Pov Lene

Preciso que se case comigo

Exatamente essas cinco palavras que me deixaram em completo choque, pessoas normais gritariam, mas só consigo respirar no momento, James está me olhando com uma cara séria mas que ao mesmo tempo mostra expectativa

– Por que? - digo sem o encarar

– Por que o que, Lene? - diz ele confuso

– Por que quer que eu me case com você, James? - digo agora o encarando

– Aqui não é o lugar apropriado para eu te explicar melhor essa minha estranha condição, Lene, amanhã vai até o meu escritório que eu te explicarei tudo melhor, e com auxílio do Brad - diz ele

– Brad? por que o Brad estará lá? - pergunto achando estranho

– Por que ele é meu advogado - ele diz

– Ok .. amanhã depois do funeral eu irei lá, pode ser? - pergunto

– Claro que pode, Lene.. então eu vou indo - digo e ele vai se levantando ams antes eu o chamo

– James .. será que você .. hum .. poderia liberar a Mary amanhã para ir no funeral comigo? .. tenho certeza que se alguém for nesse funeral serão aquele povo que fingia que gostava de Dominique - pergunto esperando um Não

– Sim, eu a libero - ele diz e eu o abraço novamente e sussurro - obrigado por me salvar, James

E ele só me abraça de volta, me larga depois de uns segundo e vai embora, agora eu saio do hospital e acerto tudo para o funeral, que eu somente irei pois fica no mesmo cemitério que o túmulo dos meus pais e como em todo aniversário desde os 13 anos, eu passo o dia todo lá, conversando com eles, eu sei que é estranho mas isso me conforta um pouco e as vezes penso em sentir a presença deles perto de mim.

E pedirei a Mary se eu posso morar com ela, mas não amanhã, pois a mansão será leiloada, sem dúvidas, e já que agora tenho um trabalho posso ajudar a Mary nas despesas, e ajudar na limpeza da casa, já fazia isso todo dia mesmo, mas ela é minha primeira amiga em todo meus quase 18 anos, e não quero ter que encarar sozinha aquele povo falso e metido fingindo lágrimas.

Volto pra casa e é muito estranho entrar em casa no silêncio e sem ser recebida pelos gritos histéricos de Dominique. Confesso que essa condição de James me deixou chocada, por que ele ia querer se casar comigo?, ele não me parece alguém que quer se casar tão cedo, e mesmo assim, ele pode ter qualquer mulher para ele, mulheres bem mais bonitas que eu, o que será que ele está pretendendo?

Não queria me casar assim, queria um dia encontrar o amor, nunca fui amada ou nunca se importaram comigo, o máximo de afeto que conheço até hoje é a amizade da Mary, e olhando a foto dos meus pais, minha mãe me segurando e seu olhar está no meu pai que também a encara com fascinação, é única imagem de amor que me veem em mente. Mas não posso negar essa condição, ou é isso ou serei desse latino nojento, que me apavoro só com a possibilidade do que ele pode fazer comigo.

Depois que tomei um banho demorado deitei em minha cama, mas me lembrei que havia uma segunda carta naquele envelope e procuro em minha bolsa mas não acho, daí me lembro que tinha dado a primeira carta para James ler então ele deve ter levado o envelope sem querer. Até ligaria para ele, mas estou muito cansada e amanhã o dia será cansativo. Adormeço pensando no funeral e na proposta.

Pov James

Ela aceitou!, o que foi muito estranho, mas por que a tia fez para ela, sabia que ela não iria recusar, não queria meter a Lene nesse mundo de mentirar que será daqui pra frente, ela é tão pura, mas eu preciso me casar e ela já me considera um amigo, o que será perfeito, poderei continuar com minha vida, meus casos de uma noite só e ela não irá reclamar, perfeito.

Sai do hospital com várias dúvidas, por que essa mulher fez isso com sua própria sobrinha? e o que quero mais desvendar, por que ela odiava a sobrinha? , vou em direção a meu carro e John já está com a porta aberta para mim e quando me sento que percebo algo cutucando meu bolso e quando olho percebo que esqueci de devolver o envelope para Lene, mas eu pensei que era somente uma carta mas tem outra, não aguento de curiosidade e abro a segunda carta

'' Olá, mi hermosa , você não deve me conhecer, mas eu conheço e devo dizer que as fotos que sua tia me mandou me deixaram de queixo caído, é muito bonita, chica, e depois te segui até seu trabalho, você é uma delícia. Meu nome é Antonio García, e saiba que sua tia está me devendo 2 milhões de dólares, bonequinha, e ela já deve ter te contado que se ela não me pagar você será minha, eu realmente quero meu dinheiro de volta, mas você com esse seu corpo me dá várias idéias do que fazer com você, se você for minha será a minha bonequinha, beijos do seu talvez futuro dono, A. G , México''

Acabo de ler a carta com uma raiva que nunca senti antes, quem esse filho da p*ta tá achando para querer a minha Lene para ele!?? .. espera .. minha? .. o que houve comigo? .. não posso estar me apaixonando por essa garota .. James Black não se apaixona . . .

