Almas Perdidas escrita por S Laufeyson


Capítulo 7
6. Futuro Escrito em Pedra


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Olha quem demorou, mas apareceu!!
É, eu sei que faz mais de um mês, mas vejam pelo lado positivo: demorou menos do que da última vez... XD... mas sério, sem zoeira, antes tarde do que nunca. Eu tenho uma paixão por essa história (e pela minha primeira fanfic do Loki nem se fala), mas tenho tanta coisa para fazer que vocês nem fazem ideia. Enfim, tenho um grupo de leitores (da minha história sobre vampiros) que querem a minha cabeça pela falta de atualização (e lá estamos em reta final, tipo: faltando 2 capítulos para encerrar a história), mas eu não poderia me demorar mais com AP...

Então, aqui estou eu! A partir desse ponto, a história irá se encontrar com "Thor 2", quando Jane é levada. Então não estranhem se os acontecimentos começarem a bater, okay??? Esse capítulo é o último antes de iniciarmos o segundo arco... Espero que gostem!!!

OBS: Esse capítulo dedico, primeiramente, a ORBIS que recomendou a história e eu deveria tê-la citado no capítulo anterior. Desculpe por isso, amor meu. Eu ameeeei cada palavra de sua recomendação e chorei litros aqui. Há muito não sabia o que era receber uma recomendação e ver a sua me deixou hiper feliz. Obrigada....
Também dedico a linda da MAY HALE por recomendar. Nossa, não sabe o quanto eu fiquei regozijada em saber que minha histórinha foi a primeira que você recomendou. Me sinto nas nuvens por causa disso. Sério, muito obrigada! Também me debulhei em lágrimas ao ler a recomendação. Vocês fizeram meu dia melhor! Acreditem!! Se todos os leitores soubessem o bem que isso faz... ♥


Enfim, falei demais! Divirtam-se!!



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— Majestade — Sigyn prontamente se afastou de Loki e abaixou a cabeça em um misto de vergonha e respeito. — Não sabia que a senhora já havia retornado. Teria ido recebê-la pessoalmente.

— Não se preocupe, criança. Jamais atrapalharia suas aulas para que me recebesse — Frigga respondeu sorrindo, ainda mais quando percebeu Loki parado mais atrás. — Meu filho. Correu tudo bem nessa semana?

— Perfeitamente — respondeu o deus. A rainha franziu o cenho, desconfiadamente, e voltou sua atenção para Sigyn.

— Mesmo, menina?

— Sim, senhora. Tudo perfeitamente bem, como informou o príncipe — A resposta veio tão natural quanto podia e por isso Frigga acreditou. Mesmo que Sigyn não tivesse olhado em seus olhos, enquanto falava.

— Como foi o aprendizado de Sigyn, esta semana? — a pergunta foi feita para o príncipe e a dama, mesmo sabendo que não era o certo, olhou para o trapaceiro de soslaio. Talvez ele sussurrasse alguma coisa ou apenas se expressasse em leitura labial. Ela, de cabeça baixa, não veria. Porém, ao contrário disso, Loki mantinha um sorriso largo no rosto.

— Ela aprendeu bem. Já está quase lendo — respondeu — ainda tem muito que estudar, mas garanto que eu a deixo perfeita em pouco tempo.

— Sua alteza? — ela finalmente o olhou. Frigga e Loki a encarou, estranhando o comportamento repentino e surpreso da dama. O príncipe colocou as mãos para trás e se aproximou.

— Sim — respondeu como se não tivesse entendido a surpresa da dama.

— Eu imaginei que minha orientação voltaria para a rainha, quando ela retornasse — Sigyn respondeu, olhando para Frigga com os olhos cinzas arregalados. Loki virou-se nos calcanhares e espiou a mãe como se pedisse para que ela respondesse ao comentário da dama e desse a palavra final. A rainha apenas sorria.

— Eu jamais teria chegado com você, tão longe quanto meu filho chegou em tão pouco tempo — Ela apertou uma mão na outra, na frente do corpo. Caminhava graciosamente pela cela, como se estivesse ali. — Desse modo, acredito que seja melhor que ele continue lhe ensinando. Está mais que provado que tem aproveitado bastante o aprendizado com Loki — sorriu ao ficar de frente para a jovem — Sem contar que, como rainha, tenho minhas obrigações a fazer no palácio. Não teria a mesma disposição que meu filho tem aqui.

