Perfeitos escrita por Sadie Ketchum Potter
A chuva estava calma como de costume. A está hora, um rapaz andava de ônibus em direção ao seu sítio, onde morava com a família. O menino olhava as gotas que escorriam pela janela do veículo, como se não tivesse pressa.
Aquele era Lucas Vieira Carvalho, tinha 15 anos, cabelos loiros baixos, olhos verdes escuros e pele branca. Naquele momento, usava uma camiseta branca, calça social preta e tênis preto.
O ônibus parou, Lucas desceu naquele ponto e abriu o guarda-chuva azul escuro que usava. Enquanto andava, ia ouvindo The Offsprings, sua banda favorita. Escutava a música Coming For You.
– Uau, subidinha cansativa hein... - Ele disse, até que finalmente viu seu sítio.
A casa era grande, verde e com uma faixada branca em torno das janelas, com grades brancas. Ao abrir o portão de madeira, foi recebido por Bob e Rob, seus labradores de estimação.
– Hahaha! Oi rapazes! - Ele disse. - Cheguei vós!
– Ô meu neto! Que bom! - Disse dona Humberta, a avó materna do garoto.
– Lucas, seu pai ligou, disse que vem almoçar com a gente. - Comentou dona Eulália, a avó paterna do menino.
A família de Lucas era grande, além dele e das avós na casa ainda moravam os avôs, a mãe, o pai e as duas irmãs mais novas, Ana Paula e Rebeca. Mas as meninas estudavam noutra escola, já que eram do ensino fundamental I.
– As pequenas ainda não chegaram? - Ele questionou enquanto lavava as mãos.
– Ainda não. - Respondeu o avô paterno, seu Dionisio.
Alguns minutos se passaram quando duas figuras apareceram no portão. Lucas andou sorrindo até o mesmo, abriu e deixou as garotas entrarem. Elas abraçaram o irmão mais velho, logo, correram para abraçarem os avós.
Ana Paula tinha 10 pra 11 anos, tinha cabelos loiros, longos e ondulados, olhos castanhos claros, pele branca e estudava no quinto ano. Já Rebeca tinha de 7 pra 8 anos, tinha pele meio morena, cabelos curtos, pretos e lisos, olhos verdes escuros e estudava no segundo ano.
– Cadê o vovô Sérgio? - Perguntou a do meio.
– Ele foi cuidar do gado e já voltava. - Respondeu a avó materna, esposa de seu Sérgio.
– E a mamãe? - Exclamou a menor.
– Ela não nos disse se vinha almoçar ou não. - Comentou seu Dionisio.
Alguns minutos passaram e o portão se abriu, entrando um Strada prata com um homem de cabelos grisalhos, olhos castanhos claros e pele morena. Aquele era o pai das crianças, José Henrique. Ao lado dele, uma mulher de pele esbranquiçada, cabelos loiros meio brancos presos num coque e olhos verdes. Aquela era a mãe das crianças, Elisa.
– Cheguei família! - Disse a mulher.
Todos sorriram, era raro os momentos em que almoçavam em casa. Ao descerem da pick-up, abraçaram os filhos, em seguida, entraram na casa para almoçar.
Durante o almoço, a família conversava calmamente, contando as novidades e tudo o mais. Pouco se importavam com a chuva que caia e atrapalhava um pouco a conversa.
Após o almoço, Lucas foi para seu quarto, colocou uma calça tectel bege e uma camiseta preta do AC/DC e ligou seu notebook para assistir Cavaleiros do Zodíaco, um de seus animes favoritos.
– Filho, podemos conversar?
– Claro pai! - Ele disse, deixando o pai entrar no quarto.
O cômodo era verde claro, uma cama de frente para a porta e debaixo da janela, o guarda-roupa na parede esquerda e uma cômoda com uma TV em cima, ao lado da porta. Lucas encarou o homem, que sorria singelamente.
– Er... Lucas... Sabe, eu e sua mãe andamos conversando e entramos num acordo. Queríamos que você ficasse na escola das meninas como auxiliar ou algo do gênero, entende?
– Sim pai mas por que não me perguntaram antes se eu queria?! - O loiro questionou, indignado.
– Por que este é seu castigo por ter matado aula. - José Henrique disse, se levantando e saindo do quarto. - Você começa amanhã, depois da sua escola vai pra escola das meninas, mas almoce antes.
O garoto assentiu, depois que o pai saiu e fechou a porta Lucas meteu o travesseiro na cara e gritou baixo. Após seu pequeno acesso de raiva, voltou a assistir Cavaleiros do Zodíaco. Quando o episódio acabou, ele saiu do quarto, indo para a sala jogar videogame. Porém, seu Dionisio assistia Jornal Hoje, o que irritou um pouco o neto.
– Seu pai me disse que você vai trabalhar na escola das meninas... É nisso que dá matar aula.
– Percebi…
O homem sorriu, vendo a esposa chegar. Dona Eulália sorriu singelamente e colocou a cabeça no ombro do esposo, que sorriu de leve. Lucas observava a cena pensativo, já havia namorado, foi quando tinha 10 anos, namorou com uma menina chamada Marieta, porém eles terminaram um ano depois.
– Está bem meu neto? - Perguntou seu Sérgio, que aparecerá por trás.
– Estou ótimo vovô... Só pensando…
– Pensando em alguma menina? Não namorou nunca mais não é? - Foi a vez de dona Eulália perguntar.
– Pois é... Bem, vou fazer o trabalho de física.
Assim ele se trancou no quarto novamente, pesquisando algumas coisas sobre as leis de Newton. Após fazer o trabalho, ele ligou a TV e o videogame, ficou jogando até a hora do jantar.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!