Make me Smile escrita por Fanny


Capítulo 11
Capítulo 10 - Desabafos




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Notas:

Olha quem voltou o/o/o/o/o/

Pessoal, vocês são demais ♥ Amei cada comentário do capítulo passado. Quer dar boas vindas as leitoras novas :3 Vocês são umas lindas!

Estou in love com essa capítulo, é o maior de todos até agora. Dei o meu melhor. Nunca escrevi um momento tããããoo grande do Steve e Lila ( Stila?), mas finalmente consegui!
Espero que gostem. Boa leitura ^^

~♥~

Delilah espreguiçou-se novamente, pronta para levantar. Sentou-se na beirada da cama, coçando os olhos. Estudou o quarto, procurando por alguém. Steve não estava lá; sua cama arrumada dava impressão que não havia dormindo ninguém. Franziu o cenho se perguntando onde o Capitão se encontrava. Pegou a toalha dentro do armário, dirigindo-se para o banheiro.

A água morna escorria por seu corpo, levando a espuma até o ralo. Ela pode ver sua cicatrizes, aquilo já era parte de seu corpo, não sumiria com tanta facilidade como foi feita. Vestiu um simples jeans e uma blusa de manga comprida – Roupas emprestadas de Jean Grey— Calçou uma sapatilha vermelha, deixando os cabelos longos molhados, cair por suas costas.

Assim que saiu do quarto, levou um sobressalto. Colocou a mão no peito com o susto, enquanto Steve segurava o riso, o que não passou despercebido por ela.

— Porque está rindo, Rogers? Eu sou muito nova e inteligente para morrer de ataque cardíaco. – dramatizou a garota.

— Ás vezes você me lembra tanto o Stark. – rolou os olhos, fazendo a mesma rir de lado, negando com a cabeça.

— Isso que dá ser convocada e mandada por Nick a ser companheira de missão do Stark. Muito tempo na convivência do ego de Tony acaba te deixando assim. – engoliu em seco, encarando-o. – Acordou cedo, suponho que ficou perdido por aqui.

— Leu minha mente. Aquele seus amigos Bobby e Vampira me levaram para um tour, - ele soltou um riso, coçando a nuca. – Fome?

— Super!

— Então vem comigo. – gesticulou para que o seguisse.

Lila crispou os lábios, arqueando a sobrancelha. Mesmo assim seguiu o loiro, que parecia um pouco nervoso. Onde diabos eles estavam indo? A mulher cogitou a ideia de que ambos poderiam estar indo ao refeitório do instituto, mas ignorou aquilo quando percebeu que estavam indo para fora da mansão.

No jardim da mansão, a Agente pode observar uma toalha vermelha estendida na grama; a típica cesta de piquenique também se posicionava no local; Lila parou, encarando aquilo. Risonha, perguntou ao homem.

— Isso é um encontro, Rogers?

— Você considera como um? – rebateu, sorrindo de lado.

— Sabe o que acho, - começou séria. – Você está andando muito com certa ruiva. E isso está lhe deixando muito das respostas e perguntas na ponta da língua. – sorriu divertida. Ela pareceu lembrar-se de outra coisa. – Ah, sabia que é feio responder os outros com outra pergunta?

Steve ergueu os braços em rendição.

— Tudo bem, eu me rendo! Apenas considere o fato que fiz um belo café da manhã. – Steve acenou para que ela se sentasse. Lila seguiu a sugestão, aconchegando-se na toalha estendida. O loiro fez o mesmo. Curiosa, a mulher remexeu a cesta, tirando-o dali variedades de frutas; sanduíches, torradas e geleias. A bebida era um maravilhoso suco de laranja natural

— De onde saiu tudo isso? Foi para a cidade e assaltou um supermercado? – interrogou Delilah colocando uma torrada em sua boca.

— Seria mais claro dizer que assaltei a cozinha da mansão. – sorriu. A mulher soltou uma risada baixa. Aquilo era bizarro. Rogers a fazia sorrir. Tudo bem, que estar na companhia de Clint ou Nate rendia boas risadas. Mas Steve? Ele nem a conhecia direito. E isso realmente era bizarro.— No que pensa?

— Eu poderia estar numa faculdade de direito agora. Estar longe dessa vida insana. Não podemos como fugir agora, não é? – ela riu, sem emoção na voz. Encarou Steve. – O que você seria hoje, se não fosse o Capitão América?