— Não foi uma coisa muito acolhedora de se dizer — o deus da trapaça comentou, enquanto se sentava em uma das cadeiras. Frigga virou-se para ele e apenas sorriu.

— Peço apenas que continue tendo suas aulas com meu filho. Vai ser bem melhor para você, acredite em mim. Além do mais, você mesma disse que as coisas correram tranquilamente. A menos que tenha mentido para mim.

— De maneira alguma, majestade. Por mais temerosa que eu tenha ficado, a semana foi agradável — respondeu olhando para o chão. Ouviu Loki prender uma risada mais atrás.

— Então o que lhe impede? — Frigga esticou a mão na direção da garota, erguendo seu rosto sem tocá-lo. Sabia que a magia acabaria se aquilo acontecesse. Sigyn a olhou por um tempo, antes de respirar de maneira profunda e forçar um sorriso.

— Está bem, majestade. Faço conforme o vosso querer — Frigga deixou uma expressão de felicidade, misturada a satisfação, tomar seu rosto completamente.

— Excelente — respondeu. — Se a sua aula já acabou, venha me ver imediatamente. Preciso te mostrar algumas coisas — Sigyn assentiu, olhando para o seu professor. Loki concordou com a cabeça, informando que já havia encerrado por hoje e a deusa o saudou rapidamente. Passou pela barreira de energia e seguiu seu caminho, olhando para trás apenas para ver a rainha desaparecer e o deus acompanhar seus passos com o olhar. 

...

A jovem aproximou-se do enorme quarto da rainha e bateu-lhe a porta duas vezes. A própria Frigga veio recebe-la com um sorriso largo no rosto. A segurou pela mão, com intimidade, e a puxou para dentro. Sigyn já havia estado na primeira parte do quarto de seu rei e sua rainha, mas nunca na parte de trás, onde eles dormiam.

Era exuberante o lugar.

Bem no centro tinha uma estrutura, em forma de escudo, onde havia uma cama com a cabeceira feita em ouro maciço e repleta de arabescos enfeitando-a. Para chegar até a cama, era necessário subir três degraus da estrutura. Haviam dois lençóis sobre ela: um branco e um marrom, feito com peles de animais, que se estendiam também pelo chão. De cada lado haviam tochas iluminando o local e bem em cima da cama, uma barreira de energia amarela a envolvia. Segundo ela havia escutado, aquela barreira era para renovar as forças rapidamente, de quem dormia ali. Principalmente quando o Pai de Todos caia em seu sono.

— Sente-se, menina — Frigga mandou. A garota olhou em volta e não percebeu nenhuma cadeira por perto. A rainha bateu duas vezes no colchão. Sigyn ainda pensou duas vezes antes de se aproximar e fazer conforme a mulher havia mandado. Sentou-se nada confortável com a situação. Se o rei chegasse a visse em sua cama? Uma serva no local de descanso de seu rei e sua rainha? Seria inadmissível e não era certo.

— Desculpe, senhora. Eu não me sinto confortável com isso — respondeu levantando-se e descendo os três degraus. Parou ao lado de toda aquela estrutura. — Essa é a cama de minha rainha e de meu rei. Não posso me sentar.

— Mesmo que a sua rainha lhe tenha mandado?

— E se o Pai de Todos entrar e me ver? — quis saber constrangida.

— Direi que eu mandei que o fizesse. Sem contar que meu marido não vem ao quarto antes da hora de dormir. Então fique tranquila, menina, e sente-se aqui outra vez. É a sua rainha que está pedindo isso. Não faça essa desfeita — Frigga fez com que as palavras deixassem seus lábios de uma maneira doce, mas Sigyn sabia que havia uma ordem por trás daquilo tudo. Dessa forma, tornou a subir os degraus e sentou-se ao lado dela. — Agora deixa eu te mostrar o que eu trouxe para você, de Fólkvangr.

A rainha buscou um embrulho grande e entregou para a dama. A menina não sabia o que dizer e nem como reagir.

— Para mim? — perguntou desajeitadamente.

— Sim, para você — Frigga sorriu com a cena. — Abra.

Sigyn respirou de maneira pesada e apoiou o embrulho no colo. Puxou os fios, um por um, e retirou o papel marrom de cima.

