Os seus, os meus e os nossos [HIATUS] escrita por mywriterside


Capítulo 8
Sneaking out


Notas iniciais do capítulo

Gente, mil desculpas! Eu sei que demorei a beça, mas eu tenho motivos. A vida acontece, gente, e com ela mil responsabilidades. Com a faculdade agora eu mal tenho tempo de fazer as coisas, mas eu nunca vou abandonar vocês, prometo. Minhas postagens serão sempre aos fins de semana agora, porque o único acesso que eu tenho ao computador é na casa da minha avó, e eu só venho aqui aos sábados. As atualizações podem demorar, mas eu sempre me esforço para trazer o melhor para vocês. Espero que gostem do capítulo e me desculpem pela demora.



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Na quarta-feira, a primeira coisa que Santana Berry fez ao entrar no corredor que levava até seu armário foi revirar os olhos. Lá, de pé, a espreita, estava ninguém menos que Finn Hudson.

— Lá vamos nós outra vez... — a morena murmurou, caminhando até o armário — O que você quer, Frankenteen?

— Oi, bom dia pra você também.

— Era um bom dia, até eu ver você. — Santana sorriu debochada e deu as costas ao garoto para guardar suas coisas.

— Não pense que seus foras vão me empurrar para longe. Eu já disse, Berry, ninguém me rejeita. — Finn se inclinou contra o armário do lado, sorrindo presunçosamente.

— Pois bem. — Santana o olhou brevemente — Eu já disse, Hudson. Tudo tem a primeira vez.

— Olha... Se eu fosse você, não diria não antes de experimentar. Pode estar perdendo algo muito bom.

Santana riu, balançando a cabeça.

— Tudo bem, Poço de Pretensão. A sua voz está me cansando e a respiração pesada por conta do seu corpo gordo está me sufocando. Aqui está minha proposta. Eu saio com você mais uma vez, e é isso. Você me deixa em paz.

Finn levantou as mãos em rendição, sorrindo.

— Você decide. E olha, não precisamos nem ir em um encontro, vai ter uma festa essa semana na casa de um dos meus amigos. Tá afim de ir?

Santana abriu um sorriso malicioso e bateu a porta de seu armário, dando sua total atenção ao rapaz alto.

— Vai ter álcool?

— É claro. — ele acenou positivamente.

— Agora você tá falando a minha língua. Eu topo!

...

— Eu estou falando e você não está prestando atenção em mim! — Rachel exasperou. Ela seguia Santana pelo refeitório na hora do almoço, mas a menina mais velha não parou seu passo para esperar a irmã.

— Desculpe, eu tenho feito isso há treze anos. — disse, com descaso, pegando uma bandeja e entrando na fila para pegar comida.

Rachel bufou com raiva, pegando outra bandeja e parando atrás dela. Rachel vinha importunando Santana desde que soube que sua irmã fora convidada para uma festa. E, principalmente, Rachel soube que Finn estaria lá, ela só não sabia que seu novo crush estava dando em cima de sua irmã e nem sabia de sua existência.

— Por que você não quer me dizer sobre isso? — a menina mais nova voltou a perguntar quando seguiu Santana até uma mesa. Sam, Brittany e os novos amigos dos dois, Mike Chang e Matt Rutherford, já estavam lá.

— Olha, Rachel. Eu sei que você quer se enturmar e fazer novos amigos, mas você sabe que a mamãe e o Will não deixariam você ir à festa. Você é uma criança.

Rachel sentiu o rosto ficar vermelho por sua irmã ter dito isso na frente dos outros, mas isso não a impediu de retrucar.

— Nem você! Você sabe que a mãe não gosta que você, ou Sam ou Brittany vá à essas festas. Mas mesmo assim vocês vão. Por que eu não posso ir dessa vez?

— E você sairia escondida? — Santana ergueu uma sobrancelha perfeitamente. Rachel encolheu os ombros pensando, mas rapidamente assentiu. Se ela precisava demonstrar que não era mais uma garotinha, ela faria o que seus irmãos mais velhos faziam.

— Claro.

