Hinata's Revenge escrita por Yuki rin, Patty M Lee


Capítulo 1
Chance


Notas iniciais do capítulo

Olá! Depois de muito tempo, aqui estou eu, Haruko. No momento, possuo apenas uma história postada, as outras foram deletadas depois de uma... Advertência. Sinto muito para quem lia "A Mother's Love"... Eu também fiquei triste.
Enfim. Essa nova fic é uma parceria, entre eu e a Srta HeLL. Ela criou a história e escreve, e eu edito e posto :> Sou quase uma beta. Quase.
Aproveitem!



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Hinata’s Revenge

Capítulo 1 - Chance

Naquela pequena vila chamada Konoha, o clima chuvoso predominava. Naquele dia, trovões clareavam o céu enegrecido, trazendo consigo os estrondos, consideravelmente ensurdecedores. As rajadas de vento fortes passeavam por entre a vila, obrigando os moradores a se trancarem em suas casas. Haviam poucas pessoas perambulando pelas ruas, muitos dos comércios se encontravam fechados, deixando aquela região um tanto pacata.

Em um canto mais afastado da entrada de Konoha havia um pequeno distrito. Nele moravam o mais forte clã daquela vila. O clã Hyuuga. As casas eram simples, porém sofisticadas, a cor cinza presente nos móveis daquele distrito deixava um clima rígido no ar. Quem entrava ali certamente sentia o quão rigoroso aquele clã poderia ser. Havia uma mansão ao centro entre todas as outras casas, a cor marrom de suas paredes, já envelhecidas, chamavam a atenção pelo desbotamento da cor, em frente à casa tinha uma pequena na varanda, que rodeava todo aquele móvel, dando acesso aos demais cômodos da casa, mais a frente, havia um jardim, a grama rala num tom verde escuro deixava o ambiente mais natural, assim como as duas árvores ali presentes.

Aquela área do terreno também servia para treinamento, e mesmo no tempo chuvoso daquela noite, tinha uma das moradoras do clã treinando. O corpo curvilíneo e avantajado da pequena moça era perceptível por conta das vestes encharcadas, os longos cabelos pretos azulados chegava ao quadril da bela jovem, a franja grudada na testa tapava um pouco seus olhos, irritando-a constantemente. Seus olhos perolados eram marcas de sua linhagem, só os possuía quem fosse de sangue puro e fizesse parte do clã. É claro. Hyuuga Hinata, ao longo dos seus dezesseis anos, sempre fora uma pessoa simples, doce e meiga, de um caráter único. Mas aos olhos dos demais membros do clã Hyuuga, até mesmo do líder e seu pai, Hyuuga Hiashi, era considerada fraca e tachada como inútil, segundo o mesmo.

Não importava o quanto a bela jovem se esforçasse, e quão habilidosa ficasse, nunca era o suficiente, sempre exigiam mais de si. O sentimento de ser finalmente aceita pelo seu pai, e provar aos demais que poderia ser forte, para assim, poder ocupar o cargo de líder a motivava a seguir em frente.

Hinata desde pequena era acostumada a passar horas do seu dia treinando, isso se intensificou após a morte de sua mãe, Hyuuga Hinari. Na época, Hinata usou o treinamento como válvula de escape, para poder não pensar muito no que estava acontecendo em sua vida.

A cada minuto que se passava a chuva se intensificava, deixando Hinata ainda mais encharcada. Como se fosse possível. A face cansada e a respiração desregulada da primogênita Hyuuga demonstrava que não aguentaria ficar ali por muito tempo. Afinal, estava ali a horas. Após uns minutos de descanso, Hinata já se permitia voltar a treinar.

O corpo da jovem estava levemente inclinado para o lado, os braços curvados ao lado do corpo, sua feição demonstrava o quão concentrada estava. Hinata tinha o perfeito controle de seu chakra, com isso, foi capaz de desenvolver um jutsu próprio. O Juuhou Soushiken, uma técnica secreta do Juuken. Concentrando o chakra em suas mãos, aos poucos a visão de dois leões azuis em cada palma era perceptível, tornando-se cada vez maior, tomando os braços da Hyuuga. Hinata movia o corpo habilmente de acordo com seus movimentos, as pernas em sincronia com cada golpe que despejava sob o nada. Ficou assim até chegar ao limite de seu chakra. Jogou-se no chão sentindo o cansaço a dominar, suas pernas tremiam, tamanho o esforço e o tempo que praticava.