— Eu não... não posso aceitar, minha senhora — ela respondeu, percebendo um colar de esmeraldas reluzir com o tremular do fogo das tochas.

— É um presente, menina. Não pode recusar — a rainha respondeu, puxando o embrulho de cima e revelando outro logo mais abaixo — e esse é para logo mais. Espero que o aceite e o use, quando for o momento certo.

Sigyn respirou fundo e reparou a rainha tirar os fios, revelando um vestido de noiva no segundo pacote.

— Eu não posso...

— Pare de dizer que não pode. Eu estou lhe dando, Sigyn. É um presente meu e eu quero que aceite. É a minha dama favorita, que as outras jamais saibam disso, e eu quero mimá-la. É como uma filha para mim.

— Isso deve ter sido caríssimo, senhora. Não deves gastar tanto com uma simples dama.

— Não se preocupe que não gastei nada com isso. O colar eu ganhei de minha irmã, Freya, quando me casei com Odin. O vestido foi o que usei no dia. Talvez precise apertar um pouco, para caber em você, mas Tadír pode resolver isso em um piscar de olhos — Frigga explicava tudo como se fosse a coisa mais simples do mundo. Sigyn nem sequer se mexia. A rainha estava lhe dando um colar de família e o seu próprio vestido de casamento.

— Senhora...

— Aceite. Tem que estar bastante bonita para seu casamento. Vai ser uma festa e tanto, temos que começar a pensar em tudo. Incluindo para onde irão depois da cerimônia.

— Então ele falou com a sua majestade? — Sigyn perguntou olhando para as pedras enfeitando o vestido.

— Não. Já aconteceu o pedido? — a mulher arregalou os olhos, reparando na expressão assustada e curiosa da menina.

— Sim, no dia em que partiu ao encontro de vossa irmã.

— Espera, mas vocês não estavam se falando nesse dia. Como aconteceu? — quis saber. Frigga estava bastante curiosa e, ao mesmo tempo, bastante intrigada.

— Ele me puxou para uma das salas do palácio, que dá acesso as masmorras, e disse que pediria a benção de sua majestade assim que retornasse. Achei que já havia feito, visto que me trouxe esses presentes.

— Sala que dá acesso as masmorras? Como ele saiu? Quero dizer, ele não deveria deixar as masmorras.

— Não fale nada para o Pai de Todos, eu imploro. Tyr deixou o posto, mas foi rápido. Eu juro para a senhora. Sem contar que havia outro soldado na porta e não deixou o lugar desprotegido.

— Tyr? É dele que você está falando?

— Claro. Quem mais poderia ser? — ela quis saber, encarando a rainha de uma maneira curiosa. Frigga levantou-se da cama e desceu os degraus. Parecia preocupada e triste com a situação. — Algo errado, senhora?

— Não, é só que... eu pensei que havíamos conversado sobre se encontrar com o Tyr. Agora me diz que está noiva dele?

— Eu acho que o amo, majestade. Porque não casar-me com ele se esse sentimento for real?

— Mas não pode ser. Não foi esse destino que vi para você. Não foi com ele que eu a vi casada e feliz — ela olhou para a menina outra vez. — Não posso estar errada. Quero dizer, eu nunca errei.

— O que há em meu futuro, majestade? Quando o viu?

— Eu não posso dizer. Ainda não, mas posso garantir que Tyr não está nele. O homem em seu futuro é... — Frigga parou antes de falar. Como poderia dizer uma coisa dessas para Sigyn? Como diria que a viu no futuro de Loki e casada com ele? Ela percebeu, com a conversa de mais cedo, que a dama ainda não estava confortável com seu filho. Se dissesse o que sabia, a jovem simplesmente pararia de ir até o príncipe e tudo estaria perdido. Esse é o mal de ver o futuro, qualquer passo em falso e você o destrói completamente. Já estava arriscando demais fazendo com que os dois se encontrassem. Não deveria intervir no curso natural. —... é alguém que eu não consigo ver, mas não é o Tyr.

