Surge Uma Vingadora escrita por Helem Hoster


Capítulo 25
Quer uma carona?


Notas iniciais do capítulo

Desculpem ter demorado tanto, pessoal. Mas com essas festas de fim de ano as coisas ficaram muito corridas. Mas espero que gostem. Enfim, boa leitura e boas festas. Enjoy



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Lena saiu do observatório e encontrou Steve e Fury no lado de fora conversando. Mas eles pararam ao vê-la se aproximando. Mas ao invés dela ir até eles, simplesmente continuou andando.

– Lena, espera. – Steve a chamou a seguindo. – O que ele queria? – Steve perguntou ao alcança-la.

– Se despedir. – Lena respondeu sem parar ou olhá-lo.

– Só isso? Ele não pode ter te chamado aqui só pra se despedir. – Steve retrucou incrédulo. – O que ele queria?

– O que mais ele poderia querer?- Lena parou se virando pra ele. - Ele acabou de tomar a maior surra da sua vida. Ele foi derrotado. Está preso. Vamos despachá-lo de volta pro planeta dele, onde provavelmente será executado. Já temos o Tersseract. Vencemos a batalha. O que mais você quer? Até parece que está pedindo por problemas! – ela se alterou irritada. Steve se calou um pouco incomodado. Lena suspirou. – Desculpe. – ela pediu baixo desviando o olhar.

– Tudo bem. - Steve a abraçou. – Eu compreendo. Você está cansada, está triste. Não está acostumada a tanta agitação. Tanto estresse. – Steve comentou. Lena simplesmente o abraçou de volta.

– Quer uma carona? – ela perguntou o soltando. Steve concordou sorrindo.

Os dois desceram pra garagem e entraram no KIA branco, e Lena dirigiu saindo do Triskelion. Ficou um silêncio desconfortável.

– Eu lamento pelo Evans. – Steve quebrou o silêncio. Lena não respondeu, apenas concordou com um pequeno aceno de cabeça, mas sem desviar os olhos da estrada. – Sabe, você está reagindo bem melhor do que eu quando perdi o Bucky. – Steve comentou. – Eu bebi a noite toda.

– Não adiantou muito. Com a gente, não adianta afogar as mágoas na cerveja. – Lena deu um pequeno sorriso.

– É. Foi a primeira vez que me senti sozinho. De verdade. – Steve comentou. – Mesmo quando eu não tinha nada eu tinha o Bucky. Era meu irmão.

– Você tinha a vó Peggy. E aqueles caras bizarros. A vó sempre falava deles. Mas nunca me lembro dos nomes. – Lena falou espreitando os olhos tentando puxar da memória. – Gabriel Jones... Jim Morita, e... Dum alguma coisa. – ela falou.

– Dum Dum Dugan. – Steve corrigiu.

– É, esse cara aí. Você tinha eles. Morreriam por você. – Lena falou.

– E você tem a mim. – Steve retrucou. – E a equipe. Eles gostam muito de você.

– É. Vocês são fofos, mas precisam de uma babá. – Lena falou. – Por isso eu vou ficar.

– Sério. - Steve sorriu. – Vai mesmo ficar?

– Na equipe. Na SHILED não. – Lena avisou.

– Não. Está ótimo. – Steve respondeu. – Vai ser ótimo. Não seria o mesmo sem você.

– Tem razão. Sem querer ofender, mas vão precisar de alguém com cérebro ou senso de autocontrole. – Lena falou. – Pra impedir que vocês se matem.

– É. Com o Stark na equipe, vamos precisar. – Steve comentou.

– O Tony não é tão ruim. Só é meio exagerado. - Lena respondeu. Steve fungou.

– Exagerado. – Steve repetiu. Lena deu um pequeno sorriso de canto.

Já estava amanhecendo. Lena deixou Steve no apartamento dele, e seguiu seu caminho.

Estacionou na frente do parque National Mall. Um excelente ponto turístico de Washington DC. Ela desceu do carro ligando o alarme e resolveu caminhar pelo gramado entre as árvores. Encontrou um lugar legal pra se sentar à sombra de uma árvore. Tirou o casaco se sentando sobre ele. Observou ao redor. Estava tudo tranquilo. Tinham apenas algumas poucas pessoas fazendo suas caminhadas e corridas matinais, e alguns vendedores de água.

Estava tudo tão quieto. Tão perfeito. Pessoas boas vivendo suas vidas, sem atrapalhar ninguém. Apenas querendo o bem estar de suas famílias. Apenas fazendo seu trabalho na sociedade. Lena sentia o peito doer em saber que isso não demoraria pra acabar. Que elas teriam que morrer de jeito tão cruel. Elas não precisavam morrer. E a loira se sentia frustrada com isso. Sentia que tinha que achar um jeito de salvar seu mundo. Tinha que haver alguma maneira de corrigir isso tudo. De acabar com esse mal do universo. Um mal que ela nem conhecia. Mas sabia que existia e queria seu mundo destruído.

– Nada mais romântico do que dar de presente pra namorada um planeta destruído e cheio de gente morta. – Lena ironizou baixo.

