I Forget escrita por Llanat91


Capítulo 1
Capítulo 1 - Begin Again


Notas iniciais do capítulo

Oi, bom... Nem sei direito o que realmente estou escrevendo, mas espero que vocês gostem! :)



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- Olha só essa caixinha! - exclamou Anna pegando a pequena caixa de música. Seu irmão mais velho pulou para trás e fez uma careta para o que a menina tinha em mãos. Inclinou-se um pouco para ficar quase na altura da mais nova. - Nós deveríamos ter passado aqui antes de ir para a casa da vovó, ela iria adorar isso.
- Isso parece que foi feito antes da primeira guerra mundial. - ele sorriu e ela fez uma cara de tédio. A caixa era dourada e vermelha, não tinha bailarina, e sim um carrossel com algumas pequenas luzes amarelas, as bordas cobertas de veludo e pérolas brancas em algumas partes.
- Eu gostei, seu chato. - pegou a caixinha e levou ao caixa onde uma senhora atendia seus pais.
- Chame seu irmão, ou vamos deixar ele aqui mesmo. - avisou o pai de Anna e David.
- DAV! - gritou a garota e ignorou o rosto zangado do pai. Já estava esperando ouvir "se fosse para gritar, eu mesmo gritava", mas seu celular tocou, e ela correu para o banheiro da loja. Mas antes colocou a caixinha na bancada para os pais pagarem.
- Oi?! - falou no celular, quando chegou ao banheiro.
- Amiga eu... Ah meu Deus! Eu odeio minha vida!!! - disse sua amiga de infância Karen. Ela mais chorava do que falava, na verdade.
- O que aconteceu dessa vez? - perguntou já esperando mais um drama da querida amiga, que tinha um costume de sempre ligar quando terminava com um namorado. Agora ela estava namorando a distância, o que surpreendeu Anna de ter durado dois meses. O da vez era um tal de Matheus. Sua amiga não parava de falar dele, e Anna não esperava nada do sujeito que Karen havia conhecido em um clube da cidade ao lado. Dizer que era um clube nojento e muito louco, seria um eufemismo.
- Ele disse que precisava de um tempo, mas ele... Não me ligou como sempre fazia, não mandou mensagem, e quando eu ligo para ele, ele nunca atende! - soluçou.
Anna se encarou no espelho do banheiro, nem parecia banheiro de uma loja beira de estrada. Limpou a maquiagem borrada nos olhos. Quatro horas de viagem era uma merda, sorte da garota que só faltava meia hora para chegar na sua pequena cidade, que ela tanto amava.
- Ele só quer um tempo... Tentou aquele amigo dele? - perguntou, buscando na mente mais informações do que ela sabia sobre o cara.
- Ahaaaam! - começou chorar. - Ma-mas ele só disse que não vê o Math a dois dias. Dois dias!
- Ann, você vai ficar! - gritou David do outro lado da porta. Ela escutou passos e apressou-se.
- Karen, tenho que ir, vai sair de área quando sair daqui. Quando chegar em casa eu ligo. Beijos, e não chore por esse babaca.
Desligou não esperando resposta que não passasse de um choro.
Saiu correndo e bateu a porta no ombro de alguém que xingou.
- Que merda, ocê num tá me vendo aqui não? - exclamou o homem, que deveria ser pelo menos uns cinco anos mais velho. Barbudo e usava xadrez.
- Desculpe...
- Ah... Eu num queria falar assim com ocê, me desculpa, moça. - Anna achava que ele falava de uma forma engraçada. E na verdade, era uma gracinha.
- Tudo bem...
Ela saiu andando e olhou para trás, o cara ainda estava a olhando e deu um sorriso de "desculpas". Ela o achou bonito, claro. Quem não o acharia?!
- Vamos! - gritou seu irmão, e ela correu até o carro parado no acostamento.
Depois que todos estavam no carro, o pai, Carlos, ligou o som e deu partida.

------*------

Minutos depois dali...
- QUE PORRA! - O menino tentava serrar a corda que o mantinha preso naquele cativeiro.
Ele não lembrava seu nome, nem nada. Apenas lembrava que estava em perigo e estaria mais ainda se não fugisse logo.
A corda partiu-se e ele suspirou. Estava livre!
Havia um corte na lateral da cabeça e outro na testa, que ardiam e causavam dor. Doíam como o inferno! Além de ter um hematoma no olho e um corte na boca.
O menino levantou rápido e sentiu uma tontura atingi-lo. Mas ele não podia ficar ali parado. Pegou uma bolsa de pano que tinha em cima de uma mesa próxima e chutou a porta que o levava para fora daquela casa abandonada.
Ainda estava de tênis, sua camiseta branca de regata suja de terra e sangue. A calça jeans estava rasgada nos joelhos e suja como o resto do corpo.
Seus cabelos castanhos claros estavam bagunçados e ele sentia-se um estranho. Ele não se conhecia.
Correu na rua deserta por alguns minutos e parou sentindo ânsia de vômito. Apoiou as mãos no joelho e colocou tudo o que tinha na barriga para fora. Ele achava que ia morrer de dor.
Olhou para o cruzamento e lá próximo estava vindo um carro. Sua salvação, pensou.
Começou a correr, como nunca havia corrido, já que ele não lembrava mesmo de outra vez que correra tanto.
O carro estava passando e ele jogou-se na frente para que parassem. O carro freiou de vez. E ele respirou fundo. Um menino e um homem desceram do carro.
- Você está bem, rapaz? - perguntou o mais velho.
- Você quer se matar? - o menino cabeludo se pronunciou. Mas ele não conseguiu responder, pois ainda estava confuso e cansado.
- Precisa de ajuda?
- Sim... Eu estou mal, não sei onde estou. - respondeu aceitando a mão para se levantar
- Tem alguma lesão sem ser no seu rosto? - perguntou novamente o mais velho. - E seu nome, qual é?
- Sim, mas eu não sei quem... - calou-se pensando e tentando lembrar.
- Quem o que? - David.
- Quem sou eu... Acho que perdi a memória. - explicou.
- Vamos te ajudar, filho. Mas antes vamos sair daqui. Alguém deve estar a sua procura.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler, comente o que achou, por favor! ♥



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