— Uma vez minha avó disse que o destino somos nós que fazemos. Eu estou fazendo o meu, minha senhora. Se Tyr não estava nele antes, agora está. Eu estou me apaixonando por ele e quero ser a sua esposa. Não sei o que a vossa majestade viu, mas é com ele que me casarei — Frigga respirou de maneira pesada, sentindo o ar deixar o quarto. Olhou para a dama, ainda sentada na cama, e ergueu as sobrancelhas em um misto de tristeza e decepção. — Eu sinto muito. Obrigada pelos presentes, mas não posso mesmo aceitar — colocou os embrulhos em cima da cama e levantou-se, desceu os degraus da cama e parou de frente para a Deusa da Maternidade — Precisa de mim para mais alguma coisa, senhora? Tenho que levar o jantar do príncipe nas masmorras.

— Pode ir — mandou. Sigyn fez uma reverência rápida e deixou o lugar às pressas. Correu até a cozinha e encostou-se em uma das pilastras do local. Os cozinheiros estavam tão atarefados que não perceberam que a dama chorava baixo. Se perguntava como Tyr poderia não fazer parte de seu futuro? Ela o amava e estava óbvio que ele também. Como ele poderia não estar na vida de Sigyn?

Enxugou as lágrimas com as costas das mãos e se aproximou quando uma senhora colocou a bandeja dourada em cima da mesa, junto com o jantar do príncipe. Pegou a comida e seguiu seu percurso diário em direção as masmorras.

...

Loki estava sentado na sua cama, com os pés apoiados em um banco e olhava para uma das cadeiras do lugar. Para quem estava de fora, ele apenas observava o objeto vazio, mas para o príncipe tinha alguém ali. Uma projeção da Deusa da Fidelidade mantinha o foco em um livro em suas mãos. Lia tão maravilhosamente bem que ouvi-la parecia uma sinfonia. O deus achou que ouvindo-a ler daquela forma, lhe ajudaria a ensiná-la melhor. Seria quase como ver o prêmio, antes mesmo de consegui-lo. Um incentivo a mais.

Os olhos cinzas perderam o foco do livro e encararam o deus. Um sorriso surgiu em sua boca, antes que voltasse sua atenção para o objeto em suas mãos outra vez. Ele paralisou observando os lábios se mexer bem devagar, quase como um sussurro. Quando finalmente se deu conta do que estava acontecendo ali, estalou os dedos nervosamente e a imagem de Sigyn desapareceu.

No instante seguinte, a verdadeira deusa cruza a barreira de energia. A bandeja dourada não parecia firme em suas mãos e o tempo inteiro olhava para baixo. Ele percebeu que havia algo errado ali.

— O seu jantar, alteza — comentou colocando o que trouxe em cima da mesa e virando-se de frente para ele rapidamente, fazendo uma saudação e já se dirigindo até a barreira outra vez. — Tenha uma boa-noite.

— Espere — Loki pediu, dando um passo na direção da dama e segurando-lhe o punho gentilmente. — Você não parece nada bem — comentou. A mulher continuava mantendo as vistas baixas. Não o olhava.

— É impressão sua, alteza — respondeu. Estava claro em sua voz que estava prestes a chorar. — Com sua licença — pediu, mas Loki não a soltou.

— Eu sou o deus da mentira, Sigyn. Acha mesmo que eu não sei que há alguma coisa errada? — a soltou e colocou as mãos para trás. — Olhe para mim.

A deusa respirou de maneira profunda e ergueu a cabeça devagar. Os olhos estavam vermelhos e marejados. Ela soluçou antes que as primeiras lágrimas começassem a cair. Tentou prender para que o príncipe não a visse naquele estado, mas como ele mesmo disse: sabia que havia alguma coisa errada.

— Sua alteza deseja mais alguma coisa? — ela perguntou com a voz embargada. Queria simplesmente ir embora, mas não enquanto Loki ainda precisasse dela. Era sua obrigação ver o que o trapaceiro queria.

— Sim — ele respondeu, aproximando-se e secando-lhe a bochecha com uma de suas mãos. Sigyn arregalou os olhos, porque não esperava mesmo por aquilo. — Senta. Vamos conversar.


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Notas finais do capítulo

É isso, gente!! Sinto muito se não estou respondendo os comentários. Sério, me deixa tão triste fazer isso, mas como eu tenho dito a vocês, não estou conseguindo ficar com tempo de sobra. Sinto muito, adoro recebê-los e sei que vocês esperam suas respostas. Juro que vou conseguir um tempo e responder um por um. Prometo!

Um beijão grande para vocês e inté o próximo!

S. Laufeyson!



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