Fui dormir com a ideia de me apaixonar martelando na cabeça mas logo tomo um banho frio para afastar esses pensamentos e vou em direção a cozinha e logo meu labrador Apolo vem em minha direção, coço sua orelha e logo a governanta já serve meu café e volta seus afazeres mas não antes de me olhar e dizer

– senhor Black, está tudo bem? parece pensativo e animado com algo - diz Maria, a senhora que já trabalha aqui desde que me mudei da casa dos meus pais e assumi a presidência

– Eu consegui, Maria, eu consegui arrumar a moça para se casar comigo - digo e ela abre um sorriso, ela como Lisa, espera que eu arrume alguém descente para amar, eu mesmo no testamento dizendo que só eu, meu pai e meu advogado poderia saber dessa farsa, não tive como esconder dela já que ela cuida de tudo para mim, mas ela é confiável

– Que bom, querido! estou doida para conhecer essa moça, já que não deve ser essas nojentas que você traz aqui as vezes - diz e dou uma gargalhada, ela pode ser minha empregada mas nossa relação é de pura amizade e sinceridade

– Ela não é - digo pensativo enquanto termino meu café e percebo ela me encarando com mais um de seus sorrisos animados - que foi?

– Você gosta dela - diz ela e quase engasgo com isso

– Claro que não, Maria!, ela só é uma garota descente que era minha secretária e nos nos tornamos amigos - digo incomodado com essa conversa - e vou em direção ao quarto resolver algumas papelada, já é de tarde mas hoje estou cansado daquele escritório que decido fazer a reunião com a Lene aqui em meu apartamento mesmo, é melhor que ela já vai conhecendo sua futura casa

Ligo pra ela e ela logo me atende .

– Oi, James - sua voz calma de sempre

– Oi, Lene, lembra que combinamos de nos encontrar no meu escritório nesse horário? - digo

– Oh Deus, me perdoe por estar atrasada, é que alguns amigos de Dominique fizeram o discurso do século ... e estava visitando meus pais - engulo o seco com isso - .. mas já estou indo para empresa - diz ela nervosa

– Não se preocupe com o horário, mas era isso que eu queria te falar .. eu não irei a empresa hoje.. será que você poderia vir até meu apartamento?, Brad já está em caminho - pergunto

– Claro que posso, mas não sei onde você mora .. e preciso dessa informação para dar ao taxista - diz

– Não se preocupe, meu motorista irá buscá-la - digo

– Tudo bem - diz ela

Desligo sem nem dize tchau, mas ela já é acostumada com meu jeito, e passa -se uns minutos e estou na sala quando Brad entra

– Olha o noivo está ai! - diz Brad me zuando - e cadê a Escolhida?

– Já está chegando - digo me levantando e o abraçando rapidamente

– E quem é? - ele pergunta

– A Lene - digo dando de ombros e ele gargalha

– Tá rindo de quê? - pergunto irritado

– Eu sabia que não estava errado - ele diz se recuperando mas ainda sorrindo

– Sobre o quê? - pergunto confuso

– Você está se apaixonando por essa garota - ele diz e é minha vez de gargalhar, mas admito que foi um pouco forçado

– Tá louco é? claro que não, ela só é uma nova amiga que vai me ajudar nisso e meio que ela não tem escolha - digo me lembrando daquela carta daquele mexicano maldito

– Como assim? - ele me pergunta e conto a história dela ter sido vendida, e que mandei pagar a dívida dela e ele encara chocado

– Nossa James .. pobre Lene .. que tipo de tia faz isso? - ele se indigna tanto como eu

– É.. eu sei - digo agora olhando no relógio

– Ansioso por sua amada, James? - ele diz

– Vai se ferrar, Brad - e ele só sorri

– Não é melhor você levar o Apolo para outro lugar? - diz ele apontando para o cachorro deitado em meus pés - ela pode estranhar

Reviro os olhos com isso, pois todas as mulheres que eu trazia aqui davam um escândalo quando ele se aproximava, e olha que ele é inofensivo, só quer brincar

– Tá .. - ma quando me levanto e chamo a atenção de apolo a porta se abre e por ela passam John e atrás dele a Lene. Apolo corre em direção de Lene, obviamente feliz em outras presenças nesse apartamento

– Apolo, não! volta aqui! - digo alto mas ele nem continua com a língua de fora e balançando o rabo animado e só agora percebo que a causa disso é que a Lene está o acariciando

– Ah, que fofo! ele é seu, James? - ela me olha rapidamente mas logo volta sua atenção para apolo e ela está com um enorme sorriso no rosto

– Sim .. - digo admirado com ela

Ela fica mais um tempo brincando com ele, e apolo parece tão feliz que não ouso interromper

– Pode se sentar onde quiser, Lene, eu vou na cozinha por um momento e já volto - digo

Bebo um copo de água e ainda estou sorrindo com a rápida amizade que Lene fez com apolo, então decido voltar e Lene já se sentou no sofá mas continua a acariciar apolo . Brad vem até a mim e para a meu lado a olhando também com curiosidade e sussurra

– Cara, ela é perfeita - diz ele e sorrio de canto com isso

– Sim, ela é .