Fechou os olhos sentido a chuva cair sobre si. As gotas gélidas desapareciam sob o rosto molhado, proporcionando a si pequenos arrepios. Uma sensação boa invadia seu peito em satisfação, o sorriso doce escapava de seus lábios rosados. Sentia-se feliz. A anos tentava aperfeiçoar seu jutsu, e agora finalmente tinha o dominado perfeitamente. Seu sorriso se alargava cada vez mais, imaginando o quão satisfeito seu pai ficaria consigo.

Com isso em mente, Hinata, num salto, ergueu-se do chão rapidamente, onde até pouco tempo estava deitada e correu em direção a varanda de sua casa. Entrou na sala, passando os olhos pelo local em busca do líder Hyuuga, o sorriso maroto ainda brincava em sua boca, pouco se importava se estava deixando o cômodo molhado por causa de suas vestes. Queria achar o pai o quanto antes. Correu pelo corredor que dava ao escritório do líder Hyuuga, imaginando que ele estaria lá. "Como sempre", pensou. Assim que chegou à frente da porta, a abriu sem rodeios, estava tão feliz que ignorou os ensinamentos que recebera desde pequena sobre bater na porta antes de entrar. Afinal, aquilo pouco importava no momento. Assim que entrou, foi logo se pronunciando.

— Gomenasai otou-sama, mas finalmente consegui... — Dizia contente, os olhos fechados tamanho o sorriso estampado em sua face. Com isso não pode ver quem habitava naquele momento o escritório do líder Hyuuga.

— Hinata, isso são modos? — Falou Hiashi com raiva pelo furacão que entrou em sua sala. — Desculpe senhores, podemos terminar nossa reunião outro dia. — Terminou em um tom falsamente mais calmo, encarando a filha.

Ao ouvir as palavras rudes do pai, Hinata notou que havia atrapalhado algo importante. Prestou mais atenção nas pessoas ainda presentes na sala. Ao todo eram três, ela já tinha os visto, mas não se lembrava bem. Baixou a cabeça envergonhada pelo ocorrido, esperando os demais deixar aquele local. Assim que saíram, Hiashi olhou para figura a sua frente, observando atentamente as roupas molhadas, o rosto vermelho, expressão triste, e os cabelos bagunçados, tapando superficialmente a face da filha. A raiva voltava novamente.

— Além de fraca, se tornou má educada também Hinata? — Disse baixo, a olhando com desgosto. — Olha sua situação, não se cansa de envergonhar a mim? — O tom amargurado em sua voz era notável.

— G-gomen, gomen o-otou-sama.... — Pedia Hinata repetidas vezes. Encarando o chão, lágrimas se acumulavam em seus olhos perolados.

Toda a alegria que sentia dissipou-se. Não querendo que o pai a visse chorar, saiu da sala rapidamente, sem olhar para trás, sabia o que ia encontrar caso olhasse. Já estava farta daquele olhar. No corredor, correu velozmente indo direto ao seu quarto. Precisava de um banho, precisava aquietar aquela imensa dor que estourava em seu peito. As palavras do pai não a machucavam tanto quanto o tom de voz que ele usava, ela sabia perfeitamente que o mesmo não gostava de si, por isso fazia o possível e o impossível para agradá-lo. Era pedir demais para que o inalcançável Hiashi tivesse um pouco de compaixão consigo? Afinal, o que havia feito a ele? Na sua vida toda fazia tudo em prol dele, para ganhar um simples sorriso, ou um “muito bem”, mas agora, ela conseguia perceber que era impossível. Ela diante de Hiashi não era nada, nada além de um fardo que ele era obrigado a carregar.

As lágrimas caíam ferozmente de seus olhos já avermelhados, um soluço involuntário escapou de seus lábios devido ao choro. Fraca, era isso que ela era, por não conseguir nada além de desprezo do próprio pai.

Já de baixo do chuveiro, o corpo nu se arrepiava com a água quente, causando espasmos no mesmo. Não deixando de desejar que a água levasse toda aquela dor consigo. Vários flashes passava na sua mente, de como era feliz quando sua mãe era viva, as brincadeiras que juntas faziam. Ah, como sentia falta daquele tempo, a época mais feliz em que viveu em toda sua vida. Após o banho, rumou em direção a cama, sentindo todo o cansaço voltar em dobro, assim como a dor triplicar. Sentia vontade de gritar para tudo aquilo diminuir. Ignorando totalmente isso, fechou os olhos, tentando dormir. Um desejo surgiu em seu coração. O desejo de fazer o pai engolir cada humilhação que a fez passar, cada riso debochado que recebeu das pessoas de sua vila. O desejo de provar a todos o quão enganados estavam em relação a si.

Com isso em mente, Hinata deixou a boca curvar-se em um riso mudo.

O inverno naquele ano estava rigoroso, a neve caía incessantemente. Os telhados estavam coberto pelo gelo, deixando o local mais encantador, assim como nas ruas e nas árvores. Mesmo com o frio, haviam crianças brincando no parque perto da entrada de Konoha, umas fazendo guerrinhas, outras bonecos de neve, mas havia uma em especial....

Uma pequena menina de aparência gentil. Estava sentada próxima a uma árvore, observando as demais crianças brincarem. Ela possuía o cabelo curto, com duas mechas medianas na altura do queixo em um tom preto-azulado, a pele branca estava meio avermelhada pelo frio, o agasalho lilás combinava com sua personalidade calma, e sob o pescoço havia um cachecol vermelho.

O dia que tanto tinha esperado, tinha finalmente chegado.... Seu aniversário. Estava completando seus sete anos de idade. O dia era pra ser festivo e alegre, mas não com ela. Afinal, ninguém nunca lembrava, ou fingiam...

Hinata tinha o semblante triste pelo ocorrido que ouve naquela manhã, onde ela fora feliz conversar com o pai, achando que iria receber os parabéns dele... O que não ocorreu. Aquele simples motivo serviu para deixá-la assim. Queria um abraço carinhoso e aconchegante dele, mas ele nem próximo de si chegou. Então saiu para dar uma volta, escondida.

Muitas crianças passavam por si correndo, Hinata queria brincar com eles, mas a vergonha lhe impedia. Seus olhos passaram por todo o local, parando em um menino loiro, ele estava caído no chão passando a mão sob a cabeça e perto dele tinha uma garota de cabelos róseos com uma expressão com qual Hinata sentiu medo. Observou o garoto se levantar e sair correndo. Esqueceu o ocorrido e ficou observando atentamente as crianças, e num ato de coragem, Hinata levantou-se do banco onde estava sentada, e correu em direção a uma roda de meninas, mas por culpa da neve macia que cobria o chão, não viu a pedra, acabou tropeçando e caindo de cara no chão, a sua sorte era de a neve ser fofa. A vergonha lhe consumiu ao notar todas as crianças do parque rindo de si, as lagrimas já eram nítidas em seus olhos.

— Eei, você está bem? — Disse um menino chegando perto.

Hinata levantou os olhos e notou que era o menino loiro que a pouco tempo atrás ela observava. Ficou mais vermelha ainda ao constatar isso.

— S-sim... — Respondeu baixo.

— Foi um baita de um tombo, to certo! — Disse o loirinho. O sorriso dele era contagiante. — Vem cá. — Deu a mão, ajudando Hinata se levantar.

— O-obrigada... — Agradeceu timidamente.

— Yo, vamos brincar vem... — Disse o menino a puxando.

No final do dia, Hinata se sentia feliz, havia descoberto que o menino loiro se chamava Naruto, eles passaram a tarde toda brincando, no começo Hinata estava envergonhada, mas depois passou a agir naturalmente. Não lembrava-se ter rido tanto quanto naquela tarde. Ambos estavam cansados de tanto brincarem, deitaram sob a neve fofa e ficaram em silêncio observando as pequenas neves caindo sobre eles.

— Vamos ver quem faz o maior anjo na neve? - Disse Naruto alegre. O riso fácil brincava em seus lábios. O pequeno loirinho se sentia feliz pela recém amizade feita.

— Hai... — Respondeu Hinata sorrindo. Ela sabia que mesmo que quisesse, nunca diria não a ele...

Aquele sem dúvida foi o melhor aniversário que teve.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Se quiser, deixe um comentário dizendo o que achou :)
Até a próxima!



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