo que ela está sumida?

- E o que você quer que eu faça Touya, além de orar? – respondeu Fujitaka com a mesma calma. – Que eu saia de porta em porta perguntando pela sua irmã? Já fiz o que foi possível meu filho. Por que você não liga para o Shaoran e pergunta noticias?

- Isso, vou ligar.

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- Isto não é hora para receber ligações. – disse Shaoran seguindo a trilha deixada por Jason e Sakura junto com o delegado Kimura e o policial Smith. – Alô?

- Shaoran aqui é o Touya e então teve algum sucesso na delegacia?

- Tive sim estamos na trilha do Jason com a Sakura, em breve vamos trazê-la de volta. – respondeu Shaoran esgotado.

- E onde, onde estão me diga eu irei até ai ajudá-los.

- Fique tranqüilo Touya, o delegado Kimura está no controle do caso. Tenho que desligar. Ate breve.

- Shaoran, você não pode ...

Fim da ligação.

Shaoran e os policias pararam ao fim das marcadas das pegadas encharcadas.

- E agora delegado onde foram? – perguntou Shaoran.

- A trilha nos leva até lá, até aquela velha cabana sigam em silêncio não vamos deixar que percebam a nossa presença.

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- Agora quero o que é meu por direito, seu primeiro e único homem. – disse ele empurrando Sakura para a cama empoeirada.

- Você não ousaria Jason, quero que me solte agora.

- Depois, primeiro a parte boa...

Jason deitou-se na cama com ela enquanto segurava fortemente seu pulso com uma mão, enquanto com a livre desabotoava um botão da camisa de Sakura. Ela soltou uma mão dando-lhe um tapa mas não foi o suficiente, ele a apertava com força contra a cama, desabotoou mais alguns, enquanto Sakura chorava. Não cederia até o fim, aquele deveria ser um momento especial, com alguém que ela amasse. ' Que Deus me ajude' pensou. Reunindo as forças que lhe restavam, Sakura empurrou Jason com toda força jogando-o no chão, enquanto corria com metade da blusa aberta até a porta, era sua chance, tinha que escapar. Mas ele já estava de pé correndo atrás dela novamente.

- Volte aqui Sakura.

Jason agarrou sua cintura, enquanto ela se debatia. No mesmo momento em que uma porta foi ao chão.

- Sakura... – Gritou Shaoran ao vê-la no chão.

- Nem mais um passo - disse Jason sacando uma arma do casaco. – Nem mais um passo nenhum de vocês. Será que é tão difícil ser feliz. Ou melhor, será que você sempre tem que atrapalhar minha felicidade, você tinha que vir estragar meus planos.

- Eu sou o delegado Kimura, solte essa jovem agora mesmo.

- Não me importa quem você é. É melhor você nos deixarem em paz, ou eu mato-a, se ela não for minha, não vai ser de mais ninguém. Ninguém... – via-se em seu olhar um tom de desespero, segurando Sakura pelo pescoço.

- Rapaz, você está transtornado, liberte a moça agora mesmo e vamos resolver o assunto.

- Não, vocês não estão em condições de exigir nada. Eu vou sair com a Sakura e vou leva-lá e vocês não vão nos seguir.

- Não posso deixar que isso aconteça. – disse Shaoran.

- Você não está em condições de dizer, nada.

- Não rapaz, não vou fazer isso. Liberte a moça.

Jason pressionou com força a arma na cabeça de Sakura, fazendo-lhe chorar ainda mais. No momento em que sirenes eram ouvidas da estrada próxima a cabana.

- Você está cercado, tenho certeza que não quer mesmo ferir esta jovem. Vamos liberte-a, e vamos resolver tudo isso.

Jason arrastou Sakura até uma das janelas de onde podia se ver a estrada não muito longe.

- Eu vou dizer o que você vai fazer delegado. Há duas viaturas lá fora, com e pela estrada estão vindo 4 policiais, você vai deixá-los entrar e em seguida eu vou sair com a Sakura, e vou levá-la comigo, quando tiver certeza que estamos seguros e que não estão me seguindo eu liberto a Sakura na estrada.

- Nunca, eu nunca permitiria isso. Não podemos confiar em você. – disse Shaoran no momento em que os policias entravam na cabana.

