Solitária escrita por Twins Are My Buddies


Capítulo 17
I Have Nobody For My Own


Notas iniciais do capítulo

HEEY, DEARS!
Nossa. Estou em estado de choque, e querem saber por quê?
Lindos comentários de moças chamadas Izzy, Girl Suicide e Natty Austen.
CARAAAAS, VALEU MESMO, EU ADOREI, DESCULPA POR ESSE MOMENTO LOUCURA MAS EU PRECISEI PIRAR PUBLICAMENTE!!!
Ufa. Mas, sério, garotas, vocês me ajudaram muito. Comentários como o de vocês sempre me deixam para cima, coisa que estou precisando.
Hã... Comentem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/618226/chapter/17

07/08/2015

Oi, Amy. Tudo legal?

O dia não começou muito bem. Ou melhor, a madrugada não começou muito bem.

Ontem à noite, eu e minha irmã recebemos um telefone de mamãe. Ela falava que estava indo para casa e perguntou se queríamos alguma coisa da rua (ela conhece as filhas que tem e sabia que iríamos dizer comida) já que estava na padaria.

Eu pedi um salgado qualquer e minha irmã pediu um doce qualquer.

Uma hora depois (mamãe estava "fofocando" na casa de uma amiga e esqueceu da gente) eis que minha mãe aparece com uma espécie de salgado estranho, mas delicioso, e um bolo de abacaxi para minha irmã.

Eu comi meu salgado na hora e depois minha irmã dividiu o bolo de abacaxi dela comigo (sim, eu como o meu e o da minha irmã. Problem?). Até aí, beleza, estava tudo bem.

Nós assistimos a novela do Raj Grey (minha irmã é viciada em Verdades Secretas e me obriga a assistir. Raj Grey é um cara doidão lá, apaixonado pela protagonista) e depois fomos dormir.

Aproximadamente às quatro horas da manhã, eu fui acordada por tosses violentas e cuspidas.

Olhei ao redor do quarto e vi a cama da minha irmã vazia. A porta ao meu lado escancarada.

Saí do quarto como uma lesma, morta de sono, e fui até o barulho. Minha irmã vomitava.

Nojento, eu sei. Mas, ao invés da pessoa burra aqui ajudar, não, eu só fiquei olhando a minha irmã de olhos marejados e pijama.

Mas ela também foi burra. E a burrice dela que gerou meu nojo. Porque, quando vomitamos, vamos direto ao vaso sanitário. Ela foi direto para debaixo do chuveiro.

Sim, minha irmã vomitou no ralo do box.

Argh. Nojento.

Eu fiquei vendo ela enxaguar a boca e esguichar vômito durante alguns minutos até que percebi que estava sendo inútil.

Eu fiz a coisa mais maravilhosa e prestativa que alguém poderia fazer: fui até a cozinha, bebi um copo d'água e voltei a dormir.

Eu sei, sou uma irmã maravilhosa.

Mas aí tive que acordar seis hora da manhã para tomar um banho na velocidade da luz, vestir meu uniforme e ir com minha mãe e minha irmã à Unidade de Pronto Atendimento, UPA.

Minha irmã tomou um remédio na veia e eu fui para a escola.

A escola foi suportável hoje, já que na sexta-feira eles nos liberam duas horas mais cedo. Resultado: depois de uma aula de história hilária e uma aula de artes cansativa, eu voltei para casa.

Nesse momento que voltei para casa, me senti sozinha e isso me incomodou. Eu não sei o que está acontecendo, mas hoje me senti sozinha diversas vezes e isso me i-n-c-o-m-o-d-o-u. O que é estranho, porque eu sempre gostei de ficar sozinha!

Também estou emotiva demais. Pensar me faz ter vontade de chorar. Pensar em como sou nova demais quando tenho a mentalidade de uma pessoa mais velha. Pensar em como eu sou dramática. Pensar que eu nunca me apaixono como adolescente. Pensar na minha frieza. Pensar em como minha vida é estranha, porque eu poderia muito bem estar dançando funk e me esfregando em garotos, mas estou aqui, filosofando e chorando. Pensar em como estou viciada em músicas clássicas e rap.

E isso tudo me deixa cada vez mais propensa a me afogar em lágrimas. Isso é tão idiota.

Eu me sinto idiota agora.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!