PoV James

Que droga! agora meu pai resolve criar esse programa ridículo de estagio para selecionar alguma garotinha para ser minha nova secretária. Arrg! como se não bastasse todo mundo reclamando de como eu sou grosso e arrogante, que se dane, já ouvi até me chamarem de ¨Fera¨, é até engraçado que as pessoas tenham medo de mim, exceto meus pais, mas eu admito que preciso de uma nova secretária urgentemente por que o trabalho aqui na empresa nunca para, sempre preciso de alguém pra me lembrar de alguma reunião chata ou ter que assinar papéis, mas nunca acho uma pessoa boa o suficiente!, o que há errado com essas mulheres hein!?, toda secretária que eu contrato nunca me agrada, claro que sempre tem aquelas gostosas que eu dou uns beijos e outras coisas, mas sempre são burras e logo dispenso sem me importar com seus ridículo berros de ¨seus cretino! você me usou e bla bla bla¨. Ter uma secretária bonita e inteligente é querer muito?, dai meu pai veio com essa droga de entrevista onde eu irei entrevistar 2 adolescentes, ele tá achando que isso aqui tá virando creche, só pode, enfim, para concorrer para vaga de minha nova secretaria, pobrezinhas, a que mais durou aqui foi 1 mês, e olha que ela era feia. Sou arrogante, autoritário, não sei por que fiquei assim, minha mãe é tão amorosa e tal que chega a me cansar. Gosto de tudo na hora que eu mandar, deve ser por isso que todos me odeiam aqui, mas eu rio da cara deles por que sou o patrão e me devem respeito.

Ouço batidas na porta..

– James? Filho? Posso entrar? - a voz do meu pai ecoa por meu escritório, me tirando de meus pensamentos e acordando pra realidade, bufo antes de respoder

– Claro pai.. entra - digo

– James, as candidatas já chegaram, já vou chamá- las para a entrevista - ele diz, bufo irritado porém audível e ele me lança um olhar fuzilante que dou de ombros

– James, melhores essa sua cara, bote um sorriso pelo menos, e pelo amor de Deus, não assuste as garotas! - ele continua com seu discurso entendiante

– okay pai, prometo tentar ser gentil, mas não prometo nada de sorrisos - digo

– James .. - ele ia continuar mas eu logo o corto

– chame logos essas pirralhas vai - digo ele me olha mais uma vez com .. pena?.. nem me importo em desvendar aquele olhar e vou direcionado pra grande janela e fico olhando a cidade lá fora enquanto meu pai sai da sala em buscas das meninas.

Ouço passos se aproximando, então ouço a porta se abrindo e sinto um perfume tão delicioso, que me lembra rosas, adentrando em meu escritório, franzo o cenho pra esse cheiro mas continuo de costa pra porta então ouço a voz do meu pai me chamando

– James, quero te apresentar alguém.. - diz ele

Me viro, então meus olhos caem numa linda garota parada ao lado do meu pai, porém de cabeça baixa, deve estar com vergonha. Seus cabelos são longos e negros, com as pontas levemente onduladas, passa uns segundo e a garota ainda não levantou a cabeça para me olhar então decido dar o primeiro passo, incrivelmente pois sou educado só nas festas sociais, decido falar

– Oi, acho que não preciso me apresentar, prazer em conhecê-la senhorita...?- digo falando com uma voz mais suave do que eu esperava

Meu pai estranha o meu tom de voz pois só uso tons graves e grito em meu cotidiano, mas ele também espera uma resposta da garota, quando ela levanta o rosto pra mim e diz

– Marlene Jones, senhor Black, prazer em conhecê -lo - diz com uma linda voz, e estendendo a mão pra mim

Fico paralisado, o que está acontecendo comigo?, estou me sentindo meio nervoso, nunca fiquei nervoso na frente de uma mulher na minha vida! mas devo admitir que quando Marlene olhou pra mim não consegui desviar meus olhos de seu rosto.