O lago congelado sob seus pés marcavam o ápice daquele inverno cruel. Ali, nus, enrolados no manto de pele, eles ofegavam. Ele podia sentir as curvas de seu corpo desenhando-se sobre seu corpo rígido. Sua boca vermelha e carnuda descansavam em sua clavícula, haviam cortes em seu rosto assim como no dele, os hematomas agora começavam a doer e mover- se havia se tornado impossível. Havia sido uma luta e tanto, até que finalmente se tornasse uma luta carnal. Ela havia sido enviada para capturar sua família, e ele havia conseguido despista-la, desorienta-la e desarma-la. Um feito e tanto para um Malfoy, tratando-se de Hermione Granger.

Ele nunca conseguiria machuca-la. Mesmo estando com ambas as varinhas apontadas para ela e a maldição na ponta da língua, ele recuou. Aquela era sua passagem para a liberdade e ele a havia rasgado e incendiado. E então, enraivecido consigo mesmo, por não conseguir matar a maldita sangue ruim, ele a tomou em seus braços e a beijou. E então, sentindo que havia enlouquecido e pronto para solta-la, ela correspondeu, depois de anos refutando aquela paixão platônica, a certeza tomou conta dele.... ela sentia o mesmo.