Brittany sorriu para a menina, o que Rachel devolveu, mas Sam balançava a cabeça negativamente para Santana. Ele sabia que era uma má ideia e se mais alguém saísse daquela casa depois que seus pais fossem para a cama, seria altamente arriscado. E Rachel não tinha experiência nenhuma em escapar.

— Rach... Eu não acho que seja uma boa ideia... E além do mais, vai ter um monte de gente esquisita vindo em cima de você, nós não vamos poder ficar com você o tempo todo.

Aquilo enfureceu Rachel ainda mais.

— Eu não sou uma criança, Santana. Eu sei me cuidar muito bem, obrigada. Eu não preciso de babá. — Rachel quase gritou e se virou, marchando para longe.

— Rach- — Santana se impediu de terminar, suspirando ao ver sua irmãzinha andar até a mesa onde Mercedes, Tina e Artie estava almoçando.

Apesar das implicâncias, Santana amava sua irmã, muito, e isso a fazia querer protegê-la de tudo. Quase pior do que Noah fazia. Santana Berry sabia como essas festas podiam ser, havia muita gente idiota e Rachel nunca havia lidado com aquilo. Ela só queria manter sua irmã de entrar em problemas.

— Eu acho que a Rach podia muito bem ir conosco. Eu sinto que ela é deixada de lado. — Brittany comentou infelizmente.

Sam encarou sua irmã mais velha e balançou a cabeça, voltando seu olhar para Santana.

— Nós não podemos arriscar de levá-la, San. É perigoso e a chance de nossos pais nos pegarem é maior. Rachel pode dar com a língua nos dentes.

Santana olhou por cima do ombro novamente em direção à mesa que sua irmã ocupava. Rachel lhe lançou um olhar magoado e a ignorou, conversando com seus amigos. Santana suspirou e encarou sua comida.

...

No fim da tarde de sexta-feira, Shelby estava a ponto de puxar os cabelos. Sua casa parecia um pandemônio. Ela não se importava que as crianças trouxessem amigos em casa, mas só ela e Will já tinham filhos demais e acrescentar mais adolescentes à isso deixava a mulher em ponto de ebulição.

Rachel havia convidado Mercedes e Tina para uma festa do pijama em seu quarto. Shelby havia concordado contanto que a bagunça ficasse apenas no quarto, e depois tudo tinha que ser posto no devido lugar. A mãe ainda tentou ignorar os risinhos das três meninas enquanto elas subiam as escadas correndo com sacolas do que Shelby reconheceu como sendo de doces.

Blaine havia convidado Kurt, já que ele soube que sua irmã traria amigas para dormir em casa, ele reivindicou seu direito também. E ambos os meninos estavam atualmente vendo TV na sala de estar com alguns lanches na mesa de centro. Shelby não gostava que eles comessem na sala, mas hoje ela havia aberto uma exceção. Apenas hoje.

Sam havia voltado da escola com seus irmãos e trazendo o amigo Mike junto com eles. Mike não passaria a noite, mas no momento ele e Sam estavam sendo sugados por jogos de videogame no quarto do menino. Santana e Brittany não haviam trazido amigos, mas as duas meninas faziam questão de ouvir música em um volume alto no quarto de Brittany, enquanto riam e conversavam e navegavam no notebook.

Will estava no trabalho e Quinn chegaria de New Haven na manhã seguinte. Noah já havia voltado para New Hampshire por conta das aulas, mas prometera voltar assim que possível novamente. Shelby se sentou no balcão da cozinha com uma xícara recém feita de café e as mãos infiltradas no cabelo, tentando reunir toda a paciência do mundo para controlar sua casa. Ela podia ouvir os diferentes tipos de conversa acontecendo, as risadas, os gritos, tudo. Ela precisava se lembrar que eles ainda eram seus filhos. Ela não podia matá-los. Não ainda.

Olhando no relógio, Shelby viu que ainda faltava pouco mais de quarenta minutos para Will chegar em casa, então ela decidiu que iria encomendar algumas pizzas porque de jeito nenhum ela iria cozinhar para aquele monte de gente. Ela não tinha nem forças para isso. A semana havia sido longa e ela agradecia pelo fim de semana iminente. A mãe entrou na sala e encarou os dois meninos sentados prestando atenção no filme que passava, Shelby reconheceu como sendo O Mágico de Oz.

— Blaine, querido. Você pode pausar o filme por alguns instantes, por favor?

O menino fez como pedido e encarou sua mãe com curiosidade, Kurt espelhando sua expressão.

— O que foi?

— Eu só queria perguntar qual sabor de pizza vocês meninos gostariam de comer. Estou pedindo algumas daqui a pouco.

O sorriso de Blaine foi gigantesco, e ele encarou seu amigo com entusiasmo antes de olhar de volta para sua mãe.

— Podemos escolher? Sério?

Sendo o mais novo dos irmãos, raramente Blaine conseguia escolher o sabor da pizza. Seus irmãos sempre falavam antes dele e diziam que um dia, quando ele fosse velho o bastante para escolher sabores bons, ele teria uma palavra sobre o assunto. Ser o mais novo era um saco.

— Claro, querido. — Shelby piscou um olho, sorrindo para seu caçula.

— O que você gosta, Kurt? — Blaine olhou para seu amigo, arrancando outro sorriso de sua mãe. Tão doce e educado.

— Eu gosto de queijo, mas não gosto de azeitonas pretas. — o menino encolheu os ombros, tímido.

— Eu também gosto de queijo. Mamãe, pode ser uma de queijo para nós. Sem azeitonas pretas.

— Sim, senhores. — Shelby assentiu, rindo. Ela voltou para a cozinha e deixou eles voltarem para o filme.

Minutos depois, Rachel apareceu na cozinha, sozinha, abrindo a geladeira e tirando três garrafas de água de dentro. Sua mãe a encarava com uma sobrancelha levantada e ela sorriu inocentemente para a mulher.

— Oi, mãe.

— Não pense que eu não vi, mocinha. Cada uma de vocês meninas subiu com uma sacola cheia de doce.

Rachel corou por ter sido pega em flagrante, brincando com as garrafas em suas mãos. Ela sabia que sua mãe não gostava quando eles comiam doce demais.

— A gente não vai comer tudo. Prometo.

— Eu só quero saber se vocês vão dormir, isso sim. Eu não quero adolescentes irritadas amanhã por falta de sono, entendeu? É problema de vocês, não meu.

— Entendi. — Rachel assentiu copiosamente — O que vai ter para o jantar?

— Eu vou pedir algumas pizzas. Algum sabor especial?

— Ok. Não, por mim tanto faz. — ela deu de ombros — Agora eu vou subir. Estamos no meio de um episódio de Once Upon a Time. Tchau.

E assim ela desapareceu, em um piscar de olhos que Shelby mal pode calcular. Balançando a cabeça, Shelby voltou para o menu da pizzaria para olhar os sabores.

Will chegou em casa uma hora mais tarde e cumprimentou sua esposa com um beijo doce. Ele bagunçou o cabelo do filho mais novo quando passou por ele na sala de estar e sorriu para Kurt. Subindo as escadas, seu sorriso sumiu ao som alto explodindo do quarto de Brittany, junto às risadas altas de Santana. Ele soube por Shelby que Rachel estava no quarto com as amigas então ele decidiu dar-lhes privacidade, deixando para cumprimentar sua filha outra hora. Will parou rapidamente na porta de Sam e bateu antes de abrir, acenando para os dois rapazes jogando Call of Duty.

— Hey, pai. — Sam cumprimentou sem tirar os olhos da TV.

— Hey, Sr. Schuester.

— Olá, meninos. Sam, Shelby pediu algumas pizzas, desça daqui a pouco para jantar, ok?

— Tudo bem. MIKE, CUIDADO!

Will balançou a cabeça e fechou a porta, subindo para o terceiro andar, a música ficando cada vez mais alta.

— Brittany! Santana! — ele gritou por cima da música, batendo na porta — Abaixe esse som!

Dentro do quarto, Santana revirou os olhos e abaixou o volume do rádio, enquanto Brittany caminhou até a porta e abriu dando um enorme sorriso ao seu pai.

— Oi, papai!

— Por favor, meninas. Nós temos convidados, sejam educadas.

— Pode deixar, capitão. — Santana disse de dentro do quarto, deitada de bruços na cama mexendo no notebook.

Quando seu pai saiu, Brittany fechou a porta novamente e Santana aumentou um pouco mais, atrevidamente. O som alto era proposital, ambas as meninas não queriam que alguém ouvisse elas conversando, porque elas estavam falando sobre a festa que teria aquela noite. Brittany entrou em seu closet e começou a olhar suas roupas em cabides.

— Eu não sei o que usar.

— Use algo sexy, Britt. Terá um monte de rapazes. — Santana sorriu maliciosamente, se levantando e entrando no closet.

No quarto de Rachel, as três meninas estavam entretidas com o seriado que assistiam no Netflix. Quando ele por fim terminou, Rachel desligou a TV e se virou para suas amigas com um sorriso enorme.

— Meninas, nós temos que começar a nos preparar daqui a pouco. Meus pais pediram o jantar, a gente come e em seguida diz que vai passar o resto da noite vendo TV até pegar no sono. Meus irmãos vão sair por volta das onze e meia, eles sempre saem nesse horário. Nós podemos ir em seguida.

— Mas, Rachel. Como vamos chegar até a festa? — Tina questionou, ainda hesitante com a ideia.

— Eu subornei um dos garotos do terceiro ano. Ele virá nos pegar meia noite. Soube que essa hora é a hora que a festa começa a ficar boa.

— Rachel... — Mercedes disse temerosa — Com o que você o subornou?

— Isso não importa agora. O que importa é que temos carona.

— Eu ainda não sei se vai funcionar. — Tina disse.

— Relaxem, meninas. Vai dar tudo certo! Nós vamos à essa festa!

...

— Shhh! Vocês precisam fazer mais silêncio. O nanico tem sono leve.

Brittany, Santana e Sam andavam na ponta dos pés pelo corredor até as escadas. Finn estava esperando por eles em sua caminhonete no lado de fora da casa, os faróis desligados para não chamar atenção. Os três haviam agido normalmente em torno da família e deram boa noite aos seus pais quando eles foram para a cama antes de seus filhos, pedindo que não ficassem até tarde acordados.

Eles conseguiram chegar até a porta sem fazer barulho. A casa estava escura, mas eles enxergaram a fechadura com facilidade e Santana foi a última a sair, fechando a porta atrás de si com extrema cautela. Ela sorriu pelo sucesso da escapatória e foi até o carro, onde os outros dois já se acomodavam no banco de trás. Finn sorriu quando ela sentou ao seu lado.

— Está bonita, Berry.

— Cala a boca, Cara de Feto. Vamos embora antes que alguém nos veja.

Rachel espiava pela janela de seu quarto quando o carro que veio buscar seus irmãos desapareceu pela rua escura. Ela então mandou uma mensagem no celular para sua carona, sorrindo quando o rapaz confirmou que já estava a caminho.

— Meninas, vamos descer. Derek já está vindo.

— Quem diabos é Derek? — Mercedes sussurrou. Mesmo que elas ainda estavam dentro do quarto de Rachel. A menina estava apavorada de ser pega.

— É um menino. Não importa, vamos. Não façam barulho.

As três adolescentes saíram na ponta dos pés e Rachel espiou antes de caminhar até as escadas. Tina sentiu uma imensa vontade de espirrar, ela cobriu a boca desesperadamente e seus olhos lacrimejaram arregalados.

— Tina!

— Eu não posso segurar.

Atchim!

Rachel fechou os olhos fortemente, rezando para que ninguém ouvisse. Depois de um minuto congeladas no lugar, elas voltaram a se mover até o primeiro andar. Logo as três se viram fechando a porta da frente. Seus corações acelerados contra o peito pela adrenalina. Rachel tinha um sorriso imenso, enquanto Mercedes e Tina olhavam para os lados com medo de serem pegas. Um carro meio velho parou em frente a casa e Rachel acenou, puxando as duas meninas consigo até o veículo.

Ela mal podia esperar. Sua noite prometia.


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso. Esses adolescentes só se metem em confusão, nunca vi! No próximo capítulo veremos o que aconteceu nessa festa! Espero que ainda estejam dispostos a ficar comigo.

Beijo, galera. Até a próxima!



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