FlashBack ON**

Lá estava eu, com meus 6 anos de idade, correndo pelo jardim de inverno da minha casa, apenas mais uma vampirinha normal. Meus pais estavam sentados em um piquenique animado. Minhas músicas preferidas tocavam no rádio e eu dançava alegremente em volta do lago de nosso jardim belíssimo.

Meu pai e minha mãe se levantaram e vieram correr atrás de mim,e eu entrei no castelo, na tentativa falha de fugir. Minha mãe corria feito louca atrás de mim, e eu, como conhecia todas as entradas secretas do castelo, me escondi em uma que se abria ao puxar uma das velas do altar.

– Hihihi, eles nunca vão me achar. - eu ria enquanto escutava través da parede.

– Andressa! Onde está você? - eu sabia que minha estava atrás de mim, então corri pela entrada secreta até meu quarto, ficava na última torre, minha mãe já teria desistido até chegar lá.

Quando lá cheguei, me atirei em minha cama. Estava tão cansada, que acabei adormecendo, abraçada no ursinho que minha mãe me dera de aniversário. Seu nome era Alfred.

**Quebra de tempo de 2 horas**

Quando acordei, me dei conta de que não estava mais em casa. Olhei em volta, o lugar parecia um espécie de lona. Eu estava deitada em um colchão velho.

Saí da barraca e achei meus pais em volta de uma fogueira. Eles estavam na companhia de mais três aldeões, um homem, uma mulher e ao que aparentava, seu filho.

– Mamãe, onde estamos? - perguntei me juntando a eles perto do fogo.

– Querida! Você acordou... - ela me abraçou, e eu de imediato retribui o abraço. - Andressa... Caçadores invadiram nosso castelo. Estamos em uma floresta para nos escondermos.

Eu fiquei horrorizada. Minha mãe vivia contando histórias sobre caçadores, assim como nós éramos os monstros das histórias das outras crianças.

– E o que vamos fazer? - perguntei assustada.

– Você vai para a casa de sua tia, no Japão. Vai crescer e estudar lá, em uma escola que já providenciei.

– Mas... E vocês?

– Isso é complicado filha... - meu pai explicou. - Nós, vamos ficar. O povo de um reino vem primeiro. - senti as lágrimas escorrerem.

– Mas não se preocupe, você não estará sozinha. Esse rapazinho irá com você. - minha mãe disse apontando para o garoto que estava sentado ao lado de seus pais.

– Mas ele nem é vampiro! - eu disse irritada, mas ao mesmo tempo triste.

– Não, não é... Mas ele vai com você para a mesma cidade. Talvez possam ser amigos.

– Oi... - ele disse meio envergonhado.

– Prazer, Andressa! - eu digo estendendo a mão.

– Liamm. - ele me cumprimenta e sorrimos um para o outro.

Ouvi vozes de pessoas, mas não estavam felizes. Nem um pouco. Minha mãe me olhou e sorriu, as lágrimas escorrendo pelo rosto.

– Teletransportius! - minha gritou estendendo amão em minha direção e a de Liamm. Um brilho começou a aparecer em volta de nós dois.

– MÃE!! - eu gritei.

Minha mãe veio até mim e me colocou um colar com uma pedra azul brilhante. A mãe de Liamm colocou um igual nele.

– Andressa... - minha mãe acariciou meu rosto. - A princesa mais linda do meu coração...

– Mãe, não.... - eu disse, meu rosto já se encontrava encharcado.

– Não chore, seu sorriso me acalma. - eu tentava, mas não conseguia parar de chorar. Naquele instante, meu pai recebeu uma flechada no ombro.

– PAI!!! - gritei, vendo-o cair no chão.

– Querida, olhe para mim. - eu olhei para ela, pulando de agonia, queria sair dali. - Eu vou ficar bem, prometo.

Ela me deu um beijo na testa e deixou a bolha de luz onde eu me encontrava fluir em minha volta. Fiquei mais tranquila com a promessa dela.

Liamm não parecia assustado, apenas olhou para a mãe dele e sorriu, fazendo que sim com a cabeça. Eu comecei a chorar descontroladamente.

De repente, sinto um calor em minha volta. Percebo que Liamm me abraçava e retribuo o abraço na mesma hora. Fico ali até que durmo. Ele também dormiu depois de um tempo.

Quando acordei, estávamos chegando no Japão. Ele me olhava ternamente com aqueles olhos azuis. Sorri para ele, o mesmo retribui o sorriso e me ajuda a levantar.

Quando nossas mãos se tocam, acordo do meu sonho...

FlashBack OFF**

Acordo em meu quarto, no dormitório, o suor frio escorrendo no rosto. Vou até o banheiro e lavo minha face diversas vezes. Toco meu colar, o mesmo do sonho.

– Não, não pode ser... Liamm...