– Estamos sendo invadidos! – Steve grita.

Ouvimos uma explosão vinda do lado da frente. Pego minha duas armas e corro para fora dali.

– Saiam daí! – grito para Tony, Carol e Steve.

Carol num instante levanta em voo para o buraco enorme destruído. Stark fica nervoso sem sua armadura. Steve pega seu escudo e me olha.

Grayer.

Merda, merda, merda.

Natasha P.O.V.

– Droga! – grito em meio à confusão.

– Vá atrás dele! E dos outros. – Steve fala, imaginando meus pensamentos.

Antes mesmo de Steve terminar, como se fosse num impulso, eu já estava correndo. Ouço-o gritar meu nome, mas não estou lá para saber o que era.

[...]

– Grayer? GRAYER?! – grito por toda a parte.

Há fumaça e destroços aonde quer que eu vá. Que diabos tinha acontecido? Ouço passos e viro rapidamente. Carol me encara assustada, enquanto escutamos tiros vindos de longe.

– Natasha! Achei você. Cara, eu não estou achando o Grayer em nenhum lugar! E-eu... – Carol não consegue terminar e começa a soluçar.

– Ei, calma. Vamos achar ele. – falo, espantada com postura. – Vamos achar.

Ouço os tiros de bem mais perto. Olho para frente e faço um gesto para Carol me seguir e ficar quieta. Mas ela não se move, só fica encarando o nada.

– Carol, temos que ir. – sussurro. – Eles estão chegando... Seja lá quem for.

– Eu sei quem são. – quebra o seu silêncio.

– Quem?

– O que era pra ser a C.I.A. – ouvimos mais uma explosão e nos abaixamos.

– Temos que achar o Grayer. Rápido. – sussurro, ainda abaixada. – Corremos na contagem...

– O que? Como assim contagem?

– Confie em mim. – Carol me olha desconfiada, mas assente.

– 1,... 2,... e... 3!

No minuto que corremos, uma explosão surge atrás de nós. Como previ. Deus abençoe meus dons de espiã.

Continuamos a correr enquanto pude sentir passos vindos até nós.

– Desvie para esquerda! – grito para Carol, que desvia de um tiro.

Dou uma girada de 90° e atiro com meus ferrões de Viúva Negra, que acerta dois caras.

Os tiros não param, mas nós nos desviamos de cada um. Carol lança uma bola de energia pelas mãos, atingindo mais três homens. Saco minhas armas e viro novamente, e acabo com os outros restantes. Oito contra duas. Nada mal. Dou um sorriso meio vitorioso e meio assassino.

– Natasha! – ouço uma voz feminina e viro pondo minha arma pra frente.

– Wanda... – falo e corro para ela, sendo acompanhada por Carol.

– Ei... – ela diz meio fraca, e só agora dou de conta do enorme ferimento em seu ombro.

– Você está ferida. – Carol diz e assinto.

– Não é nada! Estou bem. – dá um sorriso. – Acabei com quatro caras de uma vez. Estou ótima.

Carol dá uma risada e eu permaneço com um sorriso torto.

– Você viu o Grayer por aí? – digo.

– Não, eu estava sozinha no meu quarto quando ouvi uma explosão e tiros. Mas eu tenho quase certeza que ele estava com Sam.

– Sério? – Danvers diz.

– Acho que sim. – Wanda faz uma careta de dor.

– Você não está nada bem. – cruzo os braços. – Temos que levar você a um lugar seguro.

– Mas como? Temos que achar os outros. – Carol parece preocupada. – E Steve e Tony...

Steve... Onde ele estava?

E Tony, claro.

– Já sei. – as duas me olham. – Carol, você sabe voar. Leve Wanda para a entrada da floresta em frente daqui. E dê um jeito nessa ferida.

– Como?

– Você é da força aérea. Vai dar um jeito. – Carol ri de canto, mas depois fica com uma expressão séria.

– Vamos lá, feiticeira. – Carol coloca Wanda em uma posição de macaco em suas costas, enquanto a mesma faz uma careta de dor. – Natasha, você vai ficar bem?

– Eu sempre fico. – dou de ombros. – Vai logo.

Carol e Wanda me olham e depois levantam voo. Pego minhas armas e vou com passos largos atrás de Sam e Grayer.

[...]

– Natasha? – escuto a voz de Sam gritar por mim.

– Natasha Romanoff? – dessa vez não foi a de Sam, foi uma mais aguda e menos tensa.

– Grayer! – grito de volta. – Onde vocês estão? Não estou conseguindo ver. Está tudo destruído e...

– Natasha Romanoff! – viro-me, encontrando com uma figura pequena na minha frente. Suspiro aliviada.

– Grayer... – dou um sorriso torto.

Fico assustada quando vejo Grayer se enrolando em mim em um abraço. Não sei o que fazer e dou batidas no seu braço.

– Ótima ideia. – Sam fala e reviro os olhos.

Os dois estavam sujos e com pequenos ferimentos espalhados pelo corpo.

– Você está bem? – Grayer pergunta.

– Sim, e vocês?

– Estamos sim. – Sam fala, querendo parecer animado, mas não estava. – Grayer congelou três caras. Foi bem irado, né, amigão?

Olho para Grayer, que apenas sorri para mim. Sam fica inquieto.

– Tudo indica é que evaporaram. – falo, olhando para os lados. – O que foi, Sam?

– Olha, não sei, mas ouvi um deles falando sobre uma tal bomba.

– O QUE?! Colocaram uma bomba aqui? E você só me diz agora? Vamos dar um fora daqui! – grito, alterada.

Sam abaixa a cabeça e Grayer fica assustado com o meu tom. Ótimo.

– AGORA! – grito novamente, e vejo Sam pegando Grayer e se posicionando para voar.

– Vamos, Natasha! – ele grita.

Me viro e fico olhando para tudo destruído. Fico sério, mas me lembro de uma coisa muito importante.

– STEVE! Onde está Steve? E Tony? Eles estavam na Sala de Reunião quando os deixei. – viro para Sam. – Temos que acha-los!

– Natasha, não temos tempo... – vejo uma lágrima surgir no rosto de Sam. – Eu...

– Tenho que achar Steve, Sam... E achar Tony, também. – falo, piscando.

– Tudo bem.

– O que? Não, Natasha Romanoff! – Grayer começa a ficar choroso.

Dou um sorriso de canto e na mesma hora que me viro de novo para frente, sinto uma coisa me puxar.

– Sinto muito, Viúva, mas não posso lhe deixar aqui. – Sam fala, enquanto coloca algemas em mim.

– Me larga! – tento de todas as formas conseguir sair das algemas, até que Grayer se enrola em mim.

– Segurem-se em mim! – Sam grita e eu bufo.

– Steve... Eu não posso...

Antes que eu completasse a frase, já estávamos levantando voo, e uma gigantesca explosão é vista e ouvida.