— Nunca parei para pensar no assunto, desde que me lembro sou o Capitão América. Há 70 anos trás eu cogitava a ideia de proteger o meu povo; hoje em dia, realmente não sei. Talvez continuar o que sempre realizei. – Rogers respirou fundo, ainda pensativo. – Porque estudar direito?

— Não sei. Talvez eu faça jus à justiça. Lutar pelos direitos das pessoas. – Lila levou o copo de suco, aos lábios. O loiro seguiu seu movimento com os olhos, fazendo-a perceber e suas bochechas ruborizarem. Porque raios ela estava corando? Maldito Rogers!

Ao vê-la enrubescer, Steve se tocou para onde estava olhando. Ele fez uma cara confusa e nervosa, coçando a nuca.

— Então, não sei muita coisa sobre você. – a mulher fez questão de mudar o assunto. – O que era antes de se tornar um supersoldado?

— Um garoto asmático, com certeza. – brincou o loiro, aliviando a tensão. – Eu não tinha um emprego fixo. Acho que meu verdadeiro emprego era criar novas identidades e testar a sorte para alistar-me. Nunca dava certo. – engoliu em seco, fitando o interesse da moça. –Até que um dia o cientista Dr. Abraham Erskine me deu a proposta de ser cobaia do projeto Supersoldado.

— E você aceitou, sem hesitar?

— Era minha única chance de entrar no alistamento.

— Quanto a HIDRA? – Steve arqueou a sobrancelha, se perguntando como ela sabia. – Olha, eu ouvi muitas histórias suas desde o momento que foi descongelado. Sem dizer que um grande amigo meu era seu fã. Phil Coulson guardava figurinhas, sabia?

— Ainda lamento a morte do Agente Coulson. Ele era um bom homem. – Lila apenas deu um sorrisinho de canto. – Quanto a HIDRA, era comandado por Johann Schimidt ou mais conhecido como Caveira Vermelha. Junto com seu braço esquerdo Arnim Zola, que um tempo mais tarde foi preso.

— Também houver perdas, não é? – ela examinou o olhar baixo de Rogers.

— Eu perdi o Bucky. Ele foi o meu melhor amigo em todas as ocasiões.

Delilah em modo automático, segurou a mão de Steve, que se surpreendeu pelo ato. Uma faísca elétrica percorreu em ambos, através do simples toque. Quando ele percebeu que a morena afastava sua mão, ao compreender o que fez, segurou-a. A agente sorriu, fitando os mais belos orbe azuis como o céu. Verde no azul, azul no verde. Odiava quando aquilo acontecia.

— Um dia a dor passa, Capitão. Perdi muitas pessoas que um dia amei, tive de seguir a vida e se acostumar com as perdas. Nós dois sabemos que eles não podem voltar.

— Infelizmente. – ele curvou os lábios para o lado. – E você, também não a conheço muito.

— Acho que sabe mais do que o suficiente, Rogers. – alegou, guardando os restos que sobrou do café na cesta. – Minha vida sempre fora pacata. Nasci e morei em Nova York até meu pai morrer em um acidente de carro na Filadélfia. Ele trabalhava para uma pequena empresa, era a braço direito do chefe, vivia viajando pra lá e pra cá. – suspirou, relembrando daquilo. – Eu tinha sete anos na época. Minha mãe entrou em depressão, queria se isolar, então mudamos para um chácara velha perto de Princeton. Foi quando ela adquiriu um vício, fumar e beber. Raramente ela ficava em casa, sempre ia para a cidade beber e festejar. Aprendi a sobreviver sozinha com o pouco que tinha.

—Eu sinto muito.

— Um ano depois, ela trouxe Hector para morar em casa. Alegou ter se casado novamente. A partir que aquele homem se infiltrou em casa, conheci o próprio inferno. Aguentei ele durante seis longos anos, pela minha mãe, ainda a amava. Foi quando ela entrou em coma alcoólico durante três meses, e faleceu. – colocou uma mecha do cabelo, atrás da orelha. Fitando o nada.

— Como seus pais se chamavam?

— Dorothy e Tristan Rockwell. – ouviu alguém chamá-la. Um pouco mais distante, ainda no jardim, puderam observar o Professor Xavier. – Acho que tenho treinar. Estamos em uma escola. – bufou, como se estivesse cansada. – Vamos lá.