– Tá perdida? – ela ouviu uma voz familiar falar ao seu lado. Ela olhou calmamente e deu um simpático sorriso ao ver quem lhe falava. O homem negro de cavanhaque sorriu de volta.

– Oi, Sam. – ela falou em tom gentil.

– Você se lembra de mim! – ele exclamou surpreso.

– Sim, eu lembro. Você é o cara do hospital de veteranos. – Lena respondeu. Ele de ar de riso e então pareceu sério.

– Isso mesmo. Eu sou o cara! – ele falou em tom sério, e os dois riram divertidos. Ele sentou do lado dela. – Mas diz aí. Como você tá? Deu uma sumida. Tem uns anos que você não visita a sua avó. Ela perguntou de você. – ele comentou.

– Pois é. Eu estive ocupada com umas coisas. – Lena respondeu. – Mas estive sempre por perto. – Lena o olhou. – Eu não voltei pra LA.

– É? Perto quanto? – ele perguntou.

– O suficiente pra manter contato com minha família, mas longe o bastante pra não ser rastreada. – Lena respondeu. Ele concordou com a cabeça. – Eu estava cursando Física na Universidade de Baltimore. Eles tem um campus bacana lá.

– Ah. Física? – ele a olhou. – Achei que gostasse de biologia, ou algo assim.

– Pois é. Mas a Física me pareceu mais favorável. Nenhum cientista me levaria a sério, sendo perita em coisas vivas. E eu também gosto muito. Consegui um emprego de laboratório com meu professor, e evoluí bastante. – Lena contou.

– Você diz que não te levariam a sério você sendo de biologia, mas é porque não temos grandes biólogos. Quem sabe se você não poderia ser a primeira grande bióloga respeitada? – ele a olhou. Ela deu um pequeno sorriso de canto olhando pra grama. – Enfim, é só uma opinião. Não precisa me levar a sério. Afinal, eu não sou um estudioso, sou soldado.

– Obrigada, Sam. – Lena o olhou. Ele deu um simpático sorriso. – Então, como está a vó Peggy?

– Ela está bem. Sempre forte. Gosta de contar o quanto se orgulha da neta que encarou um pelotão de russos da KGB. E sobreviveu. – ele comentou.

– Não foi um pelotão. Eles só estavam com a vantagem. E eu não os enfrentei. Eu sobrevivi a eles. – Lena corrigiu.

– Mas antes de ser pega, você teve que enfrentar um pelotão. Quando foi sequestrada. – ele retrucou.

– Mas eu perdi. – Lena insistiu baixo. – Perdi o mais importante. – ele sussurrou.

– Todos perdemos algum dia. Todos perdemos algo importante. Ou alguém. Mas o que importa não é o quanto sofremos. Mas é como reagimos. – Sam falou. Lena o olhou com um pequeno sorriso. – Sabe, um grande cara disse uma vez, que “a vida, é quem sabe bater mais forte que qualquer um nesse mundo. Ela sempre vai fazer de tudo pra te fazer cair. Pra te colocar de joelhos. Mas cabe a você decidir se levantar, ou continuar de joelhos. O que importa é o quanto você aguenta apanhar.” – Sam citou. Lena pensou um pouco e abriu o sorriso.

– Quem disse isso foi Rocky Balboa, em Rocky 6. – Lena comentou. – Foi o que ele disse pro filho dele.

– Menina esperta. Mas vai dizer que ele não é um grande cara? – Sam perguntou.

– É. Ele é um clássico. Mito. – ela concordou. – Obrigada, Sam. – ela o olhou.

– É a segunda vez que você me agradece e eu ainda não entendi porquê. – ele comentou.

– Por me fazer companhia. – Lena respondeu.

– Ah. Nesse caso: de nada. É bom encontrar alguém legal de vez em quando. – ele comentou. Lena concordou com um aceno, e seu celular vibrou. Ela olhou a mensagem.

“ Onde você tá? ”

Mamãe

– Certo. Acho que tá na minha hora. – Lena se levantou pegando o casaco.

– Ah. Beleza. – Sam se levantou também.

– Quer uma carona pra casa? – ela ofereceu.

– Não. Essa eu dispenso. Tenho mais umas coisas pra fazer aqui no centro. Mas fica pra próxima. – ele dispensou.

– Ok. Manda um beijo pra minha vó, quando chegar. – Lena pediu se afastando.

– Como sabe que eu vou pra lá? – ele perguntou divertido. Lena virou-se pra ele caminhando de costas, e ergueu as mãos com um sorriso maroto.

– Intuição. – ela respondeu divertida.

– Sei. – ele retrucou sorrindo. – Até mais, Lena.

– Até, Sam. – ela se despediu e voltou a andar normalmente se afastando.


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Notas finais do capítulo

Todos se lembram do nosso querido Sam Wilson, né? Pra quem não sabe ele é o Falcão. Enfim, espero que tenham gostado. Não esqueçam de comentar. Preciso saber a opinião de vocês pra poder postar logo o próximo. enfim, obrigada. Bjocas amores♥♥ nos vemos nos comentários.



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