Will we always pretend? escrita por Troublemaker


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bom... Essa é a primeira fic que eu escrevo. A ideia veio de quando eu estava matando minhas saudades de faking it. Então assim, se vocês aceitarem a fic e tals, vou posta-la a cada sábado... ou qualquer coisa, posso postar outro dia. Enfim, espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/618454/chapter/1

E pela décima segunda vez jogou mais uma blusa em cima da cama. Suspirou e voltou a procurar uma roupa dentro do guarda roupa, até escutar a voz rouca da sua mãe

- Quinn... Oh, minha querida, nesse passo vai se atrasar pra escola. Vá logo que Rachel já esta esperando. – Apontou com o queixo para a janela, de onde provavelmente se poderia ver um carro estacionado.

- Será que pode dizer a ela pra subir? Eu ainda...

- Ainda não escolheu uma roupa, eu sei. Bom dia, Fabray! – Rachel invadiu o quarto com o seu sorriso gigantesco e por incrível que pareça sem um suéter de bichinho. Do ano passado pra cá, Quinn percebeu a mudança, se assim possa dizer, radical no estilo da morena. Os suéteres decorados deram lugar a blusas mais justas e as saias ganharam um toque a mais. Apenas os cabelos negros continuavam intocados. Não que ela não gostasse dos suéteres, mas tinha que admitir que essas novas roupas valorizavam e muito a amiga. Hoje, por exemplo, ela usava um short xadrez, uma blusa preta de manga e uma bota que ficava abaixo do joelho. Quinn respondeu o ‘bom dia’ com um aceno de cabeça, fechando a porta quando sua mãe saiu. – Que tal esse vestido? Eu gosto dele.

- E desde quando Rachel Berry me ajuda com roupa?

- Desde que Quinn Fabray nos atrasa para a aula – Sorriu com o resmungo que saiu da boca da loira. – Não seja assim. É o nosso primeira dia de aula, um ano novo. Podemos fazer tudo diferente. – Ouviu outro resmungo vindo agora de dentro do banheiro. Afastou a pilha de roupa em cima da cama e sentou, olhando o quarto tão conhecido da amiga.

- Podemos fazer tudo diferente... É um novo ano... – saiu do banheiro, agora devidamente vestida e com os cabelos penteados - Me fala isso desde que estamos de férias. Acha mesmo que quero ir pra o inferno que vai ser esse ensino médio?

- Não vai ser um inferno... – Quinn arqueou sua sobrancelha com uma expressão de escárnio. – Será só um estágio. Aliás, achei que até gostasse de ir pra escola. – A loira assentiu. - Vamos, Quinnie. Podemos ser populares.

- E lá vem você com essa história...

- Quinn... – Se aproximou da loira, segurando seu rosto, fazendo com que tivesse total acesso aos olhos verdes. – Esse vai ser o nosso ano.

Quinn deu de ombros e teve aquela velha sensação de frio na barriga de quando Rachel beijava suavemente seu pescoço. Suspirou vencida, beijou o topo da cabeça de Rachel e lhe rodeou com os braços. – Só você mesmo pra me convencer de dessas coisas, Rach. – A morena gargalhou e apertou a cintura da mais alta.

- É que você não resiste ao meu charme, Fabray. Agora vamos logo, não quero me atrasar. – Se desvencilhou da amiga e saiu do quarto. Quinn apanhou sua mochila da cadeira e seguiu a morena. Se despediu de Judy com um beijo na testa e foi para o carro.

-- // --

O sinal tocou alertando o fim da aula. Senhor Galloway finalmente parou de falar e ela pode se levantar depois da aula maçante de história. Jogou a mochila no ombro, observou os corredores cheios, suspirou, apertou o caderno no peito e se pôs a enfrentar aquela multidão de alunos que vinha em sua direção.

Fazia um mês que Quinn começava seu ensino médio no William Mckinley High e a única pessoa que conhecia era Rachel. E Santana Lopez, uma latina mal educada, líder de torcida, que vivia falando algo sobre Lima Heights Adjacent, e que na verdade não era uma conhecida, apenas um importuno que ela arranjou no colégio, e Brittany que era sua ‘amiga’, e de quem Quinn realmente era afeiçoada. Ah, além dela, tinha o carinha ‘porcelana’, um apelido interno que a loira deu a um rapaz que sempre a observava, junto de seu namorado: o cara do gel.

Sentiu seu braço ser apoderado por outro e sorriu internamente para a dona daquele gesto. Rachel era sua amiga desde que tinham oito anos, se conheceram em uma aula de balé (que Quinn desistiu depois de um mês, pra aprender a tocar violão) e a partir daí começaram uma relação de amizade. E mais um ano estavam ali, juntas como unha e carne.

- Como foi a aula? – Finalmente olhou para Rachel, essa que se desvencilhava de seu braço para driblar mais um aluno.

- Maçante... Nunca pensei que ia querer deixar de assistir uma aula de história, mas o senhor Galloway me obriga. - Sorriu junto a morena. – E a sua?

- Foi ótima. Aula de espanhol com o Senhor Schuester e tivemos uma atividade em dupla. Adivinha com quem eu fiz? – Quinn Já sabia a resposta, mas fez uma cara de curiosidade para a amiga. – Finn Hudson. – A morena bateu pequenas palmas em animação. Finn Hudson era a paixão de Rachel naquele ano, desde o primeiro dia de aula, em que ele a salvou de um slushie de uva. A partir desse dia Quinn tem escutado esse nome santo praticamente todo dia.