Steve levantou-se, estendendo-lhe a mão para ajuda. Assim que Lila levantou-se, encarou o homem cujo era alguns centímetros mais alto. Ele sorriu acanhado, sendo retribuído por um beijo na bochecha. A agente distanciou-se rapidamente, segurando um pequeno riso.

— O que foi isso? – perguntou Rogers, divertido, vendo a mulher alguns metros longe.

— Um obrigado pelo maravilhoso café. – mordeu o lábio inferior, soltando um provocamento em seguida. – Se não gostou me fale, da próxima vez posso trocar um beijo, por um tapa na cara.

— Eu passo essa. – respondeu-lhe zombeteiro.

[...]

Treinamento – Instituto Xavier| 11:20 AM

— Levitar variedades de objetos foi fácil. Irei te ensinar a manipular ilusões telepáticas. – disse Charles, fazendo a mulher soltar um grunhido de indignação. – Acha mesmo que não é capaz?

— Absoluta.

—Feche os olhos e limpe sua mente. – o professor ignorou-a, pois sabia que sua aluna era apta a aquilo. Delilah obedeceu ao comando. – Projete uma imagem, qualquer uma, que gostaria de me mostrar. – Charles percebeu uma lágrima escorrer na bochecha da mulher, segurou suas mãos. – Pronto? – assentiu nervosa. – Concentre, use seu poder, sinta-o. Projete essa mesma imagem em minha mente.

Delilah sentiu uma força, agora, controlável correr pelo seu corpo. Era um espécime de choque. A ilusão era seu sonho. Um sonho que nunca poderia ser realizado. Concentrou-se na mente de Charles, ambos agora mantinham uma conexão mental. Ela não poderia explicar como aquilo acontecia, afinal, apenas o fazia. Transportou a mesma imagem criada para a mente que invadia. O professor vira. Vira uma cena emocionante, mas infelizmente não era real.

Rockwell suspirou, abrindo os olhos, vendo que havia encerrado seu trabalho. O homem sorriu, encarando-a.

— Você fez um bom trabalho. Com mais um pouco de treino, poderá transportar e criar ilusões em outras mentes, sem a utilização do contato físico.

— Então quer dizer que posso distrair um bandido, criando uma ilusão na mente dele? Quer dizer, posso criar uma ilusão dele de, por exemplo, não me ver? – Xavier parou para pensar um pouco, enfim acabou assentindo. – Okay, isso pode ser mais útil do que imaginei.

— Acho que o que tenho a lhe ensinar hoje, já se encerrou. Jean será sua instrutora de como controlar a manipulação. – alegou, enquanto observava a ruiva se aproximar. Despediu-se com um aceno com a cabeça.

Jean aproximou-se com um sorriso, atrás vinha Logan seu típico mal humor.

— Não se preocupe, essa habilidade de manipular a mente das pessoas é o mais legal. – confirmou a instrutora.

— Pois é, Jean. Eu não acho isso, – resmungou, James ‘’Logan’’. – Afinal, irei ser cobaia desse terrível treinamento.

— Quer dizer que irei manipular a mente do Logan? – Lila soltou um longo riso. – Isso vai ser hilário.

—Isso, vai rindo guria. Porque você não vai manipular seu namoradinho? - provocou Wolverine.

— Na-namorado? Bebeu, Logan? – riu sem graça. – Ele é meu amigo e companheiro de missão.

— Não acho isso. – rebateu.

— Vocês são crianças? – interrompeu Jean. – Vamos começar. Pronta?

— Tenho escolha? – Lila perguntou.

~♥~

— Então você teve uma queda pelo Clint? – Steve reprimiu um riso pela terceira vez.

O dia de treinamento fora terminado com muitas dificuldades. Delilah sabia que até se tornar uma Expert no assunto de telecinese não seria nada fácil. Prometeu que passaria no máximo mais três dias, assim voltaria para a S.H.I.E.L.D. Rogers alegou que ficaria como companhia.

Enquanto todos estavam no jantar, Steve e Lila caminhavam vagando pelos corredores da mansão com conversas bobas. O assunto atingindo fora quando a agente chegou à S.H.I.E.L.D.

— Qual é, Rogers! Eu tinha acabado de chegar à S.H.I.E.L.D, é fato que eu teria uma quedinha pelo Clint. Quatorze anos, era uma adolescente. – defendeu-se.

— Isso não nega o fato que já gostou do Barton. – zombou ele, enquanto via a garota levantar os braços em rendição. O loiro aspirava o cheiro adocicado inebriante que o corpo da moça exalava.