- E que outra saída você tem? Eu posso entregá-la também agora pra você, morta. Você ainda vai poder enterrá-la.

- Você não vai libertá-la, eu sei disso.

- Vamos fazer um acordo Jason, você vai na primeira viatura e nós seguimos você de longe. Quando você soltar a Sakura, nós a apanhamos e deixamos você seguir, se não soltá-la mando fechar todas as estradas e prendemos você, você também não tem outra opção.

- Não posso acreditar nisso. – gritou Shaoran. - É assim que a policia trabalha? Isso não é seguro.

- Mas é a única opção que temos. – sussurrou o delegado para Shaoran. – Ou esse impasse pode durar horas e a Sakura sair machucada.

- Ele não vai soltá-la.

- Nós vamos prendê-lo.

- Como é? Eu aceito a proposta.

- Vamos lá homens dê passagem a ele.

Os policias e Shaoran abriram caminho para Jason que arrastava Sakura para fora e seguiam devagar logo atrás. Sakura chorava e tremia, não tinha, mas nenhuma expressão, apenas medo. Enquanto Jason seguia atento a trilha de volta.

Aproximou-se da viatura e viu as chaves ainda lá.

- Entra ai sussurrou para Sakura...- forçando-a entrar e mirou na direção de Shaoran.

- Você me trouxe esses problemas, tudo isso é culpa sua. De você ter aparecido para me tomar a Sakura, eu tinha o amor dela e isso era tudo que eu queria, mas você estragou tudo, tudo. – podia-se ver um brilho estranho em seu olhar, talvez ódio ou ate tristeza. – Se ela não é minha, não é de mais ninguém.

Jason mirou no peito se Shaoran e disparou, mas a distância errou e o tiro acertou- o no ombro esquerdo fazendo-o cair.

- Não, Shaoran- gritou Sakura de dentro da viatura enquanto tentava sair, foi quando Jason pulou dentro do carro e arrancou a toda.

- Droga, saiu tudo errado. Já começou errado de trazê-lo, eu disse. – disse o delegado Kimura amparando Shaoran.

- Eu disse que não podíamos confiar nele. – disse Shaoran com dificuldade. – Não se preocupe comigo, vá atrás da Sakura. Ela precisa de você.

- Você dois fiquem aqui com ele, levem-no até a mansão e esperem o resgate. Vocês dois e o policial Smith vem comigo. Dessa vez eu não vou errar. – disse o delegado entrando na viatura.

- Aqui é o policial Smith precisamos de uma ambulância urgente.

Jason seguia a toda velocidade no carro, havia um sorriso entranho em seu rosto e um olhar vidrado na estrada.

- Cretino, como pode? – Sakura chorava copiosamente. – Você não tinha o direito, mas vai pagar pelo que fez, eu sei. Meu Deus me ajude.

Jason ria compulsivamente, sentia-se radiante como se tivesse tirado uma pedra do seu caminho.

- Aqui é o policial Smith, estou com o delegado Kimura, ordeno que feche imediatamente todas as entradas e saídas de um pequeno vilarejo chamado Belmonte. Repito fechar entradas e saídas e reter um homem chamado Jason Flint com sua acompanhante que foi seqüestrada, Sakura Kinomoto.

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- Jason pare este carro, você esta correndo demais vai acabar nos matando. – disse Sakura desesperada.

- Sabe que essa não é uma má idéia? Vamos morrer juntinhos. – disse ele obcecado.

- Pare Jason. – gritou ela.

Neste momento avistaram uma das saídas, haviam duas viaturas bloqueando o caminho.

- Droga, vamos voltar. – disse Jason.

Ele tentou pegar o retorno mas estava em alta velocidade e sob o efeitos do vinho, o resultado não foi muito bom.

- Freia Jason, freiiiiiiiiiiiii...

A batida foi inevitável, assim como o capotamento a seguir. O carro desceu rolando morro abaixo e parou. Inerte, virado para baixo.

Sakura percebeu o quanto era difícil manter os olhos abertos, ouvia sirenes longe, muito longe. Sua visão estava turva e sentia muitas dores, ainda pode ver o corpo de Jason atirado para fora do carro.

Um fio de sangue lhe escorreu pela testa, os olhos ficaram pesados demais.

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