Abriu o armário e jogou seus cadernos dentro enquanto escutava o murmúrio dos corredores junto ao monólogo de Rachel sobre como o Hudson foi atencioso com ela, e carinhoso, e simpático, e de como ele tinha duvidas na pronuncias de algumas palavras. Separou alguns livros que usaria nos próximos horários e estranhou quando o discurso da amiga parou pela metade. A resposta veio antes que ela pudesse se pronunciar: Finn vinha pelo corredor, usando seu casaco do time de futebol, conversando dois rapazes, um de loiro da boca grande e outro que usava um moicano. Ele acenou, sorrindo de lado para Rachel que se derreteu toda, acenando de volta.

Quinn bufou para a cena melosa e antes que pudesse falar, uma terceira pessoa se juntou a elas. - Arranja um babador, Hobbit, não quero ter que nadar na sua saliva. Que nojo. – Santana fazia uma cara de nojo ao lado de Quinn. – Hey Fabray. – A loira simplesmente sorriu sem mostrar os dentes enquanto Santana seguia caminho com seu minúsculo uniforme das cheerios.

O rosto de Rachel voltava a sua cor normal e Quinn teve que rir daquilo. – Também não quero ter que nadar, sabe Rach... Ai! Não me bata.

- Então deixe de ser engraçadinha. Eu não fico babando pelo Finn.

- Não baba pouco ne?

- Vá se... – A gargalhada de Quinn saiu antes que a frase pudesse ter sido terminada. A morena bufou e cruzou os braços, como uma criança emburrada. Quinn puxou suas bochechas fazendo barulhos infantis. – Me largue. Vou comer que ganho mais sabe? Rum. – A loira mais uma vez riu e beijou a bochecha da menor.

- Deixe de coisinha, Rach. – Apertou mais uma vez a bochecha da amiga e se pôs a andar em direção ao refeitório. – Santana é uma idiota.

- E você a conhece, ne Fabray?

- Ela veio mexer comigo essa semana. – Rachel parou, arqueando a sobrancelha, numa tentativa falha de imitar a Fabray. – “Mexer” – fez aspas no ar. – Não é como eu fosse me intimidar com ela né. Sei me cuidar.

- Claro. – Depois desse resmungo, as duas seguiram para o refeitório.

--//--

Quinn tamborilava impacientemente a caneta no caderno. Já era a quinta vez que a senhora Piper explicava um calculo a um dos jogadores de futebol que por um dia resolveu dar uma de inteligente. Rachel imprensou a mão branca da loira no caderno e lhe olhou.

- Pare. Você já está me agoniando.

Sussurrou um pedido de desculpas baixo e jogou a caneta em cima da mesa. Não demorou muito para voltar a tamborilar a caneta. Rachel bufou alto e puxou a caneta da mão da loira.

– Eu disse chega.

- Ela não sai desse calculo há vinte minutos, qualquer um entende isso.

- Não, Quinn. Se qualquer um entendesse, ela não estaria tirando duvidas, deixe-o tentar aprender.

A loira revirou os olhos e passou a observar o que tinha de mais interessante por perto: Rachel. O jeito como a morena mordia o lábio quando estava concentrada em algo, como o cabelo caia como uma seda pelo seu ombro, os dedos traçando cálculos... Na visão de que Quinn, Rachel era um dos seres mais peculiares que ela já tinha visto, os olhos num castanho chocolate que sorriam sempre que a olhavam, o nariz desproporcional que lhe dava um certo charme, a pele naturalmente bronzeada, o corpo torneado de horas de treino, os lábios... Ah os lábios. Quinn sempre os achou lindos... Tão carnudos, tão bem feitos.

Arregalou os olhos com o pensamento. Olhou para a sala e a Senhora Piper já tinha voltado a aula e quando se preparou para prestar a atenção, viu uma pequena bolinha de papel caindo em cima de seu caderno. Olhou para a judia ao seu lado, que apenas deu de ombros, então seu virou para trás e deu de cara com ninguém mais, ninguém menos que Finn Hudson, usando seu habitual sorriso de lado e com os olhos brilhando. Rachel, é claro, já estava derretida para cena e Quinn se segurou para não revirar os olhos. O rapaz não falou nada, simplesmente estendeu o enorme braço, entregando a morena um pedaço de papel dobrado. As duas amigas viraram para frente, não sem antes terem visto Finn piscar o olho para a pequena.

- O que tem ai? – Rachel não respondeu, apenas abriu e leu o bilhete. O sorriso que a morena abriu foi tão grande que Quinn teve até medo da sua amiga estar virando o Coringa. Cutucou-a e recebeu o bilhete e o leu.

Hey Rachel

Vou dar uma festa nesse sábado

e queria que você fosse. Leve

Sua amiga, Kurt faz questão.

Começa as 21:00 na minha casa.

Finn

E no final do bilhete estava escrito um endereço que Quinn presumiu ser da casa de Finn. Agora ela entendia o grande sorriso de Rachel. Amassou o papel e o colocou dentro do bolso.

- Quem é Kurt?

- Irmão do Finn... Ele me contou hoje cedo.

- Não esta ajudando, Rach. – Baixou a voz quando a professora lhe olhou feio. – Quem é Kurt?

- Sabe aquele garoto branco com o cabelo arrumado e olho azul? – Apontou com caneta e Quinn assentiu. – Esse é o Kurt.

- O Porcelana que namora o Cara do Gel? – Rachel riu.

- O Cara do Gel é o Blaine.

- Ah sim... Mas por que ele faz questão que eu vá?

- É isso que vamos descobrir sábado. – Rachel sorriu lindamente para a loira e voltou a anotar a matéria em seu caderno. Daí Quinn percebeu o quanto estava perdida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, qualquer erro me desculpem... E por favor, comentem, mê deem um retorno ok? ok. Até mais.