— Você venceu... Dessa vez. No entanto, não nego que o amor dissipou-se quanto Nick ordenou que o Agente Barton me desse treinamento, ele é barra pesada viu. Se depender pior que a Natasha.

— Pior que a Natasha não existe. – alegou, sabendo conhecer a amiga.

— Pelo menos ela pegou leve comigo quando me dava treinamento.

— Você tem uma grande afetividade com Fury, não é? – perguntou.

— Ah, pois é. – sorriu de canto. – Nick é como se fosse meu pai. Trouxe-me a S.H.I.E.L.D, deu treinamento, um lar, uma família. A S.H.I.E.L.D é minha casa, os agentes são minha família. Ele nunca deixou que nada me faltasse. – soltou um riso ao lembrar-se de algo. – Você tinha que ver quando fui convocada para minha primeira missão, Fury preocupado é hilário.

— Jamais imaginei Fury como um pai. Acredito que deva ser mesmo engraçado, afinal aquela sua expressão é sempre intimidadora.

— Intimidadora é pouco. – ambos sorriram – Você também é bem chegado na ruiva.

— Natasha? Ela é minha amiga. Não sabe quantas vezes tentou arranjar encontros com as agentes. Continua até hoje.

— E quem seria a próxima vítima? – Lila estava curiosa, isso podia perceber de longe.

— Melhor não saber, poderia ficar com ciúmes. – provocou divertido.

— Ah, ciúmes? Corta essa, Rogers. Acha que eu iria ficar com ciúmes de você? – resmungou, vendo-o prender um riso. – Isso mesmo, não é para rir.

— Porque ficou tão irritada de uma hora para outra? – Steve arqueou uma sobrancelha.

— Por que... TPM! Nunca ouviu falar? É típico as mulheres ficarem nervosas. – contestou. Lila esgueirou-se em uma batente da janela, observando a lua e as estrelas. – Aliás, eu lhe disse. Amor é coisa de criança; para mim não passa de uma brincadeira de mau gosto. Essa palavra não está presente no meu vocabulário.

— Não pretende mudar isso? – a morena franziu o cenho, não entendendo. – Mudar isso. Tentar descobrir o que é amor.

— Nunca consegui me apaixonar de verdade. Não sei o que é uma relação entre um homem e uma mulher. – respirou fundo. – E você?

— Amei apenas uma pessoa. Há setenta anos. – disse apenas, encarando a escuridão da noite.

— Eu sempre quis ter uma filha ou um filho. – sorriu boba. – Quando eu ainda estava nas mãos de Hector, criava uma vida no futuro. Uma casa, em Malibu, como o Tony. Uma família perfeita.

— E porque não? – Steve olhou nos olhos da moça, que estavam ocupados demais fitando a lua.

— Eu sou estéril. Descobri isso quando ainda era uma criança. Afinal, eu temia ficar grávida daquele monstro.

— Você com certeza é uma grande guerreira. – o loiro colocou uma mecha de cabelo teimosa que insistia cair nos olhos da mulher. Delilah virou a cabeça para o homem que se materializava ao seu lado. Perto demais.— Deveria se orgulhar disso. Depois de tudo que passou.

— Eu orgulho. – confirmou.

Steve pode perceber que Lila estava ficando com a respiração irregular. Estava assustada com a tal aproximação repentina. Ela queria espaço, ele daria isso. Afinal, traumas são umas das piores coisas no mundo difíceis de serem vencidas. Porém, não impossível.

— Eu não vou te machucar, sabe disso.

— Eu sei que não. – ela se recompôs. – Obrigada pelo espaço. Você é um grande... Amigo.

Delilah despediu-se, sumindo pelos corredores; deixando um Steve G. Rogers confuso. Ele era apenas um amigo. Um companheiro de missão. Inevitavelmente iniciou um pequeno devaneio. Talvez pudesse mostrá-la que não era apenas um amigo, não é? Reprimiu aquele pensamento.

Qual era seu sentimento por Delilah?

Você gosta dela.

A voz de Charles ecoou na mente de Steve. Assim que se virou, pode ver o homem que se aproximava na cadeira de rodas.

— Steve, devia seguir seus pensamentos. – sorriu Xavier, antes de passar reto por ele. - Boa noite.


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Notas finais do capítulo

Então, acha que Steve deve seguir seus próprios pensamentos? Vocês apoiam?
E deixem suas opiniões, ela são todas muito bem vindas! Beijos!