Pov James

Linda. Essa era a definição da garota que estava na minha frente, ela estava com a mão estendida para mim, mas eu simplesmente não conseguia desviar meus olhos de seu rosto, tinha um rosto lindo e delicado, como uma boneca de porcelana, pele clara e que fazia contraste com seus cabelos negros, mas o que mais me chamava a atenção são seus olhos, azuis de uma cor extraordinária, porém eles demostravam um pouco de constrangimento, nervosismo e ... Tristeza? .. por que uma garota tão jovem teria esse sentimento? .. deve ser ilusão da minha cabeça . Enfim, quando ela já estava abaixando a mão um pouco corada, percebi que estava fazendo o papel de idiota perante meu pai que já me olhava como se alertasse para ser educado, normalmente não ligava pra isso, mas não poderia deixar ela nessa situação embaraçosa, então apertei sua mão firme exatamente como aperto as mão dos meus sócios e concorrentes, só que com menos força, não poderia machucá-la, O QUE ESTÁ ACONTECENDO COMIGO? .. para passar a ideia que eu mando aqui, mas assim que nossas mão se tocaram senti um tipo de choque elétrico e separei rapidamente, e olhando com espanto para minha mão, ela também ficou surpresa pois também olhava para sua mão. Passarem alguns segundo silenciosos, então meu pai resolveu se pronunciar

– Já que vocês já se conheceram, vou embora para começar sua entrevista Lene - diz ele , LENE? , desde quando ele tem essas intimidades com ela? Já sei ela deve estar se fazendo de boazinha, pois outras já tentaram mas eu não sou idiota - e sai da sala não antes de dar um sorriso pra ela como se desejasse Boa Sorte, Arghhh tolo, e pra mim um sorriso malicioso que não é aqueles que meus amigos dão quando alguma gostosa olha pra mim, e sim aquele que ele e minha mãe me dão quando me apresentam a mulher que pra eles é "a mãe dos meus filhos" , oh por favor, gosto da minha liberdade, mas olho rapidamente pra a garota e ela esta com uma expressão de confusão como se não tivesse entendido aquele sorriso, me surpreendo pois outras mulheres teriam adorado a aprovação do meu pai mas ela não parecia se preocupar com isso.

Resolvo começar logo essa entrevista, por que odeio essas coisas chatas, mas essa garota me parece ser verdadeira que preciso ver se isso é real pois quero uma funcionária de confiança.

– Marlene, sente - se se quiser - digo indo pra minha mesa e apontando pra cadeira a minha frente e ela se senta ainda em silêncio porém agora ela me encara - vejo que já se tornou amiga do meu pai

– oh sim, Alan é um senhor muito gentil - diz com sua voz doce

– Alan? - pergunto com uma sobrancelha erguida, desconfiado, claro que meu pai é uma pessoa muito amigável, todos o chamam assim, mas conforme um tempo, e ela só o conheceu há minutos

– Si .. Sim, ele me pediu pra o chamar assim - ela gagueja um pouco e ainda penso que essa garota deve estar se fazendo de inocente, mas acabo dando de ombros

– Então, Marlene, achei que teria mais uma garota concorrendo com você? - pergunto, curioso com o fato que meu pai havia me dito que seria duas

– Me chame de Lene.. ou como o senhor quiser .. - responde nervosa depois que eu arqueei a sobrancelha desconfiado com esse pedido, que tipo de pessoa já vem querendo intimidade já na entrevista de emprego? - ahmm, descobriram que ela havia trapaceado na prova então foi desclassificada

–Nossa que hipócrita - digo e ela dá uma risadinha e me vejo preso naquele som, não sei por que

– Concordo - diz ela

– Então vamos as informações mais importantes, principal, por que se interessou na vaga de emprego em minha empresa? - pergunto e vejo um brilho de tristeza passar rapidamente por seus olhos

– Por que a Black Enterprise é uma das melhores companhias do país então um emprego aqui seria ótimo para meu currículo - ela responde transmitindo confiança no olhar

– E você sabe da minha fama, certo? - pergunto esperando ver se ela irar fraquejar nessa hora, mas ela abre um sorriso natural que me surpreende, mas não mais que sua resposta

– Sim, senhor Black, mas eu não ligo para isso, sem querer ofender, mas já estou acostumada com pessoas frias e mal humoradas - diz ela, arregalo meus olhos pra essa resposta e fico pensativo " quem essa garota é? quem são essas pessoas que convivem com ela?"

– Não ofendeu, mas sabe que se ganhar a vaga terá que fazer tudo que eu mandar sem hesitar e terá que ignorar meu mal humor e meus gritos? - pergunto, pois a maioria das pessoas que eu entrevisto vão embora depois dessa pergunta

– Não me importo senhor - diz ela

– Então, está contratada Marlene, começa depois de amanhã bem cedo - digo e ela abre um enorme e lindo sorriso, tenho vontade de retribuir mas não quero dar confiança

– Muito Obrigado senhor Black, nos vemos na segunda - diz ela

– ok, já pode sair - não consigo evitar minha grosseria, faz parte de mim

– Oh claro, obrigado mais uma vez senhor, esse emprego é realmente muito importante pra mim, e tchau - diz tímida e se levantando,

– Tchau - respondo e assim que ela sai fico ali parado pensando, o que essa garota tem de tão cativante?, e por que ela duas vezes pareceu triste como se lembrasse de algo ruim?, sacudo a cabeça afastando esses estranhos pensamentos , só irei perguntar algo a ela se ela durar mais de 1 mês aqui, o que eu duvido muito.