X-DIAMOND: a história não contada escrita por itsbenhe
Ao acordar, a primeira coisa que veio em minha mente foi o pensamento de Kitty. “Tenho que falar com Diah sobre Kurt, mas não consigo imaginar uma maneira de introduzir o assunto...” Fiquei vasculhando minha própria mente tentando achar uma pista do que poderia ser, já que ela tentava não pensar no assunto, me deixando mais confusa.
– Ah. Você está acordada. – ela disse quando me virei em sua direção. Ela dorme na cama central.
– Sim. – falei rouca, sorrindo – Algum problema?
– SIM! – Vampira bufou saindo do banheiro com os cabelos molhados – Não sei mais o que fazer com Bob. – nós fizemos cara de interrogação e ela continuou – Ele insiste em me beijar, mas eu não tenho controle suficiente e... É perigoso.
– Isso é ruim. – Kitty deu algum tipo de conselho à ela mas eu não prestei atenção, lembrando-me de meu “primeiro amor”, Pietro – Acho que alguém ai está viajando. – ela continuou e as duas riram.
– O que? Só estava lembrando de coisas boas do meu passado... – dei um leve sorriso enquanto as duas soltaram um “Hummm.” – O que? Era um antigo namorado meu sim, e daí? – Vampira abriu um sorriso ainda maior depois de entender que eu tinha ouvido seu pensamento.
– Conta mais! Nós não lemos seus pensamentos, Diah. – Vampira disse.
– Não faça isso, ela pode não se sentir à vontade... – Kitty ia começar a falar, mas a interrompi.
– Na verdade, não vejo problemas em falar. – sorri – Ele é pouca coisa mais velho que eu, cresci junto com ele e sua irmã. Bom, era um lance de criança que acabou virando romance adolescente. – ri ao me lembrar do quão inconstante ele era – Mas nos conhecemos muito bem pra saber que nós nunca daríamos certo. Foi ótimo enquanto durou, hoje somos amigos. Eu acho. – continuei sorrindo ao ouvir os pensamentos desanimados das duas.
– Só isso? Nossa, você nunca teve muitos problemas, não é? – Vampira riu – Brincadeira!!
– Meus poderes são meu fardo, Vamp, não preciso de muito mais. – falei, ouvindo Kitty praticamente gritar que precisava falar comigo – Algum problema, Kitty? – a olhei.
– Uma dúvida. – ela falou e parou um instante – Você ouve nossos pensamentos o tempo inteiro? – pareceu um pouco aflita.
– Às vezes... É que, diferente da Jean, eu não fui ensinada a bloquear minha mente. Aprendi a ignorar as vozes. Mas... Algumas pessoas gritam tanto em sua própria mente que acabam me chamando a atenção. – falei. “Será que ela ouviu o que eu disse sobre o Kurt?” ela pensou.
– Se eu disser que sim, seria mais fácil para você? – falei, quase rindo da aflição dela, que assentiu envergonhada – Qual o assunto sobre Kurt que você tem a me dizer? – Vampira olhou assustada pra ela pensando “Ela vai fazer isso mesmo?” – O que está acontecendo aqui?
– Bom... Kurt... Ele... – Kitty parou e respirou – Ele quer te conhecer melhor, mas acha que seria inconveniente da parte dele ficar atrás de você. Então...
– Que fofo. – ri – Quantos anos ele tem? – me sentei, olhando para elas – Eu mal o conheço também.
– Dezoito. – Kitty disse – Mas é um lorde.
– Pare de fazer propaganda, Kittie! Ela que vai nos dizer se ele é realmente um lorde ou não... – Vampira disse – Ele vai querer te chamar pra sair, viu Diah.
– Sair? – franzi o cenho.
– Sim, qual o problema? – Kitty perguntou, preocupada.
– Aqui é impossível ter privacidade. – Vampira acrescentou, parecendo ser perita no assunto.
– Não posso sair... – falei, coçando a nuca, pensando em inventar alguma desculpa – Meio que estou proibida.
– O que você aprontou que nós não estamos sabendo? – Vampira se jogou de barriga na cama da Kitty, colocando as mãos para apoiar o rosto, me olhando – Ninguém está sabendo, na verdade.
– Não foi nada demais, mas não posso sair. – sorri sem graça, dando de ombros.
Que droga. Não que eu queira sair com Kurt, mas... A ideia de estar presa me causa ânsia. A liberdade era algo comum a minha vida, desde que nasci. E agora